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Procura-se segurança

Jan Niklas Jenkner

Estudante da ECO-UFRJ e estagiário da Adufrj

Após o sequestro de um professor da Coppe, ocorrido no estacionamento do CT na terça (29), o prefeito da Cidade Universitária, Paulo Mário Ripper comprometeu-se com o reforço da segurança na Ilha do Fundão. "Vamos trabalhar de forma integrada com a 37ª DP, da Ilha do Governador, e a Front, empresa de vigilância, para apurar o caso e melhorar a patrulha da região", garantiu. As imagens das câmeras de segurança do dia do crime “estão sendo levantadas”. No entanto, ainda não foram repassadas à polícia.

Paulo Mário marcou reunião com o delegado da 37ª DP para a próxima semana, quando deverá ser entregue o material. Segundo ele, a pressão da Light pelo corte de energia na universidade atrasou o trabalho com as imagens. Há um plano para aumentar o monitoramento, sem prazo para sair do papel.

Após encontro na segunda (28) com o secretário de segurança do Rio, Roberto Sá, em resposta aos crescentes assaltos em linhas de ônibus que passam pelo Fundão, o prefeito também agendou reuniões para a próxima semana com os comandantes do 2º, 4º, 5º e 17º batalhões da Polícia Militar.

O prefeito informou já ter cobrado a PM para realizar mais rondas ostensivas na área. Mais um carrinho elétrico de vigilância - totalizando três viaturas deste tipo — vai entrar em circulação na Cidade Universitária.

A prefeitura disponibiliza o WhatsApp (21) 99413-3385 para receber informações e demandas sobre a segurança na UFRJ.

Querem apagar a UFRJ

Light corta luz da reitoria e interrompe aulas da Escola de Belas Artes e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Pesquisas também estão ameaçadas

Matéria atualizada em 30/11 

Silvana Sá                   
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A Light cortou a luz do prédio da reitoria da UFRJ por volta das 10h do dia 29. A empresa justificou a medida pela falta de pagamento das faturas de junho a novembro. São aproximadamente R$ 18 milhões de débito, no total.

O desligamento prejudicou o funcionamento do gabinete do reitor, da Procuradoria da universidade e do Sistema de Tecnologia da Informação e Comunicação. Também forçou nova suspensão das atividades acadêmicas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Belas Artes e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, unidades que já sofreram atrasos no calendário letivo deste ano por conta do incêndio no último andar do edifício, no início de outubro. As aulas só serão retomadas após o restabelecimento da energia.

À prefeitura da UFRJ, a companhia teria ameaçado deixar no escuro outros locais, como a Escola de Educação Física e Desportos e a Prefeitura Universitária. O que pode acabar com o esforço de anos de pesquisa. “Os impactos na Educação Física são perda de biotérios e prejuízos acadêmicos pela falta de aulas. No caso da (subestação da) Prefeitura, apaga também o CT 2 e toda a iluminação pública do Fundão”, diz Paulo Mário Ripper, prefeito dos campi. A assessoria de imprensa da Light, no entanto, só confirma o corte de energia para a parte administrativa da universidade, no Fundão.

Mas se o apagão ocorrer, o prefeito universitário não vê outra solução: “Vou ter que fechar o campus. Sem luz, não tenho como garantir a segurança das pessoas. A Light vai fechar a maior universidade do país”. 

A reitoria recebeu a notícia com espanto. “Foi uma reação intempestiva da empresa. No dia 28, pagamos o que restava de junho, seguíamos em negociação. Estamos indignados”, disse Roberto Gambine, pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças. Gambine não tem ideia de quando a energia será normalizada no prédio da reitoria. “Estamos em negociação, mas a próxima liberação de recursos para a universidade só acontece em dezembro. Antes disso, não temos o que fazer quanto a novos pagamentos”. 


Em nota divulgada no site da UFRJ, a reitoria informa que busca, na Justiça Federal, o imediato restabelecimento do fornecimento da energia. O modo de agir da empresa é considerado “antirrepublicano e antiético”. Além disso, afirma que serão intensificadas negociações junto ao MEC para liberação de recursos.

 *colaborou Jan Niklas Jenkner

Confira algumas imagens da "Praça do Conhecimento", realizada na última sexta (25), na Cinelândia. Professores e estudantes apresentaram suas pesquisas, prestaram serviços de utilidade pública e fizeram performances. Foi mais um protesto da universidade pública  contra a Proposta de Emenda à Constituição 55, que busca congelar os gastos em políticas sociais. O evento, organizado pela Adufrj com apoio do Andes-SN, também contou com a participação de outras entidades e associações docentes. A manifestação integrou o calendário de paralisação definido na assembleia de 8 de novembro. A atividade terminou com a performance do "Baile da Quadrilha Fiscal" e passeata. Mais imagens e matéria sobre a "Praça do Conhecimento" serão divulgadas, nos próximos dias.

