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Kassab fala sobre fusão dos ministérios

Reunião, nesta quarta (15),  pôde ser acompanhada pela internet


A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados recebeu, nesta quarta-feira (15), a partir das 9h30, um debate sobre a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o Ministério das Comunicações (MC). A reunião pôde ser acompanhada pela internet em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/ao-vivo/transmissoes-do-dia (bastava localizar, na listagem, o link da comissão).

 

Foram convidados para o debate: Gilberto Kassab, Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Sergio Luiz Gargioni, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap); Francilene Garcia, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti); Maria Lucia Cavalli Neder, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

 

 

Doe sangue, doe vida


Na semana do Dia Mundial do Doador de Sangue (14), vale a pena renovar o pedido a toda a comunidade universitária


 


“O doador de sangue é a mola mestra de um serviço de hemoterapia. Sem a colaboração e participação ativa da comunidade, não é possível manter estoques seguros”, defende a professora Carmen Nogueira, Chefe do Serviço de Hemoterapia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. As palavras da docente ganham especial significado esta semana, uma vez que 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue.

O estoque de sangue da unidade, por enquanto, está bom, devido ao apoio do movimento “Sangue da UFRJ”, originado na Escola Politécnica. O grupo divulga a importância do ato de doar sangue na comunidade universitária: “Esse grupo organiza mutirões periódicos que têm sido essenciais ao atendimento dos pacientes dos hospitais próprios da UFRJ: o HUCFF, o Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira e a Maternidade Escola”, afirma Carmen.

Mas se a situação atual do serviço é boa, não quer dizer que as pessoas podem deixar a doação para depois. Os hospitais próprios da UFRJ são terciários, ou seja, recebem muitos pacientes de alta complexidade, segmento no qual a demanda de sangue é aumentada.

Todo o sangue total doado é separado em componentes, o que aumenta a possibilidade de atender mais que um paciente por doação. O objetivo é prover o componente necessário em sua maior concentração. Só no ano de 2015, o consumo no HUCFF foi de mais de 6 mil componentes de sangue: os mais utilizados são concentrados de hemácias, seguidos de concentrados de plaquetas. Todos os tipos sanguíneos são necessários.

Dia 14 de junho

O Dia Mundial do Doador de sangue é marcado pela data de nascimento do cientista austríaco naturalizado norte-americano Karl Landsteiner. Ele atuou na Universidade de Duke e ganhou o prêmio Nobel de Medicina pelo descobrimento do primeiro dos sistemas de classificação dos grupos sanguíneos — e até hoje o mais importante —, o ABO. 

Onde doar

O Serviço de Hemoterapia funciona no terceiro andar do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Para doar, basta levar documento de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista ou carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação), estar bem de saúde, ter entre 16 (com autorização dos pais) e 67 anos, pesar mais de 50 Kg. Não é necessário estar em jejum, devem ser evitados apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação. A coleta de sangue é feita entre 7h30 e 13h30, no terceiro andar do hospital, na Ilha do Fundão. Outras informações: 3938-2305 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

PT vira o foco do debate


Filósofos apresentam pontos de vista divergentes sobre o Partido dos Trabalhadores, em evento realizado neste dia 10

Silvana Sá
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O Partido dos Trabalhadores esteve no centro de uma acalorada discussão a respeito da crise política do país, neste último dia 10.  Em atividade organizada pelo Departamento de Filosofia do IFCS, duras críticas à legenda foram confrontadas com uma linha de pensamento que recusa a autocrítica, mas, ao mesmo tempo, busca a refundação do PT.

O Salão Nobre do instituto ficou lotado para receber a filósofa Marilena Chauí. Professora da USP, ela participaria de um debate com o filósofo Rodrigo Nunes, da PUC-Rio. Como seu voo atrasou, o evento foi transformado em duas palestras. A coordenação da mesa coube ao professor Ulysses Pinheiro, do próprio IFCS.

Nunes falou primeiro. Fez uma análise crítica do processo político que envolveu o PT e que desaguou na atual crise política. Para ele, o PT “não é um instrumento a ser incondicionalmente defendido”. “Este não é um golpe da direita apoiado pelos coxinhas. Este é um golpe do sistema político contra a sociedade”. O filósofo fez uma dura crítica ao Partido dos Trabalhadores: Para o filósofo, atores políticos desencadearam um processo de derrubada da presidente Dilma Rousseff para se protegerem da operação Lava Jato. Segundo sua análise, eles conseguem este movimento pelo vácuo na representação da esquerda. “A esquerda perdeu seu interlocutor, já não se acredita que o PT represente a esquerda. Nas manifestações de junho de 2013, vemos a primeira geração militante que se forma fora do PT, que vê o partido como governo e como representante da ordem. Os setores de direita percebem que as ruas já não são mais controladas pelo PT e aproveitam-se desse luto político para avançarem sobre os direitos sociais”, disse.

IMG 9191Salão Nobre do IFCS lotou para acompanhar a atividade - Foto: Elisa Monteiro

Sem autocrítica

Chauí faz parte de um movimento de refundação do PT. É crítica do caminho que o partido tomou ao chegar ao governo, mas recusou o uso da expressão “autocrítica”: “Prefiro que nós, da esquerda, não utilizemos uma expressão que se refere ao universo autoritário. Deixem que a direita use esse argumento da autocrítica”.

Marilena Chauí fez um apanhado histórico da atual crise política do Brasil. Para ela, as manifestações de junho de 2013, em São Paulo, ao contrário do aspecto da disputa de segmentos de esquerda, como defendeu Nunes, foi majoritariamente constituída por jovens de classe média. A professora discordou do posicionamento de que o PT já não representa mais a esquerda brasileira: “O PT é muito maior do que um governo. Ele não vai morrer. Foi constituído em sua base por trabalhadoras e trabalhadores organizados. Diferentemente dos demais partidos da esquerda brasileira, que são construídos por uma classe média. E, após uma disputa política intensa, morrem”.

