Depois de muita pressão de professores, estudantes e servidores, a reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Anna Cintra, anunciou no último dia 14 o arquivamento da investigação que a administração da universidade fazia sobre a participação de três professores da Faculdade de Filosofia, Comunicação e Letras (Faficla) em uma manifestação no mês de novembro de 2012 contra a nomeação da própria reitora.
A Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc), que considerou o arquivamento uma grande vitória da PUC-SP, divulgou a notícia em seu jornal semanal. A associação classificou o arquivamento como um “recuo” da reitora por conta das mobilizações contrárias ao processo. A Apropuc também lembrou que estavam sendo organizados dois abaixo-assinados contrários à investigação, que já agregavam muitas assinaturas, incluídas as de figuras públicas importantes, como governadores e deputados.
A investigação começou no final do mês de julho e acusava os professores de “desordem e atos de indisciplina” e de “atentado contra o patrimônio moral e cultural da PUC”. Anna Cintra foi a terceira colocada na eleição para a reitoria da PUC-SP em 2012, mas, mesmo assim, foi nomeada reitora da universidade pelo cardeal Dom Odilo Scherer. Nos meses seguintes à antidemocrática nomeação, a PUC-SP foi palco de grandes manifestações de professores, servidores e estudantes – que lutavam pela nomeação do primeiro colocado na consulta e por autonomia e democracia na PUC.
O caso investigado é de novembro de 2012, quando, no pátio da universidade, foi realizada uma encenação em protesto contra a nomeação. O ato, que foi organizado pelo diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, encenou a decapitação de um boneco que representava o papa e a Igreja Católica – que é mantenedora da universidade e que decidiu pela nomeação da candidata derrotada nas eleições para a reitoria. (Fonte: Andes-SN, com informações de Apropuc e Folha de São Paulo)
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Posse da nova diretoria do Sindicato Nacional para o biênio 2014/2016 marca plenária de abertura do 59º Conad
Novo presidente é o professor Paulo Rizzo, da UFSC
Silvana Sá. Enviada especial a Aracaju (SE)
Começou em 21 de agosto o mandato pelos próximos dois anos da nova diretoria do Andes-SN. A posse ocorreu durante a plenária de abertura do 59º Conselho do Andes-SN (Conad), em Aracaju (SE).
A expectativa é que se mantenha a combatividade do mandato anterior. Afinal, o novo presidente, professor Paulo Rizzo, da Seção Sindical do Andes-SN na UFSC, era 2º secretário na gestão 2012-2014. Marinalva Oliveira, presidenta até então, agora assume a 1ª vice-presidência. Cláudia March, da Aduff-SSind — que não fazia parte da direção passada — completa a cúpula como nova secretária-geral.
Marinalva Oliveira, durante o discurso de transição do cargo, emocionou-se ao mencionar o companheiro de diretoria Márcio de Oliveira, secretário-geral em sua gestão. Ele e o professor Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente de Marinalva, receberam agradecimentos especiais pelas lutas travadas pelo Sindicato Nacional nos últimos dois anos.
Campanha pelas condições de trabalho: fundamental
Entre elas, a ex-presidenta destacou a campanha por melhores condições de trabalho, fundamentais para “a valorização do trabalho docente”. O enfrentamento com o Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal, a campanha em defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública já e a realização do Encontro Nacional de Educação (ENE), no início de agosto, foram apontados, pela atual 1ª vice-presidente, como as principais realizações da sua gestão. A greve nacional das federais, de 2012, foi lembrada também como um marco do movimento docente. Pontuou, ainda, a conquista definitiva da carta sindical do Andes-SN.
O professor Márcio de Oliveira foi homenageado pela nova diretoria nacional (e pela anterior), por ter sua vida em muitos momentos confundida com a existência do Andes-SN. “Homenageá-lo é também é fazer uma referência à história deste Sindicato”, destacou Paulo Rizzo.
Rizzo, que já presidiu o Andes-SN de 2006 a 2008, além de ter participado de outras gestões em outras funções, observou que os novos componentes da diretoria (alguns sem experiência sindical) trazem um elemento importante de renovação da história do Andes-SN. “Temos um programa que busca dar continuidade ao processo de construção coletiva, democrática, deste Sindicato que se expressa nas definições políticas e nas ações de luta”.
