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WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.38 1canteiro a todo vapor Obras de adequação para as turmas da Educação Infantil do CAp acontecem em espaço localizado ao lado do CCS (antigo polo Bio-Rio), no Fundão - Foto: Silvana SáQualidade, acolhimento, compromisso social. Essas são algumas características que norteiam mães e pais na hora de escolher uma boa escola para seus filhos. O Colégio de Aplicação está entre as instituições de referência do Rio de Janeiro que atendem a esses requisitos. Fundado há 77 anos, o CAp-UFRJ é um modelo de escola que atua tanto na formação de professores, quanto na educação básica. Atende desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. “É um espaço que foi criado como campo de estágio para os cursos de Licenciatura da universidade. Trabalhamos não só com ensino, mas com pesquisa e extensão no campo da educação”, explica a diretora Cassandra Pontes. “O colégio dialoga com questões ético-políticas amplas, envolve a discussão de temas sociais e contemporâneos a partir não só do que é estudado, mas por sua produção de conhecimento”, afirma a diretora.
O CAp está com inscrições abertas para seu processo seletivo, que é feito exclusivamente por sorteio público, sem taxa de inscrição. Os interessados devem acessar www.admissaocap.ufrj.br para realizar a inscrição da criança. Há vagas para o 1º, 4º e 6º anos do Ensino Fundamental, além da 1ª série do Ensino Médio. Os sorteados estudarão na sede Lagoa. Também há inscrições na modalidade de cadastro de reserva para a Educação Infantil 2, 3 e 4, destinada a crianças de dois, três e quatro anos de idade. As inscrições vão até esta sexta-feira, 14 de novembro. A criança precisa ter CPF próprio. Os editais específicos de cada série podem ser encontrados no site da instituição: cap.ufrj.br. O sorteio público será no dia 26.

EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil não tem quantitativo de vagas definido porque o espaço que será destinado a essas turmas ainda está em reformas. “A previsão de conclusão das obras no Fundão é março, por isso abrimos como cadastro de reserva. Necessitamos dos espaços prontos para saber o número exato de vagas”, diz a diretora. “São crianças muito pequenas, que necessitam trocas de fraldas, banho. Não temos como recebê-las no CAp-Lagoa. O regular é termos 15 crianças por turma, mas só poderemos confirmar esse número depois que os espaços estiverem prontos”.
A antiga sede onde funcionava a Educação Infantil, no Fundão, foi interditada em 2023, após apresentar graves problemas estruturais que colocavam em risco a comunidade escolar. As crianças atendidas foram transferidas para a sede Lagoa, que não é preparado para comportar crianças tão pequenas. Desde então, o colégio parou de abrir novas vagas para a Educação Infantil, até que um novo local fosse preparado para este fim. As obras ocorrem em edificações da antiga Bio-Rio. “O contrato foi firmado para ser concluído em 210 dias. As obras começaram em 1º de setembro. Teremos reuniões nos próximos dias para ajustar o cronograma e garantir que seja entregue em março”, afirma o pró-reitor de Gestão e Governança, Fernando Peregrino. O contrato para a adequação do espaço é de R$ 2,4 milhões.

DIVERSIDADE E DEMOCRACIA
A crise orçamentária da UFRJ atinge em cheio a estrutura do colégio, na Lagoa, cujo muro caiu em junho. Isso, no entanto, não afastou as famílias. João Laet é um exemplo. Seu filho João Miguel está matriculado desde 2016, quando tinha apenas oito meses de idade, época em que a Escola de Educação Infantil ainda não era vinculada ao CAp. A integração das escolas aconteceu em 2019.
“O CAp é uma escola com problemas estruturais graves. Porém, tem um corpo docente de excelência. É um verdadeiro laboratório de aperfeiçoamento do ensino da UFRJ”, destaca o pai orgulhoso. “Além disso, meu filho estuda com alunos de diversos cantos do Rio de Janeiro. Convive com uma diversidade racial, social e cultural muito intensa”, afirma. “Nesse sentido, ele tem uma formação muito mais ampla do que teria se estivesse numa escola particular”, acredita o pai. “Sou muito feliz de meu filho estudar nessa escola”, acrescenta.
Desde que adotou o modelo de ingresso exclusivamente por sorteio público, o CAp ampliou a variedade de grupos sociais atendidos pelo colégio. “É uma oportunidade de conviver com pessoas de diferentes territórios e classes sociais. Isso traz, sobretudo, construção cidadã”, afirma a diretora Cassandra Pontes. “A diversidade constrói novos saberes. Num contexto social em que as pessoas têm ficado cada vez mais fixadas em perspectivas homogeneizadas, o diálogo com a diferença possibilita uma formação com construção de um pensamento mais flexível”.
A democracia é outra vertente importante para a organização escolar. “A gente tem um Conselho Diretor que tem representação das famílias, dos estudantes, dos técnico-administrativos em educação e dos professores”, conta a diretora. “A potência de uma escola é a democracia, que passa pelos desafios dos tensionamentos do dia a dia. Isso é formativo”, defende a diretora.

WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.37 1Foto: Kelvin MeloPara progressão na carreira, os professores deverão dedicar pelo menos oito horas semanais à graduação (ou ao nível básico, no caso do Colégio de Aplicação), se quiserem garantir a pontuação máxima na avaliação de suas atividades de ensino. Foi o que decidiu o Conselho Universitário do dia 13. A medida acrescenta mais quatro horas ao que determina a resolução ainda em vigor, datada de 2014.
Um dos proponentes da mudança foi o professor Carlos Riehl, do Instituto de Química. “Quando a gente coloca um mínimo de quatro horas na graduação, ele vira o máximo. Reforço que aqui tem que estar, no mínimo, oito horas”, disse.
Já a vice-diretora do Museu Nacional, a professora Andrea Ferreira da Costa defendeu que a resolução deveria acomodar a situação dos professores de unidades que não possuem graduação. “O Museu não possui graduação. Mas possui uma intensa atividade na iniciação científica. É a nossa contribuição à graduação. Esse fato faz parte da diversidade da universidade”.
No caso de unidades ou órgãos suplementares que não oferecem cursos de graduação, ficou definido que a avaliação irá considerar, neste item, uma carga horária de oito horas semanais de ensino, sendo pelo menos quatro horas na graduação ou nível básico.
Diretor do Instituto de Economia, Carlos Frederico Leão Rocha considerou a proposta razoável, mas avaliou que ficou um pouco exagerada. “Talvez tivesse sido melhor ficar com seis horas (dedicadas à graduação)”. O professor acredita que a mudança, mesmo com oito horas, não vai afastar professores da pós-graduação. “O texto não está proibindo as pessoas de dar disciplina na pós-graduação. Apenas está dizendo que não vão pontuar o máximo naquele quesito. Elas poderão compensar com outras atividades”.
Presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), o professor Bruno Lourenço Diaz projetou a situação dos colegas de unidades que, a exemplo do Museu Nacional, não oferecem cursos de graduação. “Não terão a nota máxima, mas o perfil definido para o Museu levará em conta as particularidades da Unidade e a pontuação possível de ser alcançada ainda será mais do que suficiente para aprovação na progressão ou promoção”, afirmou. “Lembrando que a impossibilidade de zerar é para o grupo (de ensino) e não este aspecto específico de aula na graduação”, completou.

REITORIA DISCORDOU
A proposta aprovada venceu o texto apoiado pela reitoria e pela Comissão de Legislação e Normas do colegiado. A CLN defendia que os docentes dedicassem oito horas semanais ao ensino, sendo pelo menos quatro para a graduação.
“Após uma série de encontros entre a CPPD e a CLN, entendemos que a universidade tem uma pluralidade de fatores organizacionais, acadêmicos e de administração”, afirmou o professor Carlos Bolonha, presidente da CLN. “Entendemos que a proposta que aqui fazemos atende a esta pluralidade, observando a carga horária semanal de quatro horas no ensino de graduação”, completou.
Pró-reitor de pós-graduação e reitor em exercício no dia da reunião, o professor João Torres discordou da proposta das oito horas só na graduação, o que poderia prejudicar diferentes perfis docentes. “A universidade é um navio. Todo mundo tem que remar. Você rema dando aula na pós-graduação, na graduação, fazendo outras coisas”, observou.

