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MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO

A Diretoria do ANDES-SN manifesta sua indignação e repúdio à ação de cinquenta e quatro reitores de universidades federais que, em solenidade no Palácio da Alvorada, no dia 11 de setembro de 2014, declararam apoio à reeleição de Dilma Rousseff (ver http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1514465-reitores-de-universidades-publicas-declaram-apoio-a-reeleicao-de-dilma.shtml)

Esses reitores, neste ato, demonstram que abriram mão de representar as instituições que dirigem, função que exige o respeito à autonomia universitária consagrada na Constituição Federal, para serem cabos eleitorais de candidatura à Presidência da República. Isto é uma ação antirrepublicana e antiética.

Brasília, 12 de setembro de 2014

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

Audiência pública, neste dia 16, tem por objetivo saber o que se espera do hospital universitário

Eduardo Côrtes antecipa alguns projetos

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14091531Côrtes: “O hospital precisa de obras em todas as áreas”. Foto: ELisa Monteiro - 13/11/2013Nesta terça-feira, dia 16, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) vai promover uma audiência pública, no Quinhentão (subsolo do bloco K do CCS), a partir das 9h. O diretor do HUCFF, professor Eduardo Côrtes, explica que o objetivo é que a comunidade acadêmica e também a sociedade se manifestem sobre os problemas vividos pelo hospital. “Esta é a primeira vez que uma audiência está sendo realizada na UFRJ e também no país com o objetivo de ouvir da sociedade o que ela quer de um hospital universitário como o nosso”. Entre os convidados estarão: o Ministério Público, parlamentares, entidades nacionais como Andes-SN e Fasubra, a Adufrj-SSind, o Sintufrj, pacientes do HUCFF e toda a comunidade universitária.

O Jornal da Adufrj ouviu o diretor do hospital sobre alguns assuntos que serão abordados durante a audiência pública. Confira, a seguir, os principais temas.

Ebserh

Perguntado se a direção do HUCFF sofre pressão do governo federal para aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Eduardo Côrtes foi categórico: “O governo pode desenvolver políticas, mas a Constituição garante à universidade autonomia para decidir sobre essas políticas. Para acatar ou para propor novas políticas. Acredito que o caminho bom para o país é que cada universidade desenvolva formas de administrar seus próprios hospitais. A Ebserh é uma empresa nova e tem muitos problemas. Quando me perguntam em Brasília sobre a adesão, eu respondo que o assunto foi retirado da pauta da universidade”.

Pessoal

Hoje, segundo números divulgados pelo diretor Eduardo Côrtes, o HUCFF possui 646 extraquadros, 250 terceirizados e 2.216 servidores RJU “com idade média bem alta”. “O governo não quer abrir novos concursos e há dificuldade em chamar novos concursados”. Ele citou um dado preocupante entre os RJUs: de janeiro a agosto foram apresentados 1.656 pedidos de licença médica com quatro dias ou mais de dispensa. “Dá uma média de 200 pedidos por mês. Vamos criar um protocolo para avaliar essas situações”. 

Dívidas

Eduardo Côrtes afirmou que, desde que assumiu a direção do HU, foram pagos R$ 7 milhões em dívidas deixadas pela gestão anterior (do professor José Marcus Eulálio). “Em oito meses, são pouco mais de R$ 7 milhões. Este é um esforço muito grande. São pagamentos realizados a partir de saneamento financeiro. São recursos próprios. Envolve muita negociação para conseguirmos gerar uma economia nesse montante que nos permita pagar dívidas do hospital”.

Viabilidade do HUCFF

O diretor afirmou que, se as dívidas não estivessem sendo pagas, o HU deixaria de funcionar. “Quando assumimos, havia dívidas em áreas estratégicas: com fornecedores de comida, manutenção da rede elétrica, manutenção dos gases, como oxigênio, manutenção de hemodiálise, manutenção de ar-condicionado para o centro cirúrgico. Já havia ações na justiça para descontinuar o fornecimento para o hospital. O HU iria mesmo parar”.

