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“O Diletante” é 100% UFRJ

Ópera construída em conjunto pela EBA, ECO e EM é aplaudida de pé no auditório do Centro de Tecnologia

Últimas apresentações acontecem dias 16 e 17, em Macaé

Filipe Galvão. Estagiário e Redação

“Vocês não sabem do que é capaz um diletante”, canta o italiano encarnado por Cyrano Sales no palco do auditório do CT. Ou melhor: 150 diletantes. É esse o número de envolvidos na produção de um espetáculo que comemora os 20 anos do projeto Ópera na UFRJ. “Esse foi um trabalho especialmente interessante porque é 100% UFRJ, desde a composição até a montagem”, conta o responsável pela concepção cênica do espetáculo e professor do curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação, José Henrique Moreira.

Adaptada da obra de Martins Pena (1815-1848) pelo compositor João Guilherme Ripper, O Diletante conta a história de Quintino, um comerciante apaixonado por ópera que vive em busca de um tenor para acompanhá-lo no dueto de La Traviata, do italiano Giuseppe Verdi (1813-1901). Trata-se da primeira comédia de Ripper, professor da Escola de Música. E também é a primeira vez que o projeto Ópera na UFRJ encomenda uma produção inédita.

Para funcionar, é preciso vontade. A montagem contou com o diletantismo dos alunos, professores e técnicos-administrativos de três cursos da universidade: Belas Artes, Direção Teatral e Música. A grande quantidade de pessoas e o tempo exigido são característicos do gênero: uma ópera não se tira assim do bolso, sem mais nem menos. É um processo longo, complexo e que demanda sintonia entre orquestra, atores e produção.

Lucas Ferreira, estudante do 3º período da Escola de Música, é um dos clarinetistas que fazem rodízio entre as apresentações. “Eu revezo com um amigo que também é aluno. Em alguns espetáculos eu toco, em outros é ele”. Segundo Lucas, dá para saber quando o público aplaude “por educação ou porque gostou”. Nessa apresentação no auditório do CT, que aconteceu no último dia 6 de outubro, o público aplaudiu de pé, por alguns minutos.

Apesar dos ares anacrônicos, o espetáculo realmente consegue cativar quem a ele assiste. Luiz Ramos, aluno de Engenharia de Bioprocessos do 6º período, foi um dos últimos a sair do auditório. “Ter uma ópera aqui no CT é bom para desintoxicar um pouco dos números e fórmulas. Além do mais, é difícil ter essa espécie de espetáculo longe da Zona Sul da cidade, então é uma grande opção de cultura”, diz.

Cultura tem que circular mais na universidade

Para o professor José Henrique, obras como essa são o tipo de produção mais democrática que há. Uma pena que existam tão poucos espaços. “Tem que fazer essa área da cultura que se produz dentro da UFRJ circular mais aqui dentro e nas outras universidades”, diz. O Diletante encerra a turnê no Teatro Municipal de Macaé, com apresentações nos dias 16 e 17 de outubro.


14101382Mais antiga do Rio. Orquestra sinfônica da UFRJ, que também faz parte do espetáculo, completou 90 anos em setembro último. Foto: Marco Fernandes - 06/10/2014


 

Ópera deu início à 5ª Semana de Integração Científica

O espetáculo marcou o começo da 5ª semana de integração acadêmica da UFRJ. A pró-reitora de Graduação, Angela Rocha dos Santos, exaltou na solenidade de abertura a importância social da iniciação científica: “O conhecimento que se gera aqui é para voltar para a sociedade, para ajudar na solução dos nossos problemas”.

A semana estabelece um diálogo entre outros eventos que acontecem simultaneamente na universidade: o 11º Congresso de Extensão da UFRJ, a 6ª Jornada de Pesquisa e Extensão da UFRJ – Macaé e a 36ª Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC-–2014).

