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WhatsApp Image 2022 03 25 at 23.49.30Foto: CoordCom/UFRJSilvana Sá e Beatriz Coutinho

Todas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administrativas da universidade são essenciais. A norma, aprovada no Conselho Universitário desta quinta-feira, dia 24, explicita a necessidade do retorno imediato aos campi e unidades isoladas da UFRJ. Docentes, técnicos e estagiários da universidade deverão apresentar comprovante com esquema vacinal completo para covid-19. Apenas pessoas imunossuprimidas – usuárias de alguma medicação que causa a queda da imunidade, como reação adversa –, imunodeprimidas – com doenças que comprometem o sistema imune – e com doenças graves poderão permanecer em trabalho remoto.
A nova legislação busca dar condições para que as unidades abram todas as turmas – ou a maior parte delas – no regime presencial. “Estamos tomando essa decisão levando em conta a segurança sanitária do nosso corpo social”, destacou o professor Roberto Medronho, coordenador do GT Coronavírus. “Todos os serviços e setores que apoiam as atividades de ensino, pesquisa e extensão devem ser também considerados essenciais”, sugeriu. A resolução foi aprovada por 44 votos favoráveis e apenas duas abstenções.
A reitora da universidade, professora Denise de Carvalho, deixou claro que poderá voltar atrás na decisão, caso os indicadores sanitários se alterem. Hoje, os municípios onde a UFRJ possui campi estão com índices de contágio considerados baixos. “Se surgir uma nova variante, por exemplo, poderemos voltar ao sistema remoto, para a segurança de todos”, declarou.
O professor Carlos Alberto Riehl, do Instituto de Química, sugeriu que a reitoria edite uma nota técnica para dirimir eventuais dúvidas que restem após a publicação da resolução no Boletim da UFRJ. Uma delas diz respeito a quais doenças serão consideradas graves para a universidade. “Como será feita essa comprovação, por meio de atestado, por apresentação de exames? Quais doenças entrarão nessa lista? São questões que vão precisar ser detalhadas, pois podem impactar na distribuição de carga horária, na distribuição de turmas”, exemplificou. A nota técnica deve ser publicada até o início de abril.

Passaporte ainda incerto para estudantes
A cobrança do comprovante vacinal para servidores já está definido. Conforme adiantou a edição passada do Jornal da AdUFRJ, o sistema Passaporte Minerva será utilizado para armazenar as informações sobre a vacinação de técnicos e docentes. Mas os estudantes ainda não têm uma política definida sobre o tema. No Consuni, a estudante Júlia Vilhena questionou qual será a forma de cobrança da vacina aos estudantes. “Uma das principais preocupações dos estudantes é a garantia do controle de vacinação nos espaços da universidade”, disse.
A reitora adiantou que a administração central não trabalha com a perspectiva de impedir a matrícula de estudantes não vacinados. Já a pró-reitora de Graduação, professora Gisele Pires, informou à reportagem que a reitoria “está equacionando a maneira mais eficaz para essa questão”.

Regras para Graduação
O Conselho de Ensino de Graduação também se debruçou sobre uma legislação específica para o início do ano letivo. O novo documento autoriza defesas de trabalhos de conclusão de curso e a realização de colações de grau de forma remota. A resolução também determina a aprovação de estudantes por nota igual ou superior a 5 e, excepcionalmente em 2022.1, por frequência igual ou superior a 50%.
As adequações surgiram de demandas da comunidade acadêmica. No caso da frequência, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina presença igual ou superior a 75%, mas o colegiado compreendeu que o próximo semestre será de readaptação após dois anos de pandemia e isolamento da maior parte do corpo social da universidade. Com as mudanças, foram revogadas todas as resoluções que tratavam de períodos letivos remotos e sobre regras do período letivo excepcional.
“Todas essas propostas foram demandadas em reuniões que o professor Marcelo de Pádula fez nos centros. Fizemos um compilado da demandas dos docentes, dos discentes e elaboramos a proposta inicial desta resolução”, explicou a pró-reitora, professora Gisele Pires.
O estudante Victor Trindade fez um desabafo sobre a falta de informações que os estudantes de graduação ainda enfrentam. “Estamos em início de período de inscrição de disciplinas sem diversas disciplinas. O retorno presencial traz drásticas mudanças nas vidas dos alunos. Não temos nenhuma sinalização de quais vão ser as disciplinas do período”.

