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LIÇÕES DA DOR

Professores debatem formas pedagógicas de criar uma cultura de tolerância nos campi

Silvana Sá
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O bárbaro assassinato do estudante Diego Vieira Machado acendeu o debate sobre violência na UFRJ e colocou uma dúvida no cotidiano dos professores: como eles podem intervir pedagogicamente para reduzir o preconceito e estimular o respeito às diferenças na academia?

“É necessário que os professores se engajem verdadeiramente neste debate”, defende Ana Paula Moura, da Faculdade de Educação. “É inconcebível que a gente ainda admita homofobia, racismo, machismo. É preciso compreender as raízes históricas e propor intervenções”.

Algumas unidades têm como objeto de estudo o combate às opressões e podem utilizar matérias acadêmicas para fomentar o debate. “Temos a disciplina Questão de Gênero no Brasil, que é obrigatória e nos ajuda a discutir as desigualdades sociais com recortes também de cor e classe. Mas a atuação do professor não deve se limitar a uma disciplina. Há outras formas de trazer este debate para o cotidiano dos estudantes”, diz Andréa Moraes, do Serviço Social.

Ela considera que o mais importante é estabelecer uma relação de confiança com os alunos. “O professor é uma ponte entre o estudante e a universidade. Existem casos em que eles nos pedem ajuda porque há confiança. Mas o professor não pode estar sozinho. É preciso que haja uma estrutura para acolher esse aluno”, aponta Moraes.

Uma dessas estruturas é a ouvidoria. A ouvidora, professora Cristina Riche, acredita que os docentes têm potencial para identificar e intervir em situações de violência. “As pessoas são muito silenciadas. Precisamos fazer de demandas individuais conquistas de direitos coletivos”, analisa.

Ela defende que a universidade realize mais ações de acolhimento e que as Comissões de Orientação e Acompanhamento Acadêmico sejam ferramentas de apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade.

Dentro e fora de sala de aula

Lilia Pougy, decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, considera que ações dentro de sala de aula já ajudam a combater o preconceito: “Desde a gestão da professora Angela Rocha, como pró-reitora de Graduação, a UFRJ permite o uso do nome social na pauta. É importante que cada um de nós, docentes, respeitemos esta orientação e tenhamos sensibilidade para acolher os estudantes com este perfil”, disse.

Outra importante forma de os professores contribuírem com o debate, segundo Pougy, que é especialista em questões de gênero, é fortalecer os movimentos organizados que discutem a temática.



EDITORIAL

Tatiana Roque
Presidente da ADUFRJ

Estamos consternadas com o assassinato de Diego. Um estudante nosso, negro e homossexual, morto dentro do campus do Fundão. Momento difícil e triste. Precisamos prestar solidariedade à família e aos amigos. Precisamos acolher a insegurança e as reivindicações de nossos estudantes. Precisamos combater o racismo, a homofobia e todas as formas de preconceito, sobretudo porque somos uma universidade e temos o papel de educar para as diferenças e para a convivência democrática. Precisamos também encontrar soluções urgentes para a segurança e para as condições de moradia no campus do Fundão.

Os desafios e problemas são diversos, mas conexos. Não pode haver contradição entre, por um lado, intensificar ações de combate ao racismo e à homofobia e, por outro, encontrar soluções concretas para aumentar a segurança e a sensação de segurança no campus. Iluminação, transporte, algum controle de entrada e saída de pessoas, vigilantes treinados e presentes, medidas para tornar o Fundão mais frequentado à noite e nos fins de semana, vagas adequadas para o alojamento estudantil. Trata-se de medidas urgentes e que estão ao nosso alcance. Condições precárias e insalubres são propícias para situações de risco, para crimes em geral e para crimes de intolerância, como racismo e homofobia. É nossa responsabilidade proteger nossa comunidade e, em particular, nossos estudantes.

