A secretaria da AdUFRJ vai funcionar em home office nesta sexta-feira (17). Depois do carnaval, retornaremos ao expediente normal na segunda-feira, dia 27.
O Conselho de Ensino de Graduação acaba de aprovar uma proposta de alteração do calendário acadêmico. Em vez de 13 de março, o início das aulas será em 3 de abril para a maioria dos estudantes — alguns cursos, como Medicina, já começaram as atividades para os “veteranos”, além do Colégio de Aplicação. A medida foi necessária em função do atraso no cronograma do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), mais um problema herdado do governo Bolsonaro. Não há como realizar todos os procedimentos de pré-matrícula e matrícula até a data originalmente prevista. Tecnicamente, também não é possível separar os calendários entre calouros e veteranos para os mais de 170 cursos de graduação da UFRJ.
O primeiro período será encerrado em 22 de julho. O segundo período começará em 10 de agosto e terminará em 23 de dezembro. O calendário votado no CEG ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Universitário.
A matéria completa estará no Jornal da AdUFRJ desta semana.
Pela primeira vez em 40 anos de história do Andes, quatro chapas irão disputar a direção do Sindicato Nacional de Docentes. As chapas se inscreveram no final da tarde de hoje e se apresentaram para os colegas na plenária do Congresso.
A chapa 1, ‘Andes pela Base, Ousadia para Sonhar, Coragem para Lutas’, apoiada pela atual diretoria, é encabeçada pelos professores Gustavo Seferian, da UFMG, Francieli Rebelatto, da Unila, e Jennifer Webb Santos, do Colégio de Aplicação da UFPA. O professor Luis Acosta, do Serviço Social da UFRJ, integra a chapa. Ex-presidente da AdUFRJ, Acosta acumula cinco décadas de militância e um precioso e um raro traço de atitude política: a cordialidade e o respeito aos adversários. “Disputar essa eleição significa contribuir com as lutas da categoria e fazer avançar a luta da classe trabalhadora e ajudar na reorganização para enfrentar os desafios atuais”, resumiu o docente. “Vamos manter a autonomia e a independência em relação ao governo e às reitorias. Claro que queremos participar dos espaços de negociação em benefício dos trabalhadores”.
O triunvirato que lidera a Chapa 2 – ‘Andes-SN Classista e de Luta’ é formado pelo professor André Guimarães, da Universidade Federal do Amapá, pela professora Celeste dos Santos Pereira, da Federal de Pelotas, e por Welbson do Vale Madeira, da Federal do Maranhão. A professora Marinalva Oliveira, da Faculdade de Educação da UFRJ e ex-presidente do Andes, integra a chapa. Marinalva, militante incansável da luta anticapacitista, protagonizou momentos fortes no Congresso de Rio Branco ao criticar severamente a atual reitoria da UFRJ e a secretária de Ensino Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho. “A reitora conseguiu vender a UFRJ por meio da privatização do Canecão e agora quer desenvolver esse projeto para todo o país”, discursou no penúltimo dia do Congresso. “Sou enfática, mas respeito meus adversários. Não faço política com ódio”, resume a docente, sempre elegante no vestir e nos atos.
A chapa 3, Renova Andes, é liderada por Antônio Pasquetti, professor da Universidade de Brasília. A professora Eleonora Ziller, ex-presidente da Adufrj, integra o triunvirato que encabeça o grupo. O terceiro nome é Erika Suruagy, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O Renova é o maior coletivo de oposição à atual direção do Andes. “Queremos construir um novo sindicato, que se renove, que seja mais horizontal em sua organização, menos engessado e mais próximo da vida cotidiana dos nossos professores. Nosso objetivo maior é trazer para as nossas lutas coletivas aqueles que estão afastados e descrentes. Há um novo momento político no país e precisamos estar preparados para ele, analisou Eleonora, após a cerimônia de apresentação das chapas, com a tranquilidade que sempre marcou sua atuação à frente da AdUFRJ.
A quarta chapa se apresenta como representante da Quarta Internacional e chama-se ‘Andes-SN classista: romper com a capitulação para lutar por salários, direitos e pelo socialismo’. É encabeçada pela professora Soraia Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco, pelo professor Raphael Góes Furtado, da Universidade Federal do Espírito Santo, e pela professora Gisele Cardoso Costa, da Universidade Federal do Amazonas. “Há espaço para uma quarta chapa porque não acreditamos em conciliação de classes, em governo de conciliação. Nossa chapa é contra as opressões e queremos apontar as raízes da opressão. Não queremos combater as opressões apenas com medidas educativas e punitivas. Queremos resgatar os métodos históricos da classe operária, as assembleia presenciais, as greves e os piquetes”, explicou a professora Soraia Carvalho, da Universidade Federal de Pernambuco.
As eleições do Andes ocorrerão durante dois dias na primeira quinzena de maio, em todo o país.
Chapa 1
Chapa 2
Chapa 3
Chapa 4
Dona Cléo e o professor Jorge Fernandes da Silveira - Foto: acervo pessoal/Luci Ruas
Prosseguem as homenagens para a imortal Cleonice Berardinelli, que faleceu no último dia 31 aos 106 anos. O professor emérito Jorge Fernandes da Silveira enviou para a Redação um poema "motivado pela dolorosa perda da Mestra fundadora da minha carreira na UFRJ".
Confira a seguir:
CLÉO NO CÉU
Às altas Torres alevantada e aos Mares venturosos avisada
Alma encarnada pela juvenília mão vicentina de Bandeira
Nossa Senhora Estrela-Guarda de pena e verso a vida inteira
Aos montes às meninas e aos meninos posta em sina devotada
ANJO?
Nessa manhã estive à beira do quotidiano
a Teu lado entre palacetes velhos.
Um rouxinol e um repuxo nos olhavam.
E aqueles cedros no cenário.
Olhei, olhei por dentro dos
sentidos as sensações. Vê além,
disseste. Havia um pórtico, as
colunatas de pedra. O largo atalho
de saibro. O sol com o seu feixe
de muitos raios atrás da Tua sombra.
Fiama Hasse Pais BRANDÃO
CLEONICE BERARDINELLI 28 de Agosto de 1916-31 de Janeiro de 2023
Senhora, Aula Magna da Literatura Portuguesa,
Agora, Você, Cleonice, bem claro nos ensina,
Aqui, onde o Natal mal se acaba em Carnaval que já começa,
A viver a bem-vinda passagem das horas em sua dina companhia divina.
Rio de Janeiro, lisblon, 31 de Janeiro-1º de Fevereiro de 2023