CEDERJ já tem calendário
O CEG também definiu o calendário de inscrições e para pedidos de isenção de taxa de inscrição no vestibular do CEDERJ. O quadro de vagas ainda está sendo discutido e deverá ser apresentado na próxima semana. O concurso de seleção CEDERJ é a forma de ingresso da UFRJ para a educação superior a distância. O período de inscrições acontece entre 11 de abril e 8 de maio. Já o período de isenção vai de 31 de março a 10 de abril.

WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.43.19Fotos:CARLOS LEANDRO/3MAIS1A luta em defesa dos professores e da universidade pública tomou a noite do Rio de Janeiro. A AdUFRJ preparou um vídeo apresentando a UFRJ, mostrando a sua importância para a sociedade e explicando os efeitos dos cortes no orçamento da universidade, que põem em risco o funcionamento da instituição em 2022. O vídeo foi projetado na Lapa, no Humaitá e em Copacabana, nas noites de terça e quinta-feira (15 e 17). O ato fez parte do Dia Nacional de Mobilização do funcionalismo público federal pelo reajuste salarial de 19,99%. A animação, que denunciou ainda os ataques do governo Bolsonaro à autonomia das universidades, também foi projetada em um caminhão com um painel de LED que circulou pela cidade na quarta-feira (16).

WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.43.19 1WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.43.19 2

WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.48.08

distance learning 6831585 640Imagem de Elf-Moondance por Pixabay Estela Magalhães

Pela primeira vez na história, a quantidade de alunos ingressantes em cursos de graduação a distância ultrapassou o número de novas matrículas nos cursos presenciais. Dos quase 3,8 milhões de estudantes que se matricularam no ensino superior, 53,4% optaram pela EaD. Essa é uma das conclusões do Censo da Educação Superior 2020. Realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o censo colhe informações sobre infraestrutura, vagas, ingressantes e concluintes, entre outros dados das instituições de educação superior (IES) brasileiras.
O aumento da educação a distância no ensino superior é uma tendência. É o que explica a professora Rosana Heringer, da Faculdade de Educação da UFRJ. “Na última década, ela foi estimulada, regulamentada e facilitada para as instituições”, analisa. A docente, que é coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (Lepes), explica a razão. “Diminui o custo para a instituição, o custo da mensalidade, e a gente começa a ver essa enorme oferta de cursos com preço muito baixo”.
Por outro lado, a permanência dos estudantes em cursos a distância é menor que em cursos presenciais. A partir do acompanhamento dos ingressantes de 2011 nos últimos dez anos, o censo constata uma taxa de desistência acumulada de 62% para estudantes em educação a distância, enquanto na modalidade presencial a desistência é de 58% no mesmo período. Vale destacar que essa análise é referente ao percurso dos ingressantes de 2011, quando apenas 18,4% dos acessos eram para EAD. “Será que esses alunos que ingressaram em 2020 vão concluir seus cursos? Isso aí a gente vai ter que esperar para ver”, questiona a professora.WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.50.31
Em 2020, foram ofertados 19,6 milhões de vagas para a graduação, sendo 96,5% de instituições privadas. De todas as vagas, 73% eram novas e 26,7% eram remanescentes, ou seja, já existiam no sistema e estavam desocupadas por evasão ou pelo não preenchimento, dentre outros motivos. Mas existe um grande intervalo entre o número de vagas e o número de ingressos: de todas as vagas novas oferecidas, apenas 23% foram ocupadas, ou seja, mais de 11 milhões não foram preenchidas.
A professora Gabriela Honorato, da Faculdade de Educação, explica que o excesso de vagas acontece principalmente por questões burocráticas. “Quando entra um pedido para funcionamento de um curso junto ao Ministério da Educação, as instituições pedem um número muito maior de vagas do que elas estão realmente dispostas a oferecer, porque esse tipo de processo só ocorre uma vez, não dá para ficar todo ano pedindo para aumentar o número de vagas”. Esse processo acontece, sobretudo, em instituições privadas, de acordo com a docente, que destaca as taxas de preenchimento com base na categoria administrativa: enquanto 72% das novas vagas no ensino público são preenchidas, apenas 20% das equivalentes são ocupadas na administração particular.
Mesmo com a maior adesão no setor público, o privado é o que mais se expande. Entre 2010 e 2020, a rede privada cresceu 89,8% em número de ingressantes, enquanto a pública aumentou em 10,7%. “A dinâmica da expansão do sistema público é bem mais lenta, depende da capacidade de investimento público. É um processo de bastante conflito, como temos acompanhado nos últimos anos”, explica Gabriela. “Já o setor privado cresce como um negócio: se é possível aumentar o número de vagas, se isso vai fazer com que essas empresas educacionais lucrem, não tenha dúvida de que vão oferecer cada vez mais vagas e mensalidades baixas para encher os cursos”.

