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Para conter gastos, MPOG deixou de enviar carta que lembrava o procedimento, obrigatório, aos ex-servidores. Como resultado, há um aumento de cortes indevidos na folha de pagamentos da UFRJ

Elisa Monteiro
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Mais que triplicou o número de aposentados retirados da folha de pagamento da UFRJ em função de problemas no recadastramento, nos últimos meses. De acordo com Danielle Camara, chefe da Seção de Aposentados da Pró-reitoria de Pessoal, a média até outubro de 2015 era de aproximadamente 30 casos mensais, disparando depois para mais de 100.

“Muitas pessoas não estão se recadastrando no mês de aniversário. E, após três meses, o sistema (Siape) corta da folha”, informou a servidora. Segundo ela, em um dos meses, o setor chegou a receber 150 reclamações apenas entre aposentados, tanto de docentes como de técnicos-administrativos. “Fora os pensionistas”, completou. “E houve mês em que o número de pensionistas superou o de aposentados excluídos”.

Para Danielle, o fim de uma comunicação prévia oficial, ainda em 2015, pode ser uma das explicações: “Antes, o Ministério do Planejamento (MPOG) mandava cartinha para todo mundo. Isso ajudava muito a pessoa a não esquecer. Só que eles pararam de enviar por causa do corte de gastos. Algumas pessoas estão atualizando os dados, pensando que as cartas não chegam mais porque estariam com endereços antigos, mas não é isso”.

Outra possível causa para o problema residiria em uma falha na transmissão de dados entre os bancos e o Siape. É que, desde 2013, o recadastramento passou das mãos da universidade para o Banco do Brasil ou para a Caixa Econômica Federal. Atualmente, a prova de vida dos ex-servidores pode ser feita em qualquer agência de um dos dois estabelecimentos em todo o território nacional. “Se esse problema acontecer, e a pessoa estiver fora do Rio de Janeiro, ela pode procurar outra universidade federal. Por causa deste problema, estamos em contato com várias universidades. E, se estiver fora do país, pode procurar a embaixada”.

De acordo com dados da Seção de Aposentados, aproximadamente 500 ex-servidores fazem aniversário todos os meses. “Não temos condições de ligar para todos, lembrando que precisam se recadastrar. São muitos. E temos poucas pessoas para atender como gostaríamos”. No último mês, a equipe conseguiu reduzir de 120 para 62 cortes, fazendo os telefonemas possíveis.

Procedimento é obrigatório

O processo de recadastramento anual, alerta a servidora, é obrigatório: “Não é uma exclusividade da universidade, nem mesmo do funcionalismo federal. O município cobra, o estado cobra”. Ela apresenta o kit entregue aos servidores no momento da aposentadoria — ele inclui uma notificação que condiciona o pagamento à atualização da comprovação de vida até três meses depois da data de aniversário. “Esse recadastramento é a forma como o governo tem de fazer a prova de vida daquela pessoa. A pessoa tem que provar que está viva para receber os proventos”, justifica.

Se o ex-servidor apresentar dificuldade de locomoção, a universidade pode solicitar ao banco que faça uma visita domiciliar ou fazer ela mesma a diligência. “Quando a pessoa está internada em hospital ou algo assim, a gente lança uma visita (para o banco fazer) ou vai lá”.

Como retomar os pagamentos

Para reaver os valores cortados, os aposentados e pensionistas devem comparecer à pró-reitoria de Pessoal e preencher um termo requerendo o retorno do pagamento. Segundo Danielle, se isso for feito dentro do prazo de fechamento da folha, o reembolso é efetivado no mesmo mês. Caso contrário, só no primeiro dia útil do mês subsequente. O mês de março fechou no dia 11. Para meses anteriores, é aberto um processo.  “A gente encaminha para o pagamento e a pessoa vai receber, em algum mês, dois ou três salários (dependendo da duração do corte)”.

