Por falta de pagamento da UFRJ, a Light cortou a energia do Museu Nacional e de outros espaços da instituição nesta terça-feira, 12 de novembro. Preocupado com a situação, o reitor Roberto Medronho está convocando uma aula pública para amanhã (quarta) às 10h, no hall do Edifício Jorge Machado Moreira (antigo prédio da reitoria). O dirigente denuncia a truculência da Light.
O corte de energia já paralisou as obras de recuperação do Museu e ameaça a integridade do Manto Tupinambá, incorporado recentemente ao acervo da unidade. O adereço histórico depende de refrigeração para sua adequada preservação. “Para se ter uma ideia, o presidente Lula teve que tirar os sapatos humildemente para entrar na sala do Manto sem prejudicar a refrigeração. E agora, um bando de trogloditas entra e não respeita nada”, critica o reitor.
Desde agosto, uma sentença judicial favorável à universidade impedia os cortes. Mas a Light recorreu e ganhou. A dívida com a companhia soma R$ 35 milhões, de março a outubro. "Não pagamos porque não temos recursos. Pedimos suplementação ao MEC, mas ele também está com dificuldades orçamentárias", informou o reitor.
Neste momento, uma equipe da empresa percorre a Cidade Universitária cortando a energia de mais prédios. Agora, às 17h56, estão no próprio edifício Jorge Machado Moreira. Antes, cortaram a luz da Associação de Moradores da Vila Residencial (o imóvel pertence à UFRJ) e do estacionamento do instituto Coppead.
ATUALIZAÇÃO, 19H20: A equipe da Light acaba de informar à reitoria que não serão realizados novos cortes de energia em prédios da universidade. Pelo menos por hoje. O prédio novo da administração central (no Parque Tecnológico), o Restaurante Universitário, o alojamento e a Prefeitura Universitária — que seriam os próximos alvos — serão preservados.
A decisão foi tomada após uma dura conversa entre os funcionários da empresa, o reitor Roberto Medronho e o procurador da universidade, Renato Viana, em frente ao portão do prédio da administração central. "Vocês estão descumprindo uma ordem judicial. A decisão autoriza o corte apenas em unidades que não tenham atividades essenciais. Esse prédio tem uma série de computadores com informações sensíveis. Vocês deveriam ter vindo antes para verificar as condições de cada prédio".
Segundo o responsável pela equipe dos cortes, o jurídico da Light vai estudar o questionamento do procurador.
Em comemoração aos 45 anos da AdUFRJ e marcando os 60 anos do golpe militar, a AdUFRJ recebe a Associação TUCA de Arte e Cultura com a exibição do espetáculo Re-Acordar. A peça, que conta a história de seu próprio elenco, fala sobre os anos da ditadura, as prisões, os exílios, o presente e o futuro.
A apresentação gratuita acontecerá no dia 14 de novembro, quinta-feira, às 12h, no Auditório André Rebouças, sala D-220, segundo andar do bloco D do Centro de Tecnologia da UFRJ, Av. Athos da Silveira Ramos, 149, Cidade Universitária.
Venha participar!
Uma breve cerimônia abriu oficialmente as atividades em homenagem aos servidores públicos da UFRJ na manhã desta terça-feira, no Auditório Quinhentão (CCS). "O próprio nome já diz. Estamos a serviço da população. Temos que celebrar e fazer valer esse nome. Não é fácil ser servidor público em um país com tantas desigualdades. Parabéns a todos nós", disse a vice-reitora, professora Cássia Turci.
A programação, na prática, já havia começado na semana passada, com um torneio de futebol e um samba do servidor. E teve continuidade na segunda (4), com a exposição fotográfica organizada pela AdUFRJ, no Salão Dourado do Palácio Universitário.
A vice-reitora fez um convite especial para a mostra. "Ontem abrimos uma exposição lindíssima com fotos de todos os setores da universidade. Vale a pena vocês visitarem. São mais de 200 imagens registrando o dia a dia do nosso corpo social". A exposição segue aberta na Praia Vermelha até 20h de hoje. Na quinta e na sexta-feira, os painéis serão expostos no bloco L do Centro de Ciências da Saúde, na Cidade Universitária.
A presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, também fez uma saudação aos colegas docentes e técnicos-administrativos. "Quero parabenizar a
todos nós servidores públicos, que estamos aqui construindo um sonho. Um sonho de uma universidade mais includente, cada vez mais conectada com a sociedade e suas demandas, mas também de integração, de construção de um mundo mais solidário".Já a pró-reitora de Pessoal, Neuza Luzia, destacou a necessidade de mais eventos em homenagem aos servidores. "A gente precisa se encontrar mais, dividir experiências e divulgar nosso fazer".
A mesa foi encerrada com a exibição do bonito documentário "Caminhos: Histórias do Serviço Público". O filme, produzido pela Equipe de Extensão do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio), aborda as trajetórias de vários servidores da universidade.
A professora Elaine Constant, da Faculdade de Educação, não conteve a surpresa ao se reconhecer em duas fotos, separadas por uma década, da exposição Servidores da Sociedade. “Sou eu!”, exclamou. Na primeira, participava de uma atividade da greve de 2013; em outra, era uma das representantes da unidade na etapa estadual da Conferência Nacional de Educação, em 2023. “Mostra um pouco da minha história”.
Durante a Semana dos Servidores Públicos da UFRJ, a exposição organizada pela AdUFRJ levou ao Palácio Universitário e ao Centro de Ciências da Saúde 220 fotos que exaltam a contribuição do trabalho de ensino, pesquisa e extensão exercidos pelos professores e técnicos da maior universidade federal do Brasil.
A professora Nedir do Espirito Santo, vice-presidenta da AdUFRJ, foi a curadora da mostra. “O foco desta exposição é a valorização da ação, um dos princípios de nossa direção. As pessoas que aparecem nas fotografias estão representando ações que são feitas na UFRJ”, explicou. A docente destacou o trabalho de toda a equipe da AdUFRJ na montagem da apresentação. “O detalhe de corrigir as legendas, o tamanho da letra, a cor, a posição das fotos, a discussão das escolhas. Sou uma curadora de curadores, nada seria possível sem essa equipe”.
Todos os centros e o campus Caxias enviaram fotos de atividades que valorizam a construção da UFRJ em parceria com a sociedade. Uma ala especial destaca a atuação da AdUFRJ a serviço dos docentes e em defesa da universidade.
O fotógrafo Fernando Souza, que colabora com a AdUFRJ desde 2016, foi o autor de dezenas de fotos expostas. “É prazeroso ver que meu trabalho foi importante para registrar, para documentar para a posteridade o trabalho que os servidores públicos prestam para a sociedade”, disse. “Mais legal ainda é ver as pessoas reagindo e interagindo com as fotos”.
Devido ao grande sucesso de público, a mostra segue no corredor central do CCS, próximo a entrada do Bloco L, durante todo o mês de novembro. Entre os dias 2 e 6 de dezembro, a exposição seguirá para o Nupem, em Macaé.
Elaine Constant
Faculdade de Educação
Tomei um susto quando me vi em duas fotos. É muito bom a gente se reconhecer na instituição, ver a Faculdade de Educação representada aqui. É interessante recuperar a memória por meio das fotografias. Uma das fotos em que apareço é emblemática, foi da greve em 2013, uma mobilização muito intensa, me ver ali me trouxe essas memórias de volta. Mostra um pouco da minha história, como professora e militante pela educação. Essas fotos, às vezes, ficam num Instagram, mas assim é diferente, tem mais impacto, é mais interessante porque é coletivo.
Maria Clara Amado Martins
Coordenadora de extensão do CLA
Fiquei muito feliz de ver toda a universidade nesses painéis. Ver a diversidade, como ela é rica. Trabalho na UFRJ há 26 anos e algumas coisas aqui expostas eu não conhecia. Por exemplo, descobri que existe uma farmácia universitária. Essa exposição contribui muito para o nosso conhecimento, mostra que fazemos parte de um universo maravilhoso. Espero ver mais exposições desse tipo. Todo mundo deveria ver. Fui responsável pela curadoria das fotos do CLA e fizemos uma seleção de fotos que tentou representar o todo. Deu muito orgulho ver as imagens do meu centro ali, é o que a gente sente quando se reconhece. Fico emocionada toda vez que me olho.
