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Reunião com o reitor sobre o tema ocorre nos próximos dias

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A nova reitoria da UFRJ reuniu-se, dia 15, com parte da comunidade do campus da Praia Vermelha para tirar dúvidas a respeito das obras em andamento no Palácio Universitário e seu entorno. Como haverá necessidade de retirar as atividades acadêmicas e administrativas do prédio ainda neste segundo semestre, existe certo receio com a possibilidade de saída forçada dos cursos que já declararam não ter interesse em migrar para o Fundão, ainda durante a discussão do Plano Diretor (2009).

A administração central apresentou uma previsão geral de obra em três fases: restauração da totalidade da cobertura do Palácio e fachadas, aplicação de esquadrias, portas, janelas e afins e, finalmente, reforma elétrica e hidráulica. Apenas a primeira parte da reforma está prevista para durar três anos. Por um lado, foi indicado que as fases seriam interdependentes, não necessitando terminar uma para dar início à outra. Por outro, foi lembrado que, em se tratando de obras, prazos são sempre “indicativos”, sujeitos a atrasos.

Quanto à retirada das pessoas do prédio, a reitoria foi irredutível. O diretor do ETU, Márcio Escobar, buscou justificar o esvaziamento como “questão de segurança e celeridade” da obra. Já o chefe de gabinete da reitoria, Agnaldo Fernandes, destacou a “necessidade de intervenção sobre a delicada situação de infraestrutura do Palácio com deslocamento das unidades (instaladas nele) para módulos temporários (contêineres)”. “As obras vão acontecer de qualquer maneira, isso não está em questão”, afirmou. 

Sem previsão de salas

De acordo com o projeto para o Palácio descrito no Plano Diretor, não há previsão de salas de aulas. O espaço seria convertido em uma espécie de centro cultural. Mas, segundo Márcio Escobar, do Escritório Técnico da Universidade (ETU), uma adaptação para garantir atividades de ensino ou auditórios é possível.

A administração central afirma que nenhuma unidade será obrigada a deixar o campus contra sua vontade e que também nenhuma ficará sem condições de funcionamento durante as obras. Mas quem esteve no encontro do último dia 15 teme que, após o fim deste trabalho, o retorno dos cursos ao prédio seja inviabilizado.

Novo encontro com a reitoria

Um novo encontro com o próprio reitor, Roberto Leher, e toda comunidade da Praia Vermelha foi indicado para esta semana, em data ainda indefinida. Nessa reunião, seria discutido o Plano Diretor para a Praia Vermelha a partir de planilhas, com prestação de contas do já realizado. E, de acordo com Agnaldo, do encontro poderia ser formada uma comissão dos três segmentos para acompanhar todo o processo.

E agora?

Já na reunião do dia 15, perguntas sobre quando exatamente, em que condições e por quanto tempo as unidades deslocadas ficarão sem sede fixa não chegaram a ser esclarecidas. 

Professores e estudantes questionaram a possibilidade de adaptação das atividades realizadas pela Escola de Comunicação à estrutura de contêineres. Como resposta, a administração disse “desconhecer atividades que não possam ser realizadas em módulos adaptados”. 

Também foi pontuada a preocupação em relação a obras deste porte em meio à grave crise orçamentária em curso. “Na mesma região, já temos dezenas de centros culturais. Alguns até falindo... E com o custo de manutenção muito maior do que para uma escola, por exemplo. Ficamos em dúvida sobre a viabilidade de um projeto desse tipo ”, questionou o estudante  Pedro Paiva, da ECO.

 

Reitor garante cursos na PV

No dia 17, o reitor Roberto Leher reuniu-se com o Comando Local de Greve dos docentes (leia mais na página 3). Ele afirmou que a permanência dos cursos da Praia Vermelha que não desejem migrar para o Fundão está “respaldada por decisão do Conselho Universitário”. Leher disse também que, em função da falta de prédios no Fundão, “mesmo que desejassem, seria irreal hoje a transferência de todos os cursos da PV para o campus da Cidade Universitária” em curto prazo.


