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IMG 5724Foto: Silvana Sá - 31/10/2013


Chapa 10

Angela Rocha/Carlos Rangel

Temos como proposta aprovar no Consuni uma política geral de mobilidade, integrando todos os campi da UFRJ. Mas essa política deverá obrigatoriamente integrar a UFRJ com outras instituições de ensino público superior do Estado do Rio de Janeiro.

 


 

Chapa 20

Roberto Leher/Denise Nascimento

Uma das principais falhas do Plano Diretor aprovado é que o mesmo não focalizou soluções realistas para o transporte. A UFRJ tem de planejar uma frota própria de ônibus para melhorar a circulação dentro e entre os campi e as suas demais instalações, objetivando articular a circulação interna com o transporte público. É necessário realizar gestões junto à prefeitura do Rio para garantir melhor gestão dos BRTs que passam no fundão, montando uma grade de horários compatível com as necessidades e o fluxo de passageiros. É indispensável aperfeiçoar a articulação dos espaços da UFRJ com nódulos centrais do sistema de transporte do grande Rio, em especial, ônibus, metro e trens. O circuito das barcas poderia melhorar a mobilidade Niterói – Centro - Ilha do Governador. A UFRJ deve, também, pressionar os governos municipal e estadual para integrar o VLT elevado até o fundão. Para a circulação interna, uma linha circular de trem de levitação magnética (temos o MagLev Cobra, de tecnologia própria, que pode ser construída, a baixo custo, nos canteiros, com recursos do BNDES) seria muito interessante. É necessário, ainda, intensificar o uso de bicicletas dentro dos campus e entre os campi quando possível. Os ônibus para Macaé não passam pelas áreas do campus e, por isso, a UFRJ deve assegurar a ligação com ônibus próprios e, claro, articular a mobilidade entre os espaços da UFRJ e as áreas de integração dos transportes em Macaé e em Xerém.

 


 

CHAPA 30

Denise de Carvalho/Walter Suemitsu

A questão do transporte é fundamental para o adequado funcionamento dos cursos diurnos e noturnos e para a devida acessibilidade aos restaurantes universitários, bibliotecas e residências estudantis. Com relação aos ônibus internos que circulam na cidade universitária e os que circulam inter-campi, há poucos veículos, pontos de parada insuficientes e horários restritos para atender à comunidade. Daremos continuidade às ações voltadas para a melhoria no transporte coletivo nos campi; reorganizaremos as linhas, os horários, pontos de parada e a integração metrô-ônibus. Estimularemos a adoção de transportes alternativos no campus da cidade universitária, como o uso de bicicletas e a reformulação dos ônibus coletivos internos que utilizarão tecnologias de baixa emissão de CO2, pois pretendemos implantar o projeto UFRJ sustentável, com a introdução de práticas com baixo impacto socioambiental e que sirvam como referência para a sociedade brasileira. Promoveremos parcerias com os governos municipais e estadual para o desenvolvimento de ações nas áreas de transporte visando a ampliação da frota que atende à comunidade universitária e a introdução do passe livre também para os nossos estudantes que utilizam a rede intermunicipal de transporte.

IMG 8905BFoto: Kelvin Melo - 07/03/2012


Chapa 10

Angela Rocha/Carlos Rangel

A segurança pública deve ser articulada com a Diseg, que deve atuar como papel protagonista na proposta e definição de políticas de segurança da UFRJ. Entretanto, precisamos resgatar a possibilidade da contratação de vigilantes para os quadros do serviço público. Isso prejudica o desenho de uma política de segurança, que possa atender às reais necessidades da UFRJ.

