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O primeiro ponto de pauta da assembleia ocorrida no último dia 11 de fevereiro foi a escolha da delegação da AdUFRJ para o 40º Congresso do Andes. O evento acontece em Porto Alegre, entre os dias 27 de março e 1º de abril. São delegados: Mayra Goulart (1ª vice-presidente da AdUFRJ e docente do IFCS); Ricardo Medronho (2ª vice-presidente da AdUFRJ e docente da Escola de Química), Karine Verdoorn (2ª secretária da AdUFRJ e docente de Macaé), Felipe Rosa (Instituto de Física); Eleonora Ziller (Faculdade de Letras); Cláudio Ribeiro (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo); Luciano Coutinho (Faculdade de Administração e Ciências Contábeis); Cristina Miranda (Colégio de Aplicação); Luis Acosta (Escola de Serviço Social); Eduardo Serra (Escola Politécnica); Mathias Luce (ESS); Thais Motta (CAp) e Maria Daniela Corrêa de Macedo (Faculdade de Medicina - Terapia Ocupacional).


Foram indicadas, ainda, observadoras que poderão assumir a vaga de delegados, no decorrer do congresso. São as professoras: Jacqueline Girão (Faculdade de Educação - 1ª suplente). Claudia Piccinini (Educação – 2ª suplente), Cleusa Santos (Serviço Social – 3ª suplente), Alessandra Nicodemos (Faculdade de Educação – 4ª suplente), Simone Alencastre (CAp – 5ª suplente), além do professor Jorge Ricardo Gonçalves (Faculdade de Educação).

A AdUFRJ lamenta a morte do professor Armando Augusto Clemente, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe, ocorrida no último dia 7. Docente da UFRJ há mais de 40 anos, o professor Armando foi um expoente em sua área. Atualmente, o docente era gerente da Incubadora Tecnológica da Coppe. Armando Augusto Clemente também ocupou importantes cargos na diretoria da Coppe e na administração central da universidade e atuou ativamente no projeto e implantação da Rede de Alto Desempenho de Fibra Ótica da UFRJ. Foi, ainda, secretário executivo da Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro e diretor de Produtos e Atendimento do Sebrae. Lamentamos profundamente a partida do docente e desejamos força e conforto à sua família e seus amigos. Armando não será esquecido.

bandeira adufrjConstrução política não é algo trivial. É atitude delicada e difícil que exige diálogo, respeito e posições dispostas a ceder um pouco para ganhar muito. Pois bem. Na manhã de sexta-feira (11), tivemos nossa primeira assembleia do ano, a primeira conduzida pela atual diretoria da AdUFRJ. Foi um encontro intenso, produtivo e que começou a ser traçado há mais de 15 dias.

Após muitas conversas com professores da situação e da oposição, aceitamos encaminhar na assembleia um apoio crítico à proposta do Andes de “construir” um indicativo de greve nacional por melhores salários e condições de trabalho.  A ideia é unificar o movimento com outras categorias de servidores públicos federais — muitos deles, aliás, da elite do funcionalismo, e com situação salarial bem mais favorável que a nossa.

Abrimos a assembleia dizendo que o inimigo desta diretoria não é o Andes, a greve ou qualquer abstração dessa natureza. Nosso inimigo é o governo e o sufocamento econômico ao qual ele nos condena. Nosso inimigo são as perdas salariais, calculadas em 28% nos últimos desde três anos segundo o Dieese. Esse é o ponto que nos une e que nos parece muito maior do que nossas divergências, e por isso defendemos autorizar o Andes a começar a construir uma paralisação nacional e unificada. A forma dessa mobilização e se a AdUFRJ vai aderir a ela não está em questão agora.

Em março, teremos outra assembleia para votar ou um indicativo de greve ou uma paralisação de um dia, algo assim.  Todos nós sofremos perdas salariais nos últimos anos, mas os professores mais jovens foram mais atingidos.  Assim, não podemos rejeitar a priori um movimento que desemboque numa forte campanha salarial. Atuar nesse processo é nosso dever enquanto representantes dos professores, sufocados por um processo de desvalorização salarial que chega perto dos 30% nos últimos três anos.

Acreditamos que a greve tradicional (por tempo indeterminado) não é o melhor instrumento nessa conjuntura pandêmica e radicalizada. Isso não significa, no entanto,  que achemos que o contexto político brasileiro não esteja  propício para mobilizações. Ao contrário, vemos a conjuntura pré-eleições de outubro como uma janela de oportunidades  para apresentar nossas demandas e pressionar o atual Parlamento, fisiologista e ávido por renovar seus mandatos.