Queixas dos pacientes

Segundo o professor Côrtes, na Ouvidoria do HUCFF a principal queixa apresentada por pacientes é quanto ao desabastecimento de medicamentos. “Por falta de gente e por desorganização, enfrentamos grandes problemas. Houve um desaparecimento dos procedimentos administrativos do hospital. Estamos trabalhando para recuperar esses dispositivos, como por exemplo, registrar no almoxarifado a data de validade dos medicamentos. Fizemos um levantamento e descobrimos R$ 520 mil em produtos vencidos no almoxarifado”.

Cicatriz da antiga “perna seca”

O diretor afirmou que já está em licitação a obra do “contraventamento”, ou seja, o fechamento da parte aberta resultante da implosão da antiga ‘perna seca’. “A estimativa é de que esta obra custe R$ 3 milhões. É uma parede de concreto que precisa ser erguida ali”. Também está em licitação obra de reforma do telhado e para implantação de rede de água quente no HU. 

Plano de recuperação física

Ainda no campo das obras que precisam ser realizadas, o diretor informou que estão em licitação: obra para a enfermaria, reforma da farmácia do HU, reforma da cozinha. Está, também, em andamento o projeto para a recuperação das instalações elétricas do prédio e obras de reforma do teto da entrada do ambulatório. As obras para criação de enfermarias no nono andar já estão em fase de aquisição de materiais. “Esta obra criará cerca de 40 novos leitos. O hospital precisa de obras em todas as áreas. No caso do ambulatório, o reboco está caindo. Aquela área sempre foi abandonada. Na verdade, o hospital inteiro ficou por muitos anos abandonado. Não se abrem novos leitos de enfermaria, por exemplo, há 16 anos”.

Emergência

Um dos problemas que mais atingem a população que precisa de atendimento no HUCFF é a emergência fechada. O atual diretor do hospital ainda não conseguiu reabrir o setor, mas afirma estar preocupado com isso. De acordo com Côrtes, falta pessoal: “É uma situação inaceitável pensar que um hospital do porte do nosso, situado numa cidade como o Rio de Janeiro, está fechado. Estamos tentando, junto à PR-4 (pró-reitoria de Pessoal), chamar concursados para reativar a emergência”.

 

Novo prédio da EBA não passou das fundações

Desde a edição passada, o Jornal da Adufrj traça um panorama das obras prometidas no Plano Diretor da UFRJ. Parte fundamental da expansão da UFRJ, as reformas e as construções de novos prédios e equipamentos ocorrem em ritmo lento. Burocracia, falta de concursos para o quadro técnico e baixos salários para os profissionais responsáveis pela execução e fiscalização dos projetos são alguns dos problemas encontrados para justificar os atrasos. Diretor do Escritório Técnico da Universidade (ETU), Márcio Escobar esclarece sobre o andamento dos trabalhos em cada local. Há casos, como o da expansão da Escola de Belas Artes (EBA), que estão sem perspectiva de entrega.

Confira, a seguir, a situação de mais algumas das principais obras elencadas no Plano Diretor

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.


EXPANSÃO ACADÊMICA – EBA
previsão original: outubro de 2011


A expansão acadêmica da Escola de Belas Artes (EBA) não saiu do papel. Ou melhor, não foi além das obras de fundações. “Houve um problema com a empresa na execução do contrato”, explica Márcio Escobar. Segundo ele, as obras “começaram bem”, com a preparação do terreno para subida do prédio. Mas dois ou três anos mais tarde, verificou-se que a empresa responsável pelos trabalhos não “atendia às necessidades técnicas” para edificação do projeto. 

Pelo contrato, a empresa teria um prazo de quatro meses para desenvolver o projeto executivo de todas as especialidades necessárias para a construção (fundações, estrutura, instalações hidrosanitárias, elétrica etc). No decorrer de cerca de três anos de contrato, a empresa  conseguiu apresentar apenas o projeto de fundações (infraestrutura), de acordo com as normas técnicas e o detalhamento necessário para que a fiscalização possa acompanhar a execução dos serviços. Não há, até hoje, o projeto de supraestrutura, entre outros problemas de falta de detalhamento.

Em fase de licitação para um novo projeto executivo adequado, a expansão da EBA está sem perspectiva de entrega.