 


 

Chapa 20

Roberto Leher/Denise Nascimento

Fortalecer a Divisão de Segurança (DISEG) como estrutura integradora da política autônoma de segurança da UFRJ, o que exigirá a luta pela contratação de novos profissionais concursados. Buscaremos uma política de segurança que resulte dos debates com os estudiosos da questão e com o acúmulo de conhecimentos da Prefeitura e do DISEG. O uso de efetivo armado somente deve acontecer em locais críticos definidos pela própria comunidade universitária (hospitais, acervos históricos).  É necessário aperfeiçoar o convênio guarda-chuva com a Secretaria de Segurança do Estado do Rio para que a vigilância das entradas e saídas dos campi seja aperfeiçoada. Podemos avançar muito no sistema atual de câmeras de monitoramento, iluminação, vigilância interna das áreas de mobilidade entre os prédios (estacionamentos, restaurantes, acesso aos pontos de ônibus). A vigilância e monitoramento dos Campi devem visar, em especial, a segurança preventiva da comunidade universitária.



 

CHAPA 30

Denise de Carvalho/Walter Suemitsu

Para melhorar a segurança, ampliaremos os projetos de segurança com a instalação de mais câmeras, aumento na vigilância, implantação de transporte público mais eficiente e presença de estacionamentos monitorados. Retomaremos o projeto de construção de portais UFRJ que poderão identificar os transeuntes que entram em área Federal da UFRJ. A Divisão de Segurança da UFRJ será fortalecida e protagonizará as ações voltadas à melhoria da segurança nos campi, pois passará a ser uma Superintendência ligada diretamente ao Gabinete do Reitor. A segurança é um tema complexo que está relacionada com vários fatores e o problema da segurança pública extrapola os muros da UFRJ. Todavia, temos que implantar ações que garantam segurança para transitar pelos espaços universitários pertencentes a UFRJ nos diferentes campi. Algumas das ações concretas serão: construção de portais com guaritas blindadas e câmeras de monitoramento em todos os acessos de entrada e saída dos campi; instalação de câmeras de monitoramento em todas as entradas e saídas de acesso, bem como nas vias de acesso interno aos campi; aquisição de rádios portáteis e ampliação do sistema utilizado para as viaturas que ainda não possuem; reforma, modificação operacional, com a construção do segundo pavimento e deslocamento das 3 cabines para o centro dos canteiros em frente aos três pontos de ônibus de maior circulação de pessoas. Essas ações serão priorizadas para a melhor qualidade de vida nos campi.

A hora da decisão

Três chapas enfrentam-se nas urnas, de 14 a 16 de abril, como o objetivo de  conquistar o mandato à frente da reitoria da UFRJ para o período 2015-2019. Será o primeiro turno da pesquisa eleitoral, com urnas espalhadas por toda a universidade. 

Angela Rocha (do Instituto de Matemática), como candidata a reitora, e Carlos Rangel (Faculdade de Farmácia), candidato a vice, formam a chapa 10 — Juntos pela UFRJ: Unidade na Diversidade.

Roberto Leher (Faculdade de Educação), candidato a reitor, e Denise Nascimento (Faculdade de Odontologia), para sua vice, são os nomes da chapa 20 — UFRJ Autônoma, Crítica e Democrática.

Denise de Carvalho (Instituto de Biofísica), para reitora, e Walter Suemitsu (Escola Politécnica e Coppe), para vice, compõem a chapa 30 — Somos Todos UFRJ.

Caso nenhum dos candidatos alcance mais votos que o somatório dos outros dois, dos brancos e dos nulos, haverá segundo turno previsto para os dias 4, 5 e 6 de maio.

Podem votar: os docentes e técnico-administrativos ativos do quadro de pessoal da UFRJ, aposentados contratados como colaboradores voluntários e professores eméritos; os estudantes dos cursos de graduação (presencial e à distância), de pós-graduação (stricto sensu) e de pós-graduação (lato sensu) – estes com carga mínima de 360 horas-aula e matrícula ativa; do CAp, com matrícula ativa e que tenham 16 anos completos até a data do primeiro turno.

Processo ainda agride autonomia universitária 

O resultado da pesquisa será apresentado ao Colégio Eleitoral da universidade em 8 de maio. Este fórum, integrado apenas pelos representantes do CEG, CEPG, Consuni e Conselho de Curadores, formará as listas tríplices de candidatos a reitor e vice-reitor para escolha do MEC, conforme a retrógrada legislação vigente.




