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Os professores e técnicos-administrativos da UFRJ acabam de ganhar mais opções de planos de saúde, com valores em geral mais baixos que os praticados no mercado, além de outras vantagens. A universidade anunciou esta semana a adesão a um contrato celebrado entre o MEC e a administradora de benefícios Qualicorp. A negociação contou com decisiva participação da diretoria da AdUFRJ que, desde dezembro de 2021, insiste com a reitoria sobre a importância da oferta de um plano de saúde para professores, dentro de condições financeiras favoráveis e de qualidade de serviço.

Confira a apresentação da Qualicorp realizada dia 22

Eles não têm dúvidas sobre a importância de liquidar a eleição no primeiro turno para garantir a democracia no Brasil. “Essa não é um disputa normal entre candidatos que respeitam as regras democráticas. Bolsonaro é um candidato fascista que prefere dar um golpe a ganhar a eleição. Derrotá-lo no primeiro turno é reduzir ao máximo a ameaça golpista”, resume Pedro Lima, professor da Ciência Politica.
Mayra Goulart, também da Ciência Política e vice-presidente da AdUFRJ, defende que a missão dos próximos 15 dias é a conquista do voto útil em Lula. “Ganhar no primeiro turno é reduzir o risco de golpe”, diz. A seguir, os dois professores analisam as pesquisas e cena eleitoral do país.

ENTREVISTA I MAYRA GOULART
Professora da Ciência Política e vice-presidente da AdUFRJ

WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.11.44 1Jornal da AdUFRJ -O que os movimentos sociais e os eleitores de Lula devem fazer nos próximos 15 dias para ajudar a uma vitória no primeiro turno?
Mayra Goulart –
É preciso deixar claro que há risco de contestação do resultado eleitoral e que isso torna importante o voto em primeiro turno. No primeiro turno, são eleitos os legisladores, que serão os principais obstáculos para essa contestação.

E como a comunidade universitária, hoje ainda muito desmobilizada, pode se engajar nesse processo e convencer colegas da própria universidade?
Acho que a estratégia é estimular o voto útil no candidato democrático com maior chance de vitória. E, claro, vale rememorar os feitos do Reuni. Foi a maior política para a educação superior de todos os tempos e foi feita durante os mandatos do PT.

Ipec e Datafolha coincidem na tendência de certa estabilidade com leve ascensão de Lula e leve queda de Bolsonaro. Isso significa que Bolsonaro chegou ao topo?
Bolsonaro ainda irá mobilizar o antipetismo através de fake news, o que pode, eventualmente, permitir elevações moleculares nas intenções de voto. O antipetismo é a bala de prata de Bolsonaro. Ele já tentou outros elementos, como por exemplo, a transferência de renda direta para as camadas populares, mas isso não surtiu o resultado esperado. O antipetismo é o que lhe resta, é sua bala de prata na reta final da campanha. Isso já começou. O último programa de televisão, por exemplo, já foi todo voltado para falar mal do Lula.

Isso já era esperado?
Sim, já era esperado. O que não era esperado é que as estratégias de elevação do auxílio Brasil e de outros programas de transferência de renda e de desoneração tributária surtissem tão pouco efeito.

Lula cresceu um pouquinho entre evangélicos. Ainda dá para crescer mais?
Sim, ainda dá para Lula crescer. Principalmente com essa movimentação de desembarque, ou de relativa neutralidade da Igreja Universal com relação às candidaturas de Lula e de Bolsonaro. Se eles se mantiverem assim, acho que dá para crescer. É preciso lembrar que há uma memória de bem estar econômico, e mesmo de protagonismo político que os evangélicos tiveram ao longo dos governos do PT.

Como deve ser essa abordagem com os evangélicos?
É preciso lembrar que Lula tem um perfil relativamente conservador. É um homem que sempre esteve casado, heterossexual, com uma imagem de protetor que flerta com o machismo. Lula está investindo muito nessa ideia de protetor/provedor, de alguém que vem trazer a concórdia, a harmonia. Essa ideia é importante para atingir, sobretudo, as mulheres evangélicas, mostrando que Lula vai recuperar a harmonia nas famílias, reduzindo a beligerância das disputas políticas.