Adufrj fez requerimento sobre a situação

Após receber vários relatos de aposentados reclamando desta situação, a assessoria jurídica da Adufrj protocolou um requerimento administrativo na reitoria. O objetivo é conseguir que seja feita uma notificação aos ex-servidores, por correspondência individual, até um mês antes do prazo limite para o corte. O documento também solicita orientação aos aposentados sobre os locais e maneiras de fazer o recadastramento e regularização imediata de todos os pagamentos cortados.

Abusos judiciais e Lei "Antiterrorismo" também foram temas abordados na FND-UFRJ

Silvana Sá
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O já acentuado esgarçamento dos limites de atuação da Justiça contra as classes mais pobres, movimentos sociais e sindicais ganhou o campo político brasileiro. Foi o que declararam juristas e professores de diversas instituições, durante debate que lotou o emblemático Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, no dia 21. Com o tema central “Liberdades Democráticas, Abusos Judiciais e Lei Antiterrorismo”, o evento foi organizado pela Seção Sindical dos Docentes da UFRJ (Adufrj) em parceria com o Núcleo de Estudos Constitucionais da PUC-Rio.

Veja fotogaleria do debate

Conforme exemplificou Adriano Pilatti, do Núcleo de Estudos Constitucionais da PUC-Rio, “escutas telefônicas em quantidades industriais, quebra da prerrogativa de advogados, manutenção de presos em prisão preventiva, vazamento seletivo de escutas” chegaram há pouco no horizonte político. Mas já são situações “normais” desde junho de 2013, criticou.

O professor Geraldo Prado, da FND, por sua vez, foi além. Para ele, o que se vê hoje na esfera política não foi gestado em 2013, mas faz parte da história brasileira. “É necessário entender o fundamento histórico no sistema de justiça. O ensino jurídico, em determinadas universidades de elite, era relacionado à Escola Nacional de Guerra”, disse.

Aparatos conhecidos

A condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi citada como elemento conhecido há tempos pelas populações negras e pobres, especialmente as que moram em territórios controlados militarmente. “A família do Amarildo (ajudante de pedreiro desaparecido em 2013, após ser detido pela polícia) sabe muito bem o que é condução coercitiva. A suspensão das garantias individuais acompanha os movimentos sociais e classes populares no Brasil constantemente”, disse a professora Mariana Trotta, que leciona na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ e na PUC-Rio.

O grampo de conversas telefônicas da Presidência da República e de conversas entre advogados e clientes da Operação Lava-Jato foi repudiado por Victoria Sulocki, da PUC-Rio.

Justiça seletiva

Ronaldo Cramer, vice-presidente da OAB-RJ, atacou as atuações do Judiciário no processo da Lava-Jato. “O que estamos assistindo é um processo de espetáculo. Juízes celebridades, promotores que posam para veículos como ‘Os Intocáveis’ e advogados vistos como obstáculo. O advogado não consegue ter acesso ao processo que está na mídia, não consegue defender o seu cliente. O que é a condução coercitiva senão a tentativa de fazer um cidadão prestar depoimento sem direito ao contato prévio com seu advogado?”, questionou.

Houve, ainda, críticas à Lei Antiterrorismo (13.260/2016), sancionada pela presidente Dilma no dia 17 de março. “A lei deveria ser repudiada por juristas e não juristas porque significa um atentado à Democracia”, declarou Juarez Tavares, professor da Faculdade de Direito da Uerj. O professor Adriano Pilatti completou com alguns exemplos: “Apesar dos vetos da presidente, ainda há dispositivos inimagináveis. Ocupação da Alerj, da Câmara, de escolas: pena de 12 a 30 anos de prisão. Aparentemente, as manifestações estão excluídas, mas caberá à polícia dizer se a manifestação teve ou não intenção de ser terrorista”.

Unidade para reagir

A aliança entre imprensa e Judiciário – por exemplo, na divulgação de escutas telefônicas ilegais, conforme afirmaram todos os palestrantes – cria preocupantes precedentes para o fim das liberdades individuais e sociais garantidas na Constituição Federal. Todos os debatedores, inclusive os críticos ao governo Dilma, enfatizaram a necessidade de unir forças no campo de esquerda para reagir ao momento de desrespeito às normas legais.

