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WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.44.45 1Fotos: Fernando Souza‘Sou profundamente grato ao ensino público. Por isso, tenho o compromisso de devolver à sociedade o que em mim ela investiu”, disse o reitor Roberto Medronho ao tomar posse no cargo mais importante da UFRJ.
A cerimônia foi concorrida. Representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, reitores de universidades públicas e privadas do Rio de Janeiro e de outros estados, dirigentes de agências de fomento, ex-reitores da UFRJ, músicos, cientistas, estudantes, professores, técnicos. Era grande a representatividade da plateia. Os 500 lugares do auditório do CT, no Fundão, não comportaram as mais de 800 pessoas confirmadas para a solenidade.
A diretoria da AdUFRJ foi representada pelas professoras Ana Lúcia Fernandes, Nedir do Espirito Santo e Mayra Goulart. Além de desejarem sucesso à nova gestão, Mayra e Nedir, em discurso, falaram das articulações e pautas trabalhadas pela AdUFRJ. “Defendemos a ideia de uma universidade de excelência com inclusão. Fomos recebidos pela atual PR-4, dando seguimento às negociações iniciadas na última gestão. Aumentamos nossa articulação com o Parlamento via Observatório do Conhecimento”, destacou a professora Nedir. Mayra completou que a atuação do sindicato e do Observatório em advocacy tem ajudado a fortalecer pautas caras às universidades. “Estamos construindo um projeto de lei que garanta que os reitores eleitos por suas comunidades universitárias sejam empossados”, afirmou.
Os estudantes também saudaram a nova gestão. “Estamos a serviço da universidade, por mais verbas, mais cotas, mais assistência estudantil”, disse a aluna Giovanna Tavares. “É fundamental que a gente se una pelo fim da lista tríplice e que a gente abra um canal de diálogo responsável e democrático com a nova gestão”.
O Sintufrj também se fez presente. Esteban Crescente, coordenador do sindicato, pediu mais democracia. “Esperamos que seja uma gestão de defesa da universidade, por uma universidade mais democrática e mais plural”.
Na lista de representações, o depoimento mais emocionante foi de Natália Trindade, da APG. “Eu gostaria de falar da urgência de reconstruir a universidade. É preciso que ela volte a ser um lugar de sonhos. Serei a primeira doutora da minha família. Aqui nutri sonhos da minha mãe, da minha avó, e pude sonhar mais para realizar mais”.
O ex-reitor Carlos Frederico Leão Rocha destacou os feitos de sua gestão e desejou boa sorte aos colegas. “Tenho certeza de que estamos deixando a UFRJ em boas mãos”.
WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.41.45 4Emocionada, a vice-reitora lembrou de sua trajetória familiar e profissional. “Escolhi engenharia e sofri um pouco de resistência do meu pai. Quis ser professora muito por influência de minha mãe, que era professora primária. Tenho certeza de que hoje estariam orgulhosos de mim. Poucas vezes na vida passei por um momento tão especial na UFRJ, como esta cerimônia”, disse a professora.
Cássia Turci lembrou do período da pandemia, em que coordenou a fabricação de álcool 70°, quando o insumo faltou no mercado. “Nossa luta na pandemia teve como lema principal ‘salvar vidas’. Tenho muito orgulho do trabalho que desempenhamos nesse período”, afirmou.
O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luis Fernandes, falou em nome da ministra Luciana Santos. “Conseguimos recompor por completo o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e isso vai ajudar muito as universidades e institutos, além de recuperar a infraestrutura de pesquisa, que foi destruída de forma criminosa no governo anterior”. Ele também anunciou para breve o lançamento de um programa voltado para o tema. “Vamos lançar um Proinfra robusto e com periodicidade para possibilitar o planejamento das instituições”.WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.42.12Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), representou o ministro da Educação, Camilo Santana. “Tenho absoluta convicção de dizer que este ato de transmissão de cargos será repetido em todas as universidades que escolherem seus representantes. A democracia será respeitada”, garantiu.
Médico de formação e professor da Universidade Federal de São Paulo, Chioro falou sobre a necessidade de fortalecer o Complexo Hospitalar da UFRJ. “É inaceitável o quadro de degradação em que vivemos. Precisamos recuperar anos de desinvestimento e fortalecer o Complexo Hospitalar, que se mostrou tão importante no enfrentamento da pandemia. Esse é um governo que entende de verdade o papel da Educação e da Saúde públicas”.
Em seu discurso, o novo reitor reafirmou o compromisso com a assistência estudantil. “É inaceitável ver um estudante aprovado para a maior universidade federal do Brasil ter que desistir do curso por vulnerabilidade socioeconômica”, disse Medronho.
Músico e portelense de coração, o reitor também fez questão de destacar a importância da arte popular. “Faremos festivais, shows, atividades. E o Canecão agora finalmente será da UFRJ. Precisamos fazer reparação histórica com a cultura que foi vilipendiada pelo governo anterior”.
O reitor ainda anunciou publicamente a instalação de mesas permanentes de negociação com as representações da UFRJ – o tema foi adiantado pelo Jornal da AdUFRJ em maio, em entrevista exclusiva com o então reitor eleito.

