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A aula agora é na ocupação!

Estudantes do Colégio Estadual Central do Brasil, no Méier, explicam as razões para se juntarem aos colegas de mais de 60 escolas ocupadas do Rio de Janeiro

Texto e fotos: Samantha Su
Estagiária e Redação

Uma lista fixada no portão do Colégio Estadual Central do Brasil (CECB), no Méier, apresenta as demandas dos seus estudantes: “disponibilidade do material didático para todos”, “ativação da biblioteca”, “armazenamento adequado dos lanches fornecidos”, “melhores condições de trabalho para os professores” e por aí vai. Reivindicações aparentemente simples. Mas eles cansaram de esperar sentados pela solução.

Os alunos resolveram ocupar o CECB no último dia 18 e, assim, juntaram-se aos colegas de mais de 60 escolas em todo o estado — o movimento de ocupações foi iniciado no Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, em 21 de março: “O mais importante na nossa experiência é que estamos lutando por um direito que é nosso e que estão nos tirando. Por que a educação pública tem de ser pior do que a particular? O ensino não deveria ser igual? Nós estamos lutando porque nós sabemos disso e não vamos desistir”, explica a estudante Thayane Aleixo, de 16 anos.

Não há refeitório no colégio; a sala de informática está fora de uso; os extintores de incêndio estão vazios; e a quadra, sem cobertura, ferve durante o dia: “Eu não posso fazer exercício físico no sol da tarde. Tem gente que desmaia. Isso é uma das coisas que atrapalham o trabalho dos professores, por exemplo, assim como o ar-condicionado que só serve para fazer barulho; é de enfeite”, justificou Yuri Poloniato, de 17 anos.

A principal reivindicação, no entanto, é a distribuição igualitária do material didático entre os turnos. “Os livros todos são dados para o turno da manhã. O que sobra vai para a tarde. Para quem estuda à noite, não sobra nada”, reclama Jakson Silva, de 17. “Quando ocupamos, a gente achou, onde era a antiga cantina, muito livro lacrado. Falam que não tem livro para todo mundo e achamos lá sobrando”, complementa Yuri.

Para os estudantes, a ocupação é necessária para reivindicar um ensino de qualidade: “É como se a gente colocasse óculos. A gente estava com uma visão embaçada e a ocupação são óculos que colocamos para enxergar como estávamos sendo manipulados e quais são nossos direitos”, esclarece Nathan Pancote, de 15 anos. “A gente não vai procurar nossos direitos dentro da sala de aula, não. Na sala de aula, o professor fala e você tem que fazer; na ocupação, levamos nossa opinião e estamos buscando o conhecimento”, diz Yuri.

A manutenção da escola é dividida por comissões entre limpeza, comida, comunicação e atividades. Todos os dias, aulas e outros eventos são realizados e até professores de outros lugares batem na escola para ajudar.

Apoio cresceu entre pais, professores e funcionários

A organização e mobilização contribuíram para que a ocupação ganhasse apoio dos pais: “A minha mãe é um exemplo perfeito. Eu dormi na escola na segunda-feira, 18 (dia do início da ocupação) e eu cheguei em casa na terça. Minha mãe disse ‘você não vai mais nessa ocupação, porque isso é coisa de vagabundo’. Mas isso foi porque ela leu uma postagem de alguém que era contra. Só que ela veio aqui no dia seguinte e recebeu um choque de realidade. Ela me ligou e disse ‘Yuri, vem para cá agora,  porque você tem que lutar por isso. Hoje, é uma das mães que mais defendem”, relata Yuri.

No dia da ocupação, os estudantes trancaram todas as salas. Não houve tensão com servidores e professores: “Alguns funcionários apoiaram também porque viam como a escola estava precária. Por exemplo, apenas uma funcionária ficava no portão, dava lanche e ainda fazia outras coisas na escola”, conta Nathan.

Os estudantes protegem o protagonismo e autonomia do movimento que muitos acreditam acontecer por pressão do corpo docente. “Em nenhum momento, os professores disseram para nós ‘ocupa o colégio’. Foi uma decisão nossa, dos estudantes. Assim como existem aqueles que são contra, existem aqueles que nos apoiaram, mas a ideia foi nossa”, afirma Yuri.

