facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

WhatsApp Image 2021 01 08 at 11.07.20A cada novo ciclo, a necessidade de reforçar os aprendizados. Após o breve recesso para as festas de final de ano, a UFRJ retomou suas atividades de ensino remoto no dia 4 de janeiro. Porém, as circunstâncias pandêmicas forçaram que os primeiros passos de 2021 ainda sejam relativos ao período letivo de 2020.1. Se adaptar ao novo calendário é apenas mais um dos desafios da comunidade acadêmica nesse momento. Por isso, a AdUFRJ lançou a iniciativa S.O.S. Ensino Remoto, que oferece suporte ao trabalho dos professores.
“No final do ano passado, a gente chamou a consultora Cristina Ávila Mendes para falar em linhas gerais dos desafios do ensino remoto durante a pandemia. Foram muitas dicas e instruções sobre como organizar um curso, como interagir com os estudantes, e como avaliá-los”, explica Felipe Rosa, vice-presidente da AdUFRJ. O lançamento do projeto aconteceu no dia 2 de dezembro, pela plataforma Zoom. Na ocasião, a apresentação foi gravada. “Nós dividimos essa apresentação em três partes e agora disponibilizamos no nosso canal do youtube, a TV AdUFRJ”, completa Felipe.
Além das orientações já apresentadas, que vão do planejamento das aulas ao engajamento da turma, o projeto oferece uma sala no Google Classroom para tirar dúvidas. Nessa plataforma, a consultora educacional já disponibilizou diversos tutoriais, links e sugestões. “Lá tem bastante material preparado pela Cristina, que pode auxiliar muito os docentes na preparação e na condução dos cursos a distância. Todos os professores estão convidados a se inscrever”, incentiva Felipe. O espaço tem como proposta buscar soluções para as questões rotineiras das disciplinas remotas.
Cristina Ávila Mendes, que já foi coordenadora de Ensino a Distância do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai, realizou no último dia 5 um seminário sobre boas práticas no ensino remoto, para o Instituto de Bioquímica Médica (IBqM/UFRJ). Com a chegada de novos participantes na turma do Classroom, ela acredita que haverá uma demanda pela realização de pequenos vídeos ou até mesmo videoconferências para esclarecimento de eventuais dúvidas dos professores. Para entrar na sala, acesse: https://classroom.google.com/u/0/c/MTY0MTIzODE4NDk5

WhatsApp Image 2021 01 08 at 11.07.19 1

WhatsApp Image 2021 01 08 at 11.29.27 1Faleceu, no dia 30 de dezembro, Edson Rosa da Silva, professor titular de Literatura Francesa do Departamento de Letras Neolatinas, onde foi um dos criadores do programa de pós-graduação. A cremação do corpo aconteceu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ). A morte foi lamentada, em nota, pela Faculdade de Letras. “A Faculdade de Letras presta condolências aos familiares, amigos, colegas e lamenta a perda deste grande professor”. Edson possuía vasta experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, e atuava principalmente no estudo de André Malraux e Walter Benjamin. Teve sua trajetória marcada pela UFRJ, onde fez graduação, mestrado e doutorado na Faculdade de Letras. Era conhecido como um excelente professor e pesquisador, além de comprometido com a defesa da universidade pública gratuita e de qualidade. Inteligente e sensível, Edson deixará saudades naqueles que tiveram o privilégio de o conhecer.

WhatsApp Image 2021 01 08 at 10.59.29 1Pesquisa do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, em parceria com o Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), descobriu uma nova linhagem do vírus responsável pela covid-19 no Rio de Janeiro. A divulgação da descoberta foi feita no final de dezembro.
De acordo com a professora Carolina Moreira Voloch, do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, novas linhagens surgem o tempo todo, o que é esperado para o Sars-CoV-2, um vírus novo. “Uma particularidade desses vírus que são pandêmicos é que há uma população muito grande deles circulando. Esse processo é muito dinâmico porque as linhagens são muito parecidas entre si”, explicou a professora. “O trabalho de vigilância genômica é de tentar entender como o vírus evolui ao longo do tempo, quais seus padrões de espalhamento”.
Segundo a professora, a epidemia no Brasil é caracterizada por três linhagens que sustentam a transmissão comunitária. “Essa linhagem, que só encontramos circulando no Rio de Janeiro, surgiu a partir de uma que já estava circulando no Brasil antes”. Mas a professora ressalta que não há necessidade de alarde por causa do surgimento de novas linhagens. “Novas linhagens podem surgir, e podem ser mais ou menos infecciosas. Por enquanto, não sabemos”, observou.
Carolina Voloch disse que é natural que vírus sofram essas mutações no curso do tempo, e ressaltou que a melhor maneira de lidar com as novas linhagens é tomando os cuidados usuais contra a covid-19. “É importante que as pessoas se conscientizem que estamos em um momento de pandemia. Enquanto a maioria da população não estiver vacinada, não podemos nos descuidar”, defendeu a pesquisadora.
Uma das maneiras de tentar restringir o surgimento de novas linhagens é diminuindo a população do vírus. “Quanto mais gente infectada, maior o tamanho da população do vírus, então a chance de ele sofrer mutações é maior”, explicou. “É importante as pessoas manterem o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos”, concluiu.

