Pró-Reitoria de Graduação (PR-1): Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2): João Torres de Mello Neto
Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3): Helios Malebranche
Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4): Neuza Luzia Pinto
Pró-Reitoria de Extensão (PR-5): Ivana Bentes Oliveira
Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6): Claudia Ferreira da Cruz
Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7): Eduardo Mach Queiroz
Prefeito: Marcos Maldonado
Falta pouco para a próxima reitoria assumir o mandato. O decreto presidencial que nomeia o professor Roberto Medronho a partir de 3 de julho já foi publicado no Diário Oficial da União. No dia seguinte, um Conselho Universitário extraordinário deverá aprovar as indicações do novo reitor para as sete pró-reitorias.
Os nomes já foram anunciados ao público há 15 dias, mas precisam ser apreciados pelo colegiado em cumprimento ao estatuto da universidade. Esta semana, também foi confirmado o convite para que a professora Christine Ruta continue à frente do Fórum de Ciência e Cultura. O Jornal da AdUFRJ ouviu cada um deles sobre os desafios e planos da gestão. Confira a seguir.
ACADÊMICAS
PR-1
MARIA FERNANDA SANTOS QUINTELA
Professora do Instituto de Biologia
Ex-decana do CCS entre 2010 e 2014, a professora Maria Fernanda Santos Quintela foi candidata em uma chapa adversária à da ex-reitora Denise Pires em 2019, mas avalia que hoje não há qualquer incômodo em integrar a gestão de Roberto Medronho, considerada de continuidade à atual reitoria. “O cenário é outro. Passamos por um governo federal que colocou todos nós à prova em muitas variáveis”, disse. “Esta é uma nova configuração política, no nível interno e externo à universidade. É importante reconstruir juntos o tecido institucional”, completa.
Maria Fernanda pretende usar os primeiros meses da gestão para visitar cada centro. “O projeto de PR-1 itinerante será importante para que estejamos junto das unidades acadêmicas e sempre abertos a receber as proposições da comunidade universitária e parceiros externos nas diversas áreas que compõem o ensino de graduação e o básico”.
Atender o ensino básico será outra prioridade. “Temos um colégio universitário de excelência que precisa de apoio, espaço, servidores e mais reconhecimento institucional”, avalia. E acrescenta: “Os cursos de licenciatura serão centrais no projeto de reconstrução do nosso país e é preciso estreitar pontes com a sociedade para ressignificação do que é a docência e seu papel na sociedade contemporânea”.
A futura dirigente quer estreitar a articulação com as demais pró-reitorias. “A vida universitária dos estudantes pode ser mais dinâmica, se a universidade conseguir integrar mais fortemente as atividades de graduação, pós-graduação e extensão”. Maria Fernanda acredita que o modelo ajudará a combater a evasão dos cursos. “A PR-1 já faz esse acompanhamento, mas acho importante aprofundar e cruzar com outros dados na formulação de novas políticas educacionais”.
PR-2
JOÃO RAMOS TORRES DE MELLO NETO
Professor do Instituto de Física
Com sólida carreira acadêmica e longa militância sindical, o professor João Torres, titular do Instituto de Física, vai assumir a PR-2 com foco na ampliação dos grupos de pesquisa e na internacionalização. Nascido em Cruzeiro do Sul (AC), graduado em Física pela UFRJ, mestre e doutor em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, João tem larga experiência internacional. Fez pós-doutorado no Fermi National Accelerator Laboratory (FERMILAB), dos Estados Unidos, e participa de projetos que envolvem pesquisadores de vários países, como o Pierre Auger, da Argentina, e o experimento Grand, da China.
“Minha prioridade será propiciar aos grupos já bem estabelecidos da UFRJ desenvolverem ciência de qualidade internacional, e trabalhar para que os grupos emergentes possam se estabelecer. O plano de trabalho inicial é manter em velocidade de cruzeiro os projetos em curso na atual gestão da PR-2, comandada pela professora Denise Freire”, adianta.