PRESSÃO DA MOBILIZAÇÃO FAZ GOVERNO AGENDAR REUNIÕES COM SERVIDORES FEDERAIS

Diante da forte mobilização dos servidores públicos federais (SPF), com diversas categorias em greve e outras já com indicativo de paralisação por tempo indeterminado, o governo agendou novas reuniões. Nesta segunda-feira (20), à tarde, o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF terá audiência com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MPOG) e na quarta-feira (22), mesmo dia em que acontece a Marcha dos SPF a Brasília, o Andes-SN se reúne com o governo para tratar da pauta específica dos docentes federais.

A expectativa é que, nesta semana, o governo apresente propostas efetivas tanto à pauta unificada dos SPF quanto às pautas específicas de cada categoria. Na última reunião entre a SRT/MPOG e o Fórum dos SPF, os representantes do governo reafirmaram a proposta de reajuste parcelado em quatro anos e ignorou o restante das reivindicações do funcionalismo.

A proposição governamental foi rechaçada pelas diversas categorias do funcionalismo federal, pois não dialoga com a pauta e ainda promove o confisco do salário dos servidores, uma vez que desconsidera as perdas acumuladas (2010-2015) e a inflação prevista para os próximos quatro anos.

Já em relação à mesa setorial da educação federal, a resposta apresentada pela Secretaria da Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) à pauta dos docentes federais foi rechaçada pelos professores federais, em greve desde 28 de maio. Para a categoria, o governo desrespeita a comunidade acadêmica e desconsidera a realidade precária das Instituições Federais de Ensino, aprofundada pelos cortes no orçamento da Educação Federal que impactaram drasticamente a vida acadêmica.

Marcha

Na quarta-feira (22), os servidores públicos federais realizam uma marcha a Brasília para cobrar negociação efetiva da pauta unificada protocolada pelo Fórum dos SPF. O Andes-SN reforça o chamado para que as seções sindicais intensifiquem a mobilização para o ato, com o objetivo de pressionar o governo e também de avaliar a resposta que deverá ser apresentada pelo Ministério do Planejamento ao conjunto dos servidores federais, nesta segunda (20). (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)


Análise

Por Sara Granemann (Professora da ESS/UFRJ)

O MEC e a CAPES, em uma autêntica jogada de marketing político, divulgaram no sábado, 11.07.15, um comunicado que objetiva causar confusão e, sobretudo, semear dúvidas para desmobilizar a crítica às políticas de ajuste e seu destruidor impacto sobre a pós-graduação brasileira; a crítica ao titular do MEC ganhava espaço no país e alhures e o comunicado presta-se ao estancamento da crítica sem que tenha sido alterada a situação que a motivou, qual seja, a brutal redução dos recursos para a pós-graduação.
No programa 6 em que sou docente, eis o que foi informado em ofício de 09.07.15, um dia antes do comunicado do Mec:
Rubrica Capital/investimento:$0,0 (zero);
Rubrica Custeio: $25.874,98 e 0,00 (corte de 70% em relação a 2014);
Quando um programa passa ao Olimpo da Excelência capeana e ingressa no Proex, as Bolsas Demanda Social deixam de ser pagas como orçamento em separado e o valor total da verba custeio recebida pelo programa passa a incluir o valor das bolsas, anteriormente pagas pela CAPES diretamente e em separado aos discentes.
A percepção de que os recursos do programa cresceram não passa de ilusionismo barato.
Claro que o programa sempre terá a “autonomia” político-financeira de cortar as bolsas dos discentes de mestrado e doutorado e “investir” em outras demandas da pós-graduação. Mas, para quem defende a inclusão de discentes oriundos da classe trabalhadora, inclusive na formação pós-graduada, esta escolha não se põe. Transfere-se para o programa a decisão de cortar bolsas para priorizar ações em outras frentes também importantes na avaliação dos programas.
O recurso alocado no programa a que pertenço, para o ano de 2015 é inferior ao valor que recebemos em 2010, quando éramos um programa avaliado com nota 5 e mantido pela verba Proap.
A política de ranqueamento do Mec/CAPES exige índices desumanizadores, estimula a competição e o produtivismo que, provavelmente, pouco servem ao progresso de nosso país e ao necessário conhecimento para responder como superar os dramas e problemas fundamentais da humanidade (trabalhadora) em nosso século.
É urgente conhecermos os mecanismos de alocação do orçamento da Capes; esta é uma área em que o desgaste do governo – e de seu ministro da educação – parece ser bastante mais sensível!
O comunicado do Mec não é uma revisão dos cortes e ajustes, sobretudo, porque aos programas não se oficializou qualquer revisão dos valores; ao contrário, permanecem os indigentes e insuficientes valores.
Factóides não devem suavizar nossa crítica!
Por fim, uma última nota: ainda que os valores tivessem sido os mesmos ou maiores do que os de 2014, alguém acreditaria que tudo estaria bem com os recursos tendo sido comunicados, não quer dizer depositados, apenas em meados de Julho de 2015? Como sobrevive um programa de pós, como sobreviverá a educação pública se recebe recursos somente na segunda metade do ano em curso?
Por que o corte de recursos para a pós-graduação possui maior alcance e produz maior indignação do que os igualmente tão brutais ajustes orçamentários incidentes sobre a graduação, extensão, assistência estudantil, salários e aposentadorias, hospitais universitários e educação básica e infantil?
Alguma coisa não está fora da ordem???
A defesa da universidade pública só será forte se for defendida em seu conjunto, em sua totalidade!
Continuemos a pressão e a Greve!
Só a luta muda a vida!!

