Palestra: Amyr Klink no Fundão
Risco e inovação tecnológica serão temas abordados pelo navegador nesta segunda-feira, no auditório da Coppe.
Coppe/UFRJ promoverá nesta segunda-feira, 29 de agosto, um encontro da comunidade acadêmica com o navegador Amyr Klink. Empreendedor de históricas expedições marítimas, Amyr proferirá palestra sobre risco e inovação tecnológica, às 15 horas, no auditório da Coppe, que fica na Rua Moniz Aragão, 360, Centro de Tecnologia 2.
Na palestra, o navegador falará sobre sua experiência no gerenciamento de risco, tecnologias adotadas nas expedições mais célebres, como as viagens aos pólos Norte e Sul, e a travessia pelo Atlântico Sul em um barco a remo. Amyr abordará ainda como sua criatividade e adaptação a imprevistos não foi tolhida pelo planejamento previamente estabelecido, e de que forma o conhecimento adquirido nessas viagens contribuiu para suas atividades como empreendedor e empresário.
Autor de cinco livros, entre eles os best sellers Cem Dias entre o Céu e o Mar (Jo Editora e Ed. Cia das Letras, 1985) e Paratii, Entre Dois Pólos (Ed. Cia das Letras, 1992), Amyr Klink já proferiu mais de 2500 palestras ao longo de 30 anos. Essa é sua segunda visita a Coppe: em 1999, o navegador abriu o ciclo de palestras "Novos Rumos".(Coppe/Assessoria de Imprensa)
“Educação é cara, mas quanto vale a ignorância?”, provoca ex-reitor da UFRJ
Nelson Maculan, ex-reitor da UFRJ e ex-secretário de Educação Superior no governo Lula, condena os cortes na educação.
No Congresso, tramita o projeto de mudança da Constituição (PEC 241) revogando o artigo que obriga a União a aplicar o mínimo de 18% da receita em educação.
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Rede Nacional de Pesquisa: pressão de comunidade científica surte efeito
Conselho de Administração do órgão descarta interrupção de serviço de internet
Tatiana Lima
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O governo ainda não liberou os R$ 126 milhões necessários à manutenção mínima da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. Mas, a possibilidade de interrupção do fornecimento da rede de alta velocidade fornecida para 739 campi do interior do país, incluindo os três polos do campus de Macaé e o polo de Xerém, está descartada, segundo o Conselho de Administração do órgão. A garantia veio após audiências realizadas com a secretaria-executiva dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
“Avanços no estabelecimento de um acordo de liberação de recursos de fomento 2016 (MEC) e de restos a pagar 2015 (MCTIC), entre agosto e dezembro deste ano, o que permitirá normalizar o funcionamento da RNP. Esses compromissos afastou a possibilidade de descomissionamento de serviços de conectividade para qualquer dos 739 campi no interior em 2016”, afirma em nota a RNP.
Em julho, a instituição alertou sobre o risco de apagão da rede de conexão. Mais de quatro milhões de alunos e professores seriam prejudicados. A situação levou o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) a enviaram carta ao ministro Gilberto Kassab, cobrando uma solução sobre o problema da liberação da verba.
O Conselho de Administração da Rede Nacional de Pesquisa também decidiu que seguirá com o pedido de recomposição dos recursos previstos para 2017 no valor de R$250 milhões. Em 2015 e 2016, houve um corte de 51% da verba. A medida objetiva preservar as operações essenciais da infraestrutura nacional e internacional do sistema de fornecimento de internet, serviços básicos de colaboração à distância, e conectividade aos campi do interior, com alta qualidade de conexão.
Para o ano de 2016, o valor aprovado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) para o MCTIC com destino à RNP é de R$ 36.670.182,00, mas o ministério também deve parte dos recursos orçamentários de 2015. A RNP também receberá recursos dos ministérios da Educação no valor de R$98 milhões, referente ao orçamento de 2016 da pasta.
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Hospital eliminado dos Jogos
Diretor alega falta de profissionais para atender convocação da prefeitura
Silvana Sá e Isadora Vilardo
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O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho foi convocado pela Prefeitura do Rio para compor a rede de atendimento em caso de catástrofes durante as Olimpíadas e Paralimpíadas. A ideia era aproveitar os 119 leitos recém-inaugurados de enfermaria, emergência e CTI. O serviço, contudo, não foi prestado. Segundo a direção do hospital, não há funcionários suficientes.
O diretor da unidade, Eduardo Côrtes, informou que foram solicitadas 180 novas contratações ao MEC para pôr em funcionamento os novos leitos. E que não obteve resposta. Uma pista para o silêncio pode estar na relação desfavorável entre o número de funcionários e os leitos ativos.
Atualmente, o hospital possui 2.221 servidores efetivos, 722 trabalhadores extraquadros e apenas 260 leitos ativos. Não há atendimento de emergência. A relação é de 11 funcionários para cada leito. Para efeitos de comparação, o hospital de Clínicas de Porto Alegre, que também é de ensino, possui 842 leitos ativos e 6.396 servidores. São sete funcionários por leito.
O especialista em gestão hospitalar do Instituto Coppead, Claudio Nunes, diz que a relação entre funcionários e leito “é importante, mas não suficiente” para determinar a eficiência de um hospital. Isso porque o caráter de alta complexidade do HU “impacta de forma determinante no número de funcionários”. Nunes, contudo, reconhece: “De fato, 11 funcionários por leito me parece elevado”.
Côrtes explica os números: “Nosso hospital não tem um sistema informatizado e a média de idade dos servidores é de 51 anos, o que aumenta a necessidade de mais profissionais”. Ele discorda que os números sejam altos. “Estudos de referência apontam uma variação de 5,4 a 13,6 funcionários por leito. Estamos dentro da média”.
