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Professores preparam ato em defesa da UERJ

Em defesa do ensino superior do estado do Rio de Janeiro, professores se reúnem quinta-feira (9) às 10h na Candelária contra o pacote de ajuste fiscal do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que agrava a crise na Uerj, Uenf, Uezo.

A data foi eleita para um ato nacional em defesa das Universidades Estaduais durante o 36º Congresso do Andes - realizado em Cuiabá entre 23 a 28 de janeiro deste ano. E coincide com a votação do projeto de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).

A mobilização pelas universidades caminhará até Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) onde se encontra com demais servidores do estado por volta das 12hs. Parte significativa das categorias está com salários atrasados e sem o 13º de 2016 ainda. 

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O termo de compromisso assinado no dia 26 de janeiro entre os governos estadual e federal prevê que em troca de empréstimos da União, o governo do estado deve aprovar na Alerj o que os servidores qualificam como “pacote de maldades”.


Dentre as medidas estão o aumento da contribuição previdenciária dos servidores estaduais de 11% para 14%. Outra, aumentar o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado, aprovado pela Alerj no final de 2016, mas suspensa em seguida pela Justiça.


Para presidente da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj), Lia Rocha, a data é chave, pois a proposta de privatização da Cedae “pode estender a outros serviços públicos do estado”. Em relação às universidades, destacou o parcelamento dos salários: “supostamente, nesta segunda (6), recebemos a 4° parcela do nosso salário de dezembro de 2016. Ainda não recebemos 13° salário e nem o salário de janeiro deste ano. Neste momento, a solidariedade é muito importante, estamos em uma situação muito difícil”.


Fonte: Andes com edição da Adufrj. Fotos: Fernando Souza



Integração com BRT será modificada 

Texto e fotos: Valentina Leite
Estudante da ECO-UFRJ e estagiária da Adufrj 


Os ônibus gratuitos da UFRJ não vão mais passar pela Estação BRT Aroldo Melodia. Estas linhas voltarão a parar na antiga Estação de Integração, ao lado da Escola de Educação Infantil.


 

A mudança ainda não tem data. Inicialmente a Prefeitura Universitária indicou o dia 6 de março. Depois, informou que alteraria o calendário, se comprometendo a anunciar a nova data com pelo menos uma semana de antecedência.


O objetivo da Prefeitura Universitária é melhorar o fluxo de veículos naquela área. Alega que a plataforma do BRT não oferece espaço suficiente para abrigar todas as linhas, comerciais ou não, além das vans. Reclamações de usuários descontentes com a situação são constantes, informa a assessoria da prefeitura.


Para a estudante de Medicina, Rebecca Bose, no entanto, a transferência vai gerar transtornos. “Agora vamos ter que andar um trajeto a mais e, mesmo que seja curto, dificulta”, avalia. “Os ônibus internos não são um problema”, completa.


A Divisão de Transporte Público da universidade informou que estuda manter no BRT pelo menos uma das linhas internas, a Circular 3, para atender o público que utiliza o Hospital Universitário.


Para minimizar o risco de acidentes, a construção de uma rampa para travessia dos pedestres entre as duas estações de ônibus está em curso. Deve ser entregue em meados de fevereiro.


A obra alterou o trânsito da Cidade Universitária. A rua Paulo Rocco foi interditada, obrigando os ônibus internos a seguirem por vias alternativas até a Avenida Carlos Chagas Filho. 


Segurança                    

Como alguns usuários do BRT reclamam da falta de segurança entre as duas estações, a Prefeitura afirma que haverá monitoramento por câmeras no local, vigilantes terceirizados e patrulhamento da Polícia Militar.


Ainda há a possibilidade de ampliar, a longo prazo, a infraestrutura da antiga estação, com quiosques de lanches e sanitários públicos. 

IMG 1138Obra de construção da rampa de travessia dos pedestres entre as estações


Cresce movimento por mudanças no Andes

Grupo critica diretoria e avalia relação com central sindical Conlutas

Texto e foto: Kelvin Melo
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Insatisfeitos com os rumos do Andes, professores de 18 universidades criaram o Renova Andes, grupo de oposição à atual diretoria que participou do congresso de Cuiabá com camisetas, faixa e reuniões. O grupo existe desde o ano passado e experimenta um visível crescimento na categoria. As principais críticas do Renova Andes à atual diretoria são supostas práticas antidemocráticas nos eventos da categoria, a filiação à Conlutas e ao silêncio do Sindicato Nacional diante do impeachment da presidente Dilma. O Andes rompeu com a CUT, em 2005, e filou-se à Conlutas no ano seguinte. A central sindical, com forte influência do PSTU (principalmente) e do PSOL, criticava o tom governista da CUT durante os governos do PT. 

“É preciso fazer um balanço rigoroso da atuação da Conlutas”, explica a professora Celi Taffarel, da Universidade Federal da Bahia, uma das proponentes da tese do Renova Andes no Congresso de Cuiabá. Segundo ela, na base do Sindicato, há uma “inquietação” com as atitudes do Andes: “Com o golpe, a situação se agravou e cresceu a inquietação”.