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Movimento faz superar rivalidade histórica

A comunicação entre as escolas ocupadas também trouxe novas amizades ao Colégio Central do Brasil. “Antes, a gente tinha uma rixa com o Cairu (colégio estadual próximo ao CECB) que não podia nem cruzar na rua. Fazia parte da história dos dois colégios esta rixa. Só que essa ocupação uniu tanto que acabou com isso. Agora somos escolas irmãs. Quando não tínhamos ainda arranjado fogão, a gente ia para lá fazer comida. Eles nos doavam comida”, descreve Thayane. “Ninguém acreditaria nessa frase (há algum tempo): o Cairu está na Central e a Central está no Cairu. Eu não imaginaria, ninguém imaginaria”, conclui Nathan.

Dificuldades

A ocupação sofre boicote de outros estudantes contrários ao movimento. E, principalmente do Estado. No último dia 28 de abril, segundo relatos e fotos no perfil da ocupação no Facebook, até o Secretário de Educação, Antônio Neto, esteve no local e tentou desmobilizar os alunos. Sem sucesso.

“A gente vê o quanto o Estado joga sujo. Em menos de um mês, bloquearam as máquinas do nosso RioCard, cortaram o fornecimento de alimentos, estão querendo cortar a luz, deram ordem aos motoristas para não deixar entrar por trás e anteciparam as férias. Já vi tornarem greve ilegal, mas medidas assim contra estudantes, já que somos meros estudantes, eu nunca vi. Isso me faz acreditar que a ocupação é uma arma e tanto na mão do estudante”, defende Yuri.

 

Cecierj promete normalizar pagamento de bolsas em julho

É o que afirma a vice-presidente de Educação Superior a Distância da Fundação Cecierj, Masako Masuda

Silvana Sá
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O problema de caixa no governo do Estado do Rio de Janeiro resultou, entre outras coisas, no atraso do pagamento de bolsas para os tutores do Consórcio Cederj – que atua na educação superior a distância no Rio de Janeiro. Sem dinheiro nem mesmo para a passagem, muitos deixam de comparecer aos polos.

Preocupados com a situação, professores e coordenadores do curso a distância de Biologia do Cederj enviaram à Fundação Cecierj — instituição que compõe, ao lado das universidades públicas fluminenses, o Consórcio Cederj — e também ao Executivo estadual uma carta sobre as possíveis consequências dos atrasos nas bolsas. Um dos receios é a descontinuidade do programa. “Compreendemos que há uma crise financeira extremamente grave em nosso estado devido a fatores alheios à vontade ou responsabilidade do governo. Entretanto, enfatizamos que o papel desempenhado pelo consórcio Cederj na formação de recursos humanos e universalização do ensino gratuito e de qualidade são essenciais para o desenvolvimento de nosso Estado”, diz um trecho do documento.

Vice-presidente de Educação Superior a Distância da Fundação Cecierj, Masako Masuda atesta que o Cederj não corre o risco de suspender (ou reduzir) suas atividades: “Nunca trabalhamos com este panorama. Tanto que estamos com seleção aberta para 2016.2 e oferecemos sete mil vagas”.

“A queda na arrecadação do estado teve reflexo no início de 2015 e as bolsas ficaram atrasadas por dois meses. Em novembro, houve um problema de caixa. Estamos em negociação com outras entidades e, com o apoio da Secretaria da Fazenda, montamos um cronograma de pagamentos para regularizar a situação”, disse a vice-presidente da Cecierj. Conforme disse Masako Masuda, as bolsas estão sendo pagas com atraso e a situação será totalmente normalizada em julho.

Masuda esclareceu, ainda, que uma parte das bolsas é financiada pelo estado e outra pela União. E que só estão atrasadas as bolsas pagas pelo governo do Rio de Janeiro. “As bolsas provindas de recursos federais estão em dia”.

Como funciona o Cederj

O consórcio Cederj atua em duas frentes: o pré-vestibular e a educação superior a distância. Justamente esta segunda vertente é a principal preocupação de professores e coordenadores de cursos.