A presidente da Adufrj-SSind, professora Tatiana Roque, destacou que defender garantias constitucionais brasileiras não é o mesmo que defender o governo. Ela, que teve o pai (professor Lincoln Roque)perseguido e assassinado pela ditadura militar, em 1972, disse que é preciso garantir a legalidade nas instituições.  “Este debate nos dá sustentação para construir um novo discurso em defesa da democracia”, disse.

 O debate foi transmitido via internet com mais de 130 acessos simultâneos. O vídeo pode ser assistido no canal da Adufrj no youtube: http://migre.me/tjCl6.

“Acabar com o Pibid agora é um crime contra a educação”

Esta é a avaliação do coordenador institucional do programa na UFRJ, professor Joaquim Fernandes Mendes da Silva

Silvana Sá
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Com a ameaça da Capes de cortar o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a comunidade acadêmica e científica de todo o país se uniu em defesa do projeto. O anúncio ocorreu em fevereiro. A mobilização gerou frutos e agora, além do anúncio de que não haverá cortes neste momento, uma comissão foi formada para discutir com as universidades o futuro da iniciativa.

A Comissão de Educação do Senado organizou uma audiência pública no dia 24 de fevereiro envolvendo o Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Forpibid) e a Capes. A Andifes também ajudou a pressionar a agência de fomento e o MEC pela manutenção do programa: “Assim que tivemos conhecimento dos cortes, nós procuramos o reitor Roberto Leher e as pró-reitorias, principalmente a PR-1. O professor se dispôs a nos ajudar e se prontificou a levar a questão à Andifes. Foi um peso político muito importante. Então, o MEC, percebendo a força do projeto, retrocedeu”, contou o coordenador institucional do Pibid na UFRJ, professor Joaquim Fernandes Mendes da Silva.

Na semana passada, já houve uma primeira reunião do Grupo de Trabalho criado na audiência pública. “Dele participam o MEC, o Forpibid e alguns parlamentares. Nesta reunião, o MEC se comprometeu a não cortar nenhuma bolsa. Mas isso ainda não está no papel. Permanece a necessidade de mobilização”, alerta o docente.

Prejuízos grandes

Se o plano inicial fosse levado a cabo, segundo a Capes, cerca de 50% das bolsas seriam cortadas no Brasil, mas na UFRJ, esse número seria ainda maior: “O critério foi cortar as bolsas de iniciação à docência que completassem 24 meses. Ou seja, os alunos que entraram no programa assim que foi lançado o edital 2013, que passou a vigorar em 2014, seriam punidos. Em muitos subprojetos tivemos uma alta taxa de permanência. Seriam cortes enormes, muito acima de 50%”, disse Joaquim.

Além do efeito nocivo de redução no programa, o docente destaca que, na prática, os danos seriam muito maiores. “Cortar bolsas implica também pensarmos o quanto deixaríamos de crescer. No período 2011-2013, éramos em torno de sete a nove subprojetos. Hoje, somos 16. A gente precisa crescer mais. Abarcar as licenciaturas que não estão no projeto e fortalecer as que já estão incluídas. E era essa a indicação da Capes em 2014. A Capes assinou um termo de compromisso, com as universidades e as instituições de ensino superior, de quatro anos. Ela não pode simplesmente cortar um programa no meio do caminho”.

Estrutura

Hoje, a universidade possui no programa cerca de 250 bolsistas de iniciação à docência, que são alunos de licenciatura. Há, ainda, 35 bolsistas supervisores, que são professores das escolas públicas conveniadas com a UFRJ. Os coordenadores de área, professores da universidade que atuam na orientação dos bolsistas e dos supervisores em cada área, completam o quadro. “Aqui na UFRJ são 16 subprojetos (História, Geografia, Química Rio, Química Macaé e assim por diante). Dependendo do tamanho desse subprojeto, temos dois coordenadores”, detalhou o docente.