Andes responde

A diretoria nacional do Andes contesta estes argumentos. Para a presidente da entidade, Eblin Farage, no Andes devem caber todas as forças políticas que tenham alguma representatividade na categoria: “O nosso desafio é fazer com que este sindicato não seja gerido pelos grupos, mas sim pelas deliberações de base”.

A professora discorda da crítica de falta de democracia nas instâncias do Andes: “Este sindicato é tão democrático que permite a um sindicalizado escrever um texto da sua casa, sem passar pela assembleia de base, e vir para o congresso defender a ideia”. Ela completou: “O problema, geralmente, é que as pessoas acham antidemocrático quando perdem em suas posições”.

Questionada se a direção do Sindicato não teria se distanciado da base da categoria na época do impeachment, Eblin também não concordou. Voltou a citar que as decisões do Andes são tomadas pela base: “A direção do Sindicato só tem um voto no Congresso do Andes”, afirmou.



Combate ao tabagismo tem aliado na UFRJ

Valentina Leite
Estudante da ECO-UFRJ e estagiária da Adufrj

Muitos podem não saber, mas existe na UFRJ um importante aliado contra o vício do fumo: o Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (NETT). Criado em 2003, faz parte do Instituto de Doenças do Tórax, que fica no Hospital Universitário.  

“Para o tratamento, nosso público-alvo são os docentes, alunos e funcionários da universidade”, afirma Alberto José de Araújo, pneumologista e coordenador do núcleo. “Mas também abrimos espaço para os moradores de bairros próximos, como Ilha do Governador, Bonsucesso, Ramos e Complexo da Maré”, completa.

Após realizar a inscrição no núcleo, o usuário realiza uma entrevista médica, com testes para avaliar o grau de dependência química. Em seguida, deve comparecer a reuniões coletivas, com duração prevista de 12 meses. “No primeiro mês, as consultas são semanais; depois, quinzenais e; a partir de três meses, passam a ser mensais”, explica Alberto. Quando completa um ano no programa, o participante recebe certificado.

O NETT irá integrar, a partir de março, um estudo sobre o consumo, mitos e crenças associados ao uso do cigarro eletrônico e do narguilé, coordenado pela Faculdade de Medicina da USP. Além disso, uma das próximas campanhas do núcleo será no dia 31 de maio (Dia Mundial sem Tabaco).

Inscrições

Os interessados podem se inscrever no programa do núcleo no próprio instituto, pelo telefone 3938-2195 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Professores defendem união contra reformas

Texto e fotos: Kelvin Melo
Enviado especial a Cuiabá

A hora é de unidade. Este foi o mantra repetido em todos os momentos do 36° Congresso do Andes, realizado em Cuiabá (MT). Uma das mais importantes resoluções do encontro foi a indicação de 15 de março como um Dia Nacional de greves, paralisações e mobilizações contra as medidas do governo Temer que retiram direitos da categoria, em especial a reforma da previdência. Aproximadamente 500 professores participaram do encontro, 16 somente da delegação da Adufrj.

A expectativa dos congressistas é articular uma greve geral com as diversas centrais sindicais e movimentos sociais. “Vamos esperar que haja a unidade que não encontramos frente à PEC do teto de gastos. Com serenidade para procurar aliados da forma mais ampla possível. Se não trouxermos os setores não estatais para o enfrentamento, teremos poucas possibilidades de barrar a reforma da previdência ou negociá-la”, afirmou Carlos Frederico Leão Rocha, 1º vice-presidente da Adufrj.

Nos debates de Cuiabá, duas posições apareceram mais consolidadas: um grupo entende que o protesto só deve ir adiante, se todos os setores produtivos aderiram à greve; outro avalia que uma greve da área da educação pode “puxar” os demais setores. As assembleias de base vão definir se os professores vão participar das atividades do dia 15 e de qual forma.

A indicação do congresso do Andes tomou como base a paralisação, nesta mesma data, apontada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Um encontro da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, realizado em Fortaleza (CE), nos últimos dias, também definiu adesão a uma jornada de lutas entre 8 e 15 de março. 

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Delegação da UFRJ em Cuiabá: Carlos Frederico Rocha; Angélica Nakamura; Regina Pugliese; Luciana Boiteux; Cristina Miranda;Mariana Trotta; Walcyr de Oliveira; Glaucia Elis; Claudia Piccinini ; José Henrique Sanglard; Renata Flores; Sara Granemann;Luciano Coutinho; Tatiana Rappoport. Gilberto Zanetti e Elidio Borges (não estão na foto, mas foram ao evento).


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Nosso horizonte deve ser a construção da greve geral. E isso não deve ser tarefa só do Andes — Sindicato Nacional.

Eblin Farage

Presidente do Andes


 

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A PEC 55 foi o maior ataque à Constituição de 88 desde que ela foi promulgada. Foi uma desconstituinte. Inviabiliza os serviços públicos.

Guilherme Boulos
Líder do MTST



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Austeridade é dirigida só aos trabalhadores. Não existe isso contra os capitais. Por isso, este ataque (à previdência) não é localizado só no Brasil.

Sara Granemann
Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ


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