Procuram a educação a distancia estudantes que, por alguma razão profissional ou pessoal, não conseguem acessar a educação superior presencial. “São geralmente pessoas que moram no interior, ou que trabalham durante toda a semana sem flexibilidade de horário. Esse é nosso principal público”, disse a professora Masako Masuda, que é aposentada da UFRJ.

Ela afirma que não há diferença de nível de aprendizagem e nem de aplicação dos conteúdos entre os estudantes dos cursos presenciais e a distância na UFRJ. “Os números da universidade no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostram que o fato de a UFRJ ter alunos na modalidade a distância não interfere nos resultados da instituição”. Atualmente, a UFRJ possui 3.310 estudantes nos três cursos a distância: as Licenciaturas de Química, Física e Biologia. Atuam como professores e coordenadores de cursos 66 docentes da universidade.

Nos cursos que não requerem atividades de campo, práticas ou de laboratório, os alunos recebem o material e estudam pela plataforma online do consórcio. “Há, ainda, a possibilidade de o estudante ir ao polo para o qual se inscreveu para estudar, fazer as atividades, tirar dúvidas. Esta modalidade é realizada na primeira metade do curso”. Para os cursos que requerem atividades práticas ou de laboratório é necessária a presença em 75% das aulas obrigatórias. Também é preciso comparecer aos polos para as provas, em todos os cursos, nos dias e horários pré-estabelecidos.

Atualmente, o Cederj conta com 15 cursos. O curso de Engenharia de Produção é um dos mais recentes: os estudantes estão no terceiro período. São mais de sete mil e quinhentos formados, desde o início do consórcio. Ao todo, são cerca de 30 mil estudantes e mais de dois mil tutores.

Importância para o estado

Além de permitir que um número maior de pessoas acesse e se forme no nível superior, a educação a distância, para Masuda, permite uma maior dispersão das áreas de conhecimento em todo o estado do Rio. “Os alunos permanecem no seu local de moradia. Eles não precisam se deslocar para a região metropolitana, pois temos 32 polos em todo o estado. Há uma capilaridade muito significativa e isto é um enorme ganho para a sociedade”.

 

Nem na UFRJ nem na Rural, estupro não é normal

Em ato no Fundão, mulheres denunciam assédio nas universidades

Samantha Su
Estagiária e Redação


O Centro de Tecnologia do Fundão amanheceu, no dia 27 de abril, com uma manifestação feminista contra o assédio e o estupro. Com cartazes e palavras de ordem, estudantes, servidoras e terceirizadas caminharam do CT até a Ponte do Saber para denunciar a falta de segurança nas universidades. A manifestação surgiu em apoio e solidariedade ao levante feminista da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), após diversas denúncias de estupro naquele campus. Mas a atividade também expôs a realidade da UFRJ.

“Nós precisamos parar de naturalizar a violência. Estamos aqui em solidariedade às estudantes da Rural, que sofrem com as especificidades de lá, um campus já conhecido pelos recorrentes abusos. Mas também para falar que na UFRJ também somos violentadas e vamos somar nessa luta contra o machismo nas universidades. Estudantes e trabalhadoras estão aqui reunidas para dizer: ‘Nem na UFRJ nem na Rural, estupro não é normal!’”, declarou uma das organizadoras do ato e presidente do Centro Acadêmico de Engenharia, Thaís Rachel Zacharia.

Uma das bandeiras levantadas pelas mulheres durante o percurso foi contra a conduta machista da revista Veja, que retratou Marcella Temer, esposa do vice-presidente Michel Temer, como “bela, recatada e do lar”. A publicação acrescentava que, por isso, o parlamentar seria “um homem de sorte”: “Homem nenhum pode nos ditar que devemos ser belas, recatadas e do lar. Ninguém pode ditar o que devemos ser. Estamos aqui porque ainda precisamos afirmar que não somos inferiores, que somos seres humanos que merecemos respeito e nenhum sistema machista nos dirá o contrário”, declarou Noemi Andrade, servidora da Divisão de Segurança (Diseg).