WhatsApp Image 2021 01 08 at 11.29.27Sintonizada com a gravidade da pandemia, a AdUFRJ distribuiu um kit de máscaras como brinde de fim de ano para os docentes. Receberam primeiro aqueles que estão com cadastro atualizado junto ao sindicato. Para quem ainda não ganhou, a solicitação dos kits pode ser feita por um formulário eletrônico disponível em https://bit.ly/3mjPamI, desde o dia 4. No link, o docente deve informar o nome completo, números e e-mail de contato e o endereço.
Cada kit tem três máscaras — nas cores amarela, verde e roxa —, feitas de tecido triplo com TNT, o que confere um alto grau de proteção contra o novo coronavírus. “Em 2021, não serão poucos os desafios. Que os enfrentemos com ânimo, energia e cuidados, preservando a vida em primeiro lugar”, afirma a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller. Além do logotipo do sindicato, as máscaras são estampadas com frases como: “Eu defendo a Educação”.

WhatsApp Image 2021 01 08 at 11.33.30Pesquisadora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva e ex-diretora da AdUFRJ, a professora Ligia Bahia propõe a criação de um fundo público para garantir a imunização de todos os brasileiros.  A ideia se espelha na Aliança da Organização Mundial da Saúde para distribuição de vacinas contra o coronavírus (Covax). E ela visa também mais transparência nas contas dos gastos públicos durante a pandemia.

Qual o objetivo de um fundo público para vacinação?
O Brasil está atrasado na vacinação e as duas frentes previstas para produção das vacinas — a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan — somadas são insuficientes para as 450 milhões de doses que precisamos. A mídia está muito focada na questão do desenvolvimento das vacinas, mas pouco se fala em garantir as doses necessárias. Este é o foco do fundo.

Como funcionaria esse fundo?
A inspiração vem da Covax, programa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para distribuição de vacinas contra o coronavírus nos países com renda baixa. A proposta é de um fundo com recursos públicos e privados. No caso do Brasil, é fundamental envolver agentes de peso como o Itaú e a Vale. É importante criar uma pressão social pela vacinação universal em um movimento que vá além da esquerda.

O recurso destinado pelo governo federal para aquisição de vacinas é insuficiente?
O que nós temos é um anúncio de uma medida provisória (MP) na casa dos R$ 20 bilhões para o Ministério da Saúde. Mas já foi sinalizado que o valor, na verdade, incluiria uma série de outras coisas como os gastos já realizados com as pesquisas. Não há muita informação sobre onde e como os gastos estão sendo feitos. Um fundo contribui também para mais transparência para essas contas, aumenta a vigilância sobre os gastos. Ele permite uma nova institucionalidade, diferente, que debata a compra de vacinas de forma mais republicana.

Qual é a sua avaliação sobre a organização para vacinação nacional em curso?
Não temos um plano nacional de vacinação. A vacinação está caminhando, como tudo durante a pandemia, de forma caótica. Temos iniciativas isoladas de governadores aqui e ali. Não temos mapas de nada. Na realidade, temos muito pouco. Hoje, temos milhões vacinados no planeta. Israel, por exemplo, vacinou 20% da sua população. Na América Latina, a Argentina, o Chile e o México já começaram a vacinação.

O governo federal aposta no peso financeiro de uma eventual compra. Ele argumenta que o Brasil é um mercado cobiçado por qualquer laboratório internacional...
Bolsonaro disse que a Pfizer deveria correr atrás do Brasil, mas não é verdade. O movimento é oposto, o momento é de alta competição pela compra. Mais: não se trata só de uma questão de dinheiro, prestígio também conta muito agora. Há um movimento global de mudança de perspectiva em relação às pandemias a partir da noção de que todos são afetados. A vacina contra o ebola foi desenvolvida pelos Estados Unidos. Enquanto isso, o Brasil tem se movido em sentido inverso e hoje se posiciona ao lado de países contrários à quebra de patente, por exemplo.

Topo