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WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.43.55A Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), uma das instâncias da universidade mais importantes para a vida dos professores, realiza eleições virtuais para representantes de classe (um titular e um suplente) de 18 a 22 de outubro. As inscrições de candidatos estão abertas até 15 de setembro. O formulário pode ser acessado na página da CPPD. Poderão concorrer docentes que não exercem cargo de decano, direção, chefia de departamento, e os respectivos substitutos eventuais de cada cargo. Presidente da CPPD, o professor Fábio de Araujo (foto) explica nesta entrevista como será a primeira eleição remota da história da comissão.

Jornal da AdUFRJ: Por que a CPPD é tão importante no dia a dia dos professores?
Fábio de Araujo: A CPPD é uma comissão estabelecida pela legislação federal que rege a carreira docente. É a instância administrativa que trata de vagas, de homologação de concursos, avalia os estágios probatórios realizado nas unidades para elaboração da portaria de estabilidade, os processos de alteração de regime de trabalho. Por exemplo, se o docente 20 horas quer passar para 40 horas DE (Dedicação Exclusiva), é a CPPD que faz o parecer para aprovação final do reitor. E seu maior “gargalo” é a homologação final dos processos de promoção e progressão.

Muita gente critica o trabalho da comissão...
É interessante pontuar que a CPPD segue as resoluções da universidade, segue a legislação. Ela não cria normas. Mas ajuda a discutir resoluções. Um exemplo importante foi a de 2018, atualizando os procedimentos do estágio probatório. A CPPD também discutiu e encaminhou recentemente à Comissão de Legislação e Normas do Consuni uma proposta de resolução da alteração do regime de trabalho, que cuida dos procedimentos de forma mais detalhada. O texto ainda será debatido pelo conselho.

Como será a votação este ano?
Em função do panorama pandêmico, será a primeira eleição remota da CPPD. A votação utilizará o Sistema E-Voting e a TIC/UFRJ (Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação) vai disponibilizar o acesso à plataforma digital por meio do e-mail institucional cadastrado na Intranet da instituição. Docentes que possuem processos de promoção em tramitação devem se atentar que votarão no representante da classe em que se encontrarem no dia 1º de outubro, no Sistema de Recursos Humanos da universidade. Em julho, havia 4.209 docentes aptos a votar: 4.105 do magistério superior, cinco Titulares Livres e 99 da educação básica, técnica e tecnológica (EBTT).

Por que é importante o professor participar deste processo?
O docente que vira candidato e, eventualmente, consegue fazer parte da CPPD poderá servir à universidade com seu trabalho e, por outro lado, vai aprender muito sobre a carreira docente: o que a legislação orienta, o que orientam as resoluções. Estar na CPPD é uma oportunidade de se abrir para este aprendizado.

A CPPD tem representantes das classes e dos centros. Por que a eleição deste ano só renova uma parte das representações?
A razão de a votação ser separada é para que o grupo que fica possa passar a experiência do trabalho para os novos: entender a carreira, aprender como se aplicam as resoluções, aprender a despachar os processos. Seria muito ruim para a comissão se as trocas de representação ocorressem ao mesmo tempo. Ano que vem, devem ocorrer as eleições para representantes de centros.

COMO ATUALIZAR O E-MAIL
Cada eleitor receberá pelo e-mail cadastrado na intranet da UFRJ as instruções, senha e o login para votar. Caso seja necessário alterar este e-mail, o procedimento deverá ser feito na própria intranet, seguindo os seguintes passos:
1 - Acesse a Intranet (https://intranet.ufrj.br/);
2 - No menu Navegação, clique em "Minha Conta";
3 - Em "Opções do usuário", clique em "Alterar e-mail";
4 - Informe a senha de acesso à Intranet, o novo e-mail e confirme o novo e-mail;
5 - Clique no botão "Atualizar";
6 - Uma mensagem de confirmação será enviada para o e-mail informado;
7 - Acesse a mensagem, no e-mail informado, e clique em "confirmar" para validar a atualização;
8 - Clique em "ok" para concluir.

WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.44.35FONTE DO JARDIM DAS PRINCESAS será aberto à visitação pública daqui a um ano - Foto: FOTOS: ANA MARIA COUTINHO/COORDCOM“O Museu Nacional Vive”. A frase, que se tornou um lema de resistência da comunidade da UFRJ, foi novamente repetida pelo diretor da unidade, professor Alexander Kellner, no último dia 2. E não à toa. Exatamente três anos após o incêndio que destruiu 80% do acervo da instituição científica mais antiga do país, o dirigente apresentou, ao lado da reitora Denise Pires de Carvalho, os ambiciosos planos de gradual reconstrução e reabertura do prédio.
Dentro de um ano, já será possível ao público acessar o Jardim das Princesas, na lateral do museu, e que não era aberto para visitação mesmo antes do incêndio. O local, onde as princesas Isabel e Leopoldina passavam o tempo livre, será finalizado em breve. Além deste presente para a população, existe a expectativa de conclusão da recuperação da fachada principal, no mesmo período. E, até 2026, todo o prédio estará apto para a reabertura.
Os custos do sonho não são baixos. A previsão orçamentária, que depende dos processos executivos e de licitações, gira em torno de R$ 385 milhões. A ideia é reconstruir as áreas internas com base no antigo palácio. Mas, para além da infraestrutura, é preciso atingir a meta de 10 mil peças para o acervo expositivo do museu. Hoje, a UFRJ conta com apenas 500 peças classificadas para exposição.
Está em curso uma campanha para ampliar o acervo. “Recebemos muitos itens nos últimos dias, algo em torno de 100 novos exemplares para o museu”, contou o diretor. Até agora, a instituição já recebeu doações valiosas, como 27 peças dos períodos clássicos grego e romano que pertenciam a um colecionador gaúcho. Da Áustria, virão peças feitas por indígenas brasileiros, recolhidas na Amazônia há mais de 100 anos por naturalistas europeus.
“Temos suporte de cerca de 30 países. Os Estados Unidos, até o momento, não nos doaram exemplares, mas ajudaram num momento crucial de levar estudantes nossos, que não tinham mais o material para pesquisar, para os seus centros de pesquisa. Quero destacar o governo da Alemanha, parceiro de primeira ordem, que doou 1 milhão de euros. Temos muito a trabalhar e agradecemos o apoio”, ressaltou Kellner.
Para a reitora Denise Pires de Carvalho, o 2 de setembro de 2021 é um dia de comemoração. “Porque o Museu Nacional vive e renasce neste momento. Não tenho dúvida de que, nestes três anos, toda a comunidade do Museu Nacional tem trabalhado com muita resiliência e capacidade de adaptação para reconstruir e também aceitar esse novo modelo de governança, que trará uma instituição ainda mais forte, com sustentabilidade”, declarou Denise. “Vamos caminhar no sentido de uma instituição mais moderna, interagindo mais com a sociedade e com o apoio internacional”, concluiu.

WhatsApp Image 2021 08 27 at 22.38.00Diretoria da AdUFRJ

 

Esse foi o título do editorial de novembro de 2019, quando, após os primeiros 30 dias de mandato à frente da diretoria da AdUFRJ, dedicamos uma edição do jornal inteiramente em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Falávamos de um legado monstruoso, cuja dimensão não tem paralelo entre as nações modernas, tanto por sua dimensão temporal — foram mais de três séculos —, quanto por sua dimensão quantitativa, pois contam-se aos milhões as pessoas que foram arrancadas de suas vidas, trazidas à força ao Brasil e escravizadas. Nenhuma formação social pode conviver impunemente com um quadro dessa gravidade. Há apenas uma década, a universidade começou a implantar medidas que buscam alterar em profundidade um cenário que pouco havia mudado nos últimos cem anos. Hoje as expressões “lugar de fala” e “racismo estrutural” difundiram-se de tal forma que integram de modo cotidiano tantas de nossas conversas. Mas, para sairmos de fato deste imbróglio histórico, precisamos encarar de modo radical e consciente que não somos alheios a essa realidade: o racismo, filho direto dessa realidade, habita em todos nós. O que começamos a viver na semana que se encerra (veja na página 5) pode ser uma grande possibilidade para a universidade encarar a si mesma e as suas tradições e buscar uma saída que fortaleça um círculo virtuoso de enfrentamento de seu racismo estrutural. A universidade não está alheia ao mundo que a forma, mas, se quiser cumprir seu papel, deverá ser também um espaço de liberdade autêntica, projeção de uma sociedade mais justa. A primeira e fundamental lição que tiramos desses últimos dias é que não poderá haver qualquer tolerância a práticas discriminatórias, venha de quem vier.