As estudantes reivindicaram mais segurança no campus e criticaram os assédios em sala de aula: “Sabemos que passamos por um momento difícil na conjuntura política, mas as mulheres demonstraram no ano passado que o nosso caminho é a união. Durante os atos do ‘Fora, Cunha’, nós gritávamos ‘a pílula fica, o Cunha sai’. Hoje nós estamos aqui para gritar que as mulheres ficam na universidade e o machismo é que vai embora. Todas nós sofremos com assédio de professor em sala de aula, com falta de segurança, com falta de assistência, mas as mulheres estão aqui para mostrar que sabemos brigar pelos nossos direitos”, afirmou Katerine Oliveira, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

O Sintufrj também marcou presença: “Essa opressão é algo que nos tira a dignidade enquanto cidadãs e mulheres. Enquanto tivermos voz, precisamos gritar e lutar para mudar isso”, afirmou a representante do sindicato, Ana Célia. Além das servidoras, as terceirizadas também foram protestar. Elas lembraram que o direito a exercer política ainda é muito masculino: “Eu queria dizer a vocês que, se nesse ato, nós não temos tantas terceirizadas aqui, é justamente pelo constante assédio moral que sofremos nesse tipo de trabalho quando passamos a exercer nosso direito político. Então isso também é sobre nós”, observou Waldinéa Nascimento, presidente da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ (Attufrj).

A participação feminina na política foi abordada com muita ênfase: “O nosso curso de Enfermagem é um curso no qual existe maioria feminina, mas, mesmo lá, os espaços de direção política são sempre masculinos. Precisamos mudar essa realidade, a mesma realidade que impõe também a ideia de que o ato de cuidar é exclusivamente feminino. A Escola de Enfermagem Anna Nery durante muitos anos só aceitou mulheres. E mulheres que provassem sua conduta de bem para serem enfermeiras. Não tem de ser reservado a nós o convívio do lar e do cuidado e, aos homens, as ruas e as políticas”, explicitou a estudante Brígida Rodrigues pelo Diretório Acadêmico Sandra Cristina Feitosa, da EEAN.

“Nós não podemos nos esquecer de que não é só sobre feminismo a nossa luta. A pauta de assistência estudantil também diz muito sobre nós, que a política também é assunto nosso. Nós não permanecemos nesse espaço porque ele nos é hostil e convivemos com assédio, estupro e violência, mas também não permanecemos por falta de assistência estudantil e isso também é caro às mulheres”, concluiu Josi Oliveira, estudante de Gestão Pública para o Desenvolvimento Economico e Social.

Como o corte de luz afetou a UFRJ

Observatório do Valongo, Escola de Música e Casa da Ciência contam o que ocorreu com a interrupção de energia pela concessionária Light, no dia 18

Empresa e universidade voltam a se reunir em 5 de maio

Elisa Monteiro
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Na segunda-feira 18, quatro locais da UFRJ tiveram a energia cortada pela Light por falta de pagamento: Escola de Música, Observatório do Valongo, Casa da Ciência e Editora. Estavam em aberto contas de novembro a fevereiro deste ano, em um total de aproximadamente R$ 23 milhões. De acordo com a reitoria, houve um acordo com a concessionária para o religamento dos sistemas até a noite do dia 20.

Em reunião com a reitoria da UFRJ no dia 25, informa a assessoria da universidade, a Light reconheceu que os procedimentos adotados para o corte foram inadequados. A empresa afirmou que não voltarão a ocorrer. Neste dia 27, a UFRJ efetuou o pagamento da fatura de novembro, no valor de R$ 4,4 milhões. Ainda não foi definida uma proposta para o pagamento das faturas restantes. Haverá uma nova reunião com a concessionária, em 5 de maio, para continuar esta negociação.

Veja um pouco do que ocorreu em cada local atingido pelo corte de luz:

Observatório do Valongo

No Valongo, as atividades acadêmicas  foram suspensas parcialmente na segunda-feira (18), na terça-feira (19) e em toda a quarta-feira (20). Nenhum equipamento foi queimado, mas, além das aulas, foi interrompida a obra em curso para expansão do prédio principal.