 
Xerém põe as queixas na mesa, no último debate
Estudantes entregam carta de reivindicações para as três chapas que disputam a reitoria da universidade

Debate ocorreu dia 9

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A comunidade universitária do Polo Xerém parou na manhã de 9 de abril para participar do último debate oficial entre candidatos à reitoria da UFRJ. Angela Rocha (Chapa 10), Roberto Leher (Chapa 20) e Denise de Carvalho (Chapa 30) expuseram suas propostas para estudantes, professores e técnicos-administrativos. Houve transmissão on line e o vídeo pode ser conferido na página da TV Consuni, na internet.

O movimento estudantil apresentou uma carta de reivindicações e propostas de melhorias para o Polo. Questões básicas, como limpeza, acesso, água e luz, bibliotecas em horário estendido e mais opções para o transporte intercampi estavam entre as reivindicações. Todos os candidatos assinaram o recebimento do documento e declararam publicamente seu comprometimento para solucionar as questões que afligem não só os estudantes, mas toda a comunidade universitária local.

Falta de planejamento

Durante o debate, Roberto Leher alegou que as duas últimas gestões não envidaram esforços para que o Polo Xerém se desenvolvesse. E afirmou que não há, nem no Plano de Desenvolvimento Institucional, nem no Plano Diretor, nem no Estatuto da UFRJ, menções ao Polo. Por isso, Xerém segue sem investimentos, sem orçamento, sem planejamento, sem ao menos um regimento definitivo. Disse ainda que, caso eleito, sua prioridade será reformular o Estatuto da universidade, não só para que Xerém passe a existir institucionalmente, como também para que tenha assento nos colegiados superiores, com representação dos três segmentos e do diretor do Polo. Além de revisar o PDI e o Plano Diretor. O professor defendeu a reorganização da Prefeitura Universitária e do Escritório Técnico Universitário (ETU) para que façam parte de uma única estrutura e que tenham representação em todos os campi e polos.

Sem promessas
Angela Rocha mais uma vez reconheceu que há problemas no planejamento da universidade para tocar seus projetos, mas disse que Xerém goza de orçamento. Ela contou que foram destinados R$ 5 milhões ao prédio onde se instalaria o futuro campus, mas que o imóvel se encontrava em área de preservação permanente. Alegou que, devido ao esforço da gestão do ex-reitor Aloisio Teixeira, a universidade garantiu aumento de vagas no Reuni para professores e de recursos, especialmente de custeio. Angela disse entender as aflições daquela comunidade universitária e que tem evitado fazer promessas na campanha por conta da situação econômica do país, o que causa sérios cortes, inclusive na Educação. Seu foco é retomar as discussões do Plano de Desenvolvimento Institucional.

1/18 não é corte
Denise de Carvalho discordou dos cortes. Afirmou que a atual parcela, mensal, de 1/18, destinada às universidades, não corresponde efetivamente a um corte orçamentário, uma vez que 18/18 é o total dos recursos. Com essa lógica, a professora prometeu a transferência da atual estrutura do Polo Xerém (que hoje está instalada em contêineres nas dependências ao lado do clube Tamoio) para Santa Cruz da Serra. Antes de receber as turmas, o local precisa de investimentos para instalação de redes elétricas e hidráulicas, adaptação para salas de aula, acesso ao prédio, alojamento e restaurante universitário. Ela criticou mais uma vez a atual gestão pela falta de transparência na aplicação dos recursos em Xerém e disse que não há explicação para o Regimento do Polo Xerém estar há quatro anos na mesa do reitor Carlos Levi sem ser encaminhado para discussão no Conselho Universitário.



