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nedirProfessora do Instituto de Matemática, Nedir do Espirito Santo acaba de assumir a presidência da AdUFRJ. Até o fim da gestão, em outubro, ela substituirá o professor João Torres, recém-nomeado pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa. O regimento geral do sindicato proíbe o exercício de cargo na diretoria acumulado com função de pró-reitor. A mudança foi aprovada em assembleia extraordinária, no dia 3.
Nesta entrevista ao Jornal da AdUFRJ, Nedir fala do contentamento pelo reconhecimento dos colegas, das eleições remotas do sindicato e da próxima atividade de rua, levando a ciência para mais perto da população. “Vou continuar com nossas propostas. Quero contar com as contribuições de vocês para melhorar o que já estamos fazendo, para ampliar a participação dos docentes no sindicato”, disse Nedir à assembleia. Confira a seguir.

Jornal da Adufrj - Como se sentiu ao ser escolhida para ocupar o cargo?
Nedir do Espírito Santo
- Acho que foi um reconhecimento do grupo de colegas ao meu engajamento nas propostas da chapa que nós formamos há dois anos. Fiquei muito contente. Espero fazer um trabalho à altura do que está sendo realizado até agora. O João fez uma excelente direção. A ideia é dar continuidade ao que estamos fazendo.

Nesta diretoria, a senhora ficou responsável pela organização de vários eventos de rua, como o “UFRJ na Praça” no Parque Madureira. Haverá mais algum neste fim de mandato?
Vamos participar de um grande evento na Quinta da Boa Vista, no dia 16 de julho, que está sendo denominado “Domingo com a Ciência na Quinta”. A AdUFRJ vai levar um conjunto de atividades da UFRJ junto com o Observatório do Conhecimento. Mas não é uma atividade só da AdUFRJ. Envolve várias universidades e várias instituições.

A senhora terá a responsabilidade de dirigir as eleições remotas do sindicato. Qual sua expectativa?
Não é a primeira vez que tomamos esta iniciativa. Fomos eleitos, em 2021, durante a pandemia, com votação virtual que contou com 1.643 professores. Outras instituições, como a SBPC, também realizam as eleições de forma remota. Acho que vai dar tudo certo. As pessoas mais idosas sentem um pouco de dificuldade, se não tiverem uma orientação. Nós cuidaremos disso.

Pretende se recandidatar a outro cargo?
Não. Sempre estive em sala de aula e tenho feito um trabalho que envolve muito as escolas, alguns projetos de extensão. Depois das eleições, poderei ter um tempinho a mais para isso.

WhatsApp Image 2023 07 05 at 19.59.52Fotos: Fernando SouzaReitor da UFRJ desde segunda-feira (3), Roberto Medronho completou a equipe da administração central no dia seguinte. Um Conselho Universitário extraordinário aprovou, por unanimidade, todos os nomes indicados pelo dirigente para as sete pró-reitorias, além do prefeito. Trabalho não vai faltar para nenhum deles. Nem cobrança.
Logo no primeiro Consuni, o dirigente foi bastante incisivo sobre o planejamento da gestão. As ações serão guiadas pelo programa da chapa eleita e pelo relatório de mais de 400 páginas elaborado pelos grupos de transição — o documento deverá ser divulgado na próxima semana. Haverá metas de curto, médio e longo prazos.
“Com cem dias, contados a partir de ontem, divulgaremos para a comunidade o que nós nos comprometemos a fazer, o que nós fizemos e o que não fizemos. E o que nós não fizemos, com a justificativa de por que não foi feito”, disse Medronho. “Esse determinado setor vai ter que dizer para a sociedade por que não cumpriu que foi determinado”. O dirigente afirma que não há viés punitivo na iniciativa. “É no sentido de dar responsabilidade. Precisamos refletir sobre o nosso funcionamento. Somos servidores públicos”.
Já na ordem do dia, o novo reitor voltou a se manifestar sobre o funcionamento da UFRJ, durante a tardia análise do recurso de um estudante. “Não dá para um processo entrar em 2021 e chegar em 2023 no conselho”, criticou. “Precisamos de mecanismos mais ágeis para ter logo uma deliberação enquanto não conseguimos aumento dos recursos para estes estudantes. E não tenho dúvida de que todos que estão pedindo deveriam estar recebendo”.