Por que há mulheres e gays que votam em Bolsonaro?
Há o empoderamento que o discurso conservador fornece para determinadas pessoas dentro de suas realidades materiais. Para quem está lidando com a marginalização, com eventual risco de muita violência, o discurso conservador protege. Protege de violência sexual, protege de abuso de drogas. É um discurso que empodera a mulher diante da sua família, por exemplo. Então há uma racionalidade nesse discurso conservador, assim como no voto em Bolsonaro.

Então como chegar nesse eleitor?
O mais importante é a gente nunca desqualificar o eleitor. Ele é racional no seu voto, mesmo quando não concordamos com ele.

ENTREVISTA I PEDRO LIMA
Professor de Ciência Política da UFRJ

WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.11.45Jornal da Adufrj - Há uma resiliência do eleitor de Ciro Gomes. É possível que os ciristas desembarquem e ainda apoiem Lula no primeiro turno?
Pedro Lima -
Acho difícil essa mudança nos setores de classe média, incluindo aí os servidores públicos e os professores. Quem a essa altura não está convencido do risco demorático em jogo tem, no mínimo, um antipetismo arraigado que dificilmente se dissolverá nessa reta final.

Por que os eleitores de Lula insistem tanto na importância da vitória do primeiro turno?
Veja, não é um capricho petista. Não estamos tratando de uma eleição normal, entre dois projetos políticos divergentes, como já ocorreu no passado diversas vezes entre o PT e o PSDB. Antes tratávamos, por exemplo, de dois projetos antagônicos de universidade, um mais elitista e outro inclusivo. Agora, temos um candidato que quer a destruição da universidade. Veja, Bolsonaro é o candidato que defende a tortura, que defende o golpe, que prefere ser presidente por meio de um golpe do que pela eleição. Defender a vitória no primeiro turno nesse contexto não é, portanto, algo que pretende engolir a minoria, mas sim um gesto que defende o futuro das oposições.

O Bolsonarismo sobreviverá à derrota de Lula?
Bolsonaro é bizarro e ainda me assusto com ele todos os dias. Mas precisamos lembrar como ele virou presidente, como chegamos até aqui. Chegamos com o golpe de 2016, executado com forte protagonismo do Legislativo, do Judiciário, do empresariado e da imprensa comercial. Esse consórco preferiu um defensor da tortura ao invés de um professor.

JANONES ALERTA PARA ‘PONTO CEGO’ NA RETA FINAL

O 1º Encontro de Comunicadores e Comunicadoras com Lula reuniu na terça-feira (13) mais de 6.300 profissionais de todo o país, de forma virtual, para discutir estratégias de comunicação na reta final da campanha. Um dos destaques do encontro foi o alerta do deputado federal André Janones (Avante-MG), que abriu mão de sua candidatura à Presidência em favor de Lula, em relação ao que chamou de “ponto cego” nas redes sociais nos últimos dias de campanha.
“São os últimos três dias: quinta, sexta e sábado. Não tem mais televisão, não tem comunicação oficial, não adianta ingressar com ação na Justiça que não dá tempo de fazer nada. Esses três últimos dias são um ponto cego que você não consegue mensurar. Por isso há algumas viradas de última hora, como a que aconteceu em Minas Gerais em 2018 com o (Romeu) Zema, que ninguém entendia. Vem no momento desse ponto cego, os institutos de pesquisa não conseguem pegar esse movimento final de redes, que vem e varre, elege candidatos. Precisamos ficar atentos a isso”, alertou Janones.
Janones destacou três pontos que devem ser prioritários nas redes nos últimos dias de campanha. “Primeiro, cada rede social tem uma linguagem. Não adianta falar de preço do arroz no Twitter. O cara do Twitter não está preocupado com o preço do arroz. Temos que personalizar a comunicação. Segundo ponto: resposta rápida. Às vezes a gente quer uma resposta melhor, com mais conteúdo, mas não tem jeito, a gente está lutando contra o fascismo, não dá tempo de dialogar muito profundamente. Não podemos deixar boato viralizar sem resposta. Terceiro: sinto que o eleitor do Lula está oprimido, nas redes e nas ruas. A gente tem que fazer emergir nesse eleitorado que está oprimido o orgulho de ser Lula, colocar isso para fora, sem medo. O bolsonarismo é essa coisa ruim, que prega ódio e desamor. Vamos levar um tom sereno, de amor, de verdade”.