Conclusão na pandemia
Entre 2019 e 2020, o número de concluintes na rede pública sofreu queda de quase 20%. A professora Gabriela Honorato aponta a desigualdade de acesso à internet e à tecnologia pelos alunos como uma possível causa para o déficit nas formaturas na rede pública. “Muita gente acabou fazendo trancamento da matrícula, deixando para terminar em outro momento. Então acredito que esse resultado de alguma forma reflete o impacto da pandemia no nosso sistema”, explica.
Na rede privada essa variação é positiva. O número de concluintes aumentou em mais de 7%. “O setor privado conseguiu se organizar muito mais rápido para manter as aulas no período da pandemia. Fora que a maior parte dos cursos e matrículas EAD já está no setor privado, então a conclusão do curso não foi um problema tão grande”, completa a professora.

Licenciatura EAD
Ao analisar os tipos de curso mais e menos populares para entrada no ensino superior, o censo constatou que quase 20% das novas matrículas na graduação vão para cursos de licenciatura. Desses, quase 60% são na modalidade a distância. A professora Ana Lúcia Cunha Fernandes, da Faculdade de Educação e da diretoria da AdUFRJ, explica que a exigência do grau para os docentes da educação básica é um fator associado a essa prevalência da EAD nos ingressos em licenciatura: “Isso cria uma demanda, já que em muitos lugares não existem faculdades ou universidades que oferecem esses cursos”, explica.

Desigualdade de gênero
O perfil do professor universitário ainda é majoritariamente masculino, tanto na rede pública quanto na privada. “Se você pegar todos os níveis de ensino, a docência é predominantemente feminina. As mulheres também entram mais na universidade, só que isso não necessariamente se reverte para um lugar delas no mercado de trabalho”, explica a professora Rosana Heringer. Outra diferença entre as administrações está na escolaridade dos docentes: enquanto na rede particular os professores mestres são maioria, na rede pública predomina o doutorado. “Pela legislação, você tem que ter um mínimo de doutores, e as privadas cumprem essa determinação sem esforço para contratar mais. Acaba sendo um mercado para as pessoas que ainda não têm doutorado”, encerra.

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A UFRJ se destacou no resultado dos editais Cientista do Nosso Estado (CNE) e Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE), da Faperj, divulgado no último dia 10. Entre as 33 instituições fluminenses de pesquisa contempladas, a maior universidade federal do país ficou em primeiro lugar, com 177 das 499 bolsas concedidas.
Em tempos tão duros para a Ciência, a notícia representa um alento. As propostas selecionadas receberão verbas mensais regulares por até três anos: R$ 3 mil para os pesquisadores com produção científica ou tecnológica de alta qualidade nos últimos dez anos (os agraciados do edital CNE) e R$ 2,4 mil para os jovens cientistas (do edital JCNE).
O desempenho da instituição foi comemorado pela reitora Denise Pires de Carvalho. “São editais muito competitivos e que garantem parte do funcionamento dos laboratórios e a orientação de estudantes. São recursos muito importantes para o dia a dia da pesquisa na universidade”, disse. “Fico muito orgulhosa com nosso corpo docente, que não se abateu pela pandemia e com os cortes orçamentários em Ciência, Tecnologia e Educação”, completou.

