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Acidente no CCS levanta questões sobre segurança

Laboratórios não informam à decania quais produtos químicos são manipulados nas dependências do Centro

Vazamento de substância tóxica levou à suspensão das aulas

Elisa Monteiro. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A descoberta de um vazamento de substância tóxica provocou a suspensão das aulas no Centro de Ciências da Saúde por dois dias (5/10 e 6/10). De acordo com a decana do Centro, Maria Fernanda Quintela, três estudantes encontraram na quinta-feira (1º) uma ampola de bromo de 10 ml rompida na porta de um refrigerador no Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio), no subsolo do bloco B do edifício. “O vazamento foi de aproximadamente 3 ml”, conta.

Maria Fernanda relata que o grupo buscou ajuda imediata da Coordenação de Biossegurança do CCS. “Eles seguiram o protocolo, vedando a ampola em capela de exaustão e a geladeira”. A decania, contudo, foi notificada apenas no dia seguinte, “Como soubemos na sexta-feira fim do dia, só pudemos chamar a empresa para descontaminação na segunda-feira”. 

Com apoio do Conselho de Centro e demais decanias que utilizam o prédio (como CT e CCMN), as aulas no Centro foram interrompidas na segunda-feira, 5, durante os trabalhos da empresa especializada na descontaminação da substância, e no dia seguinte (terça-feira, 6) — o bloco B, onde fica o LASSBio, foi interditado. “Por ser uma substância altamente mutagênica e volátil, tomamos a decisão de suspender as aulas”. 

Maria Fernanda relatou que, ainda na sexta-feira, profissionais especializados do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP) do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) compareceram ao local, a pedido do responsável pelo laboratório, ratificando os procedimentos emergenciais.  

Doze alunas atendidas no HU

Durante a sessão do Conselho Universitário do dia 8, Maria Fernanda reafirmou as medidas como “preventivas” e de “responsabilidade com o coletivo”. A docente informou ainda que 12 alunas manifestaram sintomas de possível contaminação como “diarreia, náusea e vômito”. Segundo a decana, todas foram atendidas pelo HUCFF para exames e farão amostragem de bromo para verificar presença da substância no organismo. O teste, realizado apenas por um laboratório privado, será custeado pela universidade. 

 
 
Autonomia versus segurança
Maria Fernanda esclareceu que a localização do laboratório no subsolo não tem influência no caso: “Os acidentes dependem do tipo de pesquisa e substâncias manuseadas. A questão do local é aleatória”, disse. A dirigente, contudo, reconheceu que “o subsolo não é adequado para atividades nem de laboratório nem para aulas”. E destacou que o Plano Diretor da universidade prevê a construção de um novo prédio que permitirá a transferência das salas de aula.

Na visão da dirigente, mais importante é a mudança de cultura em relação à segurança. Para ela, embora não haja uma regulamentação nesse sentido, o que prevalece entre os responsáveis pelos laboratórios é uma visão de forte autonomia. “A decania vela pela responsabilidade coletiva, mas os laboratórios estão acostumados a agir de forma muito autônoma, até porque captam recursos próprios etc”. Ela conta que em 2014 enviou a todos os laboratórios um formulário onde solicitava, entre outras informações, quais produtos químicos são utilizados. “Até hoje, apenas 30% nos responderam”, conta. “Esperamos que este incidente fortaleça a importância de termos informações sobre as substâncias, as licenças de uso e procedimentos de segurança para que possamos disponibilizar na página eletrônica do CCS”.

Assembleia  Geral e Conselho de Representantes da Seção Sindical debateram prestação de contas, no último dia 8. Gestão do biênio 2013-2015 já começou a apresentar o balanço financeiro do período

Novo CR deve ser convocado no fim de novembro

Silvana Sá. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A Assembleia Geral da Adufrj-SSind, ocorrida em 8 de outubro, aprovou por unanimidade as contas das gestões 2009-2011 e 2011-2013 (veja relato nesta página e tabelas, no site). As contas do biênio 2013-2015, que estão em fase de conclusão, foram apresentadas ao Conselho de Representantes que antecedeu a Assembleia. O CR aproveitou a possibilidade para indicar questões referentes aos números, contribuindo com o trabalho da diretoria atual. A decisão do Conselho, após debate realizado sobre a importância política da prestação de contas, foi indicar que seja realizado um próximo CR e AG até o final de novembro para que as contas sejam apreciadas em sua totalidade. 

“Esta diretoria trabalhou com muitas questões da organização interna do sindicato e queríamos aproveitar o momento da aprovação das contas de gestões anteriores para dialogar com o Conselho sobre nossa prestação enquanto ela ainda é realizada, ampliando a possibilidade de participação na própria prestação que ajuda, inclusive, a compreender o histórico de ações políticas de Seção Sindical. Debater prestação de contas não é fazer balanço contábil, que é realizado por escritório contratado especificamente para este fim; debater prestação de contas é um exercício de economia política”, explicou Cláudio Ribeiro, presidente da Adufrj-SSind.

 Prestação de contas da Diretoria – Gestões 2010-2011 e 2011-2013

Os professores presentes à AG puderam esclarecer dúvidas e fazer sugestões durante a apresentação dos números. José Miguel Bendrao Saldanha, da Escola Politécnica, reforçou que, embora um escritório de contabilidade cuide das contas da entidade e realize anualmente o balanço dos gastos da Seção Sindical, somente a diretoria pode traduzir os valores em ações políticas: “A leitura das atividades políticas é feita com maior transparência para os sindicalizados. Embora os lançamentos contábeis estejam em dia, é mais complexo o trabalho de esmiuçar o que significou cada um dos lançamentos do ponto de vista das ações”, justificou.

