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Dias 7, 8 e 9 terão atividades sobre temas que afetam o dia a dia de trabalho e estudo na universidade. Jornada vai discutir, ainda, a pauta nacional dos SPF

Conselho de Representantes acontece nesta semana

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Os dias 7, 8 e 9 de abril serão dias de luta e mobilização na UFRJ. A definição ocorreu na Assembleia Geral da Adufrj-SSind, realizada em 27 de março. A Seção Sindical vai articular a pauta nacional dos servidores públicos federais à realidade de precarização das condições de trabalho na UFRJ. Este encaminhamento será levado ao Setor das Federais do Andes-SN, que se reúne neste fim de semana em Brasília (DF).

A ideia é fazer atividades com denúncia de todos os graves problemas que atravancam o cotidiano na universidade. Salas em contêineres, o problema gerado pela terceirização, os profissionais sem salários, os graves assédios sofridos pelos novos professores para que ingressem na Funpresp (fundo privado de previdência complementar dos servidores), a revisão dos 26,05%, a retirada de direitos dos trabalhadores em geral, a crise aguda da assistência estudantil...

“A urgência dos temas precisa ser entendida pela comunidade acadêmica. A construção da pauta local em conjunto com a nacional é fundamental para a conscientização dos professores sobre a dimensão da luta que precisamos travar neste ano de 2015”, alertou o presidente da Adufrj-SSind, Cláudio Ribeiro. 

Congresso da CSP-Conlutas

A AG definiu e delegou à diretoria da Seção Sindical que, em conjunto com o Conselho de Representantes (CR), elabore e envie a contribuição da Adufrj-SSind para constar no Caderno de Textos do II Congresso da CSP-Conlutas, marcado para junho deste ano. O CR deverá se reunir nesta semana (dia, horário e local serão informados no site e nos perfis da entidade nas redes sociais). 

Houve também a participação do Setor Jurídico na AG que esclareceu dúvidas a respeito dos 26,05% (veja nota nesta página).

O mais novo outdoor da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ (Adufrj-SSind) faz uma homenagem ao educador Paulo Freire (1921-1997), atacado em uma faixa das manifestações de 15 de março. No painel, localizado na zona sul da cidade, ao lado do ex-Canecão, é destacada uma de suas expressões, do livro “Pedagogia do Oprimido”: “Nenhuma ‘ordem’ opressora suportaria que os oprimidos todos passassem a dizer: ‘Por quê?’”.

Dia Nacional em Defesa da Educação Pública

Além da reverência a Freire, o outdoor reservou um espaço para anunciar o ato do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública,  dia 26.

Pró-reitora de Gestão e Governança, por sua vez, afirma que é dura com as empresas e transparente nos contratos

Mas copeiras, por exemplo, estão sem receber no CAp e na EEI

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Contrariada em relação às críticas que administração central vem recebendo sobre os contratos com empresas terceirizadas, a pró-reitora de Gestão e Governança (PR-6), Aracéli Cristina Ferreira, fez, no Consuni do dia 26, uma demonstração da navegação pelo site www.pr6.ufrj.br: o objetivo seria mostrar a transparência dos documentos oficiais. 

Araceli destacou os itens “multas e sanções” e observou que, “pelo menos desde março de 2012”, a universidade penaliza as firmas em casos de descumprimento dos contratos. Como exemplo, citou a AJCL , “impedida de contratar por cinco anos” não apenas com a universidade, mas com qualquer órgão da administração federal. Araceli defendeu “a qualidade técnica” e “dedicação” de sua equipe.

Fragilidade

Após a demonstração da PR-6, Maria Malta (representante dos Adjuntos do CCJE) afirmou que, “independentemente da qualidade dos contratos”, a terceirização coloca a universidade em situações de fragilidade. Um exemplo estaria na “facilidade para falência das empresas”, que “depois retornam com outro nome e mesmos donos”. Maria citou, ainda, a necessidade de revisão de outros tipos de contratos que poderiam ser considerados desvantajosos à Universidade, como os do Parque Tecnológico. Além da concessão prolongada, Maria questionou os valores retornados à universidade.

Copeiras 

A decana do CFCH, Lilia Pougy, informou que a Escola de Educação Infantil reduziu o horário de atendimento às crianças em função da ausência das copeiras, que estariam sem pagamento. Miriam Kaiuca, do Colégio de Aplicação, confirmou que, naquela Unidade, a situação dessas funcionárias é a mesma.

O reitor respondeu que a empresa Projebel, responsável pela equipe, assinou um acordo com a universidade sob acompanhamento do Ministério Público do Trabalho. Segundo o dirigente, o fato de a empresa ser do Belém (PA) vira complicador extra para as negociações.

Bola fora

Lilia Pougy fez referência ao mês de celebração das lutas e das conquistas das mulheres, criticando um polêmico evento promovido pelo Instituto Coppead, com o seguinte título: “O papel da mulher na transmissão dos valores éticos e morais em nossa sociedade” (que seria acompanhado de oficinas de corte de cabelo e maquiagem, além da exposição de produtos). “Por que caberia à mulher, e não a todos, tal papel?”, questionou. “Não obstante os avanços alcançados, como no caso de combate à violência contra mulher, expressão mais acabada da misoginia”, sublinhou, “o tema da participação feminina em lugares de desprestígio precisa ser observado”.

