Kelvin Melo e Silvana Sá
As diretoras Nedir do Espirito Santo e Eleonora Kurtenbach compareceram ao ato realizado pela manhã em frente à sede da Fiocruz, em Manguinhos, Zona Norte do Rio. “Essa mobilização vai surgindo naturalmente quando nos deparamos com um governo que toma medidas arbitrárias como as que temos assistido”, justificou a professora Nedir. “O ato foi muito importante. Dele participaram pesquisadores e vários integrantes de movimentos estudantis de pós-graduação e, inclusive, alunos de graduação, já que a pesquisa permeia toda a vida acadêmica”, observou.
Para Nedir, a participação da AdUFRJ em atos de defesa da Ciência e da Educação ajuda a mostrar aos jovens pesquisadores que o movimento docente se preocupa e atua em defesa de suas futuras carreiras como cientistas e professores. “O movimento tende a crescer. Esperamos reunir um grupo muito expressivo e que mostre, internacionalmente, o quanto os brasileiros estão contra as ações negacionistas do atual governo”, disse.
Diretora da Associação de Pós-graduandos da UFRJ, Natália Trindade também avaliou as mobilizações de forma positiva. “Foi excelente. Serviu para a gente aglutinar forças”, afirmou. Natália explicou a escolha da Fiocruz como ponto de encontro dos manifestantes. “É um símbolo que unifica. Significa a defesa da vacina e de como a Fiocruz poderia ter feito mais, se houvesse maior investimento do governo”, afirmou.
À noite, a criatividade deu o tom do protesto. Mensagens em defesa do CNPq e da valorização dos pós-graduandos foram projetadas no paredão da Escola de Música da UFRJ, na Lapa. A iniciativa, que contou com o financiamento da AdUFRJ, deve ser repetida em atos futuros. Já na internet, o tuitaço organizado pela ANPG colocou a tag #SOSCIÊNCIA no topo dos assuntos mais comentados do Twitter, no Brasil.