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A próxima assembleia geral será na quarta (17), às 9h, no Auditório Francisco Bruno Lobo, Térreo do Bloco B do Centro de Ciências da Saúde. Pauta: Teses para o 37º Congresso do Andes (22 a 27 de janeiro de 2018 - Salvador, BA). Participe!

A diretoria da Adufrj solicitou à reitoria a retirada de uma faixa do Andes da frente do Canecão. A faixa convoca a população à greve geral contra as reformas do governo Temer e foi instalada há mais de 40 dias. A diretoria da Adufrj está à frente das mobilizações pelos direitos trabalhistas e previdenciários e foi eleita com base em um programa de permanente ocupação das instituições e espaços públicos. O chamado para a greve nacional contradiz essa plataforma que elegeu a atual diretoria. A diretoria também enfatiza que a paralisação das atividades no dia 5 de dezembro não foi aprovada em assembleia de professores. O espaço do Canecão é administrado pela reitoria. A presidente da Adufrj, professora Maria Lúcia Werneck, ressalta que a administração central pode autorizar a colocação de qualquer propaganda no local, desde que seu conteúdo não agrida decisões da comunidade acadêmica: “Mas o conteúdo dessa faixa contradiz nossa plataforma e a vontade da maior parte dos professores da UFRJ”, explica.

Integrantes da Comissão Nacional de Residência Médica reconheceram que foi inadequada a avaliação atribuída ao Clementino Fraga Filho em relatório de dezembro *e Fernanda da Escóssia Durante a reunião com a direção do Clementino, os integrantes da Comissão Nacional de Residência Médica reconheceram que foi inadequado o diagnóstico de “situação pré-falimentar” atribuído ao hospital no relatório emitido em 13 de dezembro – o que acalmou os ânimos na reunião da última quinta-feira, 11. Para o diretor do hospital, Leôncio Feitosa, “pré-falimentar” é uma expressão que contrasta radicalmente com o resultado positivo, obtido em maio do mesmo ano, com a aprovação dos 32 programas da UFRJ pela Comissão Estadual de Residência Médica do RJ (Ceremerj). “Confio na minha formação. Atendi mais de 700 pacientes em dois anos. Faço prova de três em três meses. Acabar com a residência é um crime”, diz o residente Henrique Celi, de 26 anos. A secretária-executiva da comissão, Rosana Leite de Melo, declarou à reportagem da Adufrj que a inspeção foi motivada por várias denúncias encaminhadas por residentes, funcionários e pacientes do hospital. Segundo ela, o relatório da comissão vai muito além das duas páginas encaminhadas à direção do hospital. “Verificamos que os residentes não estão tendo a prática necessária. A residência é um curso curto e prático, então eles precisam praticar”, afirma. Rosana também negou qualquer motivação política para a decisão de colocar as residências em diligência. A Comissão de Residência Médica é coordenada pelo MEC e tem representantes de vários órgãos, como o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde e o Conselho Federal de Medicina, entre outros. “Os aprovados podem ficar tranquilos, pois farão o curso normalmente. A matrícula deve ser em fevereiro”, afirmou Eduardo Fraga, coordenador de atividades educacionais do hospital. Leia também: Comissão do MEC recua e mantém residências médicas no HU Clementino Fraga Filho é vital para o Rio Nota da diretoria da Adufrj sobre avaliação da residência médica

