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O substitutivo da reforma da Previdência divulgado na semana passada é ainda mais duro para os servidores públicos federais. Uma mudança na versão mais recente da Proposta de Emenda Constitucional dificulta a aposentadoria com integralidade e paridade aos que ingressaram no funcionalismo até 2003. Pelas novas regras propostas, ao se aposentar, professores e professoras que ingressaram na UFRJ até 31 de dezembro de 2003 só teriam direito a proventos iguais ao último salário da ativa e reajustes iguais aos concedidos para os ativos, aos 65 anos. As exceções seriam aqueles que, funcionários pú- blicos antes de 2004, já cumprem os requisitos mínimos vigentes para ter o direito à integralidade e paridade: 60 anos de idade e 35 anos de contribuição (homem) e 55 de idade e 30 anos de contribuição (mulher), 20 anos de serviço público e 5 anos, no último cargo, na data de eventual publicação da PEC. Para os professores do CAp-UFRJ, são reduzidos cinco anos dos tempos de idade e de contribuição. A advogada da Adufrj destaca a complexidade do substitutivo apresentado e que será votado na próxima semana: “Estudo isso há 20 anos. Nunca vi um texto tão truncado. Para mim, o objetivo é camuflar os efeitos perversos na prote- ção previdenciária”, conclui a advogada da Adufrj, que coloca os plantões jurídicos da entidade à disposição para tirar dúvidas dos associados. Pressão necessária O deputado federal Alessandro Molon (Rede) integra a comissão especial que avalia a reforma da Previdência, na Câmara. Em entrevista à Adufrj, ele avalia que o governo ainda precisará fazer concessões no texto final, pois não tem os votos necessários para a aprovação da matéria em plenário. Segundo ele, campanhas de outdoors e cartazes, como a feita pela Adufrj, expondo os parlamentares que não anunciaram posicionamento contra a reforma são bem vindas: “Não tenha dúvida de que toda pressão é sentida no parlamento”. E completa: “É fundamental que as manifestações do dia 28 reúnam um grande número de pessoas. Ou corremos o risco de o governo passar a reforma com muita facilidade no Congresso”.
Reforma Trabalhista Outra reforma que retira direitos, o projeto de lei que muda as relações trabalhistas do país avança na Câmara dos Deputados. Ana Luisa também critica a matéria: “A Organização Internacional do Trabalho tem estudos que demonstram que a flexibilização das normas trabalhistas no mundo não produziu crescimento. Ao contrário, a precarização das relações de trabalho e a desigualdade social aumentaram”, afirma.

Confira como foi o 28 de abril no centro do Rio pelas lentes do fotógrafo Alessandro Costa.      

atraiu, na última sexta (10), quase duzentas pessoas à exibição do filme “Eu, Daniel Blake” Da Redação Fotos: Fernando Souza O projeto CineAdufrj atraiu, na última sexta (10), quase duzentas pessoas à exibição do filme “Eu, Daniel Blake”, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. A ideia do cineclube promovido pela Seção Sindical é estimular a perspectiva crítica por meio da narrativa cinematográfica. No debate que se seguiu à sessão, foi inevitável relacionar o drama do personagem-título com a reforma da Previdência em tramitação no Congresso. A película conta a história de um carpinteiro, que se vê obrigado a parar de trabalhar, por problemas no coração. Ao tentar um subsídio do Estado para sobreviver, Blake fica enredado na burocracia do governo. “O debate da previdência é colocado como uma questão meramente contábil e não como algo que diz respeito a um projeto de país”, disse Carlos Frederico Leão Rocha, 1º vice-presidente da Adufrj. “A forma como se está discutindo a questão dos benefícios (sociais) hoje no Brasil segue a lógica do filme: é uma questão puramente contábil.” “É um filme simples: cidadania é a palavra”, comentou Fernando Santoro, 2º vice-presidente da Adufrj. “Ele traz uma reflexão muito pertinente nesse momento em que são discutidas aposentadorias e pensões: o que se quer em relação ao futuro”. Aula ao ar livre Muitos professores aproveitaram a oportunidade para levar a discussão para além da sala de aula. “Sugeri que meus alunos viessem assistir para que possamos debater na próxima aula”, afirmou Andrea Teixeira, diretora da Escola de Serviço Social. “A situação no Brasil não é diferente do resto do mundo, sobretudo agora que estamos com tantas propostas de reforma na Previdência”.  