WhatsApp Image 2022 09 15 at 15.58.29

Car@s colegas,

Venham conversar sobre as eleições com os professores Mayra Goulart e Josué Medeiros, da Ciência Política. Será um papo descontraído, com cerveja, vinho, petiscos e muito entusiasmo para enfrentar a reta final da campanha eleitoral.

Para confirmar presença: https://forms.gle/ncuAJia5uspPKsM27

WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.11.08Se fosse uma partida de futebol, o cenário seria bem claro. Segundo tempo, já nos acréscimos: de um lado, o time que está à frente do marcador torcendo pelo apito final para celebrar a vitória; de outro, o time que está atrás fazendo de tudo para levar o jogo à prorrogação. No campo eleitoral, líder nas pesquisas, o time do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta liquidar a fatura no primeiro turno, enquanto a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PP) quer forçar um jogo extra no dia 30 de outubro. Duas pesquisas divulgadas esta semana colocaram lenha na fogueira dessa disputa. A do Ipec, de segunda-feira (12), aponta a possibilidade de definição no primeiro turno. A do Datafolha, de quinta-feira (15) indica que haverá segundo turno.
A menos de uma semana da chegada da primavera — a estação começa às 22h04 do dia 22 —, a campanha de Lula concentra esforços na conquista de votos que definam a vitória já em 2 de outubro. Em encontro com mais de 6.300 comunicadores de todo o país, na terça-feira (13), Lula associou a chegada da estação a um novo tempo para o país. “É possível ganhar no primeiro turno. Se tem candidato com um por cento acreditando que vai ganhar, eu que tenho 46% tenho que acreditar que a gente possa conquistar os votos que faltam. Os nossos adversários poderão tentar matar uma, duas ou três rosas, mas eles não conseguirão deter a chegada da primavera”, disse Lula (leia mais no box abaixo).

NO DATAFOLHA, 2º TURNO
WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.15.29Com entrevistas feitas entre 13 e 15 de setembro, a pesquisa do Datafolha mostra que Lula manteve os 45% do levantamento anterior, enquanto Bolsonaro oscilou de 34% para 33%. Ciro Gomes (PDT), em terceiro, subiu de 7% para 8%, e Simone Tebet (MDB) manteve os 5%. Considerando apenas os votos válidos, Lula tem 48% contra 36% de Bolsonaro, o que indicaria hoje um segundo turno. Nessa eventualidade, segundo a pesquisa, Lula bateria Bolsonaro por 54% a 38%.
Para o sociólogo e cientista político Paulo Baía, professor do IFCS/UFRJ, a pesquisa do Datafolha aponta para o segundo turno em 30 de outubro em função da “resiliência eleitoral” de Ciro Gomes e Simone Tebet. “A pesquisa consolida a diferença a favor de Lula de doze pontos percentuais. Acredito que Lula chegue em primeiro lugar no dia 2 com uma margem entre 10% e 15% sobre Bolsonaro, mas creio que a disputa vá ao segundo turno”, diz Baía. Nos últimos dias, a campanha de Lula tem tentado atrair os eleitores, sobretudo, de Ciro Gomes, pregando o “voto útil”.
Uma boa notícia para Lula trazida pelo Datafolha, segundo Paulo Baía, vem da disputa pelo governo de São Paulo. “O candidato de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está empatado com o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), em segundo lugar. E Fernando Haddad (PT) está muito bem em primeiro lugar. Ou seja, Bolsonaro corre o risco de, indo ao segundo turno, ficar sem palanque em São Paulo, caso Haddad e Rodrigo disputem a segunda rodada”.