HOMENAGEM À DONA NEUZA

WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.41.45 2“De minha mãe, dona Neuza de Andrade Medronho, herdei a doçura, a delicadeza e a empatia”, disse o reitor. A simpática e orgulhosa mãe estava na plateia. Aos 91 anos, ela se emocionou ao reconhecer o filho no palco. “Fiquei muito contente, muito emocionada”, declarou. Dona de casa, ela criou os filhos em Piedade, Zona Norte do Rio de Janeiro.
“A gente tem muita história. A gente foi criado junto, brincando na rua, pegando manga, carambola no pé”, relembrou Luci Mizuno, prima de Medronho. “Estou muito orgulhosa”.
O irmão de dona Neuza, tio materno do reitor, chorou. “É uma felicidade. Nós viemos de uma família muito humilde. Essa é uma vitória de toda a nossa família”, disse o senhor Ivan José Andrade. “Foi muita luta para que esse dia chegasse. Ele estar hoje onde está é fruto do trabalho dela”, disse ele, em referência à dona Neuza. “Passa um filme na cabeça”.

 

WhatsApp Image 2023 08 04 at 20.41.45Do erudito ao popular. A cultura foi citada e homenageada com lindas apresentações. Na abertura da cerimônia, a Camerata de Sopros da Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob a regência de Gabriel Dellatorre, executou peças de chorinho. No encerramento, muito samba com Noca da Portela. Violões do Museu, com violões produzidos a partir da madeira do incêndio do Museu Nacional, e Tira o Dedo do Pudim, quarteto da Escola de Música da UFRJ, também abrilhantaram o final da cerimônia.

 

AdUFRJ ENTREGA CARTA AO MEC
Logo após a cerimônia, a diretoria da AdUFRJ entregou ao representante do MEC, o professor Arthur Chioro, um documento a ser encaminhado ao ministro Camilo Santana. Na carta, a diretoria reivindica a abertura imediata de mesas setoriais de negociação. A justificativa é que a carreira do magistério federal tem muitas especificidades e um déficit de reajuste maior do que outras carreiras do funcionalismo federal. Chioro se comprometeu a levar a reivindicação ao ministro da Educação e a defender a pauta.
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Em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, foi eleita a comissão responsável pelas próximas eleições para a diretoria e o Conselho de Representantes da AdUFRJ. Foram escolhidos os professores Felipe Rosa (como presidente da comissão eleitoral), do Instituto de Física; Marta Castilho, do Instituto de Economia; e Karine Verdoorn, do Instituto de Ciências Médicas (ICM) do Centro Multidisciplinar UFRJ - Macaé. A votação será nos dias 13 e 14 de setembro.
Diferentemente de outros processos eleitorais, professores que fazem oposição à atual diretoria da AdUFRJ não compareceram à assembleia e também não indicaram nome para compor a comissão eleitoral, mesmo consultados previamente.


WhatsApp Image 2023 07 28 at 15.57.39Marque em
sua agenda. Na
próxima quarta
temos um
encontro marcado
na Casa da
Ciência para uma
confraternização.

WhatsApp Image 2023 08 01 at 13.58.13Na quinta-feira (dia 3), às 10h30, uma assembleia geral vai escolher a comissão responsável pelas eleições para a diretoria e Conselho de Representantes da AdUFRJ, biênio 2023-2025. O formato da reunião será híbrido: presencial, no Centro de Tecnologia, bloco D, sala 201; e virtual, através do Zoom (o link foi enviado por email). Participe!