A filósofa diminuiu a importância dos levantes de 2013. Para ela, as manifestações não tiveram caráter de subverter a ordem nem propuseram uma revolução social, política ou de costumes. “Os manifestantes consideraram o Estado como interlocutor para suas reivindicações. Não propuseram uma revolução nem à maneira do 1968 latino; nem à maneira do 1968 europeu e norte-americano”.

Ao fim da palestra, a filósofa afirmou que não estava naquela atividade para defender o governo de Dilma Rousseff ou de Lula da Silva. Mas que admirava “o fato de 42 milhões de pessoas, depois de 500 anos, terem conquistado o direito de fazer três refeições por dia”. “Isso é o suficiente”, finalizou, ovacionada pela plateia.

Ato depois do debate

O dia 10 de junho foi marcado em todo o Brasil por atividades contra o governo interino de Michel Temer. No Rio, pela manhã, o “Comitê Fiocruz Pela Democracia” organizou um abraço simbólico ao histórico castelo da instituição científica. Segundo os organizadores, participaram 500 pessoas.

À tarde, após a atividade no IFCS, começava um grande ato organizado pelos movimentos sociais e de trabalhadores contra o impeachment, no Centro do Rio. Representantes de partidos políticos, sindicatos e de outras organizações sociais gritavam palavras de ordem como “Fora, Temer” e “Fica, Dilma”.

Projeto “Escola sem Partido” prejudica formação cidadã

Texto, em tramitação no Congresso, que modifica diretrizes da educação nacional foi discutido em atividade política ao ar livre organizada pela comunidade acadêmica do Museu Nacional da UFRJ

Texto e foto: Silvana Sá

A Quinta da Boa Vista foi o palco de um importante debate sobre o projeto “Escola sem Partido”, neste sábado (11). A roda de conversa foi organizada pelo grupo Mobilização Museu Nacional, do qual fazem parte estudantes, servidores e professores da unidade. “Começamos a nos organizar pensando no que está acontecendo no país e os riscos de alguns projetos que tramitam no Legislativo. O foco hoje é educação, mas haverá outros encontros com outros temas”, disse Frederico Magalhães, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu e um dos organizadores da atividade.

Safira Silva, mestranda da Unidade, destacou que a liberdade de aprendizado está ameaçada pelo “Escola sem Partido”. “Pelo projeto, nós, professores, precisaríamos ser sempre imparciais, acríticos. Deveríamos, assim, apresentar também aspectos positivos da escravidão, do genocídio do povo indígena. É uma tentativa de invisibilizar certos aspectos da nossa história”.

Adriana Vianna, professora do Museu Nacional, explicou como o projeto afeta a discussão de gênero: “O projeto diz que não se pode ensinar nada que contrarie a educação e a crença recebidas em casa. Então, para um estudante que recebe uma educação heterossexual, normativa, não poderemos dizer que a homofobia é maléfica, que ela é crime”. Ela continuou: “É um projeto extremamente violento, que não trabalha a escola como um espaço de vivencia, de acolhimento e transformação. É um processo ameaçador e colonizador”, disse.

Também sob o recorte de gênero falou Alexandre Bertolini, assessor da Pró-reitoria de Extensão da UFRJ. Para ele, quando o projeto de lei afirma que cabe à família ensinamentos sobre gênero, sexo e trata esses temas como de foro íntimo, retira da escola a possibilidade de transformação social. “À escola caberia apenas ensinar Português e Matemática. Com ou sem o Escola sem Partido vão continuar existindo estudantes lésbicas, trans, bichas. É nesse poder de transformação da realidade que ainda acredito. Um aluno ao ir de salto alto para a escola gera uma mobilização muito maior do que qualquer atividade educativa que pensemos realizar”.

Algumas pessoas fizeram intervenções sobre como as religiões de matriz africana ficam também prejudicadas com o projeto. E, assim, um amplo leque de preconceitos e retrocessos poderia ser desencadeado no interior das escolas e que levaria em conta, também a cor da pele. A conclusão a que os participantes chegaram é que a sociedade brasileira ainda não amadureceu a ideia de ter um Estado laico e nem a ideia de que a escola deve ser um espaço público de transformação.

Atividade cultural

Adriele Nascimento, rapper e ativista do movimento negro, fez uma apresentação cultural. A realidade vivenciada pela população negra no país foi transformada em rimas nos poemas e músicas da cantora. Os participantes também realizaram um piquenique. A atividade se estendeu até a tarde. Outras rodas de debate versaram sobre as ocupações nas escolas públicas, ações afirmativas e educação pública.

O que é o Escola Sem Partido

Trata-se do Projeto de Lei nº 867/2015, de proposição do deputado federal Izalci (PSDB-DF). Atualmente o PL tramita na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Um dos principais pontos de conflito entre os apoiadores da lei e professores é o seu artigo terceiro: “São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas ou morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes”.

 

Manifestações contra governo interino mobilizam pesquisadores

 

Um abraço simbólico no castelo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sede da instituição, no Rio de Janeiro, marcou hoje (10) um ato em defesa da democracia no país. Com faixas e cartazes contra o governo interino de Michel Temer, contra o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, e em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), a manifestação reuniu cerca de 500 pessoas, entre servidores, estudantes e terceirizados, segundo os organizadores (Fonte: Agência Brasil)

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Início da concentração do ato no centro da cidade do Rio. A marcha sairá da Candelária e caminhará até a Cinelândia. Tem uma ala de pesquisadores (Crédito: Frente Brasil Popular)

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