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Alguns conteúdos da plataforma digital não são mais oferecidos este ano, o que liga o sinal de alerta na comunidade acadêmica

Elisa Monteiro
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Em meio a notícias sobre cortes orçamentários na área da Educação, um zum-zum-zum sobre o cancelamento de assinaturas do Portal de Periódicos da Capes no final de 2015 deixou sobressaltada a comunidade acadêmica. Entidades como a Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) rapidamente saíram em defesa do portal, com manifestações e moções de apoio.

Consultadas via e-mail, a Diretoria de Programas e Bolsas e a Coordenação-Geral do Portal de Periódicos da Capes afirmam que o acervo foi mantido. Porém — olha o sinal de alerta! —, alguns conteúdos foram “descontinuados” para 2016: Biological Abstracts, CAB Abstracts, EconLit, INSPEC, Philosopher's Index e Thieme.

 

A Capes informou que “a desvalorização do real frente ao dólar” foi o motivo para o enxugamento dos contratos para este ano. Ao longo de 2015, diversas reuniões foram realizadas junto a editores internacionais com o objetivo de reduzir os valores das assinaturas e, neste processo, aquelas coleções acabaram excluídas por apresentar baixo uso em relação ao custo da assinatura.  Além disso, “a ação foi homologada por representantes da comunidade acadêmica, que integram o Grupo de Trabalho do Portal de Periódicos e o Conselho Consultivo do Programa de Apoio à Aquisição de Periódicos (PAAP)”, destaca a mensagem enviada pela assessoria de imprensa do órgão.

Economia é grande

 

O custo do Portal de Periódicos varia de acordo com a proposta orçamentária anual encaminhada pela Capes ao Ministério da Educação. Para o ano de 2016, por exemplo, o orçamento aprovado foi de R$ 334 milhões. A Capes não possui um cálculo de qual seria a despesa para os cofres públicos, caso as instituições que utilizam a plataforma passassem a arcar individualmente com a despesa.

No entanto, a Coordenação confirmou que a economia no modelo atual é grande: “A aquisição centralizada dos conteúdos permitiu a ampliação do poder de negociação junto aos fornecedores para reduzir o custo de aquisição, considerando que a Capes passou a representar diversas instituições. Quando a negociação é individual, direto com uma instituição, o valor da assinatura varia de acordo com os critérios adotados por cada editor, com o conteúdo que será assinado e o tamanho da instituição”.

Instrumento contra desigualdade

De acordo com as informações obtidas junto à Capes, antes do Portal, cada instituição recebia recursos para efetuar a aquisição de conteúdo científico. Porém, o valor era definido de acordo com o tamanho da instituição e a presença de programas de pós-graduação. Na prática, as instituições maiores acessavam o conhecimento científico, com informações atualizadas e de alto nível; as menores, não.

 

Para Elenara Chaves Edler, coordenadora-geral do Portal, “a Capes fomenta de maneira ímpar a produção científica nacional ao propiciar acesso ao conteúdo científico atualizado e de primeira qualidade. Com acesso a um amplo acervo, há um incremento na qualidade do que é produzido pelos cientistas brasileiros ao trazer ao conhecimento deles o resultado das mais modernas pesquisas realizadas ao redor do planeta. Dessa forma, ajuda a solidificar o Brasil como um dos mais importantes polos de produção científica do mundo. O Portal de Periódicos contribui fortemente para a redução das assimetrias entre instituições consolidadas e emergentes e entre as diferentes regiões do país”.

Quem acessa

Para se ter uma ideia, hoje acessam gratuitamente a plataforma digital: as instituições federais de ensino superior, as instituições de pesquisa com algum programa de pós-graduação que tenha obtido pelo menos nota 4 na avaliação da Capes, as instituições públicas de ensino superior estaduais e municipais (com algum um programa de pós-graduação que tenha obtido pelo menos nota 4 na Capes) e as instituições privadas de ensino superior (com algum doutorado que tenha obtido nota igual ou superior a 5). Há, ainda, acesso parcial de conteúdo por instituições com programas de pós-graduação recomendados pela Capes, que atendam aos critérios de excelência definidos pelo Ministério da Educação.

Consultam gratuitamente o Portal, além de professores e pesquisadores, estudantes, funcionários de 434 estabelecimentos de ensino e pesquisa em todo o país. O acesso é feito por meio da autenticação dos endereços dos computadores (IPs) das instituições.


Histórico do portal

Inaugurado em novembro de 2000, o portal começou sua trajetória com 1.882 periódicos em texto completo e 13 bases referenciais. Hoje, ele é composto por mais de 38 mil periódicos (em texto completo). O acervo abarca ainda 122 bases de dados de referências e resumos, 66 bases de teses e dissertações, 59 bases de estatísticas, 11 bases de dados de patentes, 14 bases de dados de materiais audiovisuais (vídeos, atlas 3D, músicas).

Além disso, a plataforma dispõe de 42 obras de referência (dentre dicionários, enciclopédias, compêndios e afins), duas bases de normas técnicas e 266.704 documentos eletrônicos, entre capítulos de livros, relatórios, manuais, anais de congressos e conferências etc.

O conteúdo está dividido da seguinte forma entre as áreas do conhecimento: Ciências da Saúde (23,5%), Ciências Humanas (18,8%), Ciências Biológicas (13,2%), Ciências Exatas e da Terra (12,8%), Ciências Sociais Aplicadas (11,9%), Engenharias (9,7%), Linguística, Letras e Artes (4,5%), Ciências Agrárias (3,7%), Ciências Ambientais (1,0%) e 

Sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em 11 de janeiro deste ano, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015 deu origem ao novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. Para ajudar a entender os efeitos desta recente legislação no cotidiano das universidades e de seus pesquisadores, a Adufrj organiza um debate sobre o tema no próximo dia 6 de abril, no Salão Azul do Instituto de Biologia (CCS), às 11h.