Trinta escolas são alcançadas pelo programa, com um alcance que vai de Angra dos Reis (já que os estudantes do ensino a distância – Licenciaturas em Biologia e Química – também fazem parte do Pibid) até Macaé, incluindo, claro, a Região Metropolitana do Rio. “É uma abrangência muito boa para um projeto relativamente pequeno como é o da UFRJ”, disse.

Foco na formação

De acordo com o coordenador institucional, o Pibid trabalha o licenciando. “O grande foco é a formação desse futuro professor de uma forma diferenciada. Esse bolsista não vai para a escola para substituir professor ou para dar reforço. Ele vai para desenvolver projetos pedagógicos inovadores. Então eles criam clubes de ciências, clubes de leitura, enfim, são diversas atividades. Trabalham a criação do conhecimento. Eles vão para buscar novas pedagogias e novas formas de trabalhar a escola. Além de entrarem em contato com a dinâmica escolar, entender aquela comunidade escolar, a relação professor-aluno; eles vivenciam a escola de forma muito ativa. Muito mais ativa que num estágio supervisionado, inclusive em termos de tempo. No estágio, são 300 horas na escola. No Pibid, dependendo do momento do curso em que o aluno ingresse, ele consegue uma vivência de três, quatro anos. É uma experiência gigantesca”, defende.

Além de terem a formação pedagógica e de conteúdo, o docente acredita na importância de tornar os futuros professores cidadãos críticos. “A gente preza muito a formação teórica desse futuro professor. Compreender as questões fundamentais da educação, entender sobre as políticas públicas no Brasil relacionadas à educação. É um amadurecimento dele como professor por completo. Eles se tornam críticos, participantes, criadores”.

Efeito multiplicador

Joaquim Fernandes acredita que a formação diferenciada desses jovens professores impacta diretamente na melhora da educação básica no país. “O Pibid gera um efeito multiplicador. Acabar com o Pibid agora é um crime contra a educação. Nós temos realmente que nos mobilizar e não deixar isso acontecer em hipótese alguma. Mesmo os professores que não atuam com licenciaturas, que não atuam com formação docente, precisam entrar nessa briga, porque isto não é uma questão das licenciaturas, é da UFRJ como um todo”.

 

Pibid vive “asfixia”

Antes do anúncio formal dos cortes, e mesmo após a suspensão dos cortes, a Capes mantém travado o sistema que rege as bolsas do programa. “A gente não consegue incluir novos bolsistas e nem excluir ou substituir bolsistas. Já tivemos dez alunos. Hoje, temos seis por conta desses problemas no sistema. Há pessoas inseridas nos projetos que estão desde fevereiro como voluntárias e não conseguimos cadastrá-las para que recebam bolsas”, critica o professor Teo Bueno, um dos coordenadores da área de Biologia do Pibid no campus Macaé da UFRJ.

Ele acredita que os cortes anunciados e, antes, os problemas no sistema foram formas de “asfixiar” o programa: “Se você congela bolsas, se você reduz o programa à metade, a tendência é esse programa deixar de existir com o tempo. É claro que o Pibid pode e deve ser revisto quanto aos seus resultados, mas isto precisa ser feito com a participação da Academia. Há muitas especificidades”.

Diante das ameaças, professores e alunos do campus mobilizaram-se fortemente em defesa do programa. Eles realizaram atividades no Barreto, um dos polos que compõem o campus de Macaé. “Fizemos oficinas com o mote ‘Fica, Pibid’. Esta atividade foi uma maneira de informar sobre as ameaças ao programa, conscientizar e mobilizar”, contou Bueno.

Celso Pansera proferiu a aula inaugural da Coppe, no último dia 7

Elisa Monteiro
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IMG 7836O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera e o professor Carlos Lessa. Foto Elisa MonteiroO ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, declarou estar confiante em relação aos desdobramentos do novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (lei nº 13.243, sancionada em janeiro deste ano): “Dos mais de trinta pedidos de vetos da Fazenda e Planejamento (MF e MPOG), nós conseguimos reduzir para seis. Agora estamos discutindo com o governo, Câmara e Senado para que derrubem estes vetos”. O dirigente abriu o período letivo da Coppe, proferindo a aula inaugural realizada na segunda-feira, 7, no auditório do CT-2.  A previsão de Pansera é que a matéria retorne ao Congresso para ajuste final ainda esta semana.

