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Trabalhadores estão sem receber tíquete-alimentação, vale-transporte e adicional de insalubridade

Nova empresa deve assumir serviços de limpeza

Samantha Su. Estagiária e Redação

No dia 21 de maio, a empresa Qualitécnica assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Trabalho: se a empresa voltasse a atrasar o pagamento de salários e benefícios aos funcionários, seria multada. Porém, até a última semana pelo menos, os trabalhadores ainda não receberam todos os frutos deste acordo: “Há dívida de tíquete-alimentação e vale-transporte desde dezembro. Também está faltando adicional por insalubridade do último mês”, informa Terezinha da Costa, diretora da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (ATTUFRJ). 

Segundo ela, a situação de dificuldade do segmento só foi minimizada a partir de 25 de maio, quando aos funcionários foi permitido comer, de graça, nos bandejões da UFRJ localizados na ilha do Fundão. Esta excepcionalidade deve continuar até esta semana, quando existe a expectativa de pagamento do tíquete. A reportagem tentou entrar em contato, sem sucesso, com o Sistema de Alimentação da universidade para confirmar a informação sobre a continuidade deste atendimento.

Terezinha, demitida por perseguição política da empresa de limpeza Qualitécnica, não quer mais ser reintegrada à empresa, mas não vai parar de mobilizar os terceirizados: “Eu não sei o que a vida reserva para mim. Hoje ela está toda voltada para ajudar as pessoas a lutarem por seus direitos. Eu sei que quero voltar aos estudos e fazer Direito para continuar brigando por isso”, explicou.

Dias contados?

Como tem causado muitos problemas na relação com os funcionários que prestam serviços à UFRJ, a Qualitécnica parece estar com os dias contados na universidade. No Consuni do último dia 28, o reitor Carlos Levi manifestou a estratégia de fazer uma rescisão seletiva dos vários contratos feitos (por local de trabalho) com a empresa, sem prejudicar a continuidade da limpeza. A reitoria não confirmou onde isso pode acontecer primeiro, mas Terezinha informou que alguns terceirizados já foram chamados a trabalhar por uma nova firma chamada LLipe.

Fiscais do assédio

A dirigente da associação dos terceirizados, porém, não quer que seja apenas uma troca de “seis por meia dúzia”: “Eu quero exigir da reitoria que não coloque apenas os fiscais do nosso trabalho, mas fiscais do assédio moral que sofremos também. Quando a UFRJ contrata empresas assim, ela está contratando trabalho e não pessoas. Logo, ela age como se lidasse com máquinas e não com gente”, desabafou Terezinha.

Sala de informática do alojamento foi reaberta

No último dia 28, uma semana após o Consuni extraordinário que deliberou sobre a política de assistência estudantil na UFRJ, a reitoria apresentou ao colegiado o andamento de algumas medidas estabelecidas com o movimento discente.

Entre as principais iniciativas, o reitor Carlos Levi citou a reabertura da sala de informática do alojamento na véspera daquele Consuni, funcionando nos turnos da manhã e da tarde (o espaço fica fechado quando os monitores vão almoçar) e da sala de estudos (desde 20 de maio). O dirigente observou que a biblioteca do local será reaberta em breve, pois depende de uma pequena pintura. Também estão em curso os processos de aquisição de utensílios para a cozinha da residência estudantil, bem como a compra de alimentos adequados para os momentos de lanche. A desratização do prédio estava prevista para ocorrer na mesma data daquela sessão do Consuni.

Quanto ao bandejão da Praia Vermelha, a expectativa da administração central é lançar o pregão para contratação dos equipamentos necessários à obra no início de julho. Ainda será estudada na comissão de assistência estudantil presidida pelo próprio reitor uma alternativa de alimentação para as unidades isoladas da UFRJ no Centro: “A tendência é pelo tíquete”, disse Levi. A situação dos alunos do campus de Macaé e do polo de Xerém também será avaliada na comissão.

Diretor da FACC afastado

O reitor comunicou ao Consuni o afastamento do diretor da Faculdade de Administração de Ciências Contábeis, Angelo Cister (a vice-diretora Eliane Ribeiro já assumiu o cargo). Acusado de agredir um estudante, Angelo ficará suspenso de todas as suas atividades como servidor pelo período de 60 dias, enquanto sua conduta é averiguada em um processo administrativo disciplinar. 

Mais informações sobre esta situação serão divulgadas no próximo Jornal da Adufrj.

Novo emérito

O Consuni outorgou a Jorge Fernandes da Silveira, Titular aposentado da Faculdade de Letras, o título de Professor Emérito da UFRJ.

A diretoria da Adufrj-SSind manifesta seu total apoio à greve do Sintufrj que se inicia hoje. Os trabalhadores técnico-administrativos, como todos os trabalhadores da educação federal, têm em sua carreira atual uma síntese do desrespeito do Estado ao seu trabalho que é fundamental para a realização da vida acadêmica na UFRJ. Sua luta chega em um momento importante para a defesa do caráter público da universidade e deve ter todo nosso apoio!

