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Com pesar, a AdUFRJ comunica o falecimento de um de seus fundadores, o professor Edson Pereira de Souza, aposentado do Instituto de Física, aos 81 anos. Docente desde 1970, ele foi decano do CCMN, entre 1985 e 1990. “Foi um dos períodos de grande movimentação da UFRJ. Edson sucedeu na decania o professor Horácio Macedo, primeiro reitor eleito pela UFRJ em plena Ditadura Militar”, lembra, emocionado, o professor Hélio de Mattos Alves, da Faculdade de Farmácia. “Era o período das campanhas pelas Diretas Já que terminou coma eleição de Tancredo Neves, culminando com o fim da Ditadura Militar. A Decania do CCMN era a casa do DCE, da ADUFRJ e do SINTUFRJ”, recorda-se o docente.
Hélio de Mattos, que também participou do período de fundação da então Associação Docente da UFRJ, conta como foi importante a atuação política do professor Edson na universidade. “O auditório Roxinho era nosso encontro. De convivência civilizatória, o local da pluralidade, da tolerância das ideias e ideais e da diversidade como deve ser a Universidade. E ele, na sua direção, exercitou esses princípios como ninguém”, relembra. “Sua sala e instalações eram abertas e acessíveis. Mas ele sempre deixava claro sua paixão por Brizola e pela Educação Integral dos CIEPs. As atividades sempre terminavam com ele presente no Bar do SINTUFRJ ou até mesmo na sua casa. Era grande o seu poder de aglutinação”.
No dia 3, com base em relatório da CGU, Flávio Dino determinou pesadas sanções a 13 entidades que não divulgariam ou não estariam fornecendo informações de forma adequada sobre o uso das verbas de emendas federais. Entre elas, a Coppetec, maior fundação de apoio da UFRJ.
Além de ficarem sem os repasses de emendas, todas deveriam ser inscritas no Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM) e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS). A inscrição nestes cadastros bloquearia o recebimento de recursos não só de emendas, mas de outras fontes, o que prejudicaria centenas de projetos nas universidades.
A medida gerou rápida reação das entidades do setor que, após uma reunião com a CGU ainda no dia 8, acreditam que nenhuma fundação de apoio será punida. “Fomos misturados no bolo de outras instituições que não têm esse controle que temos. Temos um controle rigorosíssimo de contas”, afirmou o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), professor Antonio Fernando de Souza Queiroz.
O dirigente explicou que as fundações só foram citadas no relatório da CGU por não utilizar as palavras “emenda parlamentar” em seus portais. “As fundações de apoio não recebem emendas parlamentares diretamente. Quem recebe são as IFES ou ICTs (Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica), que traduzem essas emendas para as fundações na forma de projetos. A gente não escrevia ‘emenda parlamentar’. Não havia essa incumbência. Agora a gente vai colocar”, completou Queiroz.
PETIÇÃO DÁ RESULTADO
Em paralelo ao diálogo com a CGU, as fundações aperfeiçoaram seus portais de transparência e fizeram petições ao ministro Dino solicitando a revisão da decisão. A União Brasileira de Educação e Assistência (Ubea), entidade mantenedora da PUC-RS, foi retirada esta semana da lista de instituições com repasses de emendas parlamentares suspensos.
No dia 10, o ministro solicitou que a Controladoria verificasse se a Coppetec e mais duas fundações de apoio que também enviaram petições ao STF estão cumprindo os requisitos de transparência das emendas. “Nossa expectativa é que o ministro tome uma decisão similar (à da PUC-RS), tão logo a CGU informe que nós e o outro grupo de fundações atendemos aos critérios estabelecidos”, disse o diretor-superintendente da Coppetec, professor Antonio Figueiredo.
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A docente coordena o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, responsável pelo sistema Alarmes, que monitora diariamente os incêndios no país. O projeto foi lançado em 2020. À AdUFRJ, à época, a docente explicou sobre o sistema e festejou o impacto social da iniciativa. “Mostramos como a universidade serve às demandas da sociedade”, disse.
Ao Conexão UFRJ, Libonati contou que o projeto foi aprimorado desde então e ganhou mais relevância nas tomadas de decisão sobre os incêndios. “Ele não só monitora a área queimada. Há outros produtos, como previsões meteorológicas de perigo de fogo. Temos a expectativa do que vai queimar no Pantanal até o final do ano, baseado em dados climáticos, em dados de fogo”. (Com informações do Conexão UFRJ)
> A cerimônia aconteceu na semana em que o Brasil recordou as cenas da tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023. O presidente Lula parafraseou o título do filme em discurso de valorização da democracia no Palácio do Planalto. “Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui”. Durante o evento, o presidente assinou o decreto que criou o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. A distinção será oferecida anualmente a pessoas que tenham colaborado para a preservação, conservação ou consolidação do regime democrático no Brasil.
> No final de 2024, a UFRJ inaugurou um totem em homenagem aos 25 estudantes mortos pelo regime. Um dos nomes homenageados foi o de Stuart Angel, estudante do Instituto de Economia assassinado pelos militares em 1971. A jornalista Hildegard Angel, irmã de Stuart, esteve no ato de inauguração do memorial e celebrou o sucesso do filme. “É como se as pessoas tivessem redescoberto essa parte da história do Brasil. Essa luta tem que ser contínua”, disse. Hildegard se emocionou ao lembrar do irmão. “Obrigado, Stuart. Estou aqui falando por você”.