Não é pouco significativo que um conflito entre dois professores, no Departamento de Ciência Política, coloque a nu nossas mazelas. Diversas notas circulam pela universidade, além de um relato apresentado pelo grupo de professores que esteve envolvido na denúncia. Há em tudo isso um fato incontestável: um professor negro se sentiu profundamente atingido numa discussão sobre a constituição de banca para concurso em que pleiteava a sua participação e, por isso, recorreu ao Coletivo de Docentes Negros e Negras da UFRJ. Foi imediatamente acolhido, assim como a sua reivindicação de uma rigorosa apuração do ocorrido, que está expressa numa petição pública de ampla repercussão.

Há nessa movimentação toda uma possibilidade que a UFRJ não pode perder. O desafio está lançado: precisamos ser absolutamente intolerantes com qualquer prática de discriminação racial e o processo para garantir a sua apuração e até mesmo uma eventual punição precisa também reafirmar e aprofundar a nossa experiência democrática, aprimorar o funcionamento institucional, consolidar práticas que multipliquem uma nova consciência. E para isso trabalharemos de modo incansável, e estaremos sempre, de modo incondicional e solidário, junto a todas as ações que protejam a vida, valorizem, reconheçam e expandam a participação de negros e negras na vida universitária. Desde a sua articulação e criação, acompanhamos as ações e subscrevemos as reivindicações do Coletivo de Docentes Negros e Negras da UFRJ, respeitando sua autonomia e protagonismo.

Que tudo isso nos aproxime mais, abra novos diálogos e construa a universidade plural que nos foi negada nos últimos 100 anos. Que o legado de nossa geração seja mais bem-sucedido ao romper as amarras da rede de insensibilidade tecida pelos séculos de exclusão, violência e perversidade.

As mudanças climáticas são um problema grave a ser enfrentado pela humanidade. Quem diz isso é um grupo de centenas de cientistas espalhados por todo o mundo, fireque atua em conjunto no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (da sigla em inglês IPCC) das Nações Unidas. O painel conta com a participação de professores da UFRJ, referências nas suas áreas de pesquisa, mostrando a excelência da universidade. O painel apresentou um novo relatório, no dia 9 de agosto, fruto de um enorme trabalho coletivo. O Jornal da AdUFRJ conversou com duas pesquisadoras da UFRJ que integram o IPCC para saber como é construído um trabalho dessa dimensão.

Claudine Dereczynski é professora do Departamento de Meteorologia do Instituto de Geociências da UFRJ. Foi a sua primeira colaboração para o IPCC, e para integrar o time de pesquisadores do painel a professora concorreu com 900 cientistas por 250 vagas. Em outubro de 2017, ela se candidatou a uma das vagas para produzir o sexto Relatório de Avaliação (AR6) do IPCC. “Me candidatei como lead author do capítulo sobre extremos climáticos, e em fevereiro de 2018 recebi a notícia que fui selecionada”, contou a professora.

O IPCC é dividido em três grupos de trabalho. O Grupo 1 é responsável pelas análises das bases físicas e científicas das mudanças do clima. O Grupo 2 estuda o impacto da mudança do clima na sociedade e ecossistemas, e o Grupo 3 analisa as estratégias de mitigação das mudanças climáticas. Claudine faz parte do primeiro grupo. “O que nós fazemos é uma avaliação de tudo o que foi publicado desde o último relatório, em 2013, até o presente”, explicou a professora. O primeiro relatório do IPCC foi publicado em 1990, e a cada ciclo de aproximadamente cinco anos, um novo documento é elaborado.

No papel de lead author, Claudine foi responsável pelo capítulo 11, sobre eventos extremos, como picos de temperatura, de chuvas e fenômenos climáticos como furacões, e qual é a projeção para o futuro. “Eu coordenei a seção 11.9 no meu capítulo e o time de pesquisadores da América do Sul”, contou a professora, que já pesquisava o tema desde o começo dos anos 2000.