Alguns sindicalizados fizeram perguntas sobre o funcionamento da prestação de contas no âmbito do Andes-SN. José Miguel esclareceu que, no Sindicato Nacional, houve esta discussão e o conjunto de professores decidiu caber ao Conad (Conselho do Andes-SN) o papel de aprovar as contas. A situação possibilita a apresentação das informações contábeis para um maior número de pessoas. Na Adufrj-SSind, o Conselho de Representantes desempenha também o papel de Conselho Fiscal. 

Mas assembleias rejeitam proposta do governo

Os docentes federais em greve das Instituições Federais de Ensino (IFE) aprovaram a saída unificada da greve nacional entre 13 e 16 de outubro, segundo comunicado (n° 45) divulgado dia 9 pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN. 

Segundo o presidente do Sindicato Nacional, Paulo Rizzo, os docentes construíram uma greve forte ao longo desse período, mesmo com as dificuldades da atual conjuntura, com o governo federal adotando medidas de ajuste fiscal, retirando direitos dos trabalhadores e apresentando propostas antagônicas ao projeto de educação pública defendido pelo Andes-SN. 

Além da aprovação da saída unificada da greve, por ampla maioria, as assembleias realizadas nas bases entre 6 a 8 de outubro, rejeitaram a proposta da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/MPOG) de reestruturação das tabelas salariais com o índice de reajuste de 10,8%, parcelado em dois anos (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017).

De acordo com Rizzo, o entendimento das assembleias é que a proposta não recompõe as perdas inflacionárias do período, não considera as perdas salariais passadas, caracteriza-se como uma política de confisco salarial e não responde à pauta específica da greve dos docentes federais. Ele destacou o papel fundamental da unidade entre os servidores públicos federais, construída no Fórum dos SPF, que fez com que o governo recuasse da sua posição inicial de reajuste zero e ainda do reajuste parcelado em quatro anos.

Paulo Rizzo ressalta que a greve deixou evidente, após a campanha “Abre as Contas Reitor (a)!”, a inviabilidade de algumas universidades em concluir o ano letivo. 

Rizzo explica que o próximo passo é partir para um novo patamar de luta. “Mesmo com a saída unificada da greve nacional, no período de 13 a 16 de outubro, nós continuaremos buscando uma negociação com o governo federal e manteremos a mobilização da categoria. Levaremos ao governo o posicionamento das assembleias”. (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind) 

 
 
CNG do Andes-SN foi à Câmara contra cobrança de cursos nas universidades
O Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN realizou, no último dia 7, uma atividade na Câmara dos Deputados (foto) contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/2014. O texto libera a cobrança de cursos de extensão e mestrado profissional em instituições públicas.
A PEC 395/2014 já foi aprovada na comissão mista que avaliou a matéria e pode ser votada no plenário da Câmara e do Senado a qualquer momento. O CNG do Andes-SN considera a medida como mais uma forma de privatização da educação pública, o que pode abrir as portas para posterior cobrança de cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu nas instituições públicas.  (Fonte: Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)
 

Vários estudantes passaram mal no final de setembro após utilizarem o bandejão da Faculdade de Letras

DCE critica terceirização do preparo da comida

Samantha Su. Estagiária e Redação

Entre os dias 28 e 30 de setembro, estudantes relataram ao DCE casos de diarreia, náusea, dor de barriga e vômito após refeições no restaurante universitário da Letras. As denúncias foram encaminhadas à reitoria.

Diretora do Sistema de Alimentação da UFRJ, a professora Lúcia Andrade informou que já foram feitas as coletas de amostra de todo o cardápio do dia. Segundo ela, duas análises estão sendo feitas: uma de responsabilidade da terceirizada fornecedora, Den Jud Refeições Coletivas; e outra, pelo laboratório do Instituto de Microbiologia da universidade: “É necessário analisar tanto as preparações na cozinha da empresa, quanto as amostras armazenadas dentro do restaurante. A maior suspeita, de acordo com os relatos, é com relação ao quibe, mas outras denúncias nos fizeram solicitar que o Instituto de Química fizesse uma avaliação da água também. Todos os resultados devem estar prontos a partir de sexta-feira (9)”, respondeu (porém, até fechamento desta matéria, em 9/10, ainda não estavam).

Além destas análises, a Vigilância Sanitária fiscalizou o local no último dia 7, também sem um parecer. Lúcia explicou ser um processo demorado porque é necessário esperar o cultivo das bactérias para averiguação.

2015101372Investigação. As amostras dos alimentos no RU estão sendo analisados. Foto: Samantha Su - 09/10/2015

“Em cinco anos e meio, é a primeira vez que ocorrem casos de contaminação coletiva”, afirmou Lúcia. A diretora também garantiu que apenas a unidade da Letras foi afetada.

A professora elogiou a ação dos estudantes e pediu para que quaisquer denúncias sejam sempre encaminhadas o mais rápido possível: “O tempo para fazer a coleta de amostras é de até 72 horas. Os casos de intoxicação e doença alimentar devem ser sempre imediatamente informados para podermos tomar as providências legais e fiscalizar”, completou. O Restaurante segue funcionando normalmente até o parecer das análises e da fiscalização da Vigilância sanitária.

DCE critica terceirização

Em nota, o DCE da UFRJ questionou a opção pela terceirização do bandejão. Segundo os alunos, além de cara (a universidade custeia R$ 9 por prato; sendo R$ 2 cobrados aos estudantes), impõe “limites para a autonomia do Instituto de Nutrição dizer o que se deve fazer e coloca o lucro da empresa sempre acima da qualidade”. 

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