DSC0043Para conhecer as propostas dos candidatos, comunidade do CCS praticamente lotou o auditório Quinhentão. Foto: Marco Fernandes - 07/04/2015
 
Debate “quente” no CCS

Candidatos à reitoria pelas chapas 10 e 30 trocam acusações

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O penúltimo debate organizado pela Comissão de Coordenação do Processo Sucessório (CCPS) entre candidatos à reitoria da UFRJ ocorreu na manhã do dia 7 de abril, no Centro de Ciências da Saúde.

Angela Rocha e Carlos Rangel (Chapa 10), candidatos a reitora e a vice-reitor, revezaram-se na mesa. Angela ficou com o papel de apresentação da chapa e considerações finais, enquanto Rangel participou do debate realizado nos dois blocos de perguntas. A Chapa 20 foi representada pelo candidato a reitor Roberto Leher. A Chapa 30, pela candidata a reitora Denise de Carvalho. 

Neste quarto debate, diferentemente dos anteriores, Denise de Carvalho assumiu ter sido favorável à Ebserh à época das discussões pela adesão da UFRJ à empresa. Ela afirmou, porém, ter mudado de ideia e votado na proposta autônoma da universidade para os seus HUs. 

Troca de farpas

A presença do candidato a vice-reitor e ex-pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento esquentou o debate. Responsável pelas finanças da UFRJ na gestão atual até bem pouco tempo atrás, Rangel questionou Denise de Carvalho em relação a orçamento e contratos com empresas terceirizadas. A candidata, por sua vez, retrucou que sua gestão “enxugará” onde for necessário e realizará os contratos “de forma correta”. Mas não precisou como isso se dará, pois alegou faltar transparência à universidade. 

Denise acusou Rangel de ter levado a UFRJ à falência. “Não há análises dos serviços prestados pelas empresas. A UFRJ tem um déficit hoje de R$ 90 milhões”, disse. Rangel contra-argumentou: “Pela sua fala, a senhora deixa claro que não entende nada de orçamento. A senhora nunca participou das discussões do orçamento. Quando apresentei a proposta ao Consuni o professor Roberto Leher me mandou 15 perguntas. A senhora não me mandou nenhuma”, esbravejou Rangel, que foi hostilizado por uma parte da plateia. Após a série de ataques, já ao final do debate, Rangel e Denise se abraçaram. Em seguida o docente tomou o microfone: “Esse abraço é fraterno. É pra deixar a claque da professora Denise animada”. Houve novos protestos.

Alheio às acusações entre as chapas 10 e 30, Roberto Leher expôs seus projetos políticos. Ele afirmou que criará um Conselho de Administração para aprovar os atos desta natureza da gestão e que unificará as pró-reitorias de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) e Gestão e Governança (PR-6). Leher disse acreditar numa gestão compartilhada e que técnicos-administrativos assumirão a PR-3, PR-4 e PR-6. Ele voltou a defender a necessidade de um Congresso Universitário, construído paritariamente por alunos, técnicos e docentes. Este assunto específico não foi comentado pela candidata Denise. O candidato Rangel disse que entende a importância do tema, mas não concorda em paralisar a universidade para essa discussão no momento.

Do que um reitor precisa?
A pergunta surgiu no bloco em que os segmentos fizeram questionamentos às chapas e deixou ainda mais claras as diferenças de perfis entre os reitoráveis. Denise de Carvalho observou que a experiência administrativa prévia é importante, mas que há outros requisitos como liderança, capacidade de solucionar problemas, respeito à democracia, que também constituem um bom reitor.
Rangel, mais uma vez tecendo críticas à candidata Denise, afirmou que, para se habilitar ao cargo de reitor, o candidato deve conhecer minimamente a universidade, seus processos e problemas. Disse também ser necessário que o novo reitor assuma o compromisso de lutar por uma universidade autônoma, gratuita e de qualidade.
Para Leher, o ponto fundamental é que o reitor não se perceba como alguém que ocupa um cargo de confiança do Ministério da Educação na UFRJ, mas que represente a comunidade universitária reafirmando sua autonomia constitucional. Destacou que conhecer a universidade é pré-requisito para qualquer cargo de direção e que conhecer as políticas educacionais em curso e as concepções de universidade que estão em jogo atualmente no país são aspectos necessários ao novo reitor.