“Eu já fazia trabalhos com mudança climática, sobre detecção das mudanças climáticas no Brasil e América do Sul. Para nós que trabalhamos com mudanças climáticas, esse relatório do IPCC é a palavra final, o que há de mais importante sobre o tema, uma referência muito forte”, avaliou Claudine. Ela concorda que a dinâmica de trabalho e pesquisa cria um ciclo virtuoso de progresso da Ciência, porque as lacunas de um relatório anterior tendem a ser preenchidas no seguinte. “A cada ano vai melhorando. Outros pesquisadores ficam interessados e vão pesquisar sobre os assuntos para os quais faltaram dados no ciclo atual de elaboração do relatório”, contou.

Embora enriquecedora do ponto de vista científico, a experiência de trabalhar em conjunto com pesquisadores de todo o mundo não é fácil, e tudo ficou mais difícil com a pandemia. O grupo chegou a fazer três encontros presenciais, mas um quarto encontro foi descartado. “As reuniões online eram muito prejudicadas pela diferença de fuso horário dos autores. O encontro que era presencial e duraria uma semana, teve que durar um mês online, para diminuir o cansaço”, relatou.

PRESENÇA BRASILEIRA

A vice-diretora da Coppe, Suzana Khan Ribeiro, também reconheceu os impedimentos impostos pela pandemia ao trabalho do IPCC. “A pandemia dificultou muito o trabalho, principalmente para os países em desenvolvimento porque é preciso um bom acesso à internet”, disse a pesquisadora, que participa do IPCC desde o terceiro relatório, publicado em 2001. “Há ainda a questão da língua. Usamos o inglês, e uma coisa é falar uma língua estrangeira pessoalmente, outra por videoconferência, onde se perde um pouco da linguagem corporal”, explicou.

Suzana está no Grupo 3 e é responsável pelo capítulo que apresenta opções de tecnologias para o setor de transportes, como a eletrificação, uso do hidrogênio como combustível, cidades inteligentes e utilização mais eficiente do solo, mas não pôde dar mais detalhes em respeito ao compromisso de confidencialidade assumido com o IPCC.

Trabalhando junto ao IPCC há mais de 20 anos, Suzana é testemunha da mudança de papel que o Brasil teve na discussão sobre o clima. “Quando participei da primeira vez, o Brasil era muito ativo nas negociações climáticas, e não tinha tanta gente trabalhando com mudanças climáticas naquela época, o país participava muito desses debates”, contou a professora. “Como eu participava muito dessas discussões, fui chamada para contribuir na questão da transferência de tecnologia, principalmente na questão do etanol e do BRT de Curitiba, casos em que o Brasil era exemplo”, complementou. Na opinião da pesquisadora, é um desastre que o Brasil tenha perdido seu protagonismo nas discussões climáticas, mas ainda é possível reverter o quadro. “É uma situação ruim. Acho que ainda é possível retomar, mas estamos perdendo muito espaço no fórum internacional”, avaliou.

A presença de pesquisadores brasileiros no painel há tanto tempo ajuda a criar uma cultura de pesquisa sobre o tema no país, mas é pouco. “Sem recursos, sem condições de as pessoas se dedicarem às suas pesquisas, é muito difícil”, disse Suzana, reconhecendo a crise pela qual passa a pesquisa brasileira, e o não reconhecimento da emergência climática por parte da esfera pública. “Ainda temos muitos pesquisadores trabalhando, quase como teimosia, mas é uma perda irreparável para a nossa pesquisa e para a nossa política”, explicou. Na sua visão, as discussões sobre mudanças climáticas não tratam apenas do planeta, mas de economia, de processo de desenvolvimento e de pensar o futuro da sociedade, mas a tarefa é inglória. “É muito frustrante ser cientista do clima, porque não tem eco na sociedade, ainda mais na atual conjuntura”, resumiu.


