A divulgação do ranking universitário britânico Times Higher Education surprendeu a comunidade acadêmica da UFRJ. De acordo com o levantamento - que examina 13 indicadores –, a universidade não está mais entre as dez melhores da América Latina: caiu para a 12ª posição.
Mais preocupante do que o desempenho deste ano é a tendência sinalizada pelos números. A UFRJ estava em 8º lugar em 2017 e em 5º lugar há dois anos. Significa uma queda de sete posições em três anos.
Para o professor Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica, o ranking mostra que a conta da crise chegou para as universidades públicas do Rio. Além da UFRJ, a Uerj também caiu uma posição (para 25º) e a UFF se manteve em 45º lugar. “Somos duplamente punidos aqui, pelo corte nos recursos federais e pela situação da Faperj. Há mais de R$ 500 milhões em projetos contratados pela Faperj que foram empenhados pela obrigação constitucional e que não foram pagos pelo governo estadual desde 2015”, afirmou o ex-dirigente da Fundação.
A pró-reitora de Pós-graduação, Leila Rodrigues, minimizou o resultado. Segundo ela, a UFRJ aumentou o número de publicações e estudantes. Já o pró- -reitor de Graduação, Eduardo Serra, ressaltou que os números em ensino melhoraram, mesmo com os cortes orçamentários. Universidades como UnB e UFMG melhoraram a performance. O Brasil, no entanto, ainda está numa posição acanhada no cenário internacional. As instituições melhor colocadas no país, Unicamp e USP, não estão nem entre as 200 primeiras do ranking mundial.
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