A hora da decisão

Três chapas enfrentam-se nas urnas, de 14 a 16 de abril, como o objetivo de  conquistar o mandato à frente da reitoria da UFRJ para o período 2015-2019. Será o primeiro turno da pesquisa eleitoral, com urnas espalhadas por toda a universidade. 

Angela Rocha (do Instituto de Matemática), como candidata a reitora, e Carlos Rangel (Faculdade de Farmácia), candidato a vice, formam a chapa 10 — Juntos pela UFRJ: Unidade na Diversidade.

Roberto Leher (Faculdade de Educação), candidato a reitor, e Denise Nascimento (Faculdade de Odontologia), para sua vice, são os nomes da chapa 20 — UFRJ Autônoma, Crítica e Democrática.

Denise de Carvalho (Instituto de Biofísica), para reitora, e Walter Suemitsu (Escola Politécnica e Coppe), para vice, compõem a chapa 30 — Somos Todos UFRJ.

Caso nenhum dos candidatos alcance mais votos que o somatório dos outros dois, dos brancos e dos nulos, haverá segundo turno previsto para os dias 4, 5 e 6 de maio.

Podem votar: os docentes e técnico-administrativos ativos do quadro de pessoal da UFRJ, aposentados contratados como colaboradores voluntários e professores eméritos; os estudantes dos cursos de graduação (presencial e à distância), de pós-graduação (stricto sensu) e de pós-graduação (lato sensu) – estes com carga mínima de 360 horas-aula e matrícula ativa; do CAp, com matrícula ativa e que tenham 16 anos completos até a data do primeiro turno.

Processo ainda agride autonomia universitária 

O resultado da pesquisa será apresentado ao Colégio Eleitoral da universidade em 8 de maio. Este fórum, integrado apenas pelos representantes do CEG, CEPG, Consuni e Conselho de Curadores, formará as listas tríplices de candidatos a reitor e vice-reitor para escolha do MEC, conforme a retrógrada legislação vigente.




 
Xerém põe as queixas na mesa, no último debate
Estudantes entregam carta de reivindicações para as três chapas que disputam a reitoria da universidade

Debate ocorreu dia 9

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A comunidade universitária do Polo Xerém parou na manhã de 9 de abril para participar do último debate oficial entre candidatos à reitoria da UFRJ. Angela Rocha (Chapa 10), Roberto Leher (Chapa 20) e Denise de Carvalho (Chapa 30) expuseram suas propostas para estudantes, professores e técnicos-administrativos. Houve transmissão on line e o vídeo pode ser conferido na página da TV Consuni, na internet.

O movimento estudantil apresentou uma carta de reivindicações e propostas de melhorias para o Polo. Questões básicas, como limpeza, acesso, água e luz, bibliotecas em horário estendido e mais opções para o transporte intercampi estavam entre as reivindicações. Todos os candidatos assinaram o recebimento do documento e declararam publicamente seu comprometimento para solucionar as questões que afligem não só os estudantes, mas toda a comunidade universitária local.

Falta de planejamento

Durante o debate, Roberto Leher alegou que as duas últimas gestões não envidaram esforços para que o Polo Xerém se desenvolvesse. E afirmou que não há, nem no Plano de Desenvolvimento Institucional, nem no Plano Diretor, nem no Estatuto da UFRJ, menções ao Polo. Por isso, Xerém segue sem investimentos, sem orçamento, sem planejamento, sem ao menos um regimento definitivo. Disse ainda que, caso eleito, sua prioridade será reformular o Estatuto da universidade, não só para que Xerém passe a existir institucionalmente, como também para que tenha assento nos colegiados superiores, com representação dos três segmentos e do diretor do Polo. Além de revisar o PDI e o Plano Diretor. O professor defendeu a reorganização da Prefeitura Universitária e do Escritório Técnico Universitário (ETU) para que façam parte de uma única estrutura e que tenham representação em todos os campi e polos.

