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Professoras relatam como enfrentam a cultura do machismo na universidade

Valentina Leite Estudante da ECO/UFRJ e estagiária

professoras 7Ivana Leal, Débora Foguel, Angela Uller e Kátia Carneiro: exemplos de excelência acadêmica na UFRJ

coluna esq2coluna dir2Mães, pesquisadoras, professoras. Tudo ao mesmo tempo. Ser mulher e cientista no Brasil não é fácil. Elas enxergam alguns avanços, mas ainda consideram longo o caminho para a igualdade de gênero nas universidades.

Kátia Carneiro, 39 anos, é coordenadora de graduação do Instituto de Ciências Biomédicas e mãe de três filhos. Logo após se formar, casou e engravidou durante o mestrado. “Tive meu segundo filho no doutorado e, há cinco anos, o meu terceiro. Não precisamos abrir mão de um sonho para viver outro”, defende. Atualmente, as leis de licença-maternidade já atendem melhor às demandas das cientistas brasileiras. “Já tivemos muitos ganhos. Há 10 anos, não era assim”, comenta Kátia.

Ivana Leal tem 36 anos e é professora do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, da Faculdade de Farmácia, há oito anos. Por ter entrado cedo na comunidade acadêmica, ela nota a presença do machismo em determinadas áreas. “O pensamento machista de que mulheres têm menor capacidade de acesso, permanência e ascensão na carreira científica certamente prejudica maiores conquistas”, observa.

Já Débora Foguel, 52, professora do Instituto de Bioquímica Médica, diz ser preciso conscientizar jovens meninas de que devem e podem ser físicas, matemáticas e engenheiras. “A mudança começa em casa e na escola”, diz. Segundo ela, há uma cultura de que meninos e meninas têm vocação para certas carreiras, quando a escolha deve ser de cada um.

De acordo com a professora Angela Uller, 64 anos, ter ocupado o cargo de diretora da Coppe, entre 2003 e 2007, foi o reflexo de um trabalho árduo. Casada e mãe de três filhos, ela conta que, apesar de ter sido apoiada pela maioria dos colegas, sofreu preconceito. “A discriminação vem de um jeito subliminar, pouco explícito, mas sabemos que está ali”, informa.

Angela opina que a engenharia costumava ser um espaço ocupado por homens, realidade que está se modificando. “Se você se coloca e mostra o que é capaz de fazer, ninguém pode te barrar. São suas ideias que importam e não o seu gênero”, conclui.

Um feminismo para o século XXI é o que prometem as manifestações programadas para o Oito de Março, Dia Internacional da Mulher

Elisa Monteiro Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

coluna esqcoluna dirUm feminismo para o século XXI é o que prometem as manifestações programadas para o Oito de Março, Dia Internacional da Mulher, de 2017. Mais de 370 localidades de 47 países aderiram ao movimento. 

A proposta é que as mulheres parem as atividades para dar visibilidade às diferentes formas de violências de gênero. Trabalho remunerado, afazeres domésticos e até sexo entram na conta. No Rio de Janeiro, haverá ato no centro, com concentração na Candelária a partir das 16h. Para quem não puder parar o dia todo, a sugestão é interromper as tarefas entre 12h30 e 13h30 para conversar com as colegas sobre o tema.

“O lema ‘Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós’ é a provocação sobre a nossa força de trabalho, em todas as suas dimensões”, explica Lara Werner, uma das organizadoras da Marcha no Brasil. Além das passeatas, estão previstos seminários, reuniões ou assembleias de mulheres.

O chamado para uma Greve Internacional de Mulheres (International Women's Strike) ganhou peso com a adesão do Women’s March, Marcha que reuniu milhões contra o programa conservador do presidente Donald Trump nos EUA, em janeiro deste ano.

