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O reitor Roberto Leher anunciou, na última reunião do Conselho Universitário, 22 de fevereiro, o projeto de criar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, a PR7. Essa era uma das principais propostas de campanha da atual reitoria. A instalação da PR-7 depende de aprovação do Consuni e estará na pauta do próximo encontro. Hoje quem cuida da assistência estudantil é a Superest (Superintendência Geral de Políticas Estudantis), ligada à Reitoria. Julia Brandes, do DCE Mário Prata, diz que a PR7 pode melhorar o atendimento a demandas dos alunos, como alojamento e bolsas. “Para além disso, é o peso político de ter uma pró-reitoria que discuta assistência de forma mais ampla, no patamar de outras pró-reitorias”, afirmou. De acordo com Julia, a assistência aos estudantes é desproporcional à demanda. “O número de vagas para alojamento não chega nem perto do total de alunos, a oferta de bolsas só atinge cerca de 17% dos estudantes. É a área que mais sofre com a crise, com a falta de verbas”, diz. Já o professor Fernando Ribeiro, decano do Centro de Tecnologia, CT, é crítico ao processo e informou que vai se abster na votação do Consuni. Em sua avaliação, não é o momento para a criação de mais uma estrutura administrativa na universidade. “Vivemos uma crise, serão mais despesas com pessoal e estrutura. O problema é falta de verba. Uma pró-reitoria demanda mais custos que a Superest”, finaliza.

Queda de árvores e temporal deixaram estragos na Faculdade de Letras; Coppe comemora 55 anos com aumento da participação de mulheres Recém-eleita diretora da Faculdade de Letras, a professora Sonia Cristina Reis recomeçará as aulas sem verba para as obras de emergência para estragos causados pelos últimos temporais. Problemas no telhado provocam vazamentos em salas e auditórios. Duas árvores de grande porte podem cair a qualquer momento sobre a lateral do bloco H e um dos principais jardins. São pátios usados por alunos para tudo: estudar, conversar e comer. A dirigente diz que tem apenas R$ 17 mil do orçamento participativo (de livre uso de cada curso) para reformar. Muretas de proteção, chamadas de guarda-corpo, estão bambas. “Estamos fazendo remendos por causa da falta de recursos”, desabafou. A Faculdade de Letras praticamente dobrou seu público de 4,5 mil graduandos com a recepção de mais 3 mil alunos de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Belas Artes e do IPPUR, depois do incêndio de 2016. MAIS MULHERES NA COPPE Aos 55 anos de história, a Coppe UFRJ celebra um aumento expressivo de mulheres nos programas de mestrado e doutorado. De acordo com a diretora de Assuntos Acadêmicos, professora Claudia Werner, elas são 33% nas turmas de 2018. “Vemos com muito bons olhos essa mudança de perfil, que já havia na graduação e agora chega à pós. Mais diversidade tem tudo a ver com nossa proposta de incentivar projetos inovadores”, comemorou a diretora. Claudia Werner destacou o crescimento da internacionalização. Em fevereiro, a Incubadora da Coppe foi classificada entre as 20 melhores do mundo, segundo o ranking da UBI Global. A excelência dos cursos é a chave do sucesso. “Nove de nossos treze programas foram avaliados como muito bons ou excelentes”, informou. Para ela, a Coppe vive um momento especial de renovação. Na última alocação de vagas (COTAV), a instituição foi contemplada com 18 concursos docentes com mais de 200 inscritos. “Esses doutorandos trarão uma injeção de gás importante”, observou a professora.

Como avalia a intervenção? A medida inquieta todos os setores democráticos no Brasil e, de modo especialmente intenso, em virtude das ásperas experiências, toda América Latina. A violência urbana não é passível de ser enfrentada com a lógica de guerra e a ratio militar. A ocupação da Maré pelas Forças Armadas confirmou isso. Nada mudou após a saída das tropas. As experiências na Colômbia igualmente são trágicas. Esses fracassos se devem ao fato de que a missão constitucional das Forças Armadas é outra e nada tem a ver com os problemas de segurança nas cidades. Uma coisa é o uso das Forças Armadas para segurança em eventos e lugares turísticos, sob autoridade civil; outra, radicalmente distinta, é subordinar a segurança à autoridade militar. É um precedente importante, o primeiro desde o fim da ditadura empresarial -militar. Mais uma peça no tabuleiro do jogo político foi inserida, turvando o horizonte democrático no país. Qual a expectativa em relação ao plano para segurança? Os primeiros sinais corroboram que irá prevalecer a lógica da ocupação militar dos territórios em que vivem os trabalhadores mais explorados e expropriados, as favelas. O ministro da Defesa demandou mandados de busca e apreensão coletiva, medida que impõe o terror nas favelas, desrespeita os mais elementares princípios de garantias individuais. A experiência das UPPs nos mostra que com tal medida ocorrerá deslocamento de criminosos para outras áreas. O comandante já solicitou imprecisos poderes adicionais: quais? Não se sabe. Afirma não querer uma nova Comissão da Verdade. Avalia que há uso político? A intervenção é um ato político. O medo e o sofrimento da população são terrenos férteis para a “mão forte”, o “pai patrão” e, por isso, inicialmente a população irá apoiá-la. O governo e muitas frações do bloco de poder sabem disso. Com a medida, alguns setores com poder e dinheiro podem estar testando uma hipótese – que é incompatível com o Estado democrático de Direito. Qual a dificuldade da esquerda para formular um plano de segurança com outra perspectiva? A esquerda, em vários sentidos herdeira do iluminismo, busca enfoques baseados na razão e nos direitos humanos, mas vivemos em uma sociedade que produz desigualdades hostis a tais valores. Quando a esquerda afirma que é a difusão máxima dos direitos humanos que interdita a violência, está correta. Em geral, países com menor desigualdade e com maior tradição democrática possuem baixos níveis de violência. Mas isso significa alterar o padrão de acumulação do capital, o que exige mudanças estruturais profundas. Não há atalho fácil para resolver essas questões, mas não será com irracionalismo e sufocamento da democracia que as resolveremos.