MEC não assume responsabilidade pela crise da unidade. Hospital tem 372 residentes e realiza 818 atendimentos ambulatoriais por dia “São cerca de 400 médicos em regime de 60 horas que deixariam de atender a população em um momento de grave crise na rede pública de saúde”, destacou o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, sobre a ameaça de suspensão dos programas de residência do HU. “É claro que há problemas de estrutura e pessoal no hospital, mas jamais algo que justifique o fim da residência”, avaliou Medronho. O Hospital tem 372 residentes e realiza 818 atendimentos ambulatoriais por dia. Na próxima semana, está prevista a chegada de uma máquina de ressonância magnética para instalação e funcionamento em até 60 dias. O aparelho é de uso compartilhado para todos os setores. No mesmo prazo, começa a operar um novo tomógrafo. O Ministério da Educação, principal financiador dos hospitais universitários, não assumiu a responsabilidade pela crise do Clementino Fraga Filho. No dia 5, em nota, o MEC informou que repassou toda a verba de custeio da UFRJ prevista no orçamento de 2017 e que coube à reitoria a aplicação dos recursos. Além do custeio, o MEC paga os servidores e participa do programa de reestruturação dos hospitais (Rehuf). O Ministério da Saúde remunera os hospitais pela prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde e também integra o Rehuf. A UFRJ reclama que há subfinanciamento. Pressão O relatório da Comissão Nacional de Residência indignou instituições e sociedades científicas. A Fiocruz criticou a medida. A Academia Nacional de Medicina e a Academia Brasileira de Ciências escreveram nota conjunta. “A História e, em especial, a população não perdoarão uma grave omissão como essa”, alertaram. As sociedades científicas também destacaram o papel da UFRJ, “responsável pela formação de parcela significativa dos grandes médicos e pesquisadores brasileiros”. Leia também: Comissão do MEC recua e mantém residências médicas no HU Hospital contestou diagnóstico de "situação pré-falimentar" Nota da diretoria da Adufrj sobre avaliação da residência médica

Pressão da comunidade acadêmica garantiu as matrículas dos 180 médicos aprovados no concurso de 2017. Medida foi anunciada na quinta-feira, 11, após reunião com a direção do hospital *e Fernanda da Escóssia Depois de três semanas de tensão no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, a pressão da comunidade acadêmica rendeu boas novas. A Comissão Nacional de Residência Médica, vinculada ao MEC, recuou e decidiu garantir as matrículas dos 180 médicos aprovados no concurso de 2017. A medida foi anunciada na última quinta-feira, 11, após reunião da Comissão com a direção do hospital. Os cursos começarão em março. As novas matrículas haviam sido suspensas por decisão da Comissão Nacional, determinada num relatório de 32 linhas, datado de 13 de dezembro e assinado por Rosana Leite de Melo, secretária-executiva da Comissão e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Três meses antes, dois inspetores da Comissão passaram dez horas no Clementino. “Acompanhei a visita. Eles não pediram nenhum documento nem viram a rotina. Coordeno 52 residentes. Eles trabalham muito. Têm experiência prática e teórica”, lamentou Flávio Signorelli, coordenador do programa de Clínica Médica, o maior do HU. “Fechar é acabar com o principal formador de médicos do Rio de Janeiro”. Sem apresentar dados, o relatório da Comissão diz que o hospital está em situação pré-falimentar, que faltam profissionais e leitos, e resolve estabelecer diligência para 30 residências. A mesma medida foi aplicada no Hospital Pedro Ernesto, da Uerj. O documento surpreendeu a UFRJ. “Nunca vi nada igual. Acho irresponsável”, criticou Roberto Medronho, diretor da Medicina. “Não se trata de uma avaliação concreta com descrição dos problemas e indicação de soluções. Não há fundamentação pedagógica para interrupção dos programas”, apontou Leôncio Feitosa, diretor do hospital e presidente licenciado do Sindicato dos Médicos do Rio. Também causou revolta o fato de a medida se aplicar sem distinção a todas as residências, a maioria com alto índice de aprovação nos exames de especialista. “Os médicos da UFRJ têm 100% de aprovação na prova de títulos”, diz Flávia Conceição, professora da Medicina e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia/ RJ. “Essa residência é a mais disputada do Rio. Quem passa não desiste.” DEPOIMENTO [caption id="attachment_10166" align="alignleft" width="300"] Syllvia Dalcolmo, residente do 1º ano - Foto: Isabella de Oliveira[/caption] “Sou residente de Hematologia e Hemoterapia. Para mim, esse relatório do MEC foi um baque. Sou cria do Fundão e baseei minha escolha por sua excelência. A UFRJ é a minha casa. A residência é um passo fundamental para todo médico em formação. Nossa experiência profi ssional começa aqui. O relatório do MEC não condiz com a realidade, diz que o hospital está em situação pré-falimentar. Desconheço um hospital nesta situação que faça transplante de rim. É uma pena um pilar da universidade ser colocado à prova dessa forma. Poderia ser melhor? Claro que poderia. Mas a pergunta que devemos fazer é: a UFRJ forma médicos ruins? Na minha avaliação, não.” Leia também: Hospital contestou diagnóstico de "situação pré-falimentar" Clementino Fraga Filho é vital para o Rio Nota da diretoria da Adufrj sobre avaliação da residência médica

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