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Na sede do sindicato, os representantes dos professores e o pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, dialogaram sobre a organização, o conteúdo e cronograma do evento O Congresso Universitário proposto pela reitoria foi tema de reunião entre a diretoria da Adufrj e o pró-reitor de Pessoal, Agnaldo Fernandes, no último dia 4. No sindicato, os representantes dos professores e o dirigente universitário dialogaram sobre a organização, o conteúdo e cronograma do evento. O encontro foi resultado do compromisso do reitor Roberto Leher em reiniciar o processo de organização do Congresso, com participação mais efetiva das entidades representativas da comunidade. Na reunião do dia 4, os diretores da Seção Sindical apresentaram as divergências com relação à proposta original. Uma crítica inicial diz respeito à participação condicionada à apresentação de teses. Para o vice-presidente da Adufrj, professor Eduardo Raupp, este dispositivo pode afastar as pessoas do debate: “Queremos que o Congresso seja um espaço de acolhimento”, disse. A diretora Ligia Bahia observou que a discussão poderia se dar por temas: “E que seja um repertório aberto. Sem censura, para estimular a participação”, afirmou. Os professores também cobraram que seja divulgado o Plano de Desenvolvimento Institucional, tido pela reitoria como documento de referência dos trabalhos do Congresso. Também reivindicaram mais informações sobre diversos aspectos da vida universitária, como assistência estudantil, pesquisas realizadas e dados sobre a própria categoria docente. Solicitaram, ainda, que a comissão organizadora tenha uma composição paritária. O pró-reitor Agnaldo disse que enviaria o PDI para a diretoria no mesmo dia e buscaria os dados solicitados para divulgação. Observou que há concordância com a paridade na organização: “Podemos incorporar temas que discutimos aqui. Não achamos que haja diferenças que nos separem”, avaliou. Um novo encontro entre administração central e diretoria da seção sindical para discutir o Congresso Universitário deve ocorrer no dia 11.

Organizado por 22 entidades, entre elas a Adufrj, evento comemora os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e protesta contra cortes em pesquisa Domingo é dia de ciência na Quinta da Boa Vista. Num dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, a comunidade acadêmica celebrará os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com atividades gratuitas das 10h às 14h. “É uma oportunidade para aproximar a ciência da população”, destaca a bióloga Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, conselheira da SBPC e pesquisadora do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma das 22 entidades organizadoras do evento, entre elas a Adufrj. “Será um momento para protestar contra o corte de investimentos de pesquisa”, completa o presidente da SBPC, professor Ildeu de Castro Moreira. “Ciência e a educação são importantes para a soberania e a construção de uma nação mais justa. Queremos chamar atenção para isso”, avalia Fernando Pereira Duda, diretor da Adufrj. O evento lembra outras três datas importantes para os pesquisadores brasileiros: o Dia Nacional da Ciência, Dia Nacional do Pesquisador e os 200 anos do Museu Nacional. O Museu terá entrada gratuita durante todo o dia. Em mais de 30 estandes, o público poderá participar de experimentos científicos (veja  abaixo). O repertório musical ficará por conta de ritmistas da Beija-Flor e rappers da comunidade de Manguinhos. O presidente da SBPC lembra que também será um momento de manifestação contra os cortes de recursos para a pesquisa. “Vamos repetir com força no dia 8 de julho: Ciência não é gasto, é investimento!”, explica Ildeu. PROGRAMAÇÃO Da astrofísica ao DNA, da prevenção da dengue até a melhor forma de lavar as mãos, tem de tudo um pouco na feira de ciências na Quinta. Algumas atrações:
  • Observação do Sol - o público poderá observar o sol por meio de telescópios, com auxílio dos mediadores da feira
  • Que micróbio você é? - os participantes descobrirão com que micróbio (ou microrganismo) mais se parecem
  • Diabetes e Obesidade - atividades lúdicas como “amarelinha da diabetes” e “monte seu prato” vão mostrar a importância da atividade física
  • Ciência em Jogo: mesas de jogos sobre microbiologia e imunologia criados por alunos do Instituto de Microbiologia
  • Conhecendo os mosquitos transmissores de dengue, zika e chikungunya
  • Rap com ciência: das 10h às 12h, apresentações de rappers compondo músicas sobre temas científicos.
  • Apresentação de ritmistas da Beija-Flor: 12h às 14h