Documento, aprovado em assembleia do alojamento, lamenta a morte do colega Diego Vieira Machado e apresenta os problemas de infraestrutura do local

 

Ainda impactados pela morte do colega Diego, os estudantes do Alojamento da UFRJ realizaram uma assembleia no domingo (3). Eles aprovaram, junto de uma nota de pesar aberta à comunidade acadêmica, um conjunto de demandas para serem levadas à reitoria.

Eles reivindicam, entre outros pontos: melhoria na iluminação do campus; a criação de uma comissão de segurança pública que congregue os estudantes; o acompanhamento de saúde mental para os moradores do alojamento; intervalos menores dos ônibus internos que circulam entre o alojamento e a Vila Residencial. Também pedem investimento em cultura, esporte e lazer no Fundão como forma de movimentar o campus nos fins de semana.

Confira a íntegra, abaixo:

NOTA DE PESAR DA ASSEMBLEIA DA RESIDÊNCIA ESTUDANTIL ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA

Os estudantes do Alojamento Estudantil da UFRJ lamentam a morte de Diego Vieira Machado, aluno morador do módulo 417, negro, homossexual, oriundo da região Norte do país (Pará), neuroatípico (sofria de Transtorno de Personalidade Borderline), desassistido pela assistência estudantil da universidade, morava em um módulo sem condições estruturais fundamentais, sem banheiro ou saneamento básico, sem armário, basicamente sem parede, um quarto sem piso.

Diego era tratado por essa universidade como se fosse apenas um número de registro, uma matrícula, e não uma pessoa com subjetividades. Ele não era atendido pela UFRJ de forma humanizada, nem em relação aos problemas físicos de estrutura do local onde morava, e muito menos em relação à pessoa que era, com problemas psicológicos e necessidade de tratamento.

Diego era um artista. Escreveu, pintou, desenhou, construiu... Amigos o chamavam de “o Leonardo da Vinci do século XXI”. Era também um artista urbano, e seus escritos de “Eu sou a noite” espalhados em diversos lugares do Brasil e do mundo, e inclusive na UFRJ, o eternizarão para sempre.

Diego gostava de andar, de ser livre, e por muitas vezes se sentia preso dentro do alojamento. Era também prejudicado pela falta de estrutura de transporte e locomoção no Fundão, ficava vulnerável dentro do campus pois necessitava correr todos os dias, devido à sua condição hipoglicêmica. Sábado dia 02 de julho, interromperam seu projeto de vida, pois ele foi brutalmente assassinado a menos de 300 metros da Residência Estudantil, o local onde foi encontrado não tinha câmeras, não tinha vigilância, não tinha patrulhamento (como ocorre dentro do câmpus no geral).

E agora teremos que levá-lo dentro de um caixão e entregá-lo a sua família, que há anos o viu sair em plenas condições físicas. O que dizer para seus pais? O que dizer para seus amigos que ansiavam vê-lo graduado? Não queremos que ele vire uma estatística, mas exigimos justiça para o assassino, que essas câmeras sirvam para que o encontre e o prendam, isso não trará nosso amigo de volta, mas parcialmente amenizará nossa DOR. Estimamos o pesar a família e os amigos pela dor da perda.

Temos conhecimento de que ontem (05 de Julho), foram instaladas 17 câmeras de segurança, e esperamos, ou, melhor dizendo, exigimos que esta medida não tenha sido feita apenas como um paliativo, uma resposta rápida, ou, em termos populares, um ‘cala-boca’. Esperamos que realmente as medidas funcionem, pois é o mínimo.

Além dessa medida, os alunos moradores da Residência Estudantil possuem mais demandas, demandas essas que se tivessem sido atendidas talvez pudessem ter evitado essa tragédia bárbara.