AINDA NÃO ACABOU
O mínimo de horas na graduação para pontuação máxima no ensino foi a grande polêmica do Consuni do dia 13 que continuou o debate sobre a revisão das regras de promoção e progressão na carreira.
O colegiado, que tem apreciado o tema desde outubro, avançou até o artigo 44 dos 68 da proposta de resolução. A discussão vai prosseguir na próxima sessão.

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WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.36Foto: Alexandre MedeirosKelvin Melo e Silvana Sá

Após meses de muita reclamação, os motoristas que utilizam o maior estacionamento do Centro de Tecnologia receberam uma boa notícia esta semana. Os buracos localizados na alça de acesso pela avenida Horácio de Macedo foram fechados no dia 13, graças a uma parceria entre a Prefeitura Universitária, a Decania, a Coppe e a Petrobras. “É o projeto de teste de um asfalto que a Petrobras vai lançar. A Prefeitura cedeu as vias, a Coppe entrou com o projeto e a Petrobras, com o material”, disse o prefeito universitário Marcos Maldonado.
Os buracos da entrada do maior estacionamento do CT eram os que mais atormentavam os condutores. A professora Monique Robalo, do Instituto de Matemática, teve o veículo danificado no local. “Não vi o buraco e acabei quebrando o amortecedor do meu carro”, reclamou à reportagem, no início de outubro. “Nós já temos vários custos envolvidos no nosso ofício e essa situação gera mais prejuízo para nós”.
O projeto, no entanto, não resolve tudo. Os buracos no interior do estacionamento ainda aguardam uma solução. O superintendente do Centro de Tecnologia, Agnaldo Fernandes, informou que uma firma ainda será contratada para cuidar desse serviço. “Estamos nos trâmites finais de contratação. Estamos buscando resolver o quanto antes”, diz.
CCS SEM SOLUÇÃO
Já nos estacionamentos do Centro de Ciências da Saúde, a regra ainda é engatar a primeira marcha e dirigir bem devagarinho. A triste situação, que não é recente, está cada vez mais precária, afirmam os usuários ouvidos pelo Jornal da AdUFRJ.WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.37Foto: Kelvin Melo
O professor Rodrigo Tinoco Figueiredo é um deles. Vice-diretor do campus Caxias, frequenta o CCS desde o doutorado nos anos 2000 até hoje, em função das colaborações acadêmicas. “Tem piorado progressivamente. Já bati o fundo do carro por conta dos buracos. A UFRJ está muito mal cuidada”, diz. “Há um problema crônico de infraestrutura. Sei que o governo federal tem culpa. É preciso melhorar o orçamento, mas a universidade deveria buscar alternativas de receitas”, completa.
Domenico Caponi, médico do Instituto de Doenças do Tórax há 44 anos e há 25 anos trabalhando no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, reforça. “Está horrível. Quando chove, tem uma cratera ali que você não sabe se vai afundar. É um absurdo total”, afirma, em referência ao acesso do estacionamento do CCS próximo ao Banco do Brasil. “No mínimo, há cinco anos lidamos com os buracos nesse estado”.
Professora do Instituto de Química, Mônica Moreira comparece toda semana ao CCS por conta de uma parceria com colegas do Instituto de Bioquímica Médica. A docente não hesita ao dizer que o estacionamento daquele Centro está pior que o do CT. “Tem uma cratera em frente ao Banco do Brasil. Não tem como evitar. Tem que passar ali quase a zero quilômetro por hora para não furar o pneu”, diz. “E ainda tem um buraco gigante, perto do bloco K”.
É preciso conhecer bem os caminhos para não ficar com o prejuízo. “A gente está acostumado e sabe por onde passar, mas quem não sabe...”, observa a professora Cristina Nassar, do Instituto de Biologia. Em uma comparação com estacionamentos de outras universidades que visita, a docente dispara: “Estamos no pior nível de todas”.
Já o professor Pedro Pascutti, do Instituto de Biofísica, está na UFRJ desde 1998 e reforça o diagnóstico de que os espaços do Centro foram deteriorando com o tempo. Algo bem diferente do que o docente observa em outras instituições. “É outro padrão. Lá fora, as coisas são normais. A UFRJ é a maior e, talvez, a mais difícil de administrar”.