CRESCIMENTO
Houve uma diminuição do número total de bolsas concedidas em relação aos editais de 2020 (583). Mas a comparação, explicou o presidente da Faperj, professor Jerson Lima, deve ser feita por cada ciclo de três anos. Neste caso, apontando um crescimento. “As taxas de bancada CNE e JCNE são por três anos. E tem uma edição todo ano. No ano passado, a edição que se encerrava tinha 300 bolsas de CNE e foram concedidas 400”, exemplificou. “Para este ano, a diretoria resolveu aumentar a disponibilidade de bolsas que era, anteriormente, de 191 para CNE. E foram concedidas 292 bolsas. Na realidade, o número de pesquisadores CNE e JCNE tem aumentado, computando cerca de 1.500 pesquisadores totais. O programa, quando criado em 1999, tinha 100 bolsistas”, observou.
Desde 2019, a agência busca aumentar o fomento de bolsas e auxílios. “No ano de 2021, foi possível executar R$ 690 milhões, um recorde. Há tanto por parte do Executivo como do Legislativo do estado uma compreensão da importância estratégica da Faperj”, explicou Jerson, que é professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.
WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.58.16 2Antonio SoléOs cientistas agradecem. Não só pelos recursos, mas pela flexibilidade permitida na utilização. “A Bolsa Cientista do Nosso Estado foi uma iniciativa fantástica da Faperj. Até meus colegas da USP, que têm a poderosa Fapesp, nos invejam por isso. Mas o que ela tem de especial? É a confiança nas pessoas que fazem pesquisa”, afirmou o professor Antonio Solé, do Instituto de Biologia e ex-diretor da AdUFRJ. “Nos outros tipos de financiamento, frequentemente precisamos realizar os gastos exatamente de acordo com o planejamento original. Todos sabemos, entretanto, que o mundo da pesquisa não é assim tão previsível. Às vezes, temos aquele equipamento caríssimo, que depende de sala refrigerada, e o ar-condicionado quebra. O que fazer? É aí que entra a bolsa CNE! Ela confia que pesquisadoras e pesquisadores saberão como gastar os recursos para seus trabalhos, inclusive com os imprevistos”.
O financiamento da Faperj, entre outras ações, explicou Solé, vai fortalecer uma atividade importante do Centro Nacional para a Identificação Molecular do Pescado (Cenimp), inaugurado neste dia 18: o desenvolvimento e a aplicação de métodos de DNA para o controle das fraudes no comércio do pescado. “No caso deste projeto CNE, iremos buscar a adaptação de uma metodologia usada em diagnóstico de covid-19 para a identificação rápida e no local de algumas espécies mais presentes em fraudes na comercialização, como o panga e os peixes salgados vendidos como se fossem bacalhau”, completou o docente, que recebe a bolsa desde a criação dos programas.
Diretor do Instituto de Química, o professor Claudio Mota também é um “veterano” das bolsas concedidas nesses editais. Ganhou a primeira vezWhatsApp Image 2022 03 18 at 22.58.16 1Claudio Mota como Jovem Cientista, em 2000. E desde 2005 vem sendo contemplado como Cientista do Nosso Estado. “Sem dúvidas, o CNE e o JCNE são o carro-chefe do fomento à pesquisa aqui no estado. É um orgulho para mim, como pesquisador, fazer parte deste grupo, sendo contemplado mais uma vez”.
O atual projeto vincula Química e sustentabilidade. “Dentro do conceito de economia circular, onde o subproduto de um processo da queima de combustíveis — no caso, o dióxido de carbono — vai gerar um insumo para outro produto, até mesmo um combustível, como o metanol”, exemplificou.
Enquanto alguns comemoram a continuidade da bolsa, a professora Juliany Rodrigues, diretora do campus Duque de Caxias da UFRJ, está experimentando a “alegria indescritível” de receber a bolsa CNE pela primeira vez. “Eu já vinha tentando esse edital há três anos. Consegui agora na terceira. Foi uma conquista profissional. Considero esse programa um reconhecimento também. Um prêmio por tantos anos de dedicação à Ciência”, afirmou.
WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.58.16Juliany RodriguesO projeto da docente avalia diferentes alternativas terapêuticas para o tratamento das leishmanioses, com estudo de novos compostos e nanomateriais para a entrega de fármacos. “É uma doença negligenciada pela indústria farmacêutica, pois é relacionada à pobreza, predominante no sul global. No Brasil, é um problema grave”, explicou. Juliany estuda o tema desde a iniciação científica. “Acho que só vou me aposentar se eu conseguir colocar um medicamento na prateleira do SUS. Agora, não só um medicamento, mas também nanomateriais”, brincou.
A bolsa também ajuda a abrir outras portas de financiamento, acrescenta a dirigente. Há vários editais da Faperj exigindo que o pesquisador proponente seja bolsista do CNPq e/ou Cientista do Nosso Estado. “Traz um ganho para mim, como pesquisadora, para meu grupo, mas também para a comunidade do campus de Duque de Caxias”, completou Juliany.
Entre as grandes áreas do conhecimento que receberam bolsas CNE e JCNE, estão as Ciências Humanas (80), Ciências Sociais Aplicadas (43) e Linguística, Letras e Artes (12), por exemplo.
O ex-reitor Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação, também foi um dos beneficiados do edital CNE. “A Faperj tem inovado de umaWhatsApp Image 2022 03 18 at 22.58.16 4Roberto Leher maneira muito virtuosa a concepção de editais. O programa Cientista do Nosso Estado é uma política de fomento extremamente interessante, pois permite flexibilidade entre recursos de custeio e de capital, facilitando o aporte dos recursos necessários em conformidade com as necessidades da pesquisa”, elogiou.
Para o ex-reitor, as bolsas são bem-vindas. “Entendo que será um suporte decisivo, particularmente num contexto em que estamos diante de um estrangulamento deliberado de recursos das agências de fomento federais. Particularmente, um encolhimento draconiano dos recursos não reembolsáveis da Finep, assim como do CNPq e da Capes”, completou Leher.
O projeto do ex-reitor investiga a mercantilização da educação básica com o avanço de sociedades anônimas, grupos educacionais de capital aberto e com ações na Bolsa de Valores na educação básica. “Os recursos serão para a infraestrutura da pesquisa: coleta de dados com a contribuição de nossos estudantes, tratamento de informações, visitas in loco para que possamos conhecer, nos diversos estados da federação, o andamento dessas políticas”, informou.