A seguir, seguem as demandas da casa, em caráter URGENTE:

        SEGURANÇA: Melhora da infraestrutura da casa e do campus, como por exemplo: mais iluminação no campus, tendo em vista que a iluminação existente não atende ao espaço geográfico do campus, além disso que se crie uma comissão de segurança pública em conjunto com os estudantes para implementar o projeto existente, além do patrulhamento ampliado e de um contato de emergência para qualquer ocorrência de violência no campus)

        SAÚDE: Acompanhamento da SAÚDE MENTAL de qualidade com profissionais capacitados como psicólogos, psiquiatras, terapeutas, pedagogos, mais assistentes sociais que atendam na RESIDÊNCIA em tempo integral (a imediata contratação desses profissionais através do último concurso que ocorreu).

        TRANSPORTE: Mais ônibus interno com intervalo de 10 em 10 minutos (tempo reduzido, tendo em vista que tanto os estudantes do Alojamento quanto os moradores da Vila Residencial necessitam de deslocamento). O intervalo existente é de 30 minutos e isto nos deixa vulnerável nos pontos dentro do campus, além disso, queremos o retorno de ônibus interno na Vila Residencial no horário noturno, pois o serviço é interrompido após as 00 h.

         EDUCAÇÃO: Investimento em políticas de cultura, esporte e lazer no CAMPUS para toda a comunidade acadêmica, principalmente nos fins de semana em que ficamos tão isolados.

        INFRA ESTRUTURA NA RESIDÊNCIA ESTUDANTIL: precisamos de mais profissionais de serviços gerais pois os existentes não conseguem atender a demanda de manutenção do bloco masculino, principalmente no que diz respeito aos módulos que estão totalmente precarizados (O módulo em que DIEGO morava por exemplo).

 

 

 

Samantha Su
Estagiária e Redação 

13620033 677705882387560 96756890907259768 nFoto: Bernardo Guerreiro/Mídia Ninja

Amigos e colegas de curso da Faculdade de Letras realizaram um ato em memória de Diego Vieira Machado nesta quarta, 6 de julho. Na noite de sábado (2), o corpo do rapaz foi encontrado próximo à residência estudantil da UFRJ com sinais de espancamento.

O protesto reuniu cerca de trezentas pessoas que saíram da Letras até o Centro de Tecnologia, para dialogar com os novos alunos da universidade – no prédio, ocorre a recepção aos calouros. De lá, o cortejo caminhou de volta à Letras. Palavras de combate à homofobia, ao racismo e ao fascismo dominaram a atividade.

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Diego, que era morador do alojamento, veio de Belém do Pára para o Rio de Janeiro com o objetivo de cursar Letras, mas buscava transferência para o curso de Comunicação. Ele era negro e LGBT e uma das suspeitas da polícia é que tenha sido assassinado por crime de ódio.

Coletivo LGBT fundado no curso

Na reunião que planejou o ato, na semana passada, os estudantes da Letras fundaram o coletivo LGBT do curso. Cartazes pintados na concentração da atividade foram colados pelo prédio da unidade e transmitiam a dor e a insegurança dos estudantes. Na sexta-feira (8), no fim da tarde, será realizado também um sarau no gramado da faculdade. Amigos e familiares vão declamar poemas escritos por Diego.  

IMG 0475Foto: Samantha Su

imagem materiaFoto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou, no dia 6, o PLC 34/2016. O texto prevê reajustes para os servidores (ativos e aposentados) da Educação, incluindo os professores federais.

Além do reajuste da Educação, outros sete projetos de aumento para o funcionalismo civil e militar também foram aprovados. Os textos serão enviados para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

PLC 34/2016

Para os professores, o projeto altera as tabelas de remuneração das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico da seguinte forma: 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. Além disso, propõe a reestruturação das carreiras em três etapas: agosto de 2017, 2018 e 2019. 

Capes estabelece metodologia que prejudica repasses à área de Humanas

Samantha Su
Estagiária e Redação

A recente mudança no financiamento dos programas de pós-graduação, pela Capes, deixou indignada a área de Ciências Humanas das universidades. Na UFRJ, a medida prejudica, por exemplo, os cursos da Faculdade de Educação.