CHANCE DE DEFINIR JÁ
Realizada entre os dias 9 e 11, a pesquisa do Ipec divulgada na segunda-feira (12) mostra Lula com 46% das intenções de voto e Bolsonaro com 31%. O resultado indica um cenário de estabilidade na disputa. Em relação à rodada anterior do Ipec, de 5 de setembro, Lula subiu dois pontos, dentro da margem de erro, passando de 44% para 46%, e Bolsonaro manteve os mesmos 31%. Segundo o Ipec, mesmo somando 51% dos votos válidos, não é possível afirmar neste momento se Lula pode ou não vencer a eleição no primeiro turno. No caso de segundo turno, o petista vence Bolsonaro por 53% a 36%.
Na pesquisa do Ipec, Ciro Gomes vem em terceiro, com 7% das intenções, um ponto percentual a mais que na rodada anterior, e Simone Tebet se manteve com os 4% da semana passada. O professor Paulo Baía avalia que, apesar de a pesquisa mostrar uma condição muito favorável a Lula, a disputa deve ser mesmo definida no segundo turno. “O Ipec dá uma indicação clara de vitória no primeiro turno. Contudo, embora a diferença entre Lula e Bolsonaro tenha crescido, eu não creio no cenário de vitória no primeiro turno”.
Baía credita a ida da disputa para o segundo turno ao desempenho, sobretudo, de Ciro Gomes e Simone Tebet. “Simone deve variar entre 2% e 4%, e Ciro vai oscilar entre 5% e 8% dos votos. Trabalhando com os piores cenários, de 2% para Simone e de 5% para Ciro, chegaremos a 7%. Com isso, há uma possibilidade real de segundo turno, com Lula bem à frente em primeiro lugar e Bolsonaro consolidado em segundo. Uma vitória no primeiro turno era mais provável antes das entrevistas do Jornal Nacional e do debate da Band. Com as entrevistas e o debate, o eleitor de Simone e de Ciro se consolidou. Vejo neste momento como remota a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno”.

LULA: “NÓS NÃO SOMOS ALGORITMOS, NÓS SOMOS SERES HUMANOS”

WhatsApp Image 2022 09 19 at 10.11.44Em sua participação no encontro com comunicadores e comunicadoras, o ex-presidente Lula falou sobre sua preocupação com a abstenção na eleição, a campanha nas redes sociais e a possibilidade de vencer no primeiro turno. Sobre a abstenção, Lula ponderou que é importante convencer as pessoas a votar no dia 2: “Nós temos um problema sério no Brasil: sempre tivemos um percentual de eleitores que não votam. Tem gente que espera chegar o dia das eleições e logo cedinho ou na véspera vai para a praia, vai para o interior e não quer votar. A pessoa que não vota perde um pouco a autoridade de cobrar de quem foi eleito. É importante participar do processo”.
Lula observou que o bolsonarismo deve aumentar os ataques, sobretudo nas redes, nas próximas duas semanas. “Os nossos adversários poderão tentar matar uma, duas ou três rosas, mas eles não conseguirão deter a chegada da primavera. Nós não somos algoritmos, nós somos seres humanos. Não queremos perder o nosso humanismo, o nosso sentimento. Nossas mensagens têm que tocar o coração. Por isso é importante falar de família, de amor, de esperança, de futuro nesses últimos dias de campanha. Acho que isso vai fazer com que o povo brasileiro se dirija à urna para digitar o seu voto com muita esperança. com muito amor, com muita paz. Com muita leveza espiritual”.
Ele acredita que a eleição possa ser decidida no primeiro turno, mas frisou que o mais importante é vencer o bolsonarismo. “O que está em jogo não é a vitória de um homem sobre outro homem. O que está em jogo é a possibilidade de a gente recuperar o bem-estar da família brasileira. E recuperar a esperança, o jeito gostoso de viver a vida. Vamos fazer isso sem ódio, sem fazer nenhuma provocação, sem fazer o jogo rasteiro dos nossos adversários, elevando o nível político da campanha. Acho que nunca antes na nossa história o povo esteve tão necessitado de uma vitória nossa como agora. Voltar a ter um presidente humanista, que conheça o povo”.

elevadoresA direção da Escola de Belas Artes suspendeu as aulas da graduação. Os motivos: falta de limpeza, de elevadores e, por último, de água. As aulas só devem retornar com a volta ao funcionamento dos elevadores e a restauração da água nos pavimentos superiores. A limpeza começou a ser realizada na manhã desta quarta-feira (14). A reitoria emitiu nota se dizendo surpresa com a suspensão das aulas. O comunicado ainda afirma que a limpeza é de responsabilidade da decania do Centro de Letras e Artes.