O temporal da madrugada do dia 15 fechou cinco dos nove leitos do CTI do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e interrompeu as cirurgias eletivas (não emergenciais) por tempo indeterminado. O HU realizava em média 25 dessas operações diariamente. Quase duas horas de forte chuva e ventos destruíram 1.400 metros quadrados de telhado. O hospital já havia perdido 600 metros quadrados de cobertura com as chuvas de2017.

A reitoria solicitará recursos emergenciais ao MEC. O assunto foi discutido na plenária de decanos do dia 19 e no Conselho Universitário do dia 22. Segundo o reitor, Roberto Leher, foram gravemente afetados o Centro de Ciências da Saúde e o edifício que abriga a reitoria, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional e os cursos de Arquitetura e Urbanismo e Belas Artes.

Cerca de 200 árvores foram arrancadas. Subestações de energia, salas de aulas, laboratórios e auditórios foram alagados. O CCS, maior Centro da universidade, teve blocos inteiros inundados, e equipamentos foram retirados às pressas. A biblioteca foi interditada. No prédio da reitoria, parte do trabalho de recuperação realizado desde o incêndio de 2016 se perdeu. Dois metros da água foram retirados do poço dos elevadores. O edifício ficou às escuras até segunda-feira, 19, quando a  energia foi religada.

“Há uma dívida do MEC com a universidade desde o incêndio de 2016. O orçamento para recuperação era em torno de R$28 milhões, mas só recebemos R$ 9 milhões. E o montante previsto para 2018 não é suficiente para o mínimo”, completou o reitor.

Segundo a decana do Centro de Letras e Artes (CLA), Flora de Paolif, a situação dos alunos desalojados pelo incêndio se agravou com o alagamento da Faculdade de Letras, para onde foram transferidas as aulas dos cursos do prédio incendiado. “Dependemos de reparos que garantam que esses oito mil alunos possam retornar às aulas”, resumiu a decana.

Telhados quebrados, salas e laboratórios alagados e redes interrompidas por quedas de árvores põem em risco atividades As consequências do temporal da madrugada do dia 15 foram debatidas na reunião de decanos da UFRJ nesta segunda-feira 19. A reitoria informou que fechará um levantamento detalhado das perdas da universidade antes de reunião com o Ministério da Educação, na próxima semana. E que solicitará recursos em caráter emergencial. “A densidade da chuva e do vento provocou muitos danos a diversas unidades da universidade, porque exacerbou a vulnerabilidade de estruturas sem recursos para adequada manutenção”, disse o reitor Roberto Lehrer. “Estamos muito preocupados porque o montante previsto para 2018 não é suficiente para o mínimo”, completou. Segundo a administração, os mais prejudicados foram o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Centro de Ciências da Saúde e o edifício Jorge Moreira Machado, onde funcionaram, até o incêndio de 3 de outubro de 2016, a administração central e os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Belas Artes e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. Na reunião, que incluiu diretores, foram citados ainda alagamento de cinco módulos no alojamento estudantil. Além disso, houve prejuízos de menor escala com pisos e tetos do Centro de Tecnologia e do Centro e Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza. A Prefeitura Universitária relatou que cerca de 200 árvores  foram arrancadas desde a raiz pelo vento no campus Fundão. No Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, a chuva e o vento forte destelharam aproximadamente 1.400 metros quadrados dos 7 mil da cobertura do telhado do hospital universitário. Parte do teto do hospital desabou, causando apagão e alagamento no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do 13º andar na madrugada do dia 15. Pacientes tiveram de ser transferidos, e cirurgias, suspensas. O diretor do HUCFF, Leôncio Feitosa, relatou a transferência dos pacientes para outras instalações e a retomada gradual de cirurgias suspensas. Maior centro da Universidade, o Centro de Ciências da Saúde teve blocos inteiros de salas de aula, laboratórios e auditório alagados. Sua biblioteca foi interditada. Na sede da reitoria, o temporal afetou o pouco trabalho de recuperação realizado desde o incêndio de agosto de 2017. O prédio ficou às escuras até o início da noite da segunda-feira, 19, quando a  energia elétrica foi normalizada. Para a decana do Centro de Letras e Artes (CLA), Flora de Paolif, o quadro é agravado pelo alagamento parcial da Faculdade de Letras. A unidade recebeu a maior parte dos alunos dos cursos do CLA desalojados pelo incêndio. “Objetivamente, dependemos de reparos para salas de aula que garantam  que esses oito mil alunos que dependem da Faculdade de Letras possam retornar às aulas”, disse a decana. Segundo a diretora do curso de Letras, professora Sonia Cristina Reis, um grande volume de água segue empoçado sobre o prédio, vazando para as salas.

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