APRESENTAÇÃO
Cada um dos pró-reitores fez breve apresentação dos planos ao conselho, de forma semelhante ao noticiado na edição anterior do Jornal da AdUFRJ. “Precisamos articular seminários por Centros e as áreas de conhecimento para avançar na integração acadêmica, de forma a tornar a vida estudantil mais dinâmica e potente, incentivando desde o início a participação e atividade de pesquisa e inovação e cultura”, disse a professora Maria Fernanda Quintela, na Pró-reitoria de Graduação.
“Eu diria que a missão da PR-2 (Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa) é manter os grupos de excelência que existem na UFRJ em pleno funcionamento e também fazer com que os jovens pesquisadores tenham condições de ascender a um nível de excelência dos seus colegas mais bem estabelecidos”, resumiu o ex-presidente da AdUFRJ, professor João Torres.
“Nosso principal desafio nesse momento, e isso já vem de algum tempo, é a questão orçamentária”, disse o professor Helios Malebranche, que assumiu a Pró-reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças. “Internamente, precisamos dar consequência ao PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional)”.
Neuza Luzia Pinto assume a pró-reitoria de Pessoal, que tem sido motivo de insatisfação dos docentes há alguns anos, em especial no que diz respeito à concessão de adicionais de insalubridade. “Existe uma pauta reprimida na PR-4. Todos nós sabemos disso e esse é um dos compromissos fortes que nós estamos assumindo ao aceitar esse desafio”, afirmou.
A meta da professora Ivana Bentes, reconduzida à pró-reitoria de Extensão, é institucionalizar a extensão no currículo de todos os cursos de graduação. “Dos 175 cursos da nossa universidade, 77 ainda têm que fazer a inserção curricular”.
Agora pró-reitora de Gestão e Governança, Claudia Ferreira da Cruz, tem a experiência de ter sido uma das superintendentes do setor. “O trabalho (da PR-6) é fundamental para as atividades finalísticas da UFRJ: vamos trabalhar para que as atividades de ensino, pesquisa e de extensão tenham condições de operar nos diversos espaços”.
Diminuir a evasão dos cursos é a missão da pró-reitoria de Políticas Estudantis (PR-7). “O ‘cobertor’, como normalmente é falado, é curto. Infelizmente, a gente não consegue no momento apoiar a todos que a universidade gostaria de apoiar”, disse o professor Eduardo Mach. Outro desafio é estender o apoio para os estudantes pós-graduandos.
Medronho ainda divulgou ao Consuni mais nomes que vão compor a equipe, alguns já informados pelo Jornal da AdUFRJ: a professora Christine Ruta continuará à frente do Forum de Ciência e Cultura; assim como o professor Luiz Cláudio Gomes, da FND, seguirá na Coordenação de Relações Institucionais e Articulações com a Sociedade (Corin); e o técnico Sérgio Duque Estrada, na Superintendência Geral de Comunicação. A Ouvidoria-Geral segue com Luzia Araújo. A técnica-administrativa Denise Góes está confirmada na Superintendência Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade e o professor Hélio de Mattos, da Farmácia, será o chefe de gabinete. Já a Superintendência de Relações Internacionais será assumida pelo professor Papa-Matar, da Escola de Química. A Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação passará para a responsabilidade da técnica Ana Maria Ribeiro.

POSSE
A reitoria confirmou a solenidade festiva da posse para o dia 4 de agosto, às 10h, no auditório do Centro de Tecnologia, com atividades artísticas e culturais diversas. “Da música clássica ao samba de raiz”, anunciou Medronho.

PROFESSORES COM ZÉ GOTINHA 

WhatsApp Image 2023 07 05 at 19.59.52 2Na sessão do Consuni do dia 4, dois docentes portavam o botton da campanha da AdUFRJ para estimular a vacinação no país. “Coloquei o botton ‘Professores com o Zé Gotinha’ preso no meu crachá para que todos possam ver que eu apoio a campanha de vacinação no país. Vacinação é um dever coletivo e precisamos estar vacinados para proteger a todes que nos cercam”, afirmou a professora Juliany Rodrigues, diretora do campus UFRJ Duque de Caxias.
O professor João Henrique dos Santos, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, que acompanhava a reunião, reforçou: “Entendo que vacinação faz parto do nosso contrato social, faz parte do nosso pacto de vida em sociedade”, disse. “É preocupante que o índice de cobertura vacinal esteja decaindo assustadoramente”, completou.
Ambos receberam o mimo das mãos da professora Ligia Bahia, especialista em saúde pública e idealizadora da campanha. Mas os filiados interessados podem pegar um na sede do sindicato, no Centro de Tecnologia, Bloco D, sala 200. Participe!