Junho longe das urnas

Acredite: o ímpeto de Junho de 2013 ficou distante destas eleições. Segundo o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), o Congresso Nacional que emergiu das urnas em 5 de outubro – e que tomará posse em janeiro de 2015 – consegue ter um corte ainda mais conservador do que esse que encerra a atual legislatura. No novo quadro, a existência de um Jair Bolsonaro campeão de votos no Rio de Janeiro não é patologia isolada, mas um dado da expansão do ultradireitismo e do fundamentalismo no parlamento. 

Pela contagem feita pelo instituto – que monitora a vida do Congresso há mais de 30 anos – o estrago é bem maior. Além do corporativismo empresarial e latifundiário, está fortalecido o discurso contra os direitos humanos e a diversidade. O Diap informa o aumento das bancadas ruralista e religiosa e a presença de militares no plenário para reforçar a bancada da bala. O fôlego conservador, como é óbvio, é majoritário no Congresso. A ampliação da base reacionária é um dado a mais nos mecanismos da classe dominante para manter privilégios e defender, como intocáveis, a renda e o patrimônio neste Brasil desigual. Questões relacionadas a raça, gênero, orientação sexual e o aborto tendem a ser tratadas com mais obscurantismo. 

A maior presença de parlamentares de direita no Congresso reduz, como se sabe, as possibilidades de bandeiras progressistas prosperarem nesse espaço de decisão que atende aos interesses das elites. O cenário desenhado pelos números catalogados pelo Diap traz outra informação significativa: a bancada de sindicalistas foi reduzida quase à metade (de 83 para 46). 

 

Bancada sindical

O número de parlamentares da chamada bancada sindical sofreu um acentuado revés, de acordo com os números do Diap.

Caiu dos atuais 83 representantes para 46. Desses, foram reeleitos 32, e novos são apenas 14.

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O Diap também revela oscilações da bancada sindical. 

Em 1988, foram eleitos 44 sindicalistas. 

Em 2002, com a eleição de Lula, o crescimento foi exponencial, 74. 

Em 2006, caiu para 54 representantes.

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O fato de o parlamentar ter origem no movimento sindical não quer dizer que ele vote sempre a favor dos interesses dos trabalhadores. Depende da sua orientação partidária.

Mas o Diap (com mais de 30 anos monitorando o Congresso Nacional) observa que não deixa de ser preocupante a redução do bloco de sindicalistas em Brasília, “especialmente num ambiente de forte investida patronal sobre os direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários no Congresso”.

 
 
Família unida pra...
Aqui no Rio, a família Picciani elegeu o pai, Jorge, e os filhos Flávio e Leonardo. Os dois primeiros para a Alerj e o último para a Câmara. O ex-governador Sérgio Cabral, que por causa dos escândalos sumiu no primeiro turno da campanha, teve o filho eleito deputado federal. Levantamento preliminar do Diap identificou o parentesco político dos eleitos e reeleitos em 5 de outubro. Foram eleitos 42 (novos) e reeleitos 40, num total de 82. Nas eleições de 2010, foram eleitos 78 deputados e deputadas com vínculos familiares. A eleição ou reeleição de parentes reforça a tese de circulação no poder. Em geral, parentes mais próximos como pais, filhos e cônjuges são herdeiros eleitorais uns dos outros e compartilham o mesmo perfil político e ideológico. Dentre os novos, destacam-se Arthur Bisneto (PSDB-AM), filho do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), campeão de votos no estado e único a atingir o quociente eleitoral. Além disso, foi o deputado que teve a maior votação proporcional no Brasil.
 
 
Evangélicos
Pelos números do Diap, 82 deputados que irão compor a bancada evangélica na nova legislatura.
Em 2010 foram eleitos 78 deputados e três senadores.
 
A bancada deverá seguir tendência natural de crescimento, como nas eleições anteriores.

Dentre os 82 deputados e deputadas, 38 são novos/as, e 44 foram reeleitos/as.

23 de outubro, Quinta-feira, 18 horas no Auditório da ESS

Seminário Público x Privado: a Previdência Social em questão

Palestrantes:

Raquel Varela e Renato Guedes
(A Sustentabilidade do Estado Social em Portugal)

José Miguel Bendrao Saldanha

23 de outubro
Quinta-feira

18 horas

Auditório da ESS
Praia Vermelha

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