URGÊNCIA CLIMÁTICA

O aquecimento da temperatura do planeta é um fato, os efeitos serão catastróficos para a humanidade e o curso da sociedade deve mudar imediatamente para que haja uma redução desses impactos. Assim pode ser resumido o Relatório de Avaliação 6 do Grupo 1 do IPCC, que analisa as mudanças climáticas pelas quais passa o planeta. O físico Paulo Artaxo, professor da USP e um dos cientistas colaboradores do painel, apresentou os resultados em um colóquio virtual organizado pelo Instituto de Física da UFRJ, no último dia 19.
O pesquisador começou a sua fala apresentando a abordagem direta da comunicação que o IPCC adotou na apresentação do texto mais recente, efeito da urgência imposta pela velocidade das mudanças. O relatório apresenta algumas frases importantes, que passam o senso de urgência e que foram apresentadas pelo físico. Entre elas:
“Mudanças recentes no clima são generalizadas, rápidas e intensificadas e sem precedentes em pelo menos 6,5 mil anos”.
“É indiscutível que as atividades humanas estão causando mudanças climáticas, tornando eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, chuvas fortes e secas, mais frequentes e severas”.
“Todas as regiões do globo já são afetadas por eventos extremos como ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocadas pelo aquecimento global”.
“Cada uma das últimas quatro décadas foi sucessivamente mais quente do que qualquer outra década que a precedeu desde 1850”.
“A menos que haja reduções imediatas rápidas e em larga escala nas emissões de gases de efeito estufa, limitar o aquecimento a 1,5ºC pode ser impossível”.
Artaxo também apresentou uma correlação entre o crescimento de tendências socioeconômicas, como a população urbana, uso da água e de fertilizantes, com fenômenos que aumentam o aquecimento do planeta, como a emissão de gases do efeito estufa e a diminuição de área de floresta tropical. “Em um planeta onde você tem recursos naturais finitos, não existe crescimento exponencial ad infinitum”, explicou o professor. “Estamos no antropoceno, a era em que os humanos se tornaram uma força geofísica planetária”, concluiu.

POR QUE O PROFESSOR DEVE SE SINDICALIZAR?