Em 2014, a verba do programa de pós da Unidade chegava a cerca de R$ 60 mil. Ano passado, foram recebidos apenas 25% deste valor. Para este ano, a nova metodologia indica um montante ainda mais reduzido, explica a coordenadora do programa de pós-graduação em Educação da UFRJ, Patricia Corsino.

Ela questiona a sobrevivência da pesquisa no Brasil, com a diminuição dos recursos para custear vindas de professores para as bancas; para a ajuda de custo para os alunos irem a eventos científicos divulgar suas pesquisas; para a compra de materiais e equipamentos e para a contratação de pequenos serviços de reparos de equipamentos, entre outras despesas: “Como faremos tudo isso com as reduções que estamos observando? Haverá queda nas produções para apresentação em eventos científicos? Faremos bancas compostas de pesquisadores só do Rio? Como continuar produzindo com condições de trabalho cada vez piores? Qual o impacto de tudo isso na nossa nota de avaliação quadrienal da Capes?”, questiona.

A coordenadora prossegue sua crítica: “A diminuição de recursos não atinge apenas a verba Proap (do programa de apoio à pós-graduação) e Proex (voltada para os programas de excelência acadêmica, com notas 6 e 7), mas o quantitativo de bolsas para estudantes e professores, os recursos destinados aos editais de pesquisa etc. Há um círculo muito complexo em curso que evidencia uma precarização da pós-graduação no Brasil”, observa.

Os novos critérios

Um dos novos critérios limita a concessão de recursos a um “teto” de alunos, por mestrado e doutorado (39 e 41, respectivamente). Ou seja, se o programa tiver 100 mestrandos e 60 doutorandos, vai receber o mesmo multiplicador de outro curso que tenha permanecido no limite estabelecido pela agência de fomento.

O cálculo teria sido feito com base na média total de matriculados nos programas de pós-graduação entre março de 2015 e março de 2016, conforme informado pela Plataforma Sucupira, banco de dados da própria Capes.

Em ofício, o órgão do governo justifica a mudança com o objetivo de “reduzir as desigualdades acentuadas entre cursos novos (com menor percentual de bolsistas) e cursos mais antigos.” Só que a medida resulta em cortes muito desiguais nas diferentes áreas, especialmente aquelas ligadas às humanidades.

“Só em 2016, tivemos 56 matrículas novas no mestrado e 37 no doutorado. Assim, como no mestrado o teto é 39, este é o multiplicador, independentemente, do número de entrada de alunos. Nosso programa tem aumentado gradativamente por duas importantes razões: pelo aumento no número de professores efetivos na Faculdade de Educação (hoje com cerca de 130), e demanda do campo educacional. Em 2015, foram mais de 500 candidatos (de mestrado e doutorado) e 93 (18% dos inscritos) conseguiram passar”, explica Patrícia Corsino. Segundo ela, hoje, menos de 20% dos alunos possuem bolsas. A nova regra da Capes deixa o cenário pior.

Patrícia ainda expõe que o fator limite de alunos irá prejudicar também o corpo docente de orientadores: “Hoje, temos 40 professores no PPGE. Não temos como oferecer apenas essa quantidade de vagas. Esbarramos no número mínimo e máximo de alunos que cada professor deve orientar. O que significa que estamos em um dilema: continuaremos a credenciar professores? Diminuiremos o número de matrículas para não ultrapassar muito o teto estipulado para o repasse de recursos?”, questiona. Segundo ela, a faculdade apostava no crescimento: “Temos optado por manter o aumento gradativo do PPGE com novos credenciamentos e com cada professor orientando entre 3 e 8 alunos. Temos clareza da importância da nossa produção de conhecimento e da nossa inserção social e estamos resistindo por acreditar na qualidade do que fazemos. Mas nos perguntamos até quando vamos poder resistir”, desabafa. 

