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WhatsApp Image 2021 10 22 at 15.14.28Fotos: Fernando SouzaJuntar forças para combater o ódio, o retrocesso e a destruição do país, marcas do governo Bolsonaro. Esse é o foco da nova diretoria da AdUFRJ, empossada no Dia dos Professores, na primeira assembleia geral presencial do sindicato desde março de 2020, quando teve início a pandemia da covid-19. Ao receber o bastão de sua antecessora, a professora Eleonora Ziller, o novo presidente da AdUFRJ, o professor João Torres, do Instituto de Física, deixou claro que derrotar o bolsonarismo e todas as suas mazelas é o ponto central do grupo que vai comandar a entidade no período 2021-2023. “Não há espaço para divisões na frente ampla a ser formada em defesa dos marcos civilizatórios contestados pela extrema-direita reacionária”, disse o professor, que defendeu a articulação do movimento docente. “O papel da AdUFRJ é atuar junto às demais forças progressistas e sindicais na luta para vencer esta ameaça, somando esforços com partidos e movimentos sociais engajados na derrota do bolsonarismo”.
As prioridades, de acordo com o dirigente, são a luta contra a PEC 32 (reforma administrativa) e a retomada do ensino presencial de forma segura na UFRJ. “O atual governo agiu fortemente contra os critérios científicos e vem dificultando a liberação de verbas destinadas à volta às aulas presenciais. Precisamos lutar por mais verbas para preparar os espaços e inclusive realizar a manutenção de prédios vazios há tanto tempo”, pontuou. A vacinação é uma das preocupações. “É preciso pensar como encaminhar a questão da exigência de vacinas para este retorno, pensar quais critérios são essenciais para proteger a vida das pessoas, debater como lidar com posturas negacionistas na universidade”.
Outros desafios indicados pelo presidente como centrais em sua gestão são a ênfase na defesa da Ciência e na articulação com sociedades científicas nacionais a partir da atuação do Observatório do Conhecimento; o envolvimento do corpo docente da UFRJ no debate dos grandes temas nacionais, como mudanças climáticas, desigualdade, inteligência artificial; a discussão da estrutura salarial da carreira docente, sobretudo os baixos salários dos jovens professores. “Queremos que a carreira para o jovem docente seja promissora. Queremos que os jovens bem formados continuem sua carreira no Brasil e que o êxodo que acontece hoje não perdure”, afirmou.
A professora Mayra Goulart, do IFCS, que assumiu o mandato como 1ª vice-presidente, sublinhou a responsabilidade de manter a universidade como espaço de mobilidade social e de igualdade. E defendeu uma gestão comprometida com a diversidade. “Isso é uma conquista que precisa ser preservada dos ataques, cada vez mais fortes, à universidade e à própria ideia de igualdade e inclusão social”, disse. “Porém, essa é uma igualdade que pode dificultar a percepção de outras conquistas e desafios que a minha presença aqui também representa. Pois o meu corpo e a minha trajetória enquanto mulher, jovem e suburbana destoam e desafiam a normatividade que estrutura o ingresso, a permanência e o reconhecimento nesse lugar”, afirmou a professora. “Gostaria que meu mandato servisse como espaço de empoderamento, troca e visibilidade para todos aqueles que, como eu, são lembrados a todo momento que não pertencem, não merecem, que não serão tolerados nos seus corpos, nas suas linguagens e nas suas vivências”.

DEPOIMENTOS

João Torres
Presidente
“Conclamo a todos os colegas, todos os segmentos da universidade, todos os coletivos para que tentemos trabalhar juntos no que nos unifica, que certamente é muito mais importante e muito mais urgente do que o que nos divide”.

Mayra Goulart
1ª vice-presidente
“A universidade ainda é um espaço de mobilidade e de igualdade. Eu gostaria que esse momento fosse o ponto de partida de  uma relação de escuta e aprendizado recíproco para todos aqueles que conseguiram e não conseguiram estar aqui hoje”.

Ricardo Medronho
2º vice-presidente
“Temos um inimigo comum e precisamos nos unir para destruir esse inimigo. Precisamos de todos para vencer o obscurantismo. Vamos fazer tudo o que for preciso por essa união e pela transformação deste país naquilo que ele já foi. Precisamos reconstruir este país”.

Ana Lúcia Fernandes
1ª secretária
“A gente vai precisar da ajuda de todos vocês para continuar lutando pela carreira docente, pela UFRJ, pelas universidades públicas, pela Educação e pelo sistema de Ciência e Tecnologia. Então, contamos com vocês”.

Karine Verdoorn
2ª secretária
“Sabemos que não vai ser fácil, mas o entusiasmo e a diversidade do grupo me contagiaram. Espero um sindicato de diversidade, de muito diálogo, de união e na defesa daquilo que acreditamos, pela melhoria da carreira docente e pela universidade gratuita e pública, acima de tudo”.

Nedir do Espirito Santo
1ª tesoureira
“Sindicato é um projeto. Ele não é uma ideia de um grupo, é uma continuidade de um trabalho. Agradeço a todos que estão depositando confiança em mim, aos apoios, às palavras de carinho. Espero retribuir e atender às demandas que vocês tenham em relação à nossa equipe”.

Eleonora Kurtenbach
2ª tesoureira
“Desejo que consigamos uma ampliação do quadro de docentes ligados à AdUFRJ em todos os campi, em especial dos mais jovens. Também precisamos alcançar os docentes não associados, discentes, servidores e a comunidade do entorno e extramuros da UFRJ”.

WhatsApp Image 2021 10 22 at 15.14.281A noite também foi de lançamento. O livro “Diários da Pandemia”, uma seleção dos jornais entre março de 2020 e agosto de 2021 que narra como a UFRJ enfrentou o drama da covid-19, foi distribuído a todos os presentes e será encaminhado às residências dos sindicalizados.

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