Mudança na Regional Rio
Na mesma cerimônia, o professor Luis Acosta, da UFRJ, assumiu a 1ª vice-presidência da Regional Rio de Janeiro do Andes-SN. Seu antecessor, Walcyr de Oliveira Barros, também da UFRJ, tornou-se o 3º tesoureiro da diretoria nacional do Sindicato.
Nova Universidade e Sociedade trata dos 50 anos do golpe
Ainda durante a plenária de abertura, foi lançada a nova edição da revista Universidade e Sociedade, do Andes-SN. Ela traz como tema: “50 anos do Golpe Militar – Dores, Sonhos e Resistência: uma história inacabada”. O professor Márcio de Oliveira (foto), ao apresentar a revista, afirmou que o conjunto de artigos compõe um importante documento para ser “propagado nas universidades e também para a sociedade”, como forma de apontar a luta pela conquista, de fato, da democracia. “Esta é uma luta política necessária”.
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Dia de visita
Milhares de estudantes secundaristas conhecem as opções de cursos oferecidos pela universidade
Evento ocorreu nos dias 13 e 14
Filipe Galvão. Estagiário e Redação
Pelo menos 12 mil estudantes secundaristas passaram pelos corredores e salas do prédio da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) no Fundão, na 11ª edição do “Conhecendo a UFRJ”. Os visitantes se viram diante de diversas palestras e estandes explicativos sobre as graduações oferecidas pela universidade e o perfil dos profissionais das áreas. São esses os momentos nos quais os alunos se questionam sobre escolhas prévias e descobrem novas áreas de afinidade.
O evento, organizado pela Pró-reitoria de Extensão desde 2004, teve grande procura. Oitenta escolas ficaram na lista de espera e não puderam participar. “A inscrição esgota-se em dois dias”, afirmou a Diretora da Divisão de Cultura da PR-5, Adriane Aparecida Moraes. O grande volume de demanda justificaria um terceiro dia de encontro, mas o orçamento, segundo Adriane, não é suficiente para prolongar as atividades sem prejudicar a qualidade.
A maioria dos estudantes das 200 escolas inscritas para conhecer a universidade são de alunos da rede pública de ensino do estado do Rio de Janeiro. Para o professor de Física do Ciep 127 de Magé, Roberto Waiandt, o evento é necessário para a construção de uma nova perspectiva de vida para os alunos. “Aqui tem uma energia vital, um fluxo de pessoas e contatos que serve de combustível para os alunos pensarem o seu futuro”, disse.
Novas possibilidades descobertas
Com apenas 16 anos, Anderson Silva da Costa veio de Nova Iguaçu com os colegas Janaína Oliveira, 17, e Thales Gama, 18, todos do Colégio Estadual Maria Emília Amaral Fontoura. Anderson queria estudar moda, mas para isso teria que recorrer a uma faculdade privada. Ao visitar o estande do curso de Belas Artes, o mais novo dos três amigos descobriu novas possibilidades: “Eu queria mexer com corte e costura, mas gostei de design de interiores e paisagismo”.
Um dia de visita à UFRJ, porém, não a torna mais acessível a esses alunos. Janaína também se interessou por design de interiores, mas tem medo das dificuldades que enfrentaria por morar tão longe do Fundão. Já Thales provocou: “A Baixada é uma área que não é bem atendida. Não seria melhor ter mais polos da universidade lá para atender os outros estudantes?”.
Segundo Adriane, o acolhimento às escolas tem a função de democratizar o acesso à universidade pública. Mas, para isso, além das visitas, são necessárias estrutura e assistência.
O professor Romildo Bomfim, diretor da Adufrj-SSind, marcou presença no evento para falar do curso de Fisioterapia, ligado à Faculdade de Medicina: “Julgo o evento ‘Conhecendo a UFRJ’, como um projeto relevante da PR-5 na medida em que abre as portas da nossa universidade, e, assim, desperta nos interessados o desejo de vir estudar numa IFE pública”, disse. Romildo também elogiou a oportunidade de apresentar aos secundaristas as diversas carreiras oferecidas pela instituição.
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Nota da Adufrj-SSind
“A Diretoria da Adufrj-SSind presta total solidariedade aos colegas em greve de toda a comunidade da USP. É inadmissível a maneira como o governo do Estado de São Paulo tem lidado com a questão da educação pública, repetindo o método do governo federal que precariza o trabalho como forma de impor a privatização das Instituições de Ensino Superior públicas, aprofundando a mercantilização da educação.
Todo apoio à greve da USP!”
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