Diretora da EBA, a professora Madalena Grimaldi reconhece que não comunicou a interrupção das aulas à reitoria, mas rebate as informações contidas na nota oficial. De acordo com a dirigente, no final do semestre passado a administração central confirmou o fim das obras da rede elétrica nos sexto e sétimo andares, última etapa que faltava para liberação dos andares fechados desde o incêndio de 2016. “Fomos informados que os andares estavam prontos para uso”, contou a professora Madalena.

Então, a unidade montou um mutirão para transferir todo o mobiliário que estava nos andares inferiores para o sexto e o sétimo pavimentos. “Havia muita coisa estragada, muita coisa com cupim. Recuperamos o que era possível, limpamos os móveis, arrumamos tudo. Professores e técnicos da Escola e também servidores cedidos pela decania nos ajudaram nessa mudança. Foi um esforço sobre-humano”, relembra a diretora. No sábado que antecedeu o início das aulas do segundo semestre a decania efetuou a limpeza dos resíduos das obras.

“As aulas começaram no dia 29 de agosto, mas desde maio vimos alertando sobre a limpeza. Em reunião com a PR-6 (pró-reitoria de Gestão e Governança) foi-nos dito que não haveria como fazer um aditivo ao contrato por conta dos cortes orçamentários”, conta Madalena Grimaldi. “Nós, então, eu e a decana, professora Cristina Tranjan, sugerimos fazer um rodízio como forma de atender a todos os andares com o mesmo número de funcionários de limpeza. Mas a PR-6 não autorizou porque também seria necessária, antes, uma mudança contratual”, revela a diretora. “Apesar da negativa, a PR-6, o tempo todo, nos informava que estava negociando com a empresa”, afirmou Madalena. Mas nada aconteceu. “Os banheiros ficaram numa condição de insalubridade tamanha que seria irresponsabilidade minha manter as aulas”, diz.

Outro problema que subsidiou a decisão de descontinuar as aulas foi a inconstância no funcionamento dos elevadores. São cinco, todos reformados, mas que não conseguem ser utilizados ao mesmo tempo. “Tenho alunos e professores com mobilidade reduzida. Subir sete andares no nosso prédio significa, na prática, subir 11 andares, por conta do pé direito mais alto. Alunos e técnicos ficaram presos nos elevadores diversas vezes nessas primeiras semanas de aulas até que na última sexta-feira (9) não havia mais nenhum funcionando”, conta Madalena Grimaldi. “Eu tive aluno passando mal, professor com falta de ar. Estou aguardando a resolução desses problemas para retomar o semestre”, conclui a diretora.

As informações foram confirmadas pela decana do CLA, professora Cristina Tranjan, que esteve durante toda a manhã desta quarta-feira, dia 14, em reunião com a reitoria. “A decisão pela suspensão das aulas foi tomada ontem (terça, dia 13) e apoiada por mim”, afirma. A decana, no entanto, minimizou o incidente após a longa conversa com a administração da UFRJ. “Houve a reabertura dos andares que ficaram seis anos fechados, e a limpeza não deu conta. A situação já está voltando à normalidade. A gente lutou muito para a reabertura desses andares, é uma vitória. O que está acontecendo agora são ajustes por conta do aumento da circulação no prédio”, declara.

Sobre os elevadores, a decana informa que ocorreu uma varredura na rede elétrica para fazer um diagnóstico sobre o que gera o mau funcionamento dos equipamentos. “Eu ainda não sei de quanto tempo a empresa de manutenção precisa para fazer esse diagnóstico. Espero que seja algo de simples resolução. Na sexta-feira (9), um professor cadeirante precisou dar aula no meu gabinete – que fica no térreo do edifício. Realmente não há como manter o funcionamento de um edifício com sete andares sem elevadores”.

Reitora da UFRJ, a professora Denise Pires de Carvalho participou da reunião com a decana do CLA mais cedo. “Aparentemente há um problema na carga elétrica que chega aos elevadores e a água precisou ser fechada por conta de um vazamento. Enquanto não solucionarem esses dois itens, as aulas não poderão ser retomadas”.

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