 

Exceções aos concursos em Português são aprovadas

A discussão da língua para realização de concursos docentes da UFRJ ganhou mais um episódio conturbado na sessão do Conselho Universitário do dia 26. Depois de reverter a obrigatoriedade da prova escrita em Português na reunião extraordinária de 18 de dezembro, o reitor voltou ao tema com a proposta de estender a outras etapas do concurso (como currículo e memorial) a possibilidade de outros idiomas.

Houve indignação no colegiado, que já havia aprovado em sessão ordinária de 13 de novembro uma resolução em favor do idioma pátrio.

Ao fim, o reitor voltou atrás e só foram estabelecidas as situações em que as provas escritas para o magistério superior (MS) e para o cargo isolado de Titular-livre (também do MS) não precisam ser em Português. No caso dos concursos realizados pela Faculdade de Letras, para preenchimento de vagas em setores de línguas estrangeiras, outros idiomas podem ser previstos, assim como será observada a especificidade da Língua Brasileira de Sinais (os integrantes da Comissão Julgadora devem declarar, por escrito, que concordam com a realização de parte do certame em outro idioma). Candidatos estrangeiros que concorram a cargo do Magistério Superior poderão realizar uma ou mais etapas da prova escrita do concurso em língua estrangeira, de acordo com os critérios definidos pela Congregação da Unidade ou colegiado equivalente da instância acadêmica responsável pelo concurso (que devem estar previstos no edital). Em até seis meses, a contar da data da sua nomeação, o candidato estrangeiro deverá apresentar certificado de proficiência em língua portuguesa, reconhecido pelo Ministério da Educação. Casos excepcionais, não previstos na resolução nº 12/2014 do Consuni, serão decididos pelo Conselho de Centro.

No Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, movimentos vão à rua para criticar os cortes do setor

Ato também faz homenagem a Edson Luís

Samantha Su. Estagiária e Redação

Com o grito de ordem “Que contradição! / A Pátria Educadora/Vai cortar da Educação” foi iniciado, em 26 de março, o ato do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública, no centro do Rio de Janeiro. A crítica principal era contra um corte de R$ 7 bilhões do governo federal no orçamento do MEC, justamente no mandato que a presidenta Dilma Rousseff afirmou que dedicaria ao setor.

Movimentos sociais, sindicais e estudantis marcaram presença, na atividade, como o Andes-SN (Sindicato Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior), Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas) e Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação).

Durante a passeata, da Candelária à Cinelândia, foi denunciado o sucateamento das universidades públicas e da educação básica. Diversos discursos lembraram que 42% do orçamento da União são destinados ao pagamento da dívida pública, o que sufoca as políticas sociais, entre elas a Educação.

O DCE da UFRJ, representado por uma de suas diretoras, Luiza Foltran, enfatizou a crise nas universidades federais. Deu como exemplo a assistência estudantil na instituição, que possui a maior verba para o setor do país, mas, mesmo assim, não tem como atender à demanda e garantir a permanência dos alunos mais carentes.

O Sepe-RJ também ressaltou a crise na educação básica e responsabilizou o governo do estado de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e a Prefeitura do Rio (Eduardo Paes).  As más condições de infraestrutura, a falta de verba para repasse de materiais e a precarização do trabalho docente foram apontados: “Estamos tirando do nosso bolso para comprar papel para provas, porque simplesmente falta papel nas escolas. No dia 1º de abril, faremos uma grande paralisação para denunciar o sucateamento da educação básica pelo governo do estado”, declarou Marta Moraes, diretora da entidade no Rio de Janeiro.

2015033032Estudantes do Colégio Pedro II tiveram presença destacada na manifestação que percorreu a avenida Rio Branco. Foto: Samuel Tosta - 26/03/2015

Homenagem a Edson Luís

O movimento dos estudantes secundaristas também ocupou a Rio Branco e fez uma homenagem a Edson Luís, morto pela ditadura militar em 28 de março de 1968 e mártir do movimento secundarista da época. Foi reforçada a necessidade de desmilitarização da polícia que ainda segue a lógica ditatorial e mata negros e pobres nas periferias urbanas. 

 

Direito à moradia é urgente também!

Cerca de 300 desalojados da Ocupação da Cedae, na Via Binária, Zona Portuária do Rio, clamaram por apoio e direito à moradia no final do ato, que dispersou na Cinelândia. As famílias estavam há 15 dias em terreno não utilizado de domínio da empresa de água e esgoto. Porém, no mesmo dia do ato (26), um pedido de reintegração de posse da companhia foi cumprido por policiais militares. 

Segundo o relato dos moradores, a eles foi avisado que seria feito um cadastramento para aluguel social, o que não foi cumprido. Durante o dia, ficaram sem comer e beber dentro da sede da Guarda Municipal, no bairro de São Cristóvão, entre eles crianças e idosos.

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