Fotos: Fernando Souza


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Saiu o calendário da UFRJ para 2017                      


Texto e foto: Elisa Monteiro

Com poucos ajustes, o Conselho Universitário do último dia 24 aprovou o calendário acadêmico para 2017. A programação contemplou a situação dos cursos prejudicados pelo incêndio no prédio da reitoria.

Os alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Escola de Belas Artes (EBA) só fecharão o ano letivo de 2016 em 17 de fevereiro de 2017. E realizarão o primeiro semestre de 2017 entre 13 de março e 15 de junho.

Para a graduação em geral, o primeiro período letivo de 2017 tem início uma semana antes, em 6 de março, e termina em 8 de julho. O segundo período vai de 31 de julho de 2017 a 9 de dezembro.

Períodos diferentes                              

Os alunos dos Cursos de Medicina (Rio de Janeiro), Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Medicina (Macaé), como de costume, começam mais cedo que todos, em 13 de fevereiro, fechando o semestre em 8 de julho.

Para atender às exigências da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a primeira parte das aulas do Colégio de Aplicação vai de 6 de fevereiro a 14 de julho. Os alunos retornam das férias em 1º de agosto, encerrando o ano em 19 de dezembro. Já a Escola de Educação Infantil inicia um mês depois, em 6 de março, fechando também em 14 de julho. O retorno também acontece em 1º de agosto, mas as aulas se estendem até 19 de janeiro de 2018.

Pós-graduação

A pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) dos cursos organizados em dois períodos letivos (semestral) terá aulas de 6 de março a 8 de julho e de 31 de julho a 9 de dezembro.

Os cursos organizados em quatro períodos letivos (bimestral) terão aulas entre 6 de março e 6 de maio, de 15 de maio a 15 de julho, depois entre 31 de julho a 30 de setembro e, finalmente, de 9 de outubro a 9 de dezembro de 2017.

Por fim, os cursos de quatro períodos letivos (trimestral) funcionarão entre 6 de março e 2 de junho, entre 12 de junho e 8 de setembro, de 18 de setembro a 15 de dezembro e 2 de janeiro a 2 de março de 2018.

Trancamento especial

 

Em função da ocupação estudantil em vários prédios da universidade, o Consuni estendeu a possibilidade de trancamento de disciplinas até o dia 16 de dezembro — antes, era até 8 de outubro.  Alunos da EBA e da FAU ainda podem trancar a matrícula, para não cursar 2016/2, no mesmo prazo. 


“A PEC 55 é um desastre para a economia”

Saída para a crise é fazer o oposto do que determina a Proposta de Emenda à Constituição do governo, diz economista

Silvana Sá                                                     
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“Existe um diagnóstico falso, do governo Temer, de que houve uma gastança exagerada no país. De que, para a economia crescer, seria preciso reduzir gastos públicos. Mas a saída para a crise é justamente o oposto”, disse o economista Antonio José Alves Junior, em debate promovido neste dia 21, pelos professores do Instituto de Química, em parceria com o centro acadêmico da unidade. A atividade contou com o apoio da Adufrj.

Alves Junior, do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, argumentou que a dívida cresce em relação ao Produto Interno Bruto sempre que há recessão em um país. Para freá-la, seria necessário estimular a economia, aumentando os gastos públicos. Mas a Proposta de Emenda à Constituição 55 (ex-PEC 241), em tramitação no Senado, reduz os investimentos do governo pelos próximos 20 anos: “Não consigo entender como alguém consegue ficar feliz com essa PEC. Ela é um desastre para a nossa economia”.

Face da barbárie

Roberto Marques, do Departamento de Didática da Faculdade de Educação da UFRJ, considera a PEC 55 como uma reação conservadora aos avanços sociais da última década: “Quando a gente foca em números e não debate civilização, a gente abre espaço para que qualquer tipo de barbárie se instale”.

O docente fez um paralelo entre a PEC 55 e a Medida Provisória 746, de reforma do Ensino Médio, também proposta pelo atual governo. Ambas, pra Roberto Marques, trabalham com a lógica de que educação é uma despesa e não investimento. “O que se pretende é entregar, de portas abertas, todo o setor da educação para a iniciativa privada, das diversas maneiras possíveis”.

Previdência na berlinda
Sara Granemann, da Escola de Serviço Social da UFRJ e especialista em fundos de pensão, alertou que a reforma da Previdência será a próxima a entrar na pauta do governo Temer. A PEC 55 seria uma “justificativa”: “Antes de mexer na Previdência, era necessário dizer que os gastos previdenciários estão acima do teto. Assim, só haverá, pela lei, uma saída. Fazer a contrarreforma”.

Em acordo com os demais debatedores, a docente afirmou que a PEC 55 produzirá mais miséria no país e vai gerar redução de investimentos nas áreas fundamentais para o desenvolvimento econômico e social. “A partir do teto estipulado, a distribuição dos recursos dentro de cada poder será proporcional à força de cada área. Chegaremos ao ponto de ‘escolher’ o que é prioritário: mais saúde ou mais educação”, criticou.

Mediaram o encontro o professor Rodrigo Volcan, do Instituto de Química, e a representante do centro acadêmico, Diana Roza de Oliveira.

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