 

COMPLEXO ESTUDANTIL CT-CCMN
residências e restaurante universitário – previsão original: outubro de 2012


Já o complexo estudantil CT-CCMN (residência e restaurante) sofreu atrasos, segundo Márcio, em função de conflitos com Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). “Problemas com a Cedae criaram um descompasso entre nossos planos e a execução da obra. Tivemos que fazer uma revisão do projeto estrutural”. Segundo ele, a produção de um termo aditivo ao contrato com a empresa responsável vai garantir a retomada dos trabalhos em setembro. “Mais oito meses de obras de acabamento, com instalação de luminárias e afins” e a expectativa de entrega do prédio é início de 2016: “Além de concluir esta etapa, teremos outra para executar acabamentos e instalações. Se tudo correr bem ficará concluída (a obra) no primeiro semestre de 2016”, completa Márcio.

14091544AFoto: Kelvin Melo - 22/08/2014


 

EXPANSÃO ACADÊMICA FACC-NEI
previsão original: janeiro de 2012


A e14091552AFoto: Kelvin Melo - 11/09/2014xpansão, ao lado da Faculdade de Letras, recepcionaria os cursos migrados do campus da Praia Vermelha para o Fundão, mas engasgou em problemas com o terreno rochoso. A empresa responsável pela obra recusou-se a arcar com a instalação de noventa estacas necessárias para levar à frente o projeto. Dois pontos de desacordo entre a administração central e a empresa levaram a um impasse. “Como há necessidade de executar serviços não previstos em contrato e que não têm sua composição de custos nas fontes oficiais, tivemos que recorrer a pesquisa de preço junto a três fornecedores. A orientação legal é que devemos ter como premissa: retroagir os preços da pesquisa para a data da proposta de preço para licitação e aplicar o desconto ofertado pela empresa em sua proposta de preço na ocasião da licitação. Nestes dois pontos, a empresa alega que terá prejuízo”, diz Márcio.

Nas mãos da procuradoria da universidade, um acordo pretende retomar os trabalhos a partir do mês de outubro, segundo explicou Márcio. Mais dois anos de obra à vista a partir de então, segundo explicou o diretor do ETU.

 

PALÁCIO UNIVERSITÁRIO
previsão original: janeiro de 2011


14091553AFoto: Marco Fernandes - 26/08/2014O Palácio Universitário, que sofreu com alagamentos recentes após fortes chuvas do fim de agosto, passa por reparos emergenciais. “Nas tentativas anteriores de restauração de telhados e fachadas do Palácio, para adequarmos os custos das obras a um valor possível de ser suportado pelo orçamento da universidade, optamos em executar as obras por ala do Palácio (ala Central, Leste e Oeste). Devido à frustração destas duas tentativas, preparamos uma documentação para licitar toda a área de cobertura e fachada do Palácio, ou seja, as três alas, pois, desta forma, poderíamos exigir dos licitantes a comprovação de um acervo técnico de acordo com o porte e a importância da edificação. Este processo já esta seguindo os procedimentos necessários para licitação das obras ainda este ano”, esclarece Márcio. Segundo o diretor do ETU, as obras já visariam à adaptação do prédio a um novo uso, “com cafés e cinema”.

 


Na PV, restaurante vai sair como contêiner

Fora do Plano Diretor, na Praia Vermelha, o prometido restaurante universitário do campus tem previsão de pregão eletrônico para adaptação a contêineres em prédio baixo até este mês de setembro. “Daí são mais dois meses para licitação e quatro para construir”, diz Márcio. A inauguração ficaria para o primeiro semestre de 2015. Para o diretor do ETU, com acabamento adequado, a estrutura não deixaria nada a desejar em relação a uma estrutura toda concretada. A prioridade seria a rapidez para a obra.

14091554AFoto: Dally Lemos Schwarz - 06/09/2011

Decana do CFCH, Lilia Pougy abre debate sobre sexismo promovido pela Adufrj-SSind com DCE Mário Prata

“Violência contra as mulheres é um fenômeno social”, diz Pougy

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

14091581ADebate ocorreu no auditório Manoel Maurício de Albuquerque, na Praia Vermelha. Marco Fernandes - 12/09/2014“O patriarcado é um conceito que muita gente afirma estar ultrapassado. No entanto, ele tem enorme vitalidade no esquema de dominação e exploração atual”, afirmou a decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Lilia Pougy, no debate sobre “Sexismo na Academia” promovido pela Adufrj-SSind, com DCE Mário Prata, Coletivo de Mulheres e decania do CFCH, no último dia 12.