O Women’s March, por sua vez, espelhou-se nas mobilizações de polonesas contra um projeto de lei que restringia o aborto no país. E também no movimento Ni Una Menos (Nem Uma a Menos), contra o feminicídio, na América Latina, ambos do final de 2016. "O recente movimento de mulheres nos EUA foi uma resposta à insegurança global agravada pela agenda de Trump”, explica Lara. “É uma nova onda do feminismo, marcadamente internacionalista, não colonial e anticapitalista”, avalia.

Previdência na pauta

“A organização da greve — se as mulheres param ou não, qual a pauta local — é toda horizontal”, informou a jornalista Mariana Bastos, outra organizadora do movimento.

“Dos 25 países onde mais se mata mulheres, 14 estão na América Latina. O Brasil é o quinto país em feminicídio”, destaca.

 As manifestações no Brasil também miram a reforma previdenciária, com prejuízos específicos às mulheres. A proposta do governo prevê, por exemplo, a equiparação de idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres.  

A reforma da previdência em tramitação no Congresso será discutida pela comunidade da UFRJ

A reforma da previdência em tramitação no Congresso será discutida pela comunidade da UFRJ em duas atividades na próxima quarta-feira, dia 15.

Na parte da manhã, o vice-presidente de Política de Classe da ANFIP (entidade nacional dos auditores fiscais da Receita Federal), Floriano Martins de Sá Neto, é o convidado da Adufrj. A Anfip critica o argumento de déficit na Previdência, utilizado pelo governo para tentar justificar as mudanças. Será no bloco C do Centro de Tecnologia, na sala C-208, às 11h.

De tarde, é a vez da assessora de assuntos econômicos do Senado Esther Dweck falar dos efeitos da reforma na vida dos servidores públicos – caso o projeto seja aprovado como quer o governo. Este debate é organizado pela Adufrj, Sintufrj, APG, DCE e ATTUFRJ, na sala 106 do IFCS, às 15h.

Anote na agenda!

15 de março

 

11h - Debate com Floriano Martins de Sá Neto

CT – Bloco C – sala C-208 Cidade Universitária

15h - Debate com Esther Dweck

IFCS (Largo de São Francisco) –106 Sala 

Os vídeos dos debates serão disponiblizados aqui em breve.

 

 

A mobilização contra a reforma da previdência está na pauta da próxima Assembleia Geral da Adufrj

Assista aqui ao vivo a partir das 13h

A mobilização contra a reforma da previdência está na pauta da próxima Assembleia Geral da Adufrj, marcada para 13 de março (segunda-feira). Na reunião, também haverá informes sobre a situação das ações judiciais dos 26,05% (Plano Verão) e 28,86%.

A assembleia começa às 13h e será realizada simultaneamente: no Auditório D-220 do Centro de Tecnologia; no Salão Nobre do IFCS; e no Campus de Macaé no Auditório do Polo Barreto. Tecnologia de videoconferência vai ligar os três locais. 

Pauta: Reforma da Previdência 1. Mobilização 2. Paralisação no dia 15/03/2017

Agenda: 13h – primeira convocação com quorum mínimo de docentes 13h30 – início da AG com qualquer número de docentes 13h30 às 14h – informes gerais e informes sobre os 26% e 28% 14h às 16h – discussão 16h às 19h – votação em urna 19h – apuração

 

Assista aqui ao vivo a partir das 13h

 

 

CINEADUFRJ exibe "Eu, Daniel Blake" nesta sexta

CINEADUFRJ apresenta “Eu, Daniel Blake”, filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, dirigido pelo inglês Ken Loach. O drama conta a história de um viúvo de 59 anos, diagnosticado com um grave problema de coração. Ele recebe indicação médica para deixar de trabalhar, mas, ao procurar o apoio do Estado, acaba enredado em uma burocracia injusta e constrangedora.


Será nesta sexta-feira, 10 de março, às 18h.

O local é o Teatro de Arena da UFRJ na Praia Vermelha (Urca).

Haverá debate após a sessão.

Confira, abaixo, o trailer do filme.

 

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