Entre os dias 21 e 24, a ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart, foi apresentada na Escola de Música. Com professores e mais de cem alunos da Música e das Escolas de Belas Artes, Comunicação e Educação Física e Desportos, o espetáculo emocionou o público. A montagem levou solistas, coro, orquestra sinfônica e componentes da Cia. de Dança da UFRJ ao Salão Leopoldo Miguez. “Essa iniciativa da universidade é maravilhosa. Todos estão envolvidos com a produção, que está linda. É um privilégio assistir à Flauta Mágica com uma montagem acadêmica.”, disse a espectadora Isabela Abrante. Ao passo em que os personagens subiam ao palco, as cores do cenário e vestimentas acompanhavam a movimentação. Para a professora de Indumentária da UFRJ e orientadora de figurino da ópera Desirée Bastos, a criação foi trabalhosa: “A Flauta Mágica é uma ópera muito complexa, tem muita troca de roupa. Quando a gente pensa o figurino não é só a roupa, mas sim tudo que está no corpo. Além do figurino assinado pelos alunos, todos os pequenos objetos também foram confeccionados por eles”. A preparação corporal teve a direção do professor e coordenador da Cia. de Dança da UFRJ André Meyer, que participou da primeira montagem da ópera pela universidade, em 1994. “O meu sentimento é de muita realização, principalmente por ver os estudantes potencializados e atuando artisticamente com a dança na UFRJ”, conta. Além dos alunos da universidade, três crianças do Coral Infantil da UFRJ constituíram o coro, coordenado pela diretora da Escola de Música, professora Maria José Chevitarese. Ela lamentou não poder apresentar a ópera na Cidade Universitária, como nas últimas temporadas. “Este ano, estamos com pouca verba para montar a ópera. O corte de bolsas inviabilizou a ópera no Centro de Tecnologia". Confira fotogaleria da ópera "A Flauta Mágica"

O artista, cineasta e dramaturgo Ruy Guerra recebeu ontem (28) o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ. A honraria foi concedida durante Sessão Solene do Conselho Universitário, no campus da Praia Vermelha. “No momento conturbado que estamos passando, receber esse título em um reduto do saber, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, é para mim um grande motivo de alegria”, afirmou. O reitor da UFRJ, Roberto Leher, destacou a importância de prestar essa homenagem a um dos grandes nomes do cinema nacional. “É uma afirmação da forma como a UFRJ pensa a realidade brasileira e o campo da cultura. Ruy está no epicentro de um movimento de revolução cultural no país.” Ele ressaltou a grande contribuição do artista, ao lado de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, para o movimento do Cinema Novo, na década de 60. “O país vislumbrava o horizonte em que o direito de sonhar estava sendo materializado por essa geração extraordinária.” Convidado a falar sobre o amigo, o fotógrafo e também cineasta Walter Carvalho exaltou a contribuição de Ruy Guerra para outras artes. “Toda a história da música brasileira passa por ele”, disse. “É um dos expoentes do grupo que estava construindo uma cultura brasileira a partir desse ponto de vista”. Em parceria com ícones da MPB, como Chico Buarque, escreveu diversas canções, como “Fado Tropical”, “Tatuagem” e “Você vai me seguir”. Ruy Guerra nasceu na cidade Lourenço Marques (hoje Maputo), capital de Moçambique, em 1931. Estudou cinema no renomado Institut des Hautes Études Cinématographiques, em Paris, mas foi no Brasil que ganhou grande destaque. Entre suas obras, estão os filmes “Os Cafajestes” (1962) e “Os Fuzis” (1964), vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim daquele ano, na categoria direção.

Marco na luta política brasileira, a Passeata dos 100 Mil completou 50 anos na terça-feira, 26 de junho. O protesto contra a ditadura militar reuniu, no Centro do Rio, lideranças políticas, sindicais e artistas, mas principalmente jovens que sonhavam mais liberdade e democracia para o Brasil. Luiz Pinguelli Rosa, Diretor de Relações Institucionais da Coppe/UFRJ, estava lá ao lado de colegas da Faculdade Nacional de Filosofia e Ciências, onde estudava Física. O professor, na época com 26 anos, lembra que o período foi marcado pela oposição ao regime. “Havia expectativa que a ditadura cedesse, por isso as pessoas se mobilizaram tanto. Também foi um protesto contra a tortura, os estudantes sofreram muito”. As ruas estavam tão cheias que as autoridades não conseguiram impedir o discurso de Vladimir Palmeira, liderança do movimento estudantil. “Existia o medo de que prendessem o Vladimir, mas eles não conseguiam atravessar a multidão”, conta. “Era tanta gente que a polícia recuou e não houve repressão.” Maria Lúcia Werneck, presidente da Adufrj, tinha 25 anos quando foi à Passeata dos 100 Mil. Dava aulas na rede estadual do Rio de Janeiro e era filiada ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ela acredita que o evento foi um marco da luta contra o governo militar. “Foi um movimento pacífico e reivindicativo em relação à democracia”, afirma. “Nos grandes centros urbanos, a população de classe média e operária estava aumentando a sua participação política.” No entanto, Maria Lúcia reconhece que o ato também teve consequências ruins: “O fato de aquilo não ter se desdobrado em negociações abrangentes e mais amplas foi negativo. Houve uma radicalização da esquerda e uma resposta radical da direita, que culminaram no AI-5.” Pinguelli considera importante que mobilizações continuem acontecendo e cita a recente greve dos caminhoneiros. “Foi uma demonstração que a sociedade se organiza. Teve um impacto muito forte.” Maria Lúcia também acredita na importância de protestos no atual cenário político, mas acrescenta que, “paralelamente, é importante estimular a credibilidade das instituições”.

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