Transformado na lei 13.243/2016, o Marco Legal de CT&I sofreu oito vetos presidenciais, que ainda serão apreciados em sessão conjunta do Congresso Nacional — ou seja, podem ser derrubados. A perda de receitas, contrariando esforços necessários ao equilíbrio fiscal, foi a alegação do governo federal para cortar os dispositivos.

Na avaliação de parte da comunidade científica, os vetos impedem a eliminação de entraves para a realização das pesquisas. Por sua vez, o Andes-SN critica a legislação, que considera um avanço no processo de privatização do ensino superior público.

Uma das mudanças já em vigor da lei 13.243/2016, por exemplo, é a ampliação do tempo que um docente universitário em regime de dedicação exclusiva poderá dedicar a projetos junto ao setor privado: de 120 horas/ano para 416 horas/ano.

O evento será aberto com uma apresentação sobre a lei. A exposição será feita pelo professor Ericksson Almendra, que é diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional da Coppe. Em seguida, haverá um debate, com os professores: Vitor Iorio, decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas; e Ricardo Gattass, professor emérito da UFRJ e diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep.

Plantões jurídicos às sextas, em abril


Os plantões jurídicos da Adufrj-SSind acontecem, além das quartas-feiras (de 13h às 16h), também às sextas-feiras (só que a cada duas semanas, de 10h
 ao meio-dia). Os próximos plantões de sexta-feira estão marcados para 1º de abril, 15 de abril e 29 de abril. Para agendar um horário nos plantões, é só ligar para os números: 3884-0701, 2260-6368 ou 2230-2389.

Começa a funcionar o Caronaê

 Um dos pontos do projeto, em frente à Faculdade de Letras - Foto: Elisa Monteiro

Projeto desenvolvido por estudantes e ex-estudantes de Engenharia e da FAU busca facilitar caronas no Fundão

Samantha Su
Estagiária

O projeto Caronaê surgiu da criatividade dos estudantes Igor Rocha, Luisa Teixeira, Michel Balassiano, Cecilia Galli, Manuel Meyer e Gabriel Tenenbaum. Trata-se de um aplicativo — integrado aos bancos de dados da UFRJ — que facilita as caronas na comunidade acadêmica. Desde sábado (9), já está disponível para download gratuito na plataforma Play Store, loja virtual do Google – maio é a previsão para dispositivos iOS.

Feito o download, o usuário abre o aplicativo e, por meio de um link na intranet da UFRJ, consegue uma chave de acesso. É preciso preencher um cadastro com seu CPF ou número do passaporte — no caso de alunos estrangeiros. Automaticamente, o sistema roda uma checagem junto aos bancos de dados da universidade: “É verificado, então, se a pessoa possui vínculo ativo com a UFRJ, o nome completo, qual o tipo de vínculo e foto do SIGA (Sistema de Gerenciamento Acadêmico)”, explica Michel Balassiano, um dos idealizadores do projeto.

Isso garante que apenas as pessoas ativas dentro do sistema da universidade possam utilizar o aplicativo. “Alunos formados, com matrícula trancada ou outros status não são incluídas no aplicativo”, comenta Michel. A medida busca dar mais segurança aos usuários.  Além disso, “há um registro das caronas que são pegas, bem como as informações de todos os envolvidos. Não são divulgadas para todos os usuários, porém, nós temos um registro para eventual necessidade”, explica o estudante. Os motoristas também são obrigados a fornecer modelo, cor e placa do carro que aparecerão para aqueles de quem aceitar o pedido de carona.

O sistema é simples: o usuário pode oferecer ou solicitar uma carona e o aplicativo cruza as informações como em um encontro. Depois de o usuário avaliar o perfil dos motoristas e escolher o que mais lhe agrada, pergunta se há vaga no carro.  Em seguida, um “chat” é aberto e os usuários marcam o encontro em um dos dez pontos instalados na Cidade Universitária. “No aplicativo, as publicações de carona possuem as mesmas cores das plaquinhas, de acordo com a zona de origem/destino (Norte, Oeste, Sul, Baixada, Centro e Niterói). A ideia é que os pontos de carona sejam ponto de encontro para as caronas. Tanto aquelas combinadas pelo aplicativo (de modo que aquele que busca a carona aguarde o motorista próximo à placa com o destino) quanto as espontâneas (a pessoa aguarda uma possível carona já combinada pelo aplicativo entre outras pessoas). Os pontos só serão úteis saindo do Fundão, não há pontos de carona espalhados pela cidade”, explica Balassiano.

Vencedor de prêmio

O Caronaê venceu o concurso “Soluções Sustentáveis do Fundo Verde”, na categoria Mobilidade Urbana. A empresa júnior da Coppe/UFRJ, Fluxo Engenharia, é a responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. Os R$ 100 mil destinados ao projeto pelo Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia da UFRJ  tem como objetivo fomentar ideias sustentáveis que diminuam a poluição na universidade. 

 

 O Núcleo da UFRJ pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública promove palestra da professora Denise Gentil sobre a Previdência Social. A docente, do Instituto de Economia, 

contesta o discurso oficial que transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário — que atingiu a cifra de R$ 1,2 bilhão em 2006. 

A atividade será realizada no auditório Roxinho (do CCMN), às 9h30 do dia 5 de abril (terça-feira). O debate também contará com a participação de representantes da Adufrj-SSind (Tatiana Roque, presidente), do Sintufrj (Francisco de Assis, coordenador-geral) e do DCE Mário Prata. A mesa será coordenada pelo professor emérito Nelson Albuquerque de Souza e Silva.  
    

 

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