Torres acredita que a pesquisa da UFRJ está entre as melhores do mundo. “A PR-2 é o coração da universidade. A pesquisa de alto nível feita na UFRJ nas áreas tecnológicas, biológicas e humanas é o que nos diferencia de outras universidades. Queremos que a UFRJ se internacionalize cada vez mais, e não entendemos que qualidade científica se oponha à inclusão e à diversidade, muito pelo contrário”.
Eleito presidente da AdUFRJ para o mandato de outubro de 2021 a outubro deste ano, João Torres deixará o posto na semana que vem. “O que eu levo de mais precioso da AdUFRJ é que agora realmente entendi a importância do sindicato. Confesso que sair da AdUFRJ agora nunca esteve nos meus planos, mas participar da administração central da UFRJ na PR-2 é uma honra e vou fazer o melhor possível”.
PR-5
IVANA BENTES
Professora da Escola de Comunicação
Única titular de pró-reitoria reconduzida ao posto, a professora Ivana Bentes, titular da Escola de Comunicação, vai perseguir em seu segundo mandato a meta de ter 100% dos cursos da UFRJ creditando as horas de extensão. “Vamos oferecer apoio para que a inserção curricular da extensão aconteça de forma plena, com a ampliação da oferta de ações de extensão em todas as áreas do conhecimento”, garante Ivana. Amazonense de Parintins, a professora dirigiu a ECO de 2006 a 2013, e de 2018 a junho de 2019, quando deixou o cargo para assumir a PR-5.
Outra prioridade é ampliar o número de bolsas estudantis de extensão para graduação e pós. “Temos que pensar em novas ações e enxergar as bolsas de extensão como um fator de combate à evasão e de envolvimento e presença dos estudantes nos campi, nos territórios e na cidade”, avalia a professora. Ela também pretende ampliar as ações afirmativas na extensão.
Com graduação, mestrado e doutorado na UFRJ, Ivana quer a plena integração entre ensino, pesquisa e extensão: “Pretendemos concretizar a proposta que está no programa da nova reitoria, de um colegiado único, com a extensão participando de todas as decisões acadêmicas, uma realidade na maioria das universidades brasileiras”. Ela também quer institucionalizar a participação dos estudantes de pós-graduação nas ações de extensão.
A professora considera estratégico que a extensão se articule com políticas públicas por meio de parcerias e editais com os governos federal e estadual, além da Prefeitura do Rio. Ela pretende ampliar a divulgação das ações de extensão, por meio do portal extensao.ufrj.br, e levar a extensão ao centro da política de Inovação Social da UFRJ. “A inovação cidadã e a transformação social são o coração da extensão universitária”, diz Ivana.
ADMINISTRATIVAS
PR-3
HELIOS MALEBRANCHE
Professor da FACC
Professor associado do Departamento de Administração da UFRJ e Secretário Geral da Fundação Universitária José Bonifácio, Helios Malebranche vai ocupar a Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3). Docente da instituição desde 1997, também traz para o cargo a experiência administrativa externa como Superintendente de Educação Executiva da FGV (2006 a 2010) e Chefe do Serviço de Planejamento e Acompanhamento do Laboratório Nacional de Computação Científica (2004 a 2006).
“Eu não participei do grupo de transição, mas já tive conversas com o atual pró-reitor responsável pela PR-3. Na verdade, a equipe que assume tem um alinhamento muito grande com a gestão anterior”, afirma Helios. “Nosso trabalho será o de dar continuidade, porque a administração da professora Denise e do professor Carlos Frederico foi excelente”.
Pela mesma razão, o professor não pretende fazer nenhuma mudança na pró-reitoria: “A equipe da PR-3 é muito comprometida, com técnicos de excelente nível”.
Objetivo, o docente não esconde de ninguém qual será o principal problema a ser atacado. “O principal desafio é que a universidade há algum tempo atrás tinha um orçamento que era praticamente o dobro do orçamento atual”, diz.
PR-4
NEUZA LUZIA PINTO
Técnica-administrativa
Nutricionista vinculada à Faculdade de Medicina da UFRJ, Neuza Luzia Pinto ocupará a Pró-Reitoria de Pessoal. Técnica-administrativa desde 1984, ela é especialista em Saúde Pública. “Tenho um misto de sentimentos. Há enorme satisfação pela confiança a mim depositada, mas uma ansiedade igualmente grande de responder a essa confiança”, adiantou a servidora.
