Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

IMG 3523Foto: Alessandro CostaApós o incêndio do edifício Jorge Machado Moreira (JMM), em 2016, a Escola de Belas Artes ainda tenta voltar aos melhores dias. O grande problema é a falta de espaço para as atividades acadêmicas, lamenta o professor Daniel Aguiar, Diretor Adjunto de Graduação da unidade.
A situação piorou quando, em janeiro de 2024, o Escritório Técnico da Universidade (ETU) recomendou a interdição do Pamplonão – ateliê que abrigava a maior parte das disciplinas práticas do curso de pintura, além das aulas de modelo vivo — por risco de desabamento do teto.
Até um auditório vem sendo aproveitado como sala de aulas. “Mas, por exemplo, quando chega a época de defesa dos trabalhos de conclusão de curso, também não temos sala”, diz o dirigente da EBA. A galeria Macunaíma, na entrada do Pamplonão, também será improvisada como sala — embaixo de uma marquise, o espaço não oferece risco aos usuários.
Desde o semestre passado, a EBA conseguiu ocupar o oitavo andar do JMM, onde ficavam as pró-reitorias da universidade. Parte dele, no caso. Houve dinheiro para fazer a reforma somente da metade do pavimento. “Se tivéssemos reformado o andar inteiro, talvez a questão de falta de espaço da EBA fosse resolvida”, afirma Daniel. “A ocupação da metade do oitavo andar é uma vitória para a EBA, mas o espaço ainda precisa de adequação para ser melhor aproveitado”, completa.
As salas voltadas para a avenida Pedro Calmon são invadidas pelo sol da tarde. Professores e alunos só conseguem ocupar metade delas. “E nenhuma das nossas salas tem refrigeração. Já tivemos aulas suspensas em ondas de calor. E isso muito me preocupa, sobretudo no final deste semestre, quando vamos entrar no verão”, esclarece o dirigente.
Para chegar lá, outro percalço. Os elevadores vivem quebrados. “A gente já chegou a ter nenhum elevador funcionando, mas estamos longe do que deveria ser o ideal”.

IMPERMEABILIZAÇÃO
DO BLOCO D
Responsável pela Coordenação de Preservação em Imóveis Tombados (Coprit), Leonardo Rodrigues Santos respondeu que o edifício JMM nunca possuiu instalações de climatização adequadas. “O projeto original da década de 1950 não previa esse sistema, que foi sendo executado de modo gradual e adaptado pelas unidades”, explica. “A drenagem inadequada danificava as fachadas e gerava riscos de incêndio, pois foram ligados em instalações elétricas que não previam esta carga”, disse.
A revisão das instalações vem ocorrendo desde 2016. No caso da EBA, os Laboratórios de Restauração (térreo do bloco D) foram climatizados. Já outra contratação possibilitou a energização dos quadros dedicados à climatização dos 6º e 7º andares. “Essas instalações ainda não são as mais adequadas. É necessário que se realize um plano de implementação para o sistema de refrigeração para todo o edifício”, completa Leonardo.
Sobre o Pamplonão, a Coprit esclarece que está em processo para contratação da impermeabilização do bloco D (onde se localiza o ateliê) junto da recuperação estrutural do espaço. “Contudo, não há indicação orçamentária para contratação”.
Em relação aos elevadores, o Escritório Técnico da Universidade responde que três estão em funcionamento. “Estamos realizando o treinamento de fiscais para qualificar o acompanhamento da execução do serviço de manutenção”, explica Rodrigo Bogado, coordenador geral dos Escritórios de Planejamento do ETU.

 

WhatsApp Image 2025 08 05 at 18.05.38fotos: UNIVERSIDADE DE QUEENSLANDRenan Fernandes

Você consegue explicar sua pesquisa de doutorado desenvolvida durante quatro anos em apenas três minutos? Essa é a proposta da primeira edição do Três Minutos de Tese (3MT) da UFRJ, lançado pela pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PR-2) e pelo Fórum de Ciência e Cultura (FCC). A iniciativa desafia doutorandos a explicarem suas pesquisas de forma clara, evidenciando para um público não especializado a importância dela para a sociedade. Os vencedores levam R$ 5 mil e as inscrições estão abertas até o dia 22 de agosto.
“Muitas vezes, o público enxerga as teses produzidas na universidade como complexas, não vê objetividade, uma aplicação prática”, observou a professora Christine Ruta, coordenadora do FCC.
A ideia de trazer o 3MT para a UFRJ surgiu há alguns anos de um grupo de estudantes de doutorado da docente. A pandemia da covid-19 foi um período de reflexão para Ruta sobre a importância da propagação do trabalho desenvolvido na UFRJ.
“O período da pandemia mostrou como é importante nos envolvermos na divulgação científica de qualidade para traduzirmos o nosso conhecimento”, disse.
Todos os alunos de doutorado com matrícula ativa na UFRJ podem participar do concurso. A universidade tem mais de 6 mil doutorandos, em 96 programas de doutorado acadêmico e três de doutorado profissional. “A ideia é aproximar a universidade da sociedade a partir dos nossos jovens doutorandos”, afirmou a professora.