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 CHAPA 1 

Luta, serviços e samba na construção de um ambiente de respeito e harmonia

WhatsApp Image 2021 08 27 at 21.49.48A nossa AdUFRJ tem por missão fundamental defender os direitos profissionais e trabalhistas dos docentes da UFRJ. Esta defesa se dá em vários níveis, desde a luta articulada nacionalmente pelo Andes quanto em outras frentes como o Observatório do Conhecimento, a SBPC e outras entidades nacionais e se insere numa luta mais ampla pela valorização do trabalho docente e pela valorização do papel da universidade.
A PEC 32/2020, chamada PEC da reforma administrativa, trabalha com a hipótese de que a administração pública é ineficiente e o real problema da administração é o servidor público. O projeto acaba com a estabilidade, extingue promoções consideradas automáticas (que no nosso caso passam por avaliação) e outros benefícios. Só os novos servidores serão afetados. A PEC não mexe nas regras para os militares, magistrados e membros do Ministério Público, exatamente as categorias que têm maior remuneração e mais benefícios no setor público. Lutar contra a PEC 32 é assegurar que os futuros jovens professores e professoras tenham uma perspectiva de carreira minimamente satisfatória no futuro.
Neste sentido, um dos problemas mais urgentes é a estrutura salarial da carreira, onde os jovens professores ganham proporcionalmente muito menos do que os professores mais estabelecidos. Há um salto salarial entre os níveis de adjunto e associado que é prejudicial aos jovens professores. Temos a firme convicção que este assunto deve ser rediscutido e esperamos que a AdUFRJ tenha um papel de liderança nesta questão.
É importante promover um melhor acolhimento dos professores e das professoras recém-contratados: eles e elas devem ser recepcionados pela AdUFRJ em eventos nos quais sejam apresentadas as questões do estágio probatório e da carreira do magistério federal.
Um dos problemas que muitos docentes da UFRJ enfrentam é a dificuldade em receber o adicional de insalubridade. Embora a atual diretoria da AdUFRJ tenha se esforçado bastante para resolver este problema, os resultados não têm sido satisfatórios. Pretendemos retomar e intensificar o trabalho da atual diretoria e, se necessário, entrar com ações judiciais específicas para esta demanda.
Não sustentamos a falsa dicotomia entre um sindicato “de luta” e um sindicato “assistencialista”. Entendemos que um sindicato deve lutar na arena política, negociar com a reitoria, com o Executivo, com o Legislativo e levar os pleitos dos professores para a rua e a mídia, organizar e participar de atos contra governos autoritários e que desprezam a Educação e a Ciência. No entanto, nenhuma destas ações se contrapõe ao oferecimento de vantagens exclusivas para os sindicalizados como convênios com empresas principalmente voltadas para a saúde e educação. Muito pelo contrário, essas parcerias valorizam os professores individualmente e no coletivo, uma vez que podem atrair mais docentes para o sindicato e, consequentemente, aumentar o seu poder de ação.
A atual administração da AdUFRJ iniciou um projeto de convênios no setor de serviços que pode representar um ganho considerável para o filiado ao sindicato de todos os campi. Os convênios não trazem benefícios financeiros para a AdUFRJ. Alguns dos convênios são estabelecidos também como forma de fortalecer algumas empresas sociais como o MST e a agricultura de produtos orgânicos. Já estão à disposição descontos em atendimentos de saúde, educação e bem-estar. Consideramos que esta iniciativa, também utilizada por outras Ads, é muito louvável e pretendemos ampliá-la com oferecimento de convênios em várias áreas. Temos depoimentos de filiados que afirmam que o benefício financeiro de um único convênio já ultrapassa a contribuição sindical. Pretendemos buscar convênios com redes de farmácias e demais serviços voltados para os professores de idade mais avançada.
O momento é particularmente delicado para todas e todos em função da pandemia e do cenário político do país. Acreditamos que o sindicato também deva ser um espaço de convivência prazeroso para os seus filiados. Pretendemos organizar encontros sociais com feijoadas, samba, feiras de arte, ciência e atividades esportivas com o objetivo de promover a integração entre os vários campi da UFRJ. Os eventos deste tipo organizados no passado deixaram saudades, principalmente agora neste tempo de pandemia! As últimas administrações da AdUFRJ têm proposto a construção de uma sede. O projeto está parado devido às incertezas do atual momento político. Supondo que o cenário seja mais favorável ano que vem, pretendemos retomar a proposta da sede com muito entusiasmo.
O combate ao racismo, ao machismo e à LGBTfobia deve ser contínuo e não esperar que surjam situações em que eles se mostrem presentes numa comunidade. Ainda que seja preciso compreender a dificuldade de se mudar profundamente a cultura racista e outras formas de preconceito tão arraigadas na sociedade, no âmbito da Universidade temos que ser vigilantes quanto ao cumprimento pela instituição dos procedimentos legais diante de denúncias de racismo e, principalmente, empreender ações pedagógicas para aumentar a consciência sobre essas questões e promover um ambiente de respeito e harmonia no trabalho.
Como apoio imediato ao professor que sofrer qualquer tipo de discriminação, pretendemos criar um canal de acolhimento e de orientação quanto aos procedimentos legais para garantia de seus direitos.

CHAPA 2

Um sindicato autônomo e fortalecido na unidade da luta: juntos, esperançamos!