Neuza reconhece que a gestão da PR-4 é um desafio, mas promete usar sua longa experiência sindical para construir uma gestão de diálogo e parceria com os servidores da UFRJ. “Os projetos serão tocados com muito diálogo. Por muitos anos, a instituição foi vista como contrária aos interesses dos seus servidores. Essa lógica precisa ser revertida. A instituição deve atuar em parceria e em defesa de seus trabalhadores”. Questões como progressões e insalubridade estão na ordem do dia. “Pretendo manter um diálogo absolutamente leal com os sindicatos. Vamos trabalhar juntos para construir políticas de pessoas”, garante.
A servidora também pretende criar e articular projetos que sejam voltados à carreira e à saúde dos profissionais da universidade. “A UFRJ precisa responder com mais atenção aos seus trabalhadores. A gente vai ajudar a aperfeiçoar o que foi implantado até aqui”.
PR-6
CLAUDIA FERREIRA DA CRUZ
Professora da FACC
A professora Claudia Ferreira da Cruz assume a pró-reitoria de Gestão e Governança com a vantagem de já conhecer a equipe, as rotinas e os problemas locais. A docente da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis é superintendente de Governança da PR-6 desde setembro de 2021. “A responsabilidade agora será muito maior”, afirma.
A futura pró-reitora pretende focar o mandato em quatro pilares. O primeiro é a recomposição de pessoal. “Nos últimos quatro anos, a pró-reitoria perdeu entre 14 e 16 servidores. E apenas dois foram repostos no último concurso. Isso tem deixado o trabalho muito sobrecarregado”.
O segundo é aprimorar o sistema de gestão das atividades. “Muitos dos controles necessários ainda são feitos em planilhas. Precisamos de um sistema que nos permita monitorar melhor os contratos e licitações”.
O terceiro eixo de atuação passa pela capacitação da equipe. Muitos fazem cursos online da Escola Nacional de Administração Pública. “São bons, mas não bastam para nossas especificidades”, explica.
O último pilar é melhorar a normatização de alguns procedimentos com as unidades, como a fiscalização dos contratos com terceirizados. “Às vezes, o problema chega para a gente já em uma situação limite”, lamenta.
PR-7
EDUARDO MACH QUEIROZ
Professor da Escola de Química
O professor Eduardo Mach chega à pró-reitoria de Políticas Estudantis credenciado por uma passagem na superintendência geral de Graduação, entre 2007 e 2011. À época, não existia PR-7, que só foi criada em 2018. “Trabalhei na PR-1, no segundo mandato do ex-reitor Aloisio Teixeira. Vou tentar trazer um pouco dessa experiência para a PR-7”, afirma.
Mais recentemente, o docente, que integrou a Comissão de Ensino e Títulos do Consuni, relatou diversos processos sobre recursos dos alunos em busca de auxílios. “Dali, tiramos algumas recomendações para trabalhar na pró-reitoria. Há um consenso de que a resolução da UFRJ sobre a assistência estudantil merece ser rediscutida”.
O ex-diretor da Escola de Química adianta que deseja trabalhar em conjunto com a PR-1 para ajudar a diminuir a evasão dos cursos. “A evasão tem um viés socioeconômico, mas também tem um viés acadêmico. Por isso, falo de trabalhar com a PR-1. Para a gente ter uma visão mais global desse problema”.
O futuro dirigente garante que haverá diálogo com os moradores do alojamento e com as representações dos estudantes, para tomar as melhores decisões possíveis. “O grande problema é o cobertor curto”, diz, em referência ao orçamento reduzido da universidade.
CHRISTINE RUTA
Professora do instituto de Biologia
Docente do Instituto de Biologia e do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Museu Nacional, a professora Christine Ruta iniciou sua trajetória como professora da UFRJ em 2007, no Nupem-Macaé. No ano passado, assumiu a coordenação do Fórum de Ciência e Cultura a convite da então coordenadora, professora Tatiana Roque, e permanecerá no cargo na nova gestão. “Vou tentar continuar a abrilhantar o Fórum de Ciência e Cultura que teve um crescimento gigantesco na última gestão. De alguma maneira, essa ponte que a gente conseguiu fazer nesse meu finalzinho de gestão com todos os órgãos, as superintendências, é algo que vai estar em pauta nessa minha gestão”.
