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Ato público ocorreu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na manhã do dia 5 de novembro

As entidades representativas dos segmentos da UFRJ (Adufrj-SSind, DCE Mário Prata e Sintufrj), além de entidades ligadas à Saúde, como o Conselho Regional de Medicina do RJ, o Sindicato dos Médicos do Rio e o Sindisprev, participaram do ato público em defesa do HU da UFRJ na manhã deste dia 5. A maior preocupação é a chantagem feita pela atual direção do hospital, que prevê o fechamento Clementino Fraga Filho, caso os atuais problemas da Unidade não sejam resolvidos.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que sofreu uma primeira derrota na UFRJ, foi novamente criticada como caminho a não ser seguido pela universidade. “A atual gestão quer empurrar a Ebserh e se utiliza do falso argumento da possibilidade de fechar o hospital. Isso não é verdade”, alertou o diretor da Adufrj-SSind, Romildo Bomfim.

O atual processo eleitoral também foi lembrado como possibilidade de o hospital se reerguer: “A gestão do professor Raso (José Marcus Raso Eulálio) teve como estratégia a sabotagem do hospital. Precisamos ter uma nova gestão que potencialize as condições de atendimento e funcionamento do HU. Alguém que o devolva ao patamar em que já esteve. Uma direção que não se utilize do terrorismo como tática política”, afirmou Carol Barreto, dirigente do DCE Mário Prata.

O ato, iniciado na entrada principal do HUCFF, foi finalizado na entrada do Ambulatório.

Mais informações sobre o ato no HU e sobre o processo eleitoral do hospital você encontrará na próxima edição do Jornal da Adufrj.

As câmeras do fotógrafo Luis Robayo, correspondente da Agence France-Presse em Cali, na Colômbia, flagrou o momento em que a população do estado de Cauca expulsa o Exército da região para evitar confronto com as Farc. Pela foto, Robayo ganhou o prêmio Simón Bolívar

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Inauguração da cozinha própria do Restaurante Universitário Central, abertura dos três bandejões aos finais de semana e ampliação dos espaços para refeição noturna são elogiadas pelos estudantes do Fundão

 

Mudanças foram implantadas desde setembro

Darlan de Azevedo. Estagiário e Redação

Desde o início de setembro, a comunidade da UFRJ experimenta melhorias no sistema de bandejões. A cozinha própria do Restaurante Universitário central entrou em operação e houve ampliação dos locais para refeição noturna, além de abertura aos finais de semana.   

O primeiro impacto da mudança está na produção diária de pratos. Agora são 4,2 mil refeições (contra 3,5 mil de antes, preparadas na sede de uma empresa terceirizada em São João de Meriti e só depois transportadas ao Restaurante Universitário). Dessas, 3,2 mil são feitas dentro da UFRJ. O restante ainda é “importado” da empresa.  

Para a professora Lúcia Andrade, diretora do Sistema de Alimentação da UFRJ, a significativa diminuição da compra terceirizada provoca diferença na qualidade da comida: “A empresa produzia no mesmo caldeirão todos os alimentos. Agora, com número reduzido, a comida é transportada mais rapidamente e possui também uma qualidade maior”, afirma.

Mudanças no cardápio também são percebidas. Passaram a existir as opções de arroz integral, refresco sem açúcar, sobremesas diet e pratos para veganos (pessoas que não consomem qualquer produto de origem animal). 

Essa diferença já foi percebida por Matheus Pimenta, estudante de Geografia da UFRJ. Morador da Vila Residencial na ilha do Fundão, ele faz uso do restaurante diariamente: “Melhorou bastante. Os alimentos estão mais macios, e os legumes com melhor qualidade, além dos pratos vegetarianos”, destaca.

Refeições nos fins de semana “salvam” moradores do campus

Também desde o início de setembro, os RUs abrem as portas durante os finais de semana. Mas em horários diferentes dos dias úteis: o almoço é distribuído a partir das 12h e o jantar, às 18h (de segunda a sexta funciona a partir das 11h e 17h30, respectivamente). E com um menor número de refeições: são aproximadamente 500 pratos para o almoço e 300 para o jantar. De acordo com o Sistema de Alimentação da UFRJ, a demanda está sendo atendida e será possível o aumento da produção, caso necessário.

A nova situação representa um alívio para os frequentadores de cursos de graduação e pós-graduação aos sábados e domingos, uma vez que poucas lanchonetes e quiosques ficam abertos na Cidade Universitária nesses dias: “Eu não almoçava. Geralmente comia coisas mais simples, tipo biscoitos e salgados”, ressalta Matheus. 

O problema também era enfrentado por quem mora no alojamento. Até para os que preparavam sua própria comida a dificuldade era grande, como conta o estudante Renato Santos, da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD). “Geralmente eu cozinhava ou tomava um café”.