JÚRI POPULAR
Criado em 2008 na Universidade de Queensland, na Austrália, o 3MT ganhou popularidade e já está em mais de 900 universidades em 85 países. O evento chegou ao Brasil em 2018 na Universidade Federal de Pelotas.
“É uma oportunidade de ouro para os estudantes mostrarem o que fazem na universidade de forma lúdica”, destacou o professor João Torres, pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa. O docente mostrou entusiasmo com o exercício de transmitir a essência da pesquisa. “Nós, acadêmicos, gostamos de passar todos os detalhes, as condições e requisitos do projeto e, às vezes, esquecemos do ponto central”.
As pesquisas foram divididas em três áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde; Engenharias, Ciências Exatas e da Terra; e Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes.WhatsApp Image 2025 08 05 at 18.05.38 1
Na primeira fase, os concorrentes devem enviar um vídeo na horizontal de até três minutos que será avaliado segundo os critérios de relevância da tese, apresentação de resultados, inovação da pesquisa, lógica da apresentação, linguagem adequada ao público não especializado, gestão do tempo, capacidade de atrair interesse e presença de palco. Cada área terá sete classificados para a segunda fase, que será presencial.
Um corpo de jurados heterogêneo será formado para avaliar as apresentações dos 21 finalistas. Acadêmicos, artistas, empresários e produtores culturais vão se juntar para julgar os trabalhos apresentados. Estudantes de escolas públicas de Ensino Médio vão participar do júri popular.
A professora Magdalena Rennó, do Nupem, faz parte da comissão do 3MT na UFRJ e ressaltou a importância de adaptar o discurso para um público de fora da universidade. “O doutorando deverá ter a atenção e o cuidado para se comunicar com um vocabulário mais simples, para que a maioria das pessoas compreendam as informações da sua pesquisa”, explicou. “Será a oportunidade para o doutorando desenvolver habilidades para a comunicação com o público em geral, no formato de vídeo curto, que é uma tendência cada vez mais aceita, por ser uma ferramenta visual, dinâmica e rápida”, completou.
Os finalistas terão acesso a um curso online de capacitação em divulgação científica oferecido pelo FCC. Raphael Cavalcante, diretor da divisão de integração acadêmica e integração da PR-2, celebrou a promoção de uma cultura de divulgação científica na UFRJ. “Os finalistas vão participar desse workshop e também podem ganhar uma boa visibilidade para sua pesquisa. Por vezes, as pesquisas ficam enclausuradas na universidade, então ganhar esse espaço para fora da instituição é importante”, disse.
Os três primeiros colocados de cada categoria terão um artigo publicado no periódico Fórum UFRJ em Revista. O vencedor de cada categoria leva o prêmio em dinheiro. O edital do concurso e o formulário de inscrição podem ser acessados em: forum.ufrj.br/inscricoes-abertas-para-o-premio-3mt/

WhatsApp Image 2025 08 05 at 18.05.37 3Foto: Acervo da famíliaO Centro de Letras e Artes se despediu, no fim de semana retrasado, de um de seus mais queridos e icônicos professores: Jerônimo de Paula da Silva. Ex-diretor do Escritório Técnico da Universidade, Jerônimo trabalhou nos projetos da Escola de Educação Física e Desportos e da Faculdade de Letras. Docente do Departamento de História e Teoria da FAU, gostava de conduzir seus alunos em viagens para que vissem a Arquitetura ao vivo.
Jerônimo também era conhecido por uma história curiosa compartilhada pelo perfil da decania do CLA: certa vez, responsável pela reforma do auditório do CCMN, escolheu a cor roxa para os tecidos e carpetes, acreditando que era cinza azulado (era daltônico). Ao final, todos gostaram e o auditório passou a ser chamado de “Roxinho”.
A AdUFRJ se solidariza com a dor de familiares e amigos do querido colega.

WhatsApp Image 2025 08 05 at 18.05.37 2Foto: DivulgaçãoA AdUFRJ se soma às manifestações de pesar pelo falecimento do professor Bartholomeu Wiese Filho, no dia 29 de julho. Legendário músico do conjunto de choro Galo Preto, o docente desenvolvia atividades de ensino na graduação e pós-graduação, além de coordenar os projetos de extensão Violões da UFRJ e Cordas Dedilhadas, vinculados ao Programa de Pós-graduação Profissional em Música.
“Reconhecido violonista, atuou como integrante do grupo regional Galo Preto e da Orquestra de Cordas Brasileiras, tendo realizado diversos concertos e master classes na América Latina e Europa. Sua pesquisa recente focava na aplicabilidade das técnicas expandidas do violão nas práticas interpretativas”, escreveu, em nota, a direção da Escola de Música. “Sua trajetória deixa uma marca profunda na vida acadêmica, artística e humana da Escola de Música da UFRJ”.

 

WhatsApp Image 2025 08 05 at 18.05.37 1Foto: Fernando SouzaDez anos depois de a UFRJ ter revogado o título de Doutor Honoris Causa concedido em 1972 ao general Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil no auge da ditadura militar, a reitoria retirou uma placa no Fundão em homenagem ao ditador. Para o reitor Roberto Medronho, o gesto tem forte simbolismo. “A UFRJ retirou o título de Doutor Honoris Causa por um motivo muito concreto: uma parte do nosso corpo social sofreu com a ditadura. Tivemos desaparecidos, torturados, demitidos. Agora, 10 anos depois, descobrimos uma placa homenageando o mesmo ditador. Então, coerente com a resolução do Conselho Universitário, removemos essa placa. Ditadura nunca mais! A comunidade acadêmica da UFRJ repudia toda e qualquer forma de ditadura e acredita que a democracia é o melhor regime para o desenvolvimento social e econômico do país”, diz Medronho.

Topo