DECANIA RESPONDE
Superintendente do Centro de Ciências da Saúde, a professora Anaize Borges informa que está sendo feito um levantamento para fazer correções imediatas e emergenciais dos estacionamentos. “E seguimos na busca de recursos”, afirma.

WhatsApp Image 2025 11 14 at 15.28.38CULTURA Os saberes dos povos originários ganham espaço na COP 30: valorização das soluções da natureza no combate ao aquecimento - Foto: Bruno Peres/Agência BrasilUma boa dose de ceticismo e um grande desejo de mudança pairam sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que começou no dia 10 e vai até 21 de novembro, em Belém. Se de um lado há desconfiança quanto ao cumprimento de metas de adaptação dos países aos efeitos do aquecimento global — os Estados Unidos, por exemplo, nem mandaram delegação a Belém —, por outro, há a expectativa de que o encontro avance em áreas como financiamento climático e transição energética.
A UFRJ tem intensa participação na conferência. No dia 11, pesquisadores da Coppe conduziram o seminário “Planejamento da Transição Energética Brasileira”, onde foi debatida a articulação de um fórum entre a academia, o setor produtivo e o governo para assegurar o acesso à energia segura, contínua e a custos competitivos.
Diretora da Coppe, a professora Suzana Kahn sustenta que a UFRJ tem grande contribuição a dar para mitigar as mudanças climáticas. “A Coppe já tem décadas de tradição em pesquisa e desenvolvimento na área de energia e tem sido muito demandada na migração para alternativas com menor pegada de carbono. São inúmeras as pesquisas em CCUS (carbon capture, use and storage), assim como em bioenergia, não só da Coppe, mas também de outras unidades da UFRJ”, diz ela.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Suzana ressalta que, apesar de a maior parte das emissões de gases de efeito estufa ser proveniente de mudança de uso do solo, há uma tendência de participação crescente das emissões do setor de energia. “As soluções de descarbonização a que a Coppe tem se dedicado não se limitam a uma geração de energia de baixo carbono, mas também a toda a cadeia energética desde a fonte primária de energia até o uso final”, diz ela.
A diretora da Coppe avalia que a COP 30 pode registrar avanços para além dos acordos: “Acho que se coloca uma expectativa muito elevada nas COPs, o que gera frustrações. O poder da COP é limitado, pois tomar decisões onde é obrigatório haver consenso entre mais de 100 países com interesses absolutamente divergentes não é algo trivial. O que é importante são as direções dadas na COP, que funciona mais como condutor de mudanças, ainda que a velocidade das ações seja aquém do desejável”.
Também professora da Coppe, Andrea Santos segue a linha de otimismo. “A gente precisa nessa COP ter avanços na agenda do financiamento, precisamos de recursos para a redução de gases do efeito estufa, para a transição energética. Vale destacar a importância de ter uma COP na Amazônia, traz visibilidade para a floresta, para sua preservação e restauração. E impulsiona discussões sobre desenvolvimento sustentável. Belém é uma cidade com IDH baixo, com problemas sociais e ambientais, trazer isso ao debate é muito bom, assim como a contribuição dos povos originários e o papel vital da floresta amazônica no equilíbrio climático”, diz Andrea.

FINANCIAMENTO
Coordenador do Centro Clima da Coppe (Centro de Estudo Integrado Sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), o professor Emilio La Rovere observa que o tema do financiamento é central para a COP 30. “O Centro Clima fez uma submissão à COP 30 para a transferência de capital do Hemisfério Norte para o Sul Global. É financiamento para estrutura de baixo carbono, como transporte hidroviário, ferrovias, saneamento básico. São investimentos para a melhoria da qualidade de vida de nossa população”, diz o professor.
La Rovere foi signatário de uma carta endossada por mais de 250 entidades e especialistas ligados ao clima denunciando a influência de lobistas dos combustíveis fósseis nas negociações, o que tem prejudicado o avanço na redução de emissões. A carta registra que 2024 foi o ano mais quente da história, no qual o planeta ultrapassou o limite de 1,5°C de aquecimento global pela primeira vez.
“A carta tem um efeito muito mais simbólico do que prático. A comunidade científica não pode deixar passar em branco uma interferência que nos parece indevida dos lobistas da indústria de combustíveis fósseis. A atuação desse lobby é muito conhecida no Brasil. Temos visto isso em nosso Congresso com o lobby dos proprietários de termelétricas a carvão com interesse de expandir seus negócios com o gás natural. E isso sem qualquer base técnica, com efeitos poluentes danosos, e a custos mais elevados no fornecimento de energia”, alerta o professor.

