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Deu no Jornal Nacional?

Se vivo, o ministro da Propaganda do Reich na Alemanha nazista, Joseph Goebbels, invejaria o poder da meia dúzia de barões da mídia no Brasil. Eles acordam pela manhã com a certeza do controle absoluto sobre a audiência de milhões de pessoas. Ditam o conteúdo de jornais, dos principais portais na internet, de rádios, de TVs abertas e fechadas. O aparato midiático funciona como máquina ideológica da dominação por meio de informativos e de todo o cardápio que possa se encaixar na rubrica entretenimento. No caso dos jornais, não é hipérbole afirmar que o que acontece, para existir, tem que ser notícia no Jornal Nacional, na TV Globo. Tamanho poder da mídia concentrada faz com que os seus donos determinem a agenda do país, sempre pelo caminho mais conservador e reacionário. As discussões sobre a imperativa necessidade de um marco regulatório para o setor, já há algum tempo, estão presentes no horizonte político no país. A correlação de forças impede o avanço na recuperação das concessões públicas (rádio e TV) – mesmo dentro dos mais acomodados critérios republicanos. A Imagem da Semana (foto) desta edição mostra a exuberância do movimento de professores da rede estadual de São Paulo ocupando as ruas da capital do estado mais importante do país. O retrato das ruas lotadas foi divulgado nas redes sociais. Eram mais de 30 mil trabalhadores da educação protestando contra as condições de trabalho impostas pelo governo Alckmin (PSDB). Esta imagem não foi televisada.


Na marra

A sede da Associação dos Moradores da Vila Autódromo está entre os imóveis desapropriados por decreto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) na semana passada. A entidade há anos organiza a luta dos moradores que tentam resistir contra a extinção do bairro.

Paes não cumpriu a palavra firmada anteriormente de que qualquer solução para o caso seria negociada. A Vila Autódromo é vizinha do futuro Parque Olímpico dos Jogos de 2016.

Segundo o Dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Rio de Janeiro, cerca de oito mil famílias foram removidas ou estão ameaçadas por remoções por conta dos Jogos de 2016. 

Pelas contas do dossiê, só na Vila Autódromo são 280 famílias que terão de deixar o lugar.

 

Alex Schomaker

A praça em frente ao campus da Praia Vermelha da UFRJ ganhará o nome do estudante da Biologia Alex Schomaker, assassinado durante um assalto no ponto de ônibus do local, em 8 de janeiro. 

PMs no alojamento da UFRJ, por Diego Novaes 

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O mais novo outdoor da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ (Adufrj-SSind) faz uma homenagem ao educador Paulo Freire (1921-1997), atacado em uma faixa das manifestações de 15 de março. No painel, localizado na zona sul da cidade, ao lado do ex-Canecão, é destacada uma de suas expressões, do livro “Pedagogia do Oprimido”: “Nenhuma ‘ordem’ opressora suportaria que os oprimidos todos passassem a dizer: ‘Por quê?’”.

Dia Nacional em Defesa da Educação Pública

Além da reverência a Freire, o outdoor reservou um espaço para anunciar o ato do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública,  dia 26.

Dias 7, 8 e 9 terão atividades sobre temas que afetam o dia a dia de trabalho e estudo na universidade. Jornada vai discutir, ainda, a pauta nacional dos SPF

Conselho de Representantes acontece nesta semana

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Os dias 7, 8 e 9 de abril serão dias de luta e mobilização na UFRJ. A definição ocorreu na Assembleia Geral da Adufrj-SSind, realizada em 27 de março. A Seção Sindical vai articular a pauta nacional dos servidores públicos federais à realidade de precarização das condições de trabalho na UFRJ. Este encaminhamento será levado ao Setor das Federais do Andes-SN, que se reúne neste fim de semana em Brasília (DF).

A ideia é fazer atividades com denúncia de todos os graves problemas que atravancam o cotidiano na universidade. Salas em contêineres, o problema gerado pela terceirização, os profissionais sem salários, os graves assédios sofridos pelos novos professores para que ingressem na Funpresp (fundo privado de previdência complementar dos servidores), a revisão dos 26,05%, a retirada de direitos dos trabalhadores em geral, a crise aguda da assistência estudantil...