Nós, diretores da AdUFRJ, apostamos no potencial criativo e combativo dos professores da UFRJ. Estaremos nas ruas, nas reuniões e nas salas de aula em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Sabemos que não será fácil, mas contamos com todas, todos e todes para nos auxiliar a liderar esse processo, baseado em novas formas de luta e mobilização. Respeitamos a decisão da assembleia, convocamos um Conselho de Representantes para o dia 22, seguiremos lutando contra esse governo e apostando que decisões políticas, construídas de forma respeitosa e fraterna, são a melhor maneira de evitar vitórias de pirro.
Boa leitura!

A manifestação contra o bárbaro assassinato do jovem Moïse Kabagambe reuniu centenas de pessoas na manhã de sábado (5), na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O protesto ocorreu em frente ao quiosque em que o congolês foi morto com chutes, socos e pauladas, no último dia 24. Professores, técnicos e estudantes da UFRJ participaram do ato. O presidente da AdUFRJ, professor João Torres, chegou cedo e, emocionado, destacou a forte presença negra: “É um momento triste, mas que mostra a força da resistência à barbárie. A AdUFRJ se soma a esse grito por justiça”. Na foto ao lado, a mãe de Moïse lembra a dor do filho espancado até a morte. “Foi uma facada no meu coração”.

O protesto de sábado teve intensa e forte participação do movimento negro. Os discursos condenaram o racismo estrutural e lembraram os assassinatos frequentes de jovens pretos e pobres nas comunidades fluminenses. Manifestações culturais lembraram a dor do jovem congolês e pediram punição aos assassinos. Três homens estão presos pelo crime, mas a polícia ainda não concluiu as investigações.

Fotos de Fernando Souza

 

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WhatsApp Image 2022 02 04 at 17.42.23 1MURAL de 32 metros, pintado pelo mestre Zirado, poderá ser exposto ao público em uma praça, prevê o projeto - Foto: Arquivo AdUFRJO projeto Viva UFRJ está de cara nova para 2022. Em dezembro passado, a reitoria assinou um aditivo ao contrato firmado em 2018 com o BNDES para exploração de áreas da universidade pela iniciativa privada em troca de investimentos diretos na infraestrutura acadêmica. Todos os locais previstos no projeto original — 485 mil metros quadrados nos campi da Cidade Universitária e da Praia Vermelha e um imóvel na Praça da República — foram substituídos pela futura alienação dos 11 andares que a instituição possui nos edifícios Ventura Towers, na Avenida República do Chile, no Centro.
“Nós sentimos que a comunidade gostaria de ter aqueles espaços preservados para atividades acadêmicas”, explica o vice-reitor, professor Carlos Frederico Leão Rocha. Por outro lado, o mesmo vínculo não existe em relação ao Ventura. “Avaliamos que não há interesse de uso pela UFRJ e nós estamos com problemas na gestão deste ativo”, completa. A instituição enfrenta dificuldades para alugar os andares, apesar de estarem localizados em um ponto nobre da cidade.
As contrapartidas estipuladas inicialmente no projeto — contratado durante a gestão do ex-reitor Roberto Leher —, como a construção e manutenção de alojamentos e moradias estudantis, também serão revisadas pelo comitê técnico do Plano Diretor da UFRJ. “Eles vão fazer uma revisão e uma proposta de ordenação”, informa Carlos Frederico.
O vice-reitor adianta uma sugestão que será feita pela administração superior: reformar dois andares da Escola de Música que, hoje, em função das dificuldades de infraestrutura, ocupa uma parte do próprio Ventura. “Temos que recuperar uma parte da Escola de Música para abrigar justamente o que estaria sendo desalojado”, disse.
A previsão é que o Consuni discuta o tema em junho. Mas, frisa o vice-reitor, é importante que as unidades e centros preparem ou atualizem seus projetos de obras a tempo. “Queremos alienar o Ventura até o final do ano”, disse.
Há outra importante alteração no contrato: a criação de um equipamento cultural no campus da Praia Vermelha deixa de ser uma contrapartida e se torna um local disponível à exploração pela iniciativa privada. “Não vou usar recursos do Ventura para o equipamento cultural”, informou Carlos Frederico.
A iniciativa se livrou de um obstáculo no último dia 14, quando foi publicada a lei complementar municipal que estabelece as condições para implantação do novo espaço cultural no campus da Praia Vermelha — o antigo Canecão sempre funcionou de maneira irregular em relação à legislação da cidade.
O formato final da gestão do novo espaço, que deverá se financiar, ainda não está definido. Haveria um salão principal, com capacidade para 1,5 mil pessoas e o maior palco do Rio de Janeiro. “A intenção é estabelecer um número de dias por ano em que a universidade usaria este salão. O palco seria maior que o do Theatro Municipal”, observa Carlos Frederico. Além disso, mais dois salões menores seriam integralmente dedicados à UFRJ. Pintado por Ziraldo, um mural de 32 metros de largura que ficava no antigo Canecão seria exposto publicamente em uma praça ao lado do imóvel.