Celeste de Jesus, secretária do diretor, conta que, na segunda-feira 18, a equipe da Light (dois técnicos e um supervisor) chegou pela manhã anunciando que realizaria o corte. A unidade entrou em contato e seguiu a orientação da Prefeitura Universitária de informar que a UFRJ estaria negociando com a concessionária. “Nesse momento, eles pediram para dar uma olhada nas condições do relógio. Quando abrimos o relógio, eles arrancaram as peças e foram embora”.

Na terça-feira, pela manhã, a unidade comprou as peças tomadas, religou o sistema e reiniciou as atividades. Mas houve nova visita da Light na terça-feira à tarde com ameaça de desligamento no poste. Segundo técnicos-administrativos do campus, os funcionários da Light chegaram a pedir para entrar na casa vizinha e usaram uma escada para escalar o muro do Observatório. “Disseram que tinham ordens e que não tinha jeito. Mas que, se fossem acertadas as coisas com a empresa, religavam em até duas horas”. A caixa de luz foi desligada e lacrada. O fornecimento foi retomado na quarta-feira após o acordo entre reitoria e concessionária.

Escola de Música

A Música teve atividades prejudicadas nos dois prédios na Lapa (o histórico da Rua do Passeio, 98, e o edifício vizinho à sala Cecília Meireles, Largo da Lapa, 51). Segundo informação da assessoria da reitoria, as aulas foram parcialmente interrompidas, com funcionamento normal apenas em algumas salas utilizadas pela unidade no Edifício Ventura Corporate Towers, na avenida República do Chile, 330.

A técnica-administrativa Graça Pereira relata que a equipe da Light desligou primeiro o sistema do prédio 1 (Rua do Passeio, 98) e se dirigiu em seguida para o 2 ( Largo da Lapa, 51) onde trabalha. “Apagaram tudo das 10h de segunda-feira até umas 13h de sábado. Ficamos no escuro a semana toda”. Segundo a TAE, a equipe da Light chegou a mostrar uma fatura com a dívida do prédio (R$ 38 mil) e o CNPJ da Escola.  

Casa da Ciência

De acordo com a assessoria da Casa da Ciência, o corte realizado pela Light não chegou a interromper qualquer atividade. A área afetada — a única que ainda estava sem energia elétrica até o fechamento desta matéria — corresponde, na verdade, ao almoxarifado, o que atrapalha o trabalho da vigilância.

A reportagem não conseguiu contato com a Editora da UFRJ.

 

 

 

As obras vão bem?

No segundo semestre de 2014, a Comunicação da Adufrj-SSind produziu uma série de matérias especiais sobre as obras da UFRJ, fazendo um raio-x em parte importante do seu projeto de expansão. Quase dois anos depois e com a universidade sob nova administração, voltamos a questionar: em que pé estão as reformas e as construções de novos prédios e equipamentos previstos no Plano Diretor — aprovado pelo Conselho Universitário em 2009?

Abre esta série o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec).

Ladetec: obra perto da conclusão

O Ladetec corresponde à expansão acadêmica e administrativa do Instituto de Química. O projeto é uma das poucas obras do campus Fundão que não implicou custo para a universidade e abrange laboratórios e salas.

De acordo com dados do site do Escritório Técnico da Universidade, o valor contratado para obra foi de R$ 79.575.486,63. Mas, segundo o pró-reitor de Gestão e Governança, Ivan Carmo, todo o empreendimento que inclui equipamentos diversos e a logística para as Olimpíadas alcança a marca de aproximadamente de R$ 210 milhões com origem no Ministério dos Esportes e no Ministério da Educação (MEC). “A logística inclui as passagens, alimentações e hospedagem do grupo internacional que vem trabalhar nos exames de doping durante os Jogos (Olimpíadas e Paralimpíadas 2016)”. A universidade entrou com a cessão do espaço para o megaevento e pessoal para acompanhamento e fiscalização das obras.

O empreendimento foi veloz também. Os trabalhos tiveram início em 22 de janeiro de 2014 e previsão de finalização em 18 de outubro de 2014. A adequação dos prazos jogou para 14 de setembro de 2015. Mas o ponto final estava marcado para este final de abril. Atualmente, o prédio se encontra integralmente finalizado. O entorno, contudo, ainda está fora das especificações: “Faltam detalhes tanto na parte paisagística quanto na segurança”.

 

 

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