WhatsApp Image 2023 07 05 at 19.59.52 4Fotos: Fernando SouzaUm lugar de silêncio, leitura, conhecimento e muita, muita cultura. A mais antiga biblioteca em atividade contínua da América Latina abriu suas portas – todas elas – aos professores filiados à AdUFRJ. Em visita guiada pela especialista em Literatura Portuguesa, a professora Gilda Santos, o Real Gabinete Português de Leitura teve seus mistérios e curiosidades desvelados aos olhos e ouvidos atentos de 25 professores, no dia 30 de junho.
Instalado na rua Luiz de Camões, no Centro do Rio, o prédio neomanuelino abriga uma das dez bibliotecas mais bonitas do mundo, segundo revistas internacionais, dentre elas, a prestigiosa Times. A pedra fundamental foi lançada por ninguém menos que D. Pedro II, em 1880. Sete anos depois, a Princesa Isabel inaugurou o prédio. A biblioteca foi inaugurada em dezembro de 1888 também por D. Pedro II. Todas as pedras da fachada foram transportadas de Portugal para o Brasil para só então serem montadas no novo imóvel. “Este edifício é também tecnologicamente avançadíssimo para a época. Ele é o primeiro no Rio de Janeiro a ter estruturas de ferro. A engenharia passa a usar essas estruturas só em 1900”, destacou a professora Gilda, que é vice-presidente cultural e do Centro de Estudos da instituição.
Antes da atual sede, porém, o Real Gabinete passou por outros endereços. Foi fundado em 1837 por um grupo de 40 portugueses. “A cada mudança, descobriam que haviam conquistado e acumulado mais livros”, revelou a professora Gilda Santos. Com a definição da sede, o Real Gabinete se tornou uma respeitada biblioteca e passou a ser o único depositário legal de obras portuguesas fora de Portugal. O espaço guarda exemplares raríssimos, como a primeira edição de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, de 1572, além de esculturas, quadros e objetos históricos.
É o caso, por exemplo, da colher de pedreiro de prata usada por D. Pedro II na pedra fundamental do edifício. Ou da capa, chapéu e espada que pertenceram a João do Rio, quando se tornou membro da Academia Brasileira de Letras. Ou, ainda, do dente de Camilo Castelo Branco, um dos maiores autores portugueses do século XIX. Ou, também, do manuscrito e primeira edição impressa de Dicionário de Língua Tupi, de Gonçalves Dias. Nenhuma dessas relíquias está aberta à visitação pelo grande público. Foram contempladas apenas pelos professores da UFRJ.WhatsApp Image 2023 07 05 at 19.59.53 1
Machado de Assis, contou Gilda Santos, frequentava os salões de leitura do Real Gabinete desde menino. “Parte de seu autodidatismo se deve à cultura da qual bebeu frequentando o Gabinete”, afirmou a pesquisadora. Em 10 de junho de 1880, nas comemorações do tricentenário de morte de Camões, o Real Gabinete apresentou uma peça escrita por Machado de Assis. “O Gabinete encomendou uma peça para a primeira grande celebração mundial da morte de Camões. Ele escreveu ‘Tu, só tu, por amor’, inspirada num dos versos de Os Lusíadas”, contou a elegante guia. O manuscrito da peça também está sob guarda do Gabinete.
Quando se tornou presidente da Academia Brasileira de Letras, o já grande Machado de Assis realizou cinco sessões solenes no prédio da Rua Luís de Camões. Elas aconteceram entre 1900 e 1905. Na entrada do edifício é possível ler uma placa da ABL em homenagem à instituição pelo abrigo às sessões solenes comandadas pelo ilustre acadêmico. “Acho que Machado é um dos fantasmas desta biblioteca”, brincou a professora Gilda. “Deve ser remorso por nunca ter citado o Gabinete em suas obras”, afirmou sobre o autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, ao se referir a curiosos depoimentos de funcionários que relatam ver vultos no prédio.