DEBATE
As mudanças do contrato foram divulgadas e debatidas durante a primeira reunião em 2022 do Conselho Superior de Coordenação Executiva (CSCE) da UFRJ, no dia 1º de fevereiro.
Decana substituta do Centro de Ciências da Saúde (CCS), a professora Russolina Zingali considerou “importantíssima” a revisão das contrapartidas do projeto. “A primeira discussão do Viva foi muito frustrante por não podermos colocar os prédios inacabados”, disse. A docente destacou a necessidade de um planejamento institucional simples e eficiente para viabilizar as futuras obras.
Não há dinheiro suficiente para reformas ou novas instalações, no que depender da gestão Bolsonaro. As dificuldades financeiras da universidade foram tratadas pelo decano do Centro de Tecnologia (CT), professor Walter Suemitsu. “Não tem orçamento para investimento. Se o orçamento mudar, só a partir de 2024, porque o orçamento de 2023 ainda vai ser elaborado por este governo”, afirmou.
Superintendente da pró-reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, George Pereira confirmou as preocupações. A Lei Orçamentária Anual, publicada em 24 de janeiro, indica uma verba para investimento na maior federal do país de apenas R$ 5,9 milhões. E nem isso está garantido, pois todas as verbas dependem de um decreto com a programação orçamentária e financeira do governo federal. “Pode haver um contingenciamento ou não, neste primeiro momento”, disse.
Além de terminar obras, o decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), professor Marcelo Macedo Correa e Castro, chamou atenção para a situação dos prédios mais antigos e tombados da UFRJ. “Acho que vamos nos dividir entre coisas inacabadas, coisas por fazer e coisas por reformar. No CFCH, temos o IFCS/IH, no Largo de São Francisco, e a Faculdade de Educação e a ECO, no Palácio Universitário”, exemplificou. “Prédios com necessidades muito prementes de reforma, inclusive pela questão da segurança”, completou.

UNIVERSIDADE PREPARA AMPLO RETORNO EM ABRIL

A volta integral das aulas presenciais, prevista para abril, também foi tema da reunião do CSCE de 1º de fevereiro. “O grande desafio nosso, neste momento, é voltar a ocupar a universidade. Temos que tomar as iniciativas necessárias e a reitoria está à disposição para auxiliar centros e unidades neste retorno”, disse o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, durante a reunião do CSCE. A UFRJ retomou na segunda-feira (31) as atividades presenciais de 2021.2 que estavam em curso no começo de janeiro e foram interrompidas, ou transferidas para o remoto, em função do aumento de casos de covid-19 causado pela variante ômicron.
“Os prédios precisam estar ocupados diariamente. Não há mais nenhum motivo para vermos prédios com suas entradas principais fechadas na universidade”, reforçou a reitora Denise Pires de Carvalho.
Mas não será nada fácil colocar a casa em ordem em menos de três meses. O decano do CT, professor Walter Suemitsu, ponderou sobre os limites de atuação dos gestores locais, diante da falta de recursos e de pessoal. “A decania tem suas responsabilidades, mas não tem recursos”, afirmou. “A manutenção está acabando, pois as pessoas vão se aposentando e não há mais concursos para substituição. Alguns cargos foram extintos”.
Superintendente de Planejamento da pró-reitoria de Pessoal, Rita dos Anjos esclareceu que desde a década de 1990 as universidades vêm sofrendo redução neste setor. “As universidades não têm mais autorização para fazer concurso para estes cargos de manutenção, como carpinteiro ou pedreiro”, disse. “É um problema muito sério, não só da UFRJ, a falta desses servidores”.
Além da redução do número de técnicos-administrativos, existe a preocupação com a falta de professores substitutos para realização das aulas. “Tenho unidades, historicamente, com defasagem de docentes: FND, IRID, FACC. Estou citando exemplos conhecidos”, disse o decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), professor Flávio Martins. “Não é uma simples reposição para ocupar vaga de alguém que está licenciado por algum motivo”, completou.
Para minimizar o problema, a UFRJ lançou esta semana um edital para seleção de 152 docentes temporários. As vagas são para o Rio e para os campi de Duque de Caxias e de Macaé.

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