UFRJ: docentes não aprovam adesão à greve nacional

Na assembleia, 300 votaram contra a paralisação das atividades neste momento (199 foram favoráveis e ainda houve dez abstenções). Conselho de Representantes da Adufrj-SSind vai se reunir nesta terça-feira, 2 de junho, na Escola de Serviço Social para discutir a conjuntura e a mobilização na universidade

Reunião do CR começa às 17h

Da Redação

Na assembleia convocada pela Adufrj-SSind com mais de 600 professores no Quinhentão na quarta-feira 27, um intenso debate resultou no plenário dividido em relação à oportunidade da greve convocada pelo Andes-SN: 199 voltaram pela adesão imediata ao movimento, mas 300 disseram não. Dez se abstiveram.

O Conselho de Representantes da Adufrj-SSind se reúne às 17h desta terça-feira, 2 de junho, na Escola de Serviço Social, Praia Vermelha, para analisar a conjuntura de mobilização nacional do movimento docente e programar atividades na UFRJ.

Na AG do dia 27, houve um diagnóstico de consenso em relação às ameaças que rondam a universidade pública e ao agravamento da crise com os cortes de verbas para a educação, sobretudo no que diz respeito às condições de trabalho. 

A precarização do trabalho dos professores, a insegurança de centenas de estudantes submetidos à escassez de verbas de assistência estudantil e a crise dos trabalhadores terceirizados que tem imposto condições escravas de trabalho foram expostas nas diversas manifestações de docentes.

Mas esse quadro não foi suficiente para uma decisão favorável à greve.

Mobilizar centenas de professores para discutir a universidade é fruto da organização do movimento que mostra a vitalidade da universidade. Ao final da assembleia, o presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro, reconheceu que “o trabalho é duro, é lento, é paciente. E vamos continuar a fazê-lo na defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade”.

Cláudio acrescentou que  “independentemente da decisão tomada na assembleia”,  a conjuntura é de ataques à educação pública. “Vamos seguir obviamente lutando a favor da educação pública. Por volta de 18 assembleias já deflagraram greve. Chamaremos os docentes para avaliar o cenário de crise que se aprofunda e para seguir com um debate qualificado e amadurecido. Sobretudo, acreditamos que o cenário concreto que se apresenta demonstrará a necessidade de nos juntarmos às outras universidades”, completou o presidente da Adufrj-SSind.

Leia editorial da diretoria da Adufrj-SSind aqui 

 

Ministro da Educação nega os fatos

Se a crise na educação pública no geral é aguda, no caso da agenda específica dos docentes federais a situação é crítica. Carreira desestruturada, sem perspectiva de reajuste nos salários, sem concursos suficientes para ampliar pessoal de acordo com a expansão do número de estudantes e condições de trabalho inaceitáveis.

A indiferença do governo em relação às demandas dos professores diante do cenário descrito aí em cima foi o que pôs a greve na agenda de luta proposta pelo Andes-SN. Na assembleia da UFRJ, porém, algumas intervenções seguiram a linha de que é preciso negociar mais.

Trata-se de um argumento parecido com o apresentado pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na sua página no Facebook, repetindo a nota divulgada pelo próprio MEC. Diz lá que a decisão pela greve é precipitada e deveria “ser precedida por um amplo diálogo”.

Os fatos, no entanto, não dialogam com o ministro. Vale lembrar que o MEC só recebeu o Andes-SN no dia 22 (após o anúncio de indicativo da greve) apenas para comunicar o aumento dos cortes na Educação e negar um acordo feito em reunião anterior... há mais de um ano atrás!

Na reunião de abril de 2014, o Sindicato cobrou a reestruturação em cima de alguns conceitos. A SESu, nesta reunião, assinou acordo considerando os conceitos solicitados. Na reunião de 22 de maio agora, o MEC desautorizou o acordo firmado com o SESu e aproveitou para informar o corte dos R$ 9 bilhões para a educação.

De janeiro de 2013 até os meses iniciais deste ano, foram realizadas 12 reuniões  entre Andes-SN e o MEC. Depois, apenas em abril deste ano, ocorreu mais uma. O ministro da ocasião (no período, ocuparam o cargo Aloizio Mercadante, José Henrique Paim, Cid Gomes; e agora, Renato Janine Ribeiro) compareceu a apenas um destes encontros. Nos demais, o Sindicato foi recebido pelo segundo escalão do ministério, a Secretaria de Ensino Superior (SESu), agora desautorizada, ou a Secretaria-Executiva da pasta.

MinistrosDança de cadeiras. De 2013 até aqui, quatro ministros (Mercadante, Paim, Cid e Janine) e nenhuma reivindicação atendida

A diretoria da Adufrj-Ssind repudia todas as formas de violência que foram praticadas ontem à comunidade da UERJ. As cenas de barbárie que ocorreram revelam não apenas o descaso, mas a irresponsabilidade do governo do estado do Rio de Janeiro para com a educação pública! Manifestamos todo nosso apoio às trabalhadoras, trabalhadores e estudantes da UERJ e seguiremos juntos com os companheiros da Asduerj construindo a luta pela educação pública no Rio de Janeiro e em todo país.

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