Protesto na ponte

Um ato simbólico marcou na tarde de quarta-feira, 15 de julho, a greve contra os cortes na educação na UFRJ. Professores, técnicos e estudantes transformaram a fixação de faixa na lateral da Ponte do Saber, sobre a Linha Vermelha, em mais uma manifestação de denúncia dos ataques que colocam a universidade pública como alvo. “Ufrj contra o corte na educação” é o conteúdo da faixa exposta aos motoristas que se dirigem ao Centro. 
Assina o Comando Geral da Greve

Adufrj-SSind, Sintufrj, APG e DCE Mário Prata assinam as faixas.

 

Texto: Samantha Su

Após dois meses de atraso nos salários de terceirizados que atuam na UFRJ, a empresa Higi Time será convocada a dar explicações no Ministério Público do Trabalho — será a segunda vez que isso ocorre este ano; em maio, a convocada foi a Qualitécnica, também de serviços de limpeza. Segundo a universidade, os repasses à firma, que não comunica a razão da falta de pagamento aos funcionários, estão regulares.

A Escola de Serviço Social, uma das unidades atendidas pela Higi Time, chegou a fechar as portas em 26 de junho por conta desta situação. Mas reabriu no último dia 10, em esquema de plantão. A decisão foi tomada após o depósito do salário do mês de maio aos servidores — o pagamento de junho permanece atrasado.

A unidade, que conta com seis trabalhadores da empresa, hoje funciona com o revezamento de apenas duas pessoas por dia. Segundo a diretora, Andréa Teixeira, a situação só não está pior porque a Escola está com os três setores em greve: “Estamos longe de estar em pleno funcionamento, mas como professores, técnicos e alunos estão em greve, reduzimos os horários em que eles (funcionários) necessitam trabalhar. Foram eles que sugeriram entrar em regime de plantão, mas, para nós, a situação é clara: se este mês ainda não forem pagos, voltaremos a fechar”, comunicou.

 

Sessenta e cinco funcionários da Higi Time atuam em todo o campus da Praia Vermelha. O chefe de gabinete da reitoria, Agnaldo Fernandes, disse à reportagem do Jornal da Adufrj que a UFRJ pedirá explicações à empresa, via Ministério Público do Trabalho, e terá mais informações sobre o caso ainda esta semana. 

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