Sem promessas
Angela Rocha mais uma vez reconheceu que há problemas no planejamento da universidade para tocar seus projetos, mas disse que Xerém goza de orçamento. Ela contou que foram destinados R$ 5 milhões ao prédio onde se instalaria o futuro campus, mas que o imóvel se encontrava em área de preservação permanente. Alegou que, devido ao esforço da gestão do ex-reitor Aloisio Teixeira, a universidade garantiu aumento de vagas no Reuni para professores e de recursos, especialmente de custeio. Angela disse entender as aflições daquela comunidade universitária e que tem evitado fazer promessas na campanha por conta da situação econômica do país, o que causa sérios cortes, inclusive na Educação. Seu foco é retomar as discussões do Plano de Desenvolvimento Institucional.

1/18 não é corte
Denise de Carvalho discordou dos cortes. Afirmou que a atual parcela, mensal, de 1/18, destinada às universidades, não corresponde efetivamente a um corte orçamentário, uma vez que 18/18 é o total dos recursos. Com essa lógica, a professora prometeu a transferência da atual estrutura do Polo Xerém (que hoje está instalada em contêineres nas dependências ao lado do clube Tamoio) para Santa Cruz da Serra. Antes de receber as turmas, o local precisa de investimentos para instalação de redes elétricas e hidráulicas, adaptação para salas de aula, acesso ao prédio, alojamento e restaurante universitário. Ela criticou mais uma vez a atual gestão pela falta de transparência na aplicação dos recursos em Xerém e disse que não há explicação para o Regimento do Polo Xerém estar há quatro anos na mesa do reitor Carlos Levi sem ser encaminhado para discussão no Conselho Universitário.



DSC0043Para conhecer as propostas dos candidatos, comunidade do CCS praticamente lotou o auditório Quinhentão. Foto: Marco Fernandes - 07/04/2015
 
Debate “quente” no CCS

Candidatos à reitoria pelas chapas 10 e 30 trocam acusações

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O penúltimo debate organizado pela Comissão de Coordenação do Processo Sucessório (CCPS) entre candidatos à reitoria da UFRJ ocorreu na manhã do dia 7 de abril, no Centro de Ciências da Saúde.

Angela Rocha e Carlos Rangel (Chapa 10), candidatos a reitora e a vice-reitor, revezaram-se na mesa. Angela ficou com o papel de apresentação da chapa e considerações finais, enquanto Rangel participou do debate realizado nos dois blocos de perguntas. A Chapa 20 foi representada pelo candidato a reitor Roberto Leher. A Chapa 30, pela candidata a reitora Denise de Carvalho. 

Neste quarto debate, diferentemente dos anteriores, Denise de Carvalho assumiu ter sido favorável à Ebserh à época das discussões pela adesão da UFRJ à empresa. Ela afirmou, porém, ter mudado de ideia e votado na proposta autônoma da universidade para os seus HUs. 

Troca de farpas

A presença do candidato a vice-reitor e ex-pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento esquentou o debate. Responsável pelas finanças da UFRJ na gestão atual até bem pouco tempo atrás, Rangel questionou Denise de Carvalho em relação a orçamento e contratos com empresas terceirizadas. A candidata, por sua vez, retrucou que sua gestão “enxugará” onde for necessário e realizará os contratos “de forma correta”. Mas não precisou como isso se dará, pois alegou faltar transparência à universidade. 

Denise acusou Rangel de ter levado a UFRJ à falência. “Não há análises dos serviços prestados pelas empresas. A UFRJ tem um déficit hoje de R$ 90 milhões”, disse. Rangel contra-argumentou: “Pela sua fala, a senhora deixa claro que não entende nada de orçamento. A senhora nunca participou das discussões do orçamento. Quando apresentei a proposta ao Consuni o professor Roberto Leher me mandou 15 perguntas. A senhora não me mandou nenhuma”, esbravejou Rangel, que foi hostilizado por uma parte da plateia. Após a série de ataques, já ao final do debate, Rangel e Denise se abraçaram. Em seguida o docente tomou o microfone: “Esse abraço é fraterno. É pra deixar a claque da professora Denise animada”. Houve novos protestos.