A tragetória de extensionista, acredita a professora, é um diferencial importante. “Na extensão, nosso principal material é a sociedade. Aprendi a dialogar com a população. Acho que esse é um diferencial. O pesquisador precisa transformar sua fala para ser mais acessível à população. E o fórum é também um cenário para que a universidade dialogue para fora de seus muros e traga os saberes tradicionais para dentro da universidade”.
O patrimônio histórico é outra prioridade. “Preservar e reconstruir todo esse patrimônio vai ser uma das minhas metas. Estamos esperançosos de conseguir apoio do governo federal”.
Foto: Alessandro CostaAmpliar a participação e poder de escolha dos professores da UFRJ, facilitar a integração com os docentes aposentados, democratizar o sindicato. Imbuídos desse espírito, os professores reunidos em Assembleia Geral na quarta-feira, 28, decidiram modernizar o Regimento Eleitoral da AdUFRJ. A partir deste ano, a escolha da diretoria e do Conselho de Representantes será decidida por voto remoto, via sistema Hélios. A decisão aconteceu por ampla maioria: foram 74 votos favoráveis e 24 contrários à mudança do sistema eleitoral.
Desde 2015, quando duas chapas passaram a disputar a direção da AdUFRJ, o número de eleitores se mantém estável. No entanto, em 2021, quando houve a primeira eleição remota da seção sindical, ainda em situação excepcional, por conta da pandemia, houve substantivo crescimento de votantes. Eles passaram de 1.239, em 2019, para 1.643, em 2021.
Presidente da AdUFRJ, o professor João Torres argumentou que o crescimento de votantes alcançou os dois grupos que disputaram a eleição. “Houve grande crescimento de votos, mas, proporcionalmente, esse crescimento foi estável entre situação e oposição. A razão se manteve a mesma, de 1,5”, disse. “Portanto, houve a ampliação de votantes dos dois campos, algo que consideramos muito benéfico para o nosso movimento docente”, afirmou.
A ampliação da participação, para a diretoria da AdUFRJ, expressa o fortalecimento da democracia no movimento docente da UFRJ. “A eleição on line é mais democrática. Nossa base tem uma fração considerável de professores aposentados. São pessoas valiosas para nossa universidade, mas que não têm o hábito de estar nos campi”, explicou o professor. “O voto remoto facilita esse acesso”.
Outros pressupostos também contribuíram para que a diretoria tomasse a iniciativa de propor a mudança do método de eleições. “A logística penosa de transportar urnas que muitas vezes vão conter apenas três votos, mobilizar dezenas de docentes que se revezarão em mesas de eleição, tudo isso é muito custoso”, analisou.
Coube ao professor Ricardo Medronho, também diretor da AdUFRJ, apresentar as mudanças sugeridas pela diretoria e discutidas no Conselho de Representantes do dia 26 de junho. “Nossa ideia foi mexer o mínimo possível no regimento anterior. As mudanças tratam apenas do processo de votação”, garantiu.
Ele defendeu que o voto remoto pelo sistema Hélios não trará dificuldades adicionais aos professores. “Todas as eleições recentes na UFRJ, com a exceção da eleição para reitor, aconteceram pelo sistema Hélios. As pessoas estão familiarizadas”.
A mudança ganhou apoio e foi celebrada por muitos docentes. “Acho que o que todos querem é uma maior participação dos professores no sindicato. E isso está comprovado pelos números apresentados pelo professor João”, pontuou a professora Leda Castilho, titular da Coppe. “O sistema Hélios é conhecido de todos nós da UFRJ. A gente tem uma logística de guerra nas eleições da AdUFRJ, que paga pelo transporte dessas urnas”.
A professora Lígia Bahia, do IESC, também defendeu a adoção de eleições remotas. “Esse momento importante trata da luta pela ampliação da participação dos professores da UFRJ no nosso sindicato”, disse. “Somos um sindicato de aglutinação. Somos de todos os professores e queremos que todos os professores se aproximem da AdUFRJ. Estou muito feliz com esse momento”.