“A urgência dos temas precisa ser entendida pela comunidade acadêmica. A construção da pauta local em conjunto com a nacional é fundamental para a conscientização dos professores sobre a dimensão da luta que precisamos travar neste ano de 2015”, alertou o presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro. 

Congresso da CSP-Conlutas

A AG definiu e delegou à diretoria da Seção Sindical que, em conjunto com o Conselho de Representantes (CR), elabore e envie a contribuição da Adufrj-SSind para constar no Caderno de Textos do II Congresso da CSP-Conlutas, marcado para junho deste ano. O CR deverá se reunir nesta semana (dia, horário e local serão informados no site e nos perfis da entidade nas redes sociais). 

Houve também a participação do Setor Jurídico na AG que esclareceu dúvidas a respeito dos 26,05% (veja nota nesta página).

No Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, movimentos vão à rua para criticar os cortes do setor

Ato também faz homenagem a Edson Luís

Samantha Su. Estagiária e Redação

Com o grito de ordem “Que contradição! / A Pátria Educadora/Vai cortar da Educação” foi iniciado, em 26 de março, o ato do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública, no centro do Rio de Janeiro. A crítica principal era contra um corte de R$ 7 bilhões do governo federal no orçamento do MEC, justamente no mandato que a presidenta Dilma Rousseff afirmou que dedicaria ao setor.

Movimentos sociais, sindicais e estudantis marcaram presença, na atividade, como o Andes-SN (Sindicato Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior), Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas) e Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação).

Durante a passeata, da Candelária à Cinelândia, foi denunciado o sucateamento das universidades públicas e da educação básica. Diversos discursos lembraram que 42% do orçamento da União são destinados ao pagamento da dívida pública, o que sufoca as políticas sociais, entre elas a Educação.

O DCE da UFRJ, representado por uma de suas diretoras, Luiza Foltran, enfatizou a crise nas universidades federais. Deu como exemplo a assistência estudantil na instituição, que possui a maior verba para o setor do país, mas, mesmo assim, não tem como atender à demanda e garantir a permanência dos alunos mais carentes.

O Sepe-RJ também ressaltou a crise na educação básica e responsabilizou o governo do estado de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e a Prefeitura do Rio (Eduardo Paes).  As más condições de infraestrutura, a falta de verba para repasse de materiais e a precarização do trabalho docente foram apontados: “Estamos tirando do nosso bolso para comprar papel para provas, porque simplesmente falta papel nas escolas. No dia 1º de abril, faremos uma grande paralisação para denunciar o sucateamento da educação básica pelo governo do estado”, declarou Marta Moraes, diretora da entidade no Rio de Janeiro.

2015033032Estudantes do Colégio Pedro II tiveram presença destacada na manifestação que percorreu a avenida Rio Branco. Foto: Samuel Tosta - 26/03/2015

Homenagem a Edson Luís

O movimento dos estudantes secundaristas também ocupou a Rio Branco e fez uma homenagem a Edson Luís, morto pela ditadura militar em 28 de março de 1968 e mártir do movimento secundarista da época. Foi reforçada a necessidade de desmilitarização da polícia que ainda segue a lógica ditatorial e mata negros e pobres nas periferias urbanas. 

 

Direito à moradia é urgente também!

Cerca de 300 desalojados da Ocupação da Cedae, na Via Binária, Zona Portuária do Rio, clamaram por apoio e direito à moradia no final do ato, que dispersou na Cinelândia. As famílias estavam há 15 dias em terreno não utilizado de domínio da empresa de água e esgoto. Porém, no mesmo dia do ato (26), um pedido de reintegração de posse da companhia foi cumprido por policiais militares. 

Segundo o relato dos moradores, a eles foi avisado que seria feito um cadastramento para aluguel social, o que não foi cumprido. Durante o dia, ficaram sem comer e beber dentro da sede da Guarda Municipal, no bairro de São Cristóvão, entre eles crianças e idosos.

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