Doações de sangue
A colaboração do hospital com as Olimpíadas tem sido na manutenção dos estoques de sangue durante o mês de agosto. As doações podem ser realizadas no terceiro andar, no setor de hemoterapia, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30. É necessário portar documento de identidade com foto, ter entre 18 e 69 anos, estar bem de saúde e bem alimentado. Pessoas entre 16 e 18 anos podem doar com autorização dos pais.
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Estudantes reclamam de cobrança no Caronaê
Sistema é responsável por mais de 1.650 viagens, com 428 motoristas cadastrados
Vencedor do concurso "Soluções Sustentáveis Fundo Verde” da UFRJ, o projeto "Transporte Solidário: Caronaê", facilitou a vida de mais de 8 mil pessoas no campus da Fundão, mas já começa a sofrer mutações. Usuários denunciam que parte dos motoristas está cobrando pela “carona”. Os valores variam entre R$3 a R$6 (Niterói, Zona Oeste e Baixada Fluminense) e a cobrança divide opiniões com duas perguntas: “É justo cobrar por uma carona?” “Com o pagamento, é ainda carona?”
Carlos Henrique Ferreira, estudante do 8º período do curso Defesa e Gestão Estratégica Internacional, diz que o opagamento foge totalmente ao princípio de carona. “A cobrança é incoerente. Está fora totalmente da proposta do aplicativo que era transformar a UFRJ em uma comunidade. No sentido de um estudante pode contar com o outro. Até porque se você já tem normalmente o custo para chegar até o Fundão não tem lógica. O gasto já era previsto. Se você quer cobrar o seu aplicativo não é o Caronaê, é o Uber”, afirma.
Já Amanda Varela, de 26 anos, mestranda de engenharia Metalúrgica, discorda. “A questão da cobrança, quando é feita de comum acordo entre as duas partes, não vejo problema. Ir de carona é mais confortável e rápido. Só acho que não pode ser um valor abusivo. Não é serviço de táxi”. E pondera: “O conceito do aplicativo é de carona, mas a gente sabe como é vida de estudante. Compreendo as pessoas cobrarem”.
Em 15 de agosto, do total de 37 caronas oferecidas dentro do sistema do Caronaê (ida ou volta), 13 motoristas deixavam implícita a exigência de pagamento pela carona no campo “Recado do Mostorista” do aplicativo. “Ajuda de 6$. Se eu não passar em algum lugar próximo, me chame pra conversarmos. Talvez, possa passar para maior conforto”, avisava um dos motoristas que oferece carona no trajeto Niteroí-Fundão.
Outro motorista, que oferece carona também para Niterói, chegou a publicar uma tabela de “preço da carona”. Até três pessoas, o valor cobrado é R$6. Mais de quatro passageiros a taxa passa para R$5. Em outros 14 anúncios de caronas, não havia qualquer pedido de pagamento ou contribuição.
Os dois lados de uma carona
Na rede social do Caronaê, no Facebook, a cobrança já foi alvo de críticas. “Tem motoristas que pedem ajuda de gasolina maior do que o valor da passagem” reclamou uma estudante. “Se já é caminho, não está gastando nada além”, afirma outro. “Errado! O motorista gasta mais gasolina devido a quantidade maior de peso no veículo, gastando mais pneus”, pondera outro usuário.
Mas há quem não cobre um preço fixo. Deixando a contribuição livre e a critério do passageiro e mantendo a relação de carona. “Aceito o que seu coração mandar. Just in case” ou “a galera dá uma força no combustível, uma taxa de contribuição, quem puder”. Ou ainda: “Não fumo, não cobro taxas, mas aceito doações (inclui comida). Gosto de pessoas que conversam”.
Cobrança não é ilegal (correção feita em 14/09/16)
Michel Balassiano, um dos criadores do aplicativo, garante que o "serviço" não pode ser cobrado pelo caronista, pois “ele pega a carona, não oferece”. Motivo que faz o Caronaê não prevê uma política de preços para as caronas, deixando o pagamento ou não a critério dos envolvidos no deslocamento. Não há ilegalidade na cobrança.
“Para os usuários que entram em contato conosco, esclarecemos que não é legalmente permitida a cobrança para a carona. Porém, não há ilegalidade no caronista voluntariamente contribuir. Da nossa parte, toda a utilização do sistema é gratuita. Entendemos que a cobrança desvirtua a ideia da carona, mas também que há custos envolvidos na manutenção de um veículo. A decisão é de cada usuário”, ressalta Balassiano.
De acordo com levantamento feito pelo Caronaê, à ocupação média dos carros que chegam ou saem do Fundão é de 1,7 passageiros por carro (contra 1,3 considerando a média da cidade). Ainda assim, uma em cada duas das pessoas que buscam carona não conseguem encontrar acesso à universidade. Além disso, 16% dos que oferecem carona não localizam alguém para compartilhar seu trajeto, sobrando ainda quase três vagas por carro.
Expansão
O sistema de caronas da UFRJ, o Caronaê, expandiu a parceria com a Prefeitura Universitária. Desde julho, passou está integrando a Divisão de Transportes. Três bolsistas da UFRJ serão contratados para auxiliar na programação e melhorias do sistema.
O Caronaê segue restrito à comunidade acadêmica ativa da UFRJ: estudantes, professores e técnico-administrativos que tenham registro ativo na Intranet da universidade. Ex-alunos ou prestadores de serviços, por exemplo, não podem usar o sistema de caronas. O critério foi mantido por questões de segurança, de acordo com Balassiano.
A Redação da ADUFRJ procurou a Prefeitura Universitária para verificar a posição quanto à cobrança pelas caronas de parte dos motoristas do sistema Caronaê, mas não conseguimos contato.
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