CRÍTICAS
Apesar de considerar que países como a Arábia Saudita têm interesse em adiar todas as metas para o fim do uso dos combustíveis fósseis, La Rovere acha que o início da COP 30 foi auspicioso. “Viemos de várias COPs sediadas em países produtores e exportadores de petróleo, como Azerbaijão, Egito e Emirados Árabes Unidos. O Brasil também é também produtor de petróleo, mas já tem uma matriz energética mais equilibrada. Hoje, 50% da energia consumida no Brasil vêm de fontes renováveis. Para o Brasil, é importante termos marcos intermediários até zerar o uso dos combustíveis fósseis, se possível até 2050”.
Professor titular do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ), do qual foi fundador, e coordenador-geral da Política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa da UFRJ (SER/UFRJ), Francisco Esteves é crítico quanto ao cumprimento dos acordos firmados nos encontros globais do clima. “A COP 30 é um grande momento para a discussão da questão ambiental e para firmar acordos. Contudo, os acordos não são cumpridos. Se você analisar a emissão de gases ao longo das COPs vai ver que há um aumento crescente, exponencial. E mostrando que acordos, como o histórico de Paris em 2015, quando foram criados os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), não redundaram em nada”, avalia Esteves. “Cada vez mais a crise climática aumenta e os desastres continuam mais presentes e extremos”, completa.
Titular da cadeira de Ecologia do Instituto de Biologia, Fabio Scarano entende as críticas, mas acredita que a COP 30 pode deixar legados importantes. “As COPs são processos contínuos. Ainda que as metas nem sempre se cumpram, acho que elas formam opinião, aumentam a consciência das pessoas acerca dos riscos do aquecimento global”, diz Scarano. Ele também pontua a valorização dos saberes ancestrais na COP 30. “É preciso chamar a atenção para a importância da cultura no combate às mudanças climáticas. Há uma gigantesca lacuna nesse campo, isso não aparece nos acordos do clima, mas é fundamental”.

FSR68689Fotos: Alessandro CostaOs poderosos versos da ópera moçambicana “O Grito de Mueda”, cantados pelo Grupo Brasil Ensemble da Escola de Música, emolduraram o lançamento do ecossistema de divulgação científica da UFRJ, nesta quarta-feira (5), na Casa da Ciência da UFRJ, em Botafogo. O carro-chefe do projeto é a revista bimestral Minerva, de 60 páginas, cujo primeiro número foi distribuído aos convidados. A iniciativa é coordenada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2).
“A revista Minerva é um convite aos pesquisadores da UFRJ para que contem as suas histórias. Quero que com ela a UFRJ se mostre mais para o público externo e também para nós mesmos”, convocou o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, professor João Torres, na abertura do lançamento.
O editor-chefe Paulo Rossi e o editor de Arte, André Hippertt, apresentaram aos convidados não só a revista, mas toda a gama de produtos e ações do Ecossistema Minerva. Entre essas iniciativas estão uma versão infantil da revista (a Minervinha), um portal na Internet, um banco de fontes de pesquisadores da UFRJ e um podcast, entre outras. A matéria de abertura da primeira edição da revista aborda a escolha da deusa Minerva como símbolo da UFRJ, uma história que começou em 1925.
A principal atração da cerimônia de lançamento foi um bate-papo com os pesquisadores Luiz Davidovich, do Instituto de Física, e Tatiana Sampaio, do Instituto de Ciências Biomédicas, mediado pelo reitor Roberto Medronho. Ambos falaram não apenas sobre suas pesquisas, mas sobretudo sobre suas trajetórias na UFRJ e o cotidiano em laboratórios e salas de aula. A pesquisa de Tatiana sobre a polilaminina, com promissor potencial regenerativo do sistema nervoso periférico, é tema de reportagem na edição de estreia da revista Minerva.

Confira abaixo mais alguns registros do lançamento da revista.

05 11 2025 Apresentação revista Minerva 935

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