Agenda:
10h30 - Primeira convocação com o quórum mínimo de docentes
11h - Início da AG com qualquer número de docentes
11h às 11h30 - Informes
11h30 às 12h - Discussão da pauta
12h - Encerramento da assembleia

WhatsApp Image 2023 07 28 at 10.18.57REQUERIMENTO foi entregue ao superintendente Rafael Pereira pela presidente da AdUFRJ, Nedir do Espirito Santo - Foto: Fernando SouzaA AdUFRJ iniciou uma negociação com a nova pró-reitoria de Pessoal (PR-4) para alterar as resoluções do Consuni que prejudicam as progressões docentes. Em reunião realizada na quarta (26), acompanhados da assessoria jurídica, os diretores entregaram um requerimento para que a universidade reconheça os efeitos financeiros de cada avanço na carreira de forma correta.
Ou seja, a partir do exato momento em que o professor cumpra o interstício de 24 meses de trabalho e atinja a pontuação mínima necessária para o avanço, com sua produção acadêmica. O que ocorre muito antes da data da avaliação feita por uma banca, como prevê a legislação atual, influenciada por pareceres da Advocacia Geral da União do governo Bolsonaro.
“O que a comissão de avaliação faz é declarar um direito. Mesmo que o professor peça com atraso”, explicou o advogado Renan Teixeira. No requerimento entregue à PR-4, seguindo o mesmo princípio, o sindicato reivindica a possibilidade de que os docentes possam realizar progressões múltiplas, isto é, referentes a mais de um interstício acumulado.
Integrante do recém-contratado escritório Lindenmeyer Advocacia & Associados, o assessor contou que os problemas com as progressões são os casos mais frequentes nos plantões jurídicos da AdUFRJ. “Há os que protocolam os pedidos na data correta, mas a comissão faz a avaliação 60, 90 ou 120 dias depois. Os docentes têm pouca ingerência sobre isso. E uma demora de dois ou três meses da avaliação atrasa também as próximas progressões”, reforçou Renan. “Percebemos os professores com muito carinho pela UFRJ e chateados de precisar judicializar essa questão”, concluiu.
Os casos julgados até aqui mostram o equívoco da regulamentação da universidade. Ainda segundo o documento apresentado à PR-4, há sentenças favoráveis aos docentes no Tribunal Regional Federal da 2ª Região e no Superior Tribunal de Justiça. “Hoje em dia se judicializa muito essa questão porque existe uma conduta administrativa que não está em consonância com o entendimento do Judiciário sobre as progressões e promoções”, afirmou a também advogada Mariana Lindenmeyer.

DESBUROCRATIZAÇÃO
Além do debate sobre os efeitos financeiros das progressões, os diretores questionaram a pró-reitoria sobre a necessidade de desburocratização interna. “Dentro da UFRJ, há diferentes processos de progressão. Na minha unidade é quase kafkiano”, disse a professora Ana Lúcia Fernandes, da Faculdade de Educação. “Mesmo quem já é adjunto tem de colocar o diploma de doutorado em todos os processos”.
“A gente tem que imprimir o relatório de aulas que damos, do SIGA (Sistema de Gerenciamento Acadêmico), e mostrar para nossa chefia de departamento homologar”, acrescentou a vice-presidente Mayra Goulart. “Parece que a universidade desconfia da gente. Registramos tudo no Lattes; para quem está em pós, esse Lattes é incorporado na plataforma Sucupira; e depois temos que provar que não estamos mentindo no nosso Lattes para a UFRJ”.
Outro problema é a formação de bancas, que podem demorar a ser criadas. “Algumas unidades possuem uma banca única para fazer a avaliação. Mas a grande maioria monta uma banca específica quando o docente faz o pedido”, acrescentou o professor Ricardo Medronho.
O atraso dos sistemas de informação da universidade se manifesta das mais variadas formas. “Um exemplo disso é que o relatório de monitoria ainda é feito em papel, em quatro páginas”, disse a presidente Nedir do Espirito Santo. “O professor tem que pegar todos os relatórios e digitalizar”, criticou.

RESPOSTA DA PR-4
A pró-reitora Neuza Luzia Pinto, adoentada, não participou da reunião. Quem recebeu a comitiva da AdUFRJ foi o superintendente Rafael Pereira, que mostrou a disposição da administração superior para o diálogo. “Nosso entendimento, da gestão, é sempre para garantir o direito do servidor. Vocês podem contar com a gente”, disse. “O diálogo com as assessorias jurídicas dos sindicatos é imprescindível para construção dessas teses, para levar ao reitor essas visões. Para que ele possa tomar a melhor decisão ou colocar para o conselho tomar a melhor decisão”.
Antes do debate com a AdUFRJ, a nova reitoria já tinha identificado a necessidade de construir uma simplificação e comunicação entre os sistemas de dados da UFRJ. “Temos interesse e entendemos que a TIC (Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação) tem capacidade técnica para fazer essa simplificação a partir de resolução da universidade”, afirmou Rafael. “Agora, a decisão sobre como será o processo de progressão tem que ser feita pelos colegiados e discutida pelos docentes”.

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