Para ela, mesmo a presença de mulheres em espaços de poder não necessariamente implica em “uma ótica diferenciada”. Como exemplo, citou o aumento na participação feminina na magistratura e também na disputa eleitoral à presidência. Em sua visão, a análise dos discursos entre presidenciáveis mostra uma “abordagem moralizadora”.

Pougy enfatizou que embora tome contornos particulares, de acordo com o espaço em que se manifesta, o sexismo é um problema generalizado na sociedade que se combina, sobretudo, às opressões de gênero, de classe e de etnia: “Nesse sentido, estudos de classe têm o mesmo peso que os de gênero para compreensão desse fenômeno”.

“O sexismo refere-se a toda forma de violação a direitos humanos com base na relação de gênero”, explicou a docente. “Não é uma briga entre homens e mulheres”, completou depois. Na visão da professora, a institucionalização das discussões e lutas do movimento das mulheres contra o sexismo foi um passo importante. “Exemplos como a criação da Secretaria de Mulheres (da presidência da República) responde a um enorme déficit de políticas públicas nesse campo”, avaliou. O combate à violência de gênero justificou seu argumento.  “A violência é um fenômeno social. E não uma patologia de casal. É crime”, afirmou. “Quando vemos argumentações de que se trata de coisas de casal, até mesmo erotizando esse tipo de relação, a consequência é a tolerância social a essa situação. Quando a violência atinge o corpo”, continuou o raciocínio, “alcança também a consciência. Por isso, cada mulher agredida representa todas as demais”.

Sexismo é também machismo

Doutoranda da Escola de Serviço Social da UFRJ, Isabel Mansur afirmou que o debate sobre sexismo é também um debate sobre machismo. “Se tratamos o sexismo como um conjunto de ações e ideias que privilegiam determinado gênero, ou orientação sexual, em detrimento de outros, estamos então falando de machismo”. Para ela, o machismo faz parte do modelo hegemônico de construção da sexualidade na sociedade e está relacionado a uma hierarquia social.

Outro aspecto abordado por Isabel Mansur é o que se refere ao modelo familiar no qual nossa sociedade se estrutura: “Patriarcal, mononuclear e heteronormativa. Este é um modelo civil, mas também econômico. É a esfera de produção e de reprodução da vida. É notório o papel da família na transmissão de classe – você nasceu em uma determinada classe e a ela continuará pertencendo. Para além disso, temos a divisão sexual do trabalho: trabalhos domésticos são femininos. Trabalhos não domésticos são masculinos. Em síntese, a família patriarcal burguesa é a célula pela qual se organiza toda a sociedade e por ela perpassa um processo de dominação de classe”.

“Ainda que tenhamos tido uma série de modificações e inserção massiva das mulheres no mercado de trabalho, que parecem ter mexido na estrutura social de forma significativa, percebemos que o processo de transformação cultural é muito lento e não acompanha essas mudanças. Nosso desafio é pensar de que forma mantemos o movimento de apresentar as contradições e superá-las”.

Assédio na universidade

Maria Leão, representando o movimento estudantil (ela é diretora de Combate às Opressões do DCE Mário Prata) e o Coletivo de Mulheres da UFRJ, focou sua fala no sexismo ocorrido na universidade: “A Academia é um espaço de produção de conhecimento e de produção da elite. E se é um espaço da elite, como os outros espaços, ele exclui quem não deve fazer parte da elite. Nos últimos tempos, no total de matrículas, cerca de 60% são de mulheres, no entanto, essas mulheres não entram em cursos caracterizados ainda como masculinos e nem participam da universidade como elite intelectual. A pós-graduação ainda é majoritariamente masculina”.