Alheio às acusações entre as chapas 10 e 30, Roberto Leher expôs seus projetos políticos. Ele afirmou que criará um Conselho de Administração para aprovar os atos desta natureza da gestão e que unificará as pró-reitorias de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) e Gestão e Governança (PR-6). Leher disse acreditar numa gestão compartilhada e que técnicos-administrativos assumirão a PR-3, PR-4 e PR-6. Ele voltou a defender a necessidade de um Congresso Universitário, construído paritariamente por alunos, técnicos e docentes. Este assunto específico não foi comentado pela candidata Denise. O candidato Rangel disse que entende a importância do tema, mas não concorda em paralisar a universidade para essa discussão no momento.

Do que um reitor precisa?
A pergunta surgiu no bloco em que os segmentos fizeram questionamentos às chapas e deixou ainda mais claras as diferenças de perfis entre os reitoráveis. Denise de Carvalho observou que a experiência administrativa prévia é importante, mas que há outros requisitos como liderança, capacidade de solucionar problemas, respeito à democracia, que também constituem um bom reitor.

Rangel, mais uma vez tecendo críticas à candidata Denise, afirmou que, para se habilitar ao cargo de reitor, o candidato deve conhecer minimamente a universidade, seus processos e problemas. Disse também ser necessário que o novo reitor assuma o compromisso de lutar por uma universidade autônoma, gratuita e de qualidade.

Para Leher, o ponto fundamental é que o reitor não se perceba como alguém que ocupa um cargo de confiança do Ministério da Educação na UFRJ, mas que represente a comunidade universitária reafirmando sua autonomia constitucional. Destacou que conhecer a universidade é pré-requisito para qualquer cargo de direção e que conhecer as políticas educacionais em curso e as concepções de universidade que estão em jogo atualmente no país são aspectos necessários ao novo reitor.

Em Seminário Nacional da Comissão da Verdade do Andes-SN, debatedores mostram receio com a onda conservadora no país, principalmente após os cartazes e faixas exibidos nas manifestações de 15 de março

Evento do Sindicato ocorreu entre 31 de março e 1º de abril

Elisa Monteiro. Enviada especial a Porto Alegre (RS)

A preocupação com a apologia explícita da ditadura, nas manifestações de 15 de março, atravessou todas as intervenções do debate “Os movimentos em luta por memória e justiça”. A atividade aconteceu no primeiro dia do Seminário Nacional da Comissão da Verdade do Andes-SN, em Porto Alegre (RS). Simbolicamente, o evento foi realizado entre 31 de março (data de início do golpe de 1964) e 1º de abril.

Maria Bernadette de Moraes, do Conselho Federal de Serviço Social (CFSS), por exemplo, opinou sobre a exposição de cartazes que pediam “intervenção militar já”, nos protestos de várias cidades: “O perigo de retrocesso é visível. Mais do que nunca é preciso unidade dos que resgatam a memória para que tais fatos não voltem”, afirmou.

Para outros debatedores, porém, o problema é que o autoritarismo da ditadura ainda não foi totalmente dissipado. Na Unesp, o trabalho da Rede de Comissões da Verdade Universitárias coincidiu com um déja vu de autocracia, durante a greve de 120 dias das estaduais paulistas em 2014. Segundo Fábio Kocade, docente de Sociologia no campus Marília, “durante esse processo, as reitorias usaram todos os recursos de repressão provenientes da ditadura. Até mesmo um regimento da época”. De acordo com ele, dezenas de estudantes respondem a processos de suspensão e expulsão por participarem de atos em favor da assistência estudantil. “Professores e técnicos-administrativos também enfrentam processos administrativos”, completou.