Em artigo divulgado pela Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), o professor João Batista Carvalho Nunes da Universidade Estadual do Ceará analisou o impacto das recentes normas da Capes nos Programas da área. Segundo a pesquisa, dos 125 cursos de Mestrado Acadêmico em Educação, 92,8% sofrerão prejuízos. A mediana de mestrandos em educação no país é de 71 alunos. No doutorado, o prejuízo na pós-graduação em educação não é menor. Dos 67 cursos no país, 54 seriam prejudicadoss, 80,6% do total de cursos. A mediana dos alunos chega a ser 85,4% superior à concebida pela Capes, com 76 alunos.

Segundo dados da Anped, dos programas com nível 6 e 7 na área da educação — que recebem Proex e passam por um cálculo diferente —, somente 11% não terão mudanças drásticas por conta da alteração da Capes. A Anped enviou um ofício ao presidente da Capes, Abílio Baeta Neves, e aos pró- reitores de Pesquisa e Pós-graduação das universidades públicas do país solicitando a revisão dos critérios.

Medida dificulta o cumprimento do PNE

Para Patrícia Corsino, uma das perdas mais relevantes para o PPGE-UFRJ diz respeito à contribuição para a educação básica: “Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é, até 2014, formar 50% dos docentes da Educação Básica em nível de pós-graduação. Sem investimento nos PPG em Educação, não há como atingir tal meta. Cabe ressaltar que o PPGE-UFRJ há mais de quatro décadas vem qualificando professores, tanto para atuarem no nível superior (70% dos doutores egressos e 30% dos mestres egressos), quanto na Educação Básica (30% dos doutores egressos e 70% dos mestres egressos). Mais de 80% dos nossos egressos atuam na Educação Pública”, diz.

Diferença de valor também por área

Outro critério apresentado pela Capes na nova metodologia de repartição dos recursos é a diferenciação de valor de custeio por área. O primeiro grupo, das ciências biológicas, agrárias e exatas, da saúde e das engenharias, receberá 20% mais que o segundo, das ciências humanas, sociais e aplicadas, letras e artes.

A Capes considera que as áreas do primeiro grupo deveriam receber mais verbas, pois “envolvem mais experimentação, manutenção de laboratórios, saídas de campo, dentro outras atividades”. Patricia Corsino discorda: “Entendemos esta divisão como uma distorção do que seria prioridade em investimento de pesquisa. Uma forma dicotômica de pensar a Ciência, que coloca as Ciências Humanas e Sociais em segundo plano”.

A Anped forneceu dados sobre a participação das áreas de ciências humanas na pós sob os novos critérios: “A definição de prioridades entre as áreas para distribuição de recursos significou uma diminuição da participação dos recursos da área de ciências humanas de 15% do total em 2015, para 5% do total de 2016”, diz a nota da Anped, que critica a falta de diálogo da Capes para estabelecer os novos critérios de financiamento.

A nota da Capes por curso é a terceira regra do financiamento. Mas Corsino questiona a avaliação dos programas pela entidade: “O PPGE-UFRJ tem nota 5, portanto, recebe verba proporcional a esta nota. Temos conseguido avançar nas produções, mas na última avaliação, por exemplo, tivemos ‘muito bom’ em todos os quesitos, mas a nota se manteve em 5. Quando enviamos recurso à Capes, a resposta foi que a área havia dado nota 6, mas que o Conselho Técnico Científico da Capes havia mantido a nota 5. O que evidencia um limite pré-estabelecido para um número de programas 6 e 7”, conta a docente.

Segundo a Capes, um bolsista da área de humanidades pode ganhar de R$ 1.200 a R$ 1.400, conforme a nota da sua pós-graduação na Capes, enquanto um bolsista das áreas de saúde e exatas receberá, na mesma progressão de nota, de R$ 1.550 a R$ 3.000.

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