 De acordo com o ministro, a regulamentação responde à demanda apresentada há anos por boa parte dos centros de pesquisa brasileiros, dentre os quais a Coppe. E, em “boa medida”, vem para criar canais de comunicação entre o sistema acadêmico brasileiro e o sistema produtivo, “principalmente aquele que é inovador”. “Terá sem dúvida um impacto muito grande, nos próximos anos, na ciência brasileira”, observou.

Dentre as alterações previstas, Pansera destacou a maior facilidade para a importação de reagentes e demais produtos para pesquisa, bem como de equipamentos importantes para os laboratórios das universidades. “Ele permite que professores dediquem até 416 horas por ano para projetos de pesquisa entre a universidade e a iniciativa privada para criar produtos de inovação. Até então, a legislação só permitia 240 horas por ano”, completou, sublinhando ainda que centros de pesquisa como a Coppe e a própria UFRJ podem se tonar sócios minoritários em empresas e projetos de inovação.

“Nós sabemos que, na universidade, há muita resistência à pesquisa para produção de patentes e produtos que gerem economia. Mas (isso) é fundamental para gerar o bem-estar social”, disse ao alunado. “É fundamental que o conhecimento gerado por vocês nos mestrados, doc e pós-doc tenham um sentido prático na vida das pessoas”.

A questão econômica foi o argumento principal: “O Brasil depende muito de commodities como minério de ferro e a produção agrícola e, em momentos de crise econômica como esse, fica muito sensível aos impactos da política externa. Ter um sistema produtivo mais inovador, mais vinculado às questões contemporâneas, reduz o impacto sobre a balança de pagamentos”, avaliou.

Veja outras fotos da visita do Ministro Celso Pansera

Por outro lado, reconheceu o problema do financiamento para o setor. Segundo ele, os dados mais recentes (de 2013) indicam investimento de 1,26% do Produto Interno Bruto (PIB) em CT&I, frente a uma média internacional em torno de 2%. “A Coreia tem mais de 3% e os EUA 2,8%. Nosso objetivo é chegar, até 2020, a 2% do PIB, sendo 60% de origem pública e 40% da iniciativa privada”, afirmou Pansera .

O ministro avaliou que o “país experimentou, a partir de 2008, uma evolução, graças à consolidação de infraestrutura significativa nas universidades financiada por editais do BNDES e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)”. Além de “investimentos maciços dos governos estaduais, federal e municipais”. E informou que atualmente, o ministério atua junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para que “nesses tempos bicudos, o sistema de CT&I no Brasil consiga ter uma dinâmica de funcionamento menos dura”.

Não houve abertura de perguntas da plateia ao ministro, que, em seguida, conheceu o trem de levitação magnética (Maglev-Cobra) e o ônibus ecológico — movido a energia e hidrogênio —, criados pela Coppe.

Adufrj realiza debate sobre o tema em 6 de abril

A Adufrj organiza um debate sobre o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação em 6 de abril, às 11h, no Salão Azul do Instituto de Biologia (CCS). Os palestrantes estão sendo confirmados. A atividade dará continuidade à série "Sem Tabu" que a diretoria da Seção Sindical promove para desinterditar temas polêmicos ou pouco discutidos. O primeiro debate "Sem Tabu" foi organizado em novembro do ano passado sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 395, que tramita no Congresso Nacional -- a proposição permite a cobrança, pelas universidades públicas, de algumas atividades de pós-graduação lato sensu.


A diretoria da Adufrj convida todos os professores e todas as professoras para uma plenária sobre as forças em jogo neste momento da política brasileira. Decifrar o que está acontecendo é uma tarefa coletiva. Venha contribuir!

O debate terá a duração de duas horas, com intervenções breves, para que todos se sintam motivados a participar.

 

 

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