Segundo Fábio, a universidade hoje vive a tensão entre as atividades de ensino e extensão, “relegadas ao segundo plano”, e “o peso desproporcional da produção científica vinculada diretamente a interesses econômicos, sobretudo, do agronegócio”. 

AvaliarLegado. Entidades consideram herança do golpe de 1964 a repressão exercida sobre estudantes, trabalhadores e minorias. Foto: Elisa Monteiro - 31/03/2015


Ditadura das grandes empresas

Justa Helena Franco, presidenta do Sindicato dos Servidores de Ciência e Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc-SN/Fiocruz), por sua vez, avaliou os parâmetros democráticos da atualidade. “Ditadura de mercado” foi como classificou um momento em que “o acesso às informações vitais é impedido” pelo lobby de corporações de grande porte, como a indústria de alimentos: ela citou o projeto de lei 4.148 (em tramitação no Congresso Nacional), que tira a obrigatoriedade de a embalagem do produto informar se nele existem ingredientes transgênicos. “Por pressão de empresas estrangeiras, perdemos a liberdade de saber o que estamos usando (consumindo)”, criticou.

Ligações perigosas

As análises expuseram, ainda, a ligação íntima da ditadura de 1964 com grupos econômicos de grande porte. “As mesmas empreiteiras que vemos na (Operação) Lava Jato nasceram desse período e foram unha e carne com o regime militar”, advertiu Luiz Carlos Prates, o Mancha, dirigente da CSP-Conlutas. “Até hoje, nenhuma foi punida pelas violações que cometeram. E as poucas reparações realizadas só foram pagas pelo Estado. Queremos a responsabilização dessas empresas, inclusive participando de um fundo para reparações”. 

Amanda Hornhardt, da Comissão da Verdade do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Sindmetal), expôs o submundo da colaboração entre montadoras como a General Motors, Ford e Wolks e a repressão, no Vale da Paraíba. A pesquisa do sindicato, que começou com documentos pessoais, alcançou acervos diversos, do Arquivo Nacional aos registros de Recursos Humanos das empresas. “Até bilhete de agradecimento à polícia por ação violenta contra os trabalhadores nós encontramos”. 

Práticas como infiltrações, demissões e perseguições, segundo Amanda, estão documentadas pelo sindicato. “Muitas vezes, os operários eram demitidos imediatamente após as greves. E quando eles procuravam emprego em outro local, o RH (departamento de Recursos Humanos) das empresas consultava na data da demissão se tinha sido por atividade política. Quer dizer, a punição se estendia além da demissão, porque muitos não conseguiram mais emprego na região e tiveram que se mudar”.

Massacre do povo indígena

Egon Heck, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), lembrou que, de acordo com relatório da Comissão da Verdade instituída pelo governo federal, pelo menos 8.350 indígenas foram assassinados entre 1964 e1985. E o número pode estar subdimensionado. “O extermínio dessas culturas é uma obsessão das nossas elites econômicas e políticas que não conseguem perceber a importância da pluralidade”, disparou.

 

 

Andes-SN enfatiza luta por Justiça

IMG 3045Mobilização visa à responsabilização dos crimes de Estado. Foto: Elisa Monteiro - 31/03/2015Na abertura do Seminário Nacional da Comissão da Verdade, o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, sublinhou a importância do esforço das entidades e dos movimentos sociais para recuperação da Memória e Verdade sobre as ditaduras militares-empresariais no Brasil e na América Latina. O dirigente destacou, contudo, a luta por Justiça: “Não vamos à História apenas para conhecer, mas para pensar como agir diante do futuro”, afirmou Rizzo. “O significado deste trabalho, que está muito além do Andes-SN, também está na apuração e na responsabilização dos crimes ocorridos. A Lei de Anistia não contempla assassinatos nem tortura, pelo contrário”, completou. 

Como legado do autoritarismo no presente, o presidente do Andes-SN citou a edição sistemática de Medidas Provisórias, a manutenção de estruturas de controle e repressão como as polícias militares e a criminalização das lutas dos trabalhadores.

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