Marcelo Almeida de Carvalho
FACC
A foto do incêndio do Museu Nacional me comoveu bastante. Tinha acabado de tomar posse como professor, passei aquela semana conhecendo a UFRJ, assistindo a palestras e treinamentos, e, de repente, no domingo, aconteceu aquela tragédia. Por isso, ficou marcado na minha história aqui. A gente na Praia Vermelha acaba ficando distante das ações promovidas por outros centros em outros campi. Essa exposição é muito importante para nos aproximar do que é feito em outras áreas da universidade. Passei aqui entre aulas com alguns alunos e achei importante mostrar para filha de uma delas a importância do papel social que a UFRJ e a AdUFRJ têm. Ela é criança, ainda não é aluna da universidade, mas isso aqui também é dela. Achei muito interessante a quantidade de ações expostas aqui voltadas para as crianças da sociedade.
Ana Lúcia Fernandes
Faculdade de Educação
Sou da área da história da Educação, então todas as referências à memória ou a histórias me são muito caras. Achei incrível essa iniciativa. É uma maneira de homenagear e chamar atenção para a história da gente. Adorei me ver nas fotos. É interessante como essa exposição permite a gente parar esse fluxo constante que vivemos e pensarmos nas coisas que já fizemos. É um momento para parar e refletir sobre momentos bons e momentos difíceis que se perdem na bruma dos dias.
Lina Zingali
Instituto de Bioquímica Médica
Essa exposição é uma homenagem a todos os servidores, essa categoria tão mal falada. A universidade é feita de gente. Existem os espaços, mas sem as pessoas a gente não constrói nada. Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos, são essas pessoas que fazem o sucesso da UFRJ. Tem muita coisa para ser vista aqui, o trabalho de todos os centros que compõem a universidade. Espero que possamos ampliar ainda mais essa exposição para mostrar mais projetos e pesquisas desenvolvidos na nossa universidade.
Cassia Turci
Vice-reitora
Os dias têm sido difíceis, estamos tentando superar uma série de problemas na UFRJ, mas são ações como essa que fazem toda a diferença na nossa vida. Cheguei aqui cansada e, quando entrei, tudo mudou porque essa exposição tem muita força. É uma alegria muito grande estar aqui. A foto em que apareço ali foi bem escolhida e tem uma história curiosa. Estou gargalhando porque queriam que eu falasse com um robô de inteligência artificial. Me diziam: “Professora, pode falar com o robô”. Eu dizia alguma coisa, ele me respondia, mas eu não conseguia dar continuidade, então comecei a rir. Foi tão esquisito conversar com aquela máquina que saiu uma conversa meio robotizada.
Christine Ruta
coordenadora do FCC
Essa exposição aquece os corações dos servidores públicos. Passei pelas fotografias e tive o prazer de passear por tantos momentos históricos, das visitas de Albert Einstein e Marie Curie ao Museu Nacional, das lutas contra a ditadura, até a recepção do manto tupinambá.
Mayra Goulart
presidenta da AdUFRJ
Essas fotos não mostram só um conjunto de servidores. A maior parte dessas fotografias foi tirada fora do nosso horário de trabalho. A gente é mais que servidor. A gente está construindo um país acreditando nos nossos sonhos. Nosso trabalho é mais que um serviço regulamentar, é uma escolha de vida, uma escolha de doação à comunidade que deixa um legado para gerações e gerações tocadas por esse espírito. Essa exposição é um gesto em defesa desse modo de vida de preocupação com o coletivo, de construção de um mundo melhor. A UFRJ representa isso. Não apenas um sonho de formação de profissionais excelentes, mas também um sonho de inclusão em que ninguém fica para trás.
O Centro de Ciências da Saúde é a nova casa da exposição fotográfica Servidores da Sociedade. A coletânea é organizada pela AdUFRJ, com apoio de todos os centros e campi da universidade.
A exposição foi reaberta nesta quinta-feira (7), depois de dois dias instalada no Palácio Universitário. A comunidade acadêmica do CCS está se reconhecendo em várias imagens. Venha se ver também! São 220 fotografias que retratam momentos do trabalho de professores e técnicos, com ativa participação de estudantes.
A mostra está localizada no corredor central do CCS, o "Carreirão", próxima à entrada do Bloco L (acesso pelas escadarias). Corre, porque a temporada é curtíssima! Termina amanhã, dia 8 de novembro. A atividade faz parte da Semana do Servidor Público da UFRJ.
Esperamos por você!
Confira alguns registros da mostra, no CCS e na Praia Vermelha (primeiro local da exposição, nos dias 4 e 5), feitos pelo fotógrafo Fernando Souza.