Em reunião na mesa específica do setor de Educação, no último dia 19, o MGI apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para os professores federais. No lugar dos 4,5% anteriormente oferecidos para maio de 2025 e maio de 2026, o governo sinalizou com 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026.
Além disso, o governo propôs aumento de 4% para 4,5% nos steps nas classes C e D (do magistério superior) e DIII e DIV (do EBTT) a partir de janeiro de 2025. Para a carreira EBTT, o governo também aceitou o fim do ponto eletrônico. E garantiu que, atendidos os critérios estabelecidos em lei, o docente não terá prejuízo financeiro e no tempo de interstício para progressão e promoção, desde que realize o pedido em até seis meses.
Nesta página, apresentamos de forma resumida a proposta do governo, que inclui ainda um aumento nos benefícios, cujo acordo foi assinado nesta quinta-feira (veja AQUI).
Os professores da UFRJ decidiram, por ampla maioria, rejeitar a proposta do governo, de reajuste salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Foram 489 votos pela rejeição, 250 pela aprovação e 18 abstenções. O resultado reflete a posição da diretoria, de que ainda é preciso mobilizar mais a categoria e negociar mais com os ministérios, já que a proposta do governo ainda é insuficiente para dar conta das perdas salariais e penaliza mais os professores mais jovens que terão, no acumulado, percentuais menores de recomposição salarial.
A assembleia aconteceu nesta sexta-feira, 26, das 14h30 às 19h. Houve presenças no auditório Quinhentão e via Zoom. A votação se deu pela plataforma Helios Votting.
Ao longo dos debates, muitos professores declararam que estavam muito preocupados com as questões estruturais e de financiamento da universidade e exigiram a realização de uma assembleia para debater este ponto de pauta. A diretoria da AdUFRJ, no entanto, informou logo no começo da reunião que agendou uma nova assembleia que tratará deste tema e de formas de mobilização no dia 10 de maio. O local ainda será definido, mas já está decidido que será uma assembleia presencial, multicampi e com voto em urna. A greve novamente será pautada.
Presidenta da AdUFRJ, a professora Mayra Goulart celebrou a posição dos professores da universidade. “Estamos satisfeitos com a avaliação da categoria que, neste momento da negociação, entende que a proposta do governo é tímida para as nossas necessidades”, diz. “O resultado da votação reflete a nossa posição, que é a de pressionar o governo por melhores salários e melhores condições de trabalho”.