 

Filas grandes ainda incomodam

Apesar das mudanças positivas, o tamanho das filas ainda incomoda. Segundo o estudante Matheus Pimenta, o que antes era sentido em ambos os turnos pelo menos parece atenuado no período noturno, já que agora os três restaurantes ficam abertos (só o da Letras funcionava à noite). “No almoço as filas continuam, mas não tem faltado senha para quem chega próximo ao horário de fechamento (14h). As filas no jantar praticamente não existem mais”, afirma. 

Em relação às filas, a professora Lúcia Andrade diz que esse pesadelo enfrentado pelos alunos é grande apenas nas primeiras semanas do semestre, pois novos alunos são apresentados ao RU e o ritmo de aulas ainda é indefinido. “Os calouros sempre chegam à UFRJ querendo conhecer o bandejão”, completa.

As câmeras do fotógrafo Luis Robayo, correspondente da Agence France-Press em Cali, na Colômbia, flagrou o momento em que a população do estado de Cauca expulsa o Exército da região para evitar confronto com as Farc. Pela foto, Robayo ganhou o prêmio Simón Bolívar

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Na opinião do professor Laurindo Lalo Leal Filho, da ECA-USP, a Ley de Medios que regula a atividade dos meios eletrônicos de comunicação na Argentina representa um passo “gigantesco” na luta pela democratização da comunicação. Na terça-feira 29, a Suprema Corte do país decidiu pela aplicação integral da lei aprovada pelo Congresso Argentino em 2009. O tribunal considerou constitucionais os quatro artigos contestados pelo Grupo Clarín, um dos maiores da América Latina na área das comunicações – espécie de Organizações Globo da Argentina. Lalo Leal Filho – um dos convidados do recente encontro de comunicação do Andes-SN – aborda aspectos da decisão dos juízes argentinos. 

 
Lalo informa que a Ley de Medios foi feita por acadêmicos e políticos argentinos.
Ele diz que sua importância não é só para a comunicação. Essa decisão – diz o professor – repercute na democracia de todos os países.

AAADIVISAO

O professor diz que a lei já está mudando o panorama audiovisual na Argentina porque está em vigor há quatros anos. Só não estavam os quatro artigos que foram considerados constitucionais, agora, pelo tribunal.
“É impressionante o número de emissoras e o número de produções que foram criadas nesses quatro anos”, registra o professor no site Conversa Afiada.
Lalo frisa que a lei é de audiovisual: “ela trata apenas dos meios eletrônicos – não tem nada a ver com mídia impressa.”

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Agora, ele passa a explicar o conteúdo dos quatro artigos considerados constitucionais pela Suprema Corte em Buenos Aires na semana passada.
O primeiro dos artigos, o de nº 41, torna as concessões intransferíveis. 
“Não pode ocorrer, como ocorre aqui no Brasil, de o empresário receber a concessão e, um tempo depois, vender como se ele fosse o dono”, comenta Lalo. 

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O artigo 45 é o que limita o número de concessões. 
 
“É pra acabar com a farra, porque o Clarín possuía 240 licenças de TV a cabo pela Argentina – portanto, é para acabar com o monopólio –, diz o professor.
Ele explica que, a partir de agora, há um limite de frequência para cada grupo empresarial e há um limite na abrangência da audiência.
A audiência nacional não pode ser superior a 35% da população. 
Há um limite de mercado para que não haja monopólio, para que outras vozes possam ser ouvidas em um mesmo mercado.

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O terceiro artigo da Ley dos Medios questionado pelo Grupo Clarín (a Globo da Argentina) e considerado constitucional pelo tribunal é o de nº 48.
Este artigo descarta a figura do direito adquirido para as empresas que têm um número maior de licenças do que o previsto na lei.
 
A lei estipula um limite para as concessões, mas o Clarín argumentava que ele tinha direito adquirido sobre as licenças que ele tinha antes da lei.
 
Portanto, o Clarín tem que devolver as licenças – esse é o grande problema contra o qual eles se debatiam – para o órgão regulador. 

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O artigo 161, que ainda provoca alguma dúvida, é aquele que dava prazo de um ano para as empresas se adaptarem à lei. 
 
O Supremo considerou esse artigo constitucional. “A dúvida que fica é se esse prazo começa a ser contado da aprovação da lei – portanto há quatro anos – ou se a partir de agora”, observa Lalo Leal Filho, que é doutor em Ciências Sociais e autor de livros sobre sociedade e televisão.
 
 
BRASIL
Lalo diz que o Brasil está atrasado com relação à Europa e aos EUA em mais de 80 anos. “Lá tem órgãos de regulação e leis”. Diz, também, que o país está ficando para trás com relação aos seus vizinhos latino-americanos (além da Argentina), Uruguai, Equador, Venezuela.
Ele faz outra observação: “A Ley de Medios argentina foi gestada na universidade, depois nos sindicatos, e colocada em debate nas ruas.  
A universidade brasileira tem uma dificuldade muito grande em se aproximar dessa discussão, não contribui”.

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