Emoção do início ao fim
A história transmitida durante a visita, as análises dos quadros e esculturas que compõem o acervo da instituição deixaram os docentes verdadeiramente fascinados. “Estou profundamente emocionado com esta visita”, contou o professor Evandro Vieira Ouriques, da Escola de Comunicação. “É extraordinário o seu trabalho. Fico arrepiado de ver sua dedicação tão longa a este espaço”, disse o professor, ao parabenizar a colega Gilda Santos, para quem pediu uma salva de palmas. O docente é acadêmico correspondente da Academia Galega de Língua Portuguesa.
“Sensacional”, resumiu a professora Silvia Ludorf, da Escola de Educação Física e Desportos. “Adorei a iniciativa da AdUFRJ. Eu sempre quis conhecer este espaço, mas ainda não havia tido oportunidade”, disse a professora, que elogiou a condução da colega Gilda Santos. “É incrível ter acesso a lugares que não estão abertos à visitação. Eu simplesmente adorei. Sem contar que é um grande diferencial, um verdadeiro privilégio ter alguém tão qualificada para nos apresentar os espaços”.
Do Instituto de Microbiologia, o professor Maulori Cabral afirmou que a visita foi melhor do que esperava. “Essa iniciativa precisa ser repetida. Superou, realmente, todas as minhas expectativas. Eu fiz muitas visitas ao Real Gabinete, com alunos, mas sempre ficávamos restritos ao salão de leituras, como todos os visitantes. A experiência de hoje me impressionou”.
“Eu já trabalhei com a Gilda no Departamento de Letras Vernáculas da Faculdade de Letras”, revelou a professora Marcia Machado Vieira. “Quando vi que a visita era com ela, eu fiz questão de vir. Respondi imediatamente”, disse. “Eu recomendo muito que outros colegas venham”.
WhatsApp Image 2023 07 05 at 19.59.53Idealizadora do projeto de visitas guiadas da AdUFRJ, a professora Ana Lúcia Cunha Fernandes, diretora da AdUFRJ, celebrou o acolhimento dos colegas à inciativa. “A repercussão tem sido muito boa. As pessoas elogiam, querem participar. Este passeio foi esgotado em pouco tempo, abrimos nova turma e vamos tentar realizar outra edição até o fim do ano”, revelou. Filha de portugueses, ela se disse “especialmente emocionada com a visita”. “Mexeu muito comigo, com minha história. Eu já conhecia o prédio, tive oportunidade de realizar um seminário aqui. Mas visitar com essa riqueza de informações passadas pela Gilda foi realmente especial”.

Para ser sócio
É possível se tornar sócio do Real Gabinete Português de Leitura. A taxa mensal é de R$ 80 e dá direito ao empréstimo de até três obras pelo prazo de 15 dias, desde que sejam edições a partir de 1950. Pesquisadores podem ter acesso a obras mais raras, mediante pedido prévio e autorização. Tombado desde 1970 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o edifício não tem acessibilidade, o que limita a visitação de pessoas com deficiências locomotoras.

Por unanimidade, a assembleia virtual extraordinária do dia 3 aprovou a indicação da professora Nedir do Espírito Santo para ocupar a presidência da AdUFRJ. A medida foi necessária em função da saída do atual presidente, professor João Torres, que seria nomeado pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da nova reitoria do dia seguinte, durante o Consuni. O regimento geral do sindicato proíbe o exercício de cargo na diretoria acumulado com função de pró-reitor. "Vou continuar com nossas propostas. Quero contar com as contribuições de vocês para melhorar o que já estamos fazendo, em termos de ampliar a participação dos docentes no sindicato", disse Nedir à assembleia.

Antes da AG extraordinária, em outra assembleia virtual, os professores aprovaram o edital das eleições da AdUFRJ. A votação para a diretoria e para o Conselho de Representantes da entidade ocorre nos dias 13 e 14 de setembro.

As chapas candidatas à diretoria devem ser inscritas junto à secretaria da Adufrj-SSind até 13 de agosto. As listas de candidatos/as ao Conselho de Representantes deverão ser inscritas até 2 de setembro.
Podem candidatar-se a cargo da Diretoria ou do Conselho de Representantes os/as docentes sindicalizados/as até 15 de maio que estejam em dia com suas contribuições. São eleitores os docentes sindicalizados até 14 de julho.
Pela primeira vez, as eleições serão realizadas de forma remota, por meio de programa auditável que garanta link individual e intransferível, enviado por email aos sindicalizados/as aptos/as a votar.
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