Apesar das manifestações favoráveis, alguns docentes foram contra a substituição das urnas físicas. “Parece correta a preocupação com os aposentados, mas poderia haver uma forma híbrida de eleição”, criticou o professor Luis Acosta, do Serviço Social. “O voto remoto é um mecanismo que transforma a luta política num ato individual. Deixa de ser um ato público, coletivo. Reduzir a capacidade de agir de forma comunitária me parece um passo atrás”, reclamou.
Mayra Goulart, vice-presidente da AdUFRJ, assinalou seu orgulho em construir o movimento docente na UFRJ. “Estou muito feliz em participar deste debate intenso, caloroso, vivo. Tenho muito orgulho de participar de um movimento docente comprometido com a universidade pública, inclusiva”, afirmou. “A eleição remota não é para estreitar, é para ampliar”.
LICENÇA-PRÊMIOA Lindenmeyer Advocacia, nova assessoria jurídica da AdUFRJ, apresentou uma novidade no início da assembleia. O escritório fez um levantamento e descobriu um número razoável de professores que se aposentaram há cinco anos ou menos e que nunca gozaram de licença-prêmio até 1996.
Há casos em que o docente pode receber indenização baseada nos salários da época corrigidos pela inflação. O professor Ricardo Medronho, emérito da Escola de Química, deu seu relato. “Estou aposentado há cinco anos e sete meses. Portanto, por alguns meses, eu perdi esse direito, já que nunca tirei licença-prêmio. Fiz as contas e teria direito a receber um valor de cerca de R$ 300 mil”, revelou.
Até 1996, os professores universitários tinham direito a três meses de licença-prêmio a cada três anos. Muitos professores, no entanto, nunca requereram o benefício. Se este é o seu caso, agende um atendimento. Entre em contato com: (21) 99808-0672 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
MUDANÇAS NA DIRETORIAA professora Nedir do Espirito Santo assumirá a presidência da AdUFRJ até o final do mandato da atual diretoria. O professor João Torres irá se descompatibilizar do sindicato para assumir a pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. A mudança será submetida à assembleia de professores na próxima segunda-feira, dia 3 de julho, às 14h.
Car@ colega,
Após 31 anos de profícua parceria, a AdUFRJ e o escritório Machado Silva & Palmisciano encerraram um vínculo que gerou múltiplos frutos para o sindicato e para os sindicalizados. A diretoria da AdUFRJ agradece imensamente a dedicação dos advogados. Uma nova assessoria jurídica já foi contratada pela AdUFRJ.
Liderado pela professora e advogada Ana Luísa Palmisciano, o escritório Machado Silva & Palmisciano seguirá acompanhando todos os processos em curso até o dia 17 de julho, quando o atual contrato será encerrado. A diretoria da AdUFRJ e a professora Ana Luísa garantem que não haverá interrupção dos serviços prestados.
Ainda em relação aos processos em andamento, os sindicalizados poderão optar por continuar com o antigo escritório em novos termos, sem interferência da AdUFRJ. Ou seguir, sem custos, com o novo escritório, que terá acesso aos relatórios das mais de 400 ações — individuais e coletivas — em tramitação na Justiça.
HISTÓRIA
O contrato original recebeu três aditivos nestes 31 anos: em novembro de 1999 (com a inclusão de um plantão semanal) e em 2013 e 2020, que acresceram, gradativamente, demandas e plantões adicionais até os patamares atualmente existentes.
O plantão jurídico, ampliado em 2020 — durante a pandemia —, é um sucesso. Somente de lá para cá, foram prestados 1.879 atendimentos jurídicos individuais. Os números, vale ressaltar, não incluem as consultorias feitas por e-mail e não agendadas.
Nos campos individual e coletivo, o escritório orientou os filiados sobre carreira, questões ligadas à liberdade de cátedra, aposentadoria e as mais variadas normativas federais ou internas à universidade: remoções, estágio probatório, licença-prêmio, licença-capacitação, auxílio-transporte, contagem de tempo especial, reduções salariais, determinações de reposição ao erário de parcelas recebidas. O tema da saúde também foi recorrente, como licenças, adicionais ocupacionais e isenção de imposto de renda em casos de doenças graves, por exemplo.