Maria Leão afirmou que professoras e alunas de todas as Unidades da UFRJ já relataram situações de perseguição e assédio: “Não há um curso em que as mulheres não tenham histórias de horror para contar sobre opressão, perseguição, assédio moral e sexual. Este processo exclui as mulheres do espaço universitário, porque as alunas trancam as disciplinas, deixam de pegar matérias com determinados professores e demoram a se formar”. 

Ela contou que todas as alunas de todos os cursos do IFCS, ao serem perguntadas sobre o principal medo que têm ao sair à noite do prédio do Largo do São Francisco (no Centro), respondem que é o de serem estupradas e mortas. E que este fenômeno não pode ser naturalizado, mas, na universidade, permanece invisibilizado: “Espaços como este debate ajudam a desnaturalizar esse processo. O machismo e o sexismo ajudam a manter as estruturas de poder e dominação sociais”.

 

Adufrj-SSind quer jogar mais luz sobre o tema

Pela Adufrj-SSind, a diretora Luciana Boiteux afirmou a importância do evento: “Temos plena compreensão da necessidade de romper com a invisibilidade do tema deste debate”, disse a dirigente.  “E a Adufrj-SSind procura cumprir seu papel em facilitar discussões como essa, inclusive, garantindo um espaço seguro que as vítimas do sexismo possam buscar”, completou.

Ao CEG, SuperEst afirma que atuais R$ 42 milhões são insuficientes para a demanda

Colegiado volta a discutir o tema dia 24

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A UFRJ precisaria do dobro dos atuais recursos destinados à assistência estudantil para atender à demanda. O cálculo não é de nenhum representante do DCE Mário Prata, mas do próprio superintendente geral de Políticas Estudantis da universidade, professor Ericksson Rocha Almendra. 

Foi o que ele declarou ao Conselho de Ensino de Graduação, em reunião do último dia 10. Enquanto a verba do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) aumentou 8% no último ano, a necessidade real era de um incremento de 50%. Além disso, o quadro “deve piorar” com a mudança de perfil dos alunos na UFRJ, muitos deles provenientes de outros estados, via Sistema de Seleção Unificada (SiSU). “Hoje, já são 22% do corpo discente”.

Porém, apesar de todos os problemas, de acordo com Ericksson, a política de assistência da UFRJ é a melhor do Brasil. Para ele, não tem para ninguém em termos “de valores”. O dirigente destacou que 10% do orçamento da universidade, “em torno de R$ 42 milhões dos cerca de R$ 400 milhões” se destinam a este fim. E que, além dos recursos oriundos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), a universidade aplicou R$ 8 milhões no transporte intercampi e R$ 5 milhões dos R$ 60 milhões investidos em obras para residência dos alunos.

Problema não é do estudante

No debate que se seguiu à apresentação da Superintendência de Políticas Estudantis (SuperEst), ganhou destaque o problema da permanência na universidade. “Questões como alimentação e o transporte interno não podem ser consideradas como um problema do estudante, pois afetam toda a universidade”, argumentou Cláudio Ribeiro (presidente da Adufrj-SSind) e conselheiro no CEG pelo Centro de Letras e Artes. 

A discussão a respeito da Assistência Estudantil foi reprogramada como ponto único ou prioritário de uma nova reunião do CEG, no próximo dia 24.


IMG 0824Foto: Elisa Monteiro - 10/09/2014


CEG responde à CGU sobre Faculdade de Letras

Um questionamento da Controladoria-Geral da União (CGU) à Faculdade de Letras da UFRJ — e encaminhado à pró-reitoria de Graduação (PR-1) — entrou na pauta do CEG do dia 10. De acordo com o órgão de controle, que realizou auditoria em três departamentos da FL no primeiro semestre deste ano, há problemas de controle das atividades docentes na  Unidade.

O Conselho de Ensino de Graduação aprovou uma resposta institucional com destaque para a liberdade didático-científica na produção acadêmica. Na avaliação dos conselheiros, a argumentação da CGU peca, ainda, por utilizar como referência algumas leis caducas.  

Além de defender a autonomia universitária, o documento que será enviado à CGU deve destacar as dificuldades estruturais enfrentadas pela instituição, que expandiu enormemente sua oferta de vagas nos últimos anos, frente às cobranças pautadas pela Controladoria. 

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