JOVEM CIENTISTA
WhatsApp Image 2022 03 18 at 22.58.16 3Mayra GoulartProfessora de Ciência Política e diretora da AdUFRJ, Mayra Goulart celebrou a seleção como bolsista do edital Jovem Cientista do Nosso Estado. “A sensação é de felicidade e de que o esforço que a gente vem realizando lá no Lappcom (Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada), está dando resultado”, afirmou.
O estudo coordenado pela professora — agora financiado pela Faperj — é sobre política local. “Nosso objetivo é analisar como se relacionam as variáveis personalismo, partidarismo e ideologia na dinâmica da política local, tentando fugir dos chavões que veem na política local apenas clientelismo, apenas personalismo”.
A docente enfatiza a necessidade de comunicar a importância da pesquisa científica para a sociedade em um momento de escassez, com pandemia e guerra. “Mostrar a importância da pesquisa para alimentar os processos de mobilidade social, os processos de construção nacional. Não tem como pensar em desenvolvimento nacional sem pesquisa”, ponderou Mayra.

SOLIDARIEDADE COM PESQUISADORES UCRANIANOS

A Faperj estuda a formulação de um edital para atrair pesquisadores refugiados da Ucrânia. A proposta será apreciada pelo conselho da agência, na próxima semana.  A chamada apoiará projetos de mobilidade de pesquisadores da região em instituições fluminenses. “Deve prever bolsas por um ano, com possibilidade de renovação, além de auxílio-viagem e (seguro) saúde”, adianta o professor Jerson Lima.

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