WhatsApp Image 2021 08 27 at 21.49.48 1A docência é um ato dialógico: ensinar, pesquisar e realizar extensão não se esgota no indivíduo. Docentes são sujeitos que, no coletivo, escrevem a história da universidade pública, da democracia e da profissão.
Se filiar à AdUFRJ-SSind é um gesto que amplia o pertencimento a uma categoria estratégica para o país. Não é possível ser docente insulado no individualismo, ainda que em um setor curricular ou departamento. A plenitude da docência somente é possível combinando a individualidade com os diálogos intersubjetivos que caracterizam a vida universitária. É também um ato que nos coloca em diálogo permanente com as gerações que nos antecederam, em tempos difíceis, na construção da UFRJ e, ao mesmo tempo, aos que chegam agora (e chegarão) à universidade.
Só nos é possível ser plenamente docentes e expressar nossa individualidade em um movimento coletivo que, por gerações, pratica o apaixonante fazer universitário nas grandes lutas e causas que definem o futuro das universidades públicas.
No diálogo com professores mais antigos, restabelecemos a conexão entre as gerações, fortalecendo as lutas pela paridade entre os ativos e os aposentados, pela isonomia entre as carreiras, ampliando os espaços de convivência cultural, política e de afetos. Com a nova geração, é preciso enfrentar a herança dos que, em nome de pequenas conquistas econômicas, aceitaram o fim da aposentadoria integral dos novos docentes.
Entre nossas propostas, defendemos a construção de uma pauta de luta local: contra o assédio moral, o assédio sexual, o capacitismo e a discriminação étnico-racial e de gênero. Somos a favor de condições adequadas de trabalho, de segurança nos campi, de simplificação da burocracia no acesso a direitos, tais como aposentadoria, afastamentos, licenças, promoção e progressão na carreira docente.
No encontro de gerações, esperançamos garantir a democracia, a universidade pública e gratuita como dever do Estado, fortalecendo o aparato de fomento à ciência e à tecnologia para que as mais nobres funções públicas possam ser viabilizadas. Além disso, defendemos a criação de estratégias para que a carreira e as condições de vida dos docentes assegurem meios para que todos possam se dedicar de modo vigoroso ao labor universitário.
O governo Bolsonaro/Mourão vem atuando diuturnamente para extinguir a autonomia universitária e inviabilizar a carreira dos servidores públicos por meio das contrarreformas administrativa, da previdência, da legislação trabalhista, erodindo as bases materiais e simbólicas das Universidades Públicas, que produzem mais de 90% da ciência brasileira. Para fazer frente a essa conjuntura, precisamos restabelecer o diálogo com o conjunto do Andes-SN e se somar às entidades democráticas que zelam pelos direitos humanos e sociais. Nesse sentido, é preciso retomar na AdUFRJ-SSind os grupos de trabalho temáticos, articulados aos do Andes-SN, que têm como objetivo produzir e divulgar análises das diversas políticas e dimensões do Sindicato. Os GTs fortalecerão a participação dos docentes nas instâncias do Andes-SN (congressos, Conad, seminários, e outras). Além disso, defendemos que a AdUFRJ-SSind deva organizar e incentivar a participação docente em cursos de formação político-sindical (no Andes-SN, nas regionais e seções sindicais).
Somente enfrentaremos a política de destruição do governo Bolsonaro se aliados à cidadania democrática do país, praticando a unidade indispensável para assegurar a democracia e os direitos sociais no Brasil. Com um sindicato combativo, classista, autônomo em relação aos governos, aos partidos e à reitoria, seremos mais fortes para, coletivamente, defendermos a universidade pública e os direitos conquistados pela categoria docente e demais trabalhadores do país!
Precisamos fortalecer os espaços de participação para que possamos lutar pela universidade pública e gratuita. Entre as propostas de nosso programa, destacamos a necessidade de fortalecer a democracia interna e a participação dos docentes nas instâncias da seção sindical (assembleias deliberativas multicampi, conselho de representantes, reuniões de unidades e grupos de trabalho locais). Para esse fortalecimento da participação, queremos debater a viabilidade da criação de uma sede sindical própria, com auditório, espaço gastronômico e a implementação de salas multifuncionais com estruturas inclusivas e acessíveis para a realização de assembleias, cursos, exposições, eventos sociais, culturais e atividades de lazer.
Também defendemos o jornal da AdUFRJ-SSind como instrumento de comunicação sindical crítica. No sentido de ampliar a participação docente no sindicato, proporemos a publicação de uma revista da seção sindical de alto padrão de qualidade gráfica e de conteúdo, que deverá ser construída no diálogo das diferentes áreas acadêmicas com as políticas em curso e os debates sindicais. Ainda, uma boa comunicação nas mídias sociais se faz imprescindível com informação em tempo real que nos mobilize frente aos ataques que vimos seguidamente enfrentando.
Sem a participação das/dos docentes ativos e aposentados, nossas lutas serão enfraquecidas. Construir a AdUFRJ-SSind é um ato de amor e companheirismo com os demais colegas; ninguém solta a mão de ninguém! Juntos, somos maiores; juntos, somos mais felizes; juntos, somos mais companheiras/os das grandes lutas; juntos, Esperançamos! Essa é a AdUFRJ-SSind que a Chapa 2 quer resgatar, junto com as/os docentes que lutaram e lutam por uma sociedade mais justa!

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