Os advogados participaram da mediação de conflitos com docentes, ouvidoria e alunos, auxiliaram na contagem de tempo de serviço com atuações junto à pró-reitoria de Pessoal (PR-4), inclusive em relação a tempos de trabalho docente anteriores ao ingresso na UFRJ ou em outros países.
Ao longo dessas três décadas, o escritório se orgulha do trabalho e da dedicação à entidade e aos docentes filiados. O Machado Silva & Palmisciano agradece o apoio de todas as diretorias que passaram pelo sindicato, de todas e todos os funcionários, das equipes administrativa e de Comunicação, sem os quais o trabalho seria muito mais difícil.
Em respeito às mais de três décadas de pareceria, a diretoria lista no quadro a seguir algumas das atuações significativas mais recentes da equipe de Ana Luísa Palmisciano.
DIRETORIA DA ADUFRJ
ESCRITÓRIO MACHADO
SILVA & PALMISCIANO
REFORMAS DA PREVIDÊNCIA
Orientação e adoção de medidas administrativas e judiciais em resposta a todas as reformas da previdência implementadas no país desde 1998. E, nos últimos tempos, pela Emenda Constitucional nº 103/2019 — esta última, a que trouxe regras mais duras e complexas para aposentadoria e pensão.
REPOSICIONAMENTO
Nem sempre uma demanda termina em processo. Após dezenas de recursos administrativos da assessoria, o Consuni elaborou a Resolução 15/2014 que reconhece o direito dos docentes egressos de outras universidades ao reposicionamento no nível e classe em que estavam posicionados antes do ingresso, por concurso,
na UFRJ.
PANDEMIA
Durante a pandemia de covid-19, houve diversas frentes administrativas e judiciais. Houve aconselhamentos e reflexões sobre direitos de imagem e voz dos docentes nas aulas remotas, férias, supressão de adicionais ocupacionais, trabalho remoto, afastamentos e impossibilidade de retorno de docentes que estavam no exterior.
INSALUBRIDADE
Nos últimos anos, o escritório também estudou medidas para a resolução dos problemas relacionados à concessão dos adicionais ocupacionais. As restrições aos docentes decorreram de interpretações restritivas da legislação, da falta de equipamentos e de pessoal no órgão da reitoria responsável pelos laudos, entre outros fatores. Os advogados participaram de dezenas de reuniões com a reitoria em busca de uma solução administrativa. Sem êxito, infelizmente. Ao final do ano passado, a AdUFRJ decidiu ingressar com uma ação coletiva, ainda em tramitação, para reconhecimento deste direito.
PROGRESSÕES
O trabalho também tem sido constante contra as restrições às concessões de progressões e promoções implementadas, em especial, a partir de 2019. Os advogados participaram de discussões com os docentes em diversas unidades, com a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), pró-reitoria de Pessoal e reitoria. No fim daquele ano, foi possível abrir uma “janela” para os pedidos de progressões múltiplas dos docentes. Mas, diante de novos ataques aos direitos dos professores, não restou outra alternativa: também no fim de 2022, foi ajuizada ação coletiva para questionar as limitações às progressões e promoções. Sem falar nos processos individuais, que continuaram ocorrendo.
3,17%
Segue na Justiça a execução coletiva da ação que pediu o reajuste dos 3,17% — um reajuste que não foi repassado aos docentes em 1995, na conversão da moeda para o Real.
GED dos aposentados
Também está em andamento a ação que pede a execução das diferenças da extinta Gratificação de Estímulo à Docência (GED) de aproximadamente 200 aposentados que receberam a gratificação de forma reduzida, após o congelamento da parcela.
CAp
Foi iniciada a execução da ação da parcela devida de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) a aposentados do CAp. O RSC permite ao docente receber uma remuneração referente à titulação acima da que possui, desde que tenha cumprido uma pontuação mínima em atividades acadêmicas ou administrativas. Ou seja, um especialista pode ganhar a retribuição por titulação de um mestre e um mestre pode ganhar a retribuição por titulação de um doutor.