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Milhares de pessoas foram às ruas em todo o país para manifestar o repúdio às reformas previdenciária e trabalhista, na sexta (28) Fotos: Alessandro Costa Milhares de pessoas foram às ruas em todo o país para manifestar o repúdio às reformas previdenciária e trabalhista, na sexta (28). No Rio, o ponto de encontro foi a Cinelândia, tradicional palco de reivindicações políticas da capital. Estava bonito de se ver: jovens e idosos, trabalhadores e estudantes, representantes de sindicatos e movimentos sociais. Vários professores da UFRJ marcaram presença. A Adufrj realizou um debate como “esquenta” para o ato e levou à praça imensos balões contra os cortes em Ciência e Tecnologia. Mas todos foram recebidos com bombas e cassetetes de uma Polícia Militar mais violenta do que nunca. A PM foi absolutamente irresponsável no trato com a multidão. O coletivo Mídia Ninja compartilhou um vídeo que mostra o ataque injustificável ao palco central do ato, no momento em que se cantava o hino do Brasil (veja no link:https://www.facebook.com/MidiaNINJA/videos/877483419076471/). Outro vídeo registra o início do lançamento das bombas à Cinelândia: https://www.facebook.com/adufrj.ssind/videos/623275077796984/ Em nota oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, criticou a ação das forças de segurança. O Ministério Público do Estado já avisou que “serão apurados os episódios de violência, tanto em relação aos excessos praticados pelos agentes públicos que devem garantir o direito legítimo de manifestação, quanto daqueles que depredaram e incendiaram bens públicos e de uso comum”. Na internet, goleada no governo O movimento contra as reformas também ganhou a internet. Segundo relatório de análise estratégica de redes sociais, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, a greve geral representou o evento político de maior repercussão dos últimos tempos: “O movimento de apoio à greve geral nas redes sociais foi a maior ação da oposição ao governo Temer em um ano. As menções relacionadas à greve geral no Twitter ultrapassaram a marca de 1,1 milhão. O volume faz do evento o maior - nas redes - dos últimos anos, superando inclusive os maiores atos em favor do impeachment, ocorridos em março de 2015 e março de 2016”, diz o relatório.

Eduardo Côrtes promove reuniões sobre a situação do Hospital do Fundão e não descarta adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Silvana Sá          Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Foto: Fernando Souza

 Preocupado com a situação do Hospital Clementino Fraga Filho, o diretor Eduardo Côrtes tem realizado uma série de reuniões com a comunidade local sobre alternativas para superar a crise. Entre os assuntos abordados, a possibilidade de aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, criada no governo Dilma Rousseff para gerir os HUs. Neste dia 16, ele conversou com os estudantes. Na reunião, que durou quase quatro horas, Côrtes pediu que os alunos discutam o assunto. “Temos que decidir nos próximos dois meses. Não podemos perder o momento de negociar. Pensem, conversem com as turmas. Eu vou respeitar qualquer decisão”.

O diretor não quis dar declarações à reportagem da Adufrj sobre o assunto. No dia 15, em entrevista à GloboNews, Côrtes afirmou que o hospital não é orçamentado e que a Ebserh não resolveria este problema, mas traria agilidade na contratação de pessoal. Ele deixou claro que qualquer decisão neste sentido cabe ao Conselho Universitário. No mesmo dia 15, o diretor conversou com os chefes de serviço da unidade. Na segunda-feira (13), com o setor de enfermagem. De acordo com algumas pessoas que acompanharam as duas reuniões — e que preferem não se identificar —, os profissionais concluíram que a sobrevivência do hospital passa pela empresa. A reitoria, por meio de nota, afirmou que “a contratação da Ebserh é uma alternativa que entra em conflito com a autonomia e altera o escopo jurídico da universidade”. Segundo a assessoria de imprensa, este posicionamento diz respeito a todas as unidades hospitalares da UFRJ, não somente ao Hospital Universitário.

Relação com a empresa

Entre 2012 e 2013, durante as discussões da Ebserh na universidade, Eduardo Côrtes e Roberto Leher eram os principais atores contrários à contratação da empresa. Em 2013, o Conselho Universitário tirou o assunto da pauta. Em novembro passado, o presidente da Ebserh, Kleber Morais, visitou o hospital a convite de Côrtes. No Rio de Janeiro, somente os hospitais universitários da UFRJ não aderiram à gestão da Ebserh.

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