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rádioO programa AdUFRJ no Rádio desta semana recebe Mayra Goulart, professora do IFCS e vice-presidente do sindicato, para discutir os temas políticos da semana. Bolsonaro não vai à COP26 e isola um pouco mais o Brasil no cenário mundial. A política externa do governo está esvaziando o soft power brasileiro. O governo acabou com o Bolsa Família e tenta criar um programa de distribuição de renda para mudar a demografia do voto do presidente em 2022. O programa também destaca a volta das atividades presenciais dos técnicos da UFRJ. O AdUFRJ no Rádio vai ao ar todas as sextas-feiras, às 10h, com reprise às 15h, pela Rádio UFRJ (www.radio.ufrj.br) e também está disponível em seu agregador de podcasts favorito.

51634869165 ada1e257d1 kMembros da CPI da Pandemia entregam o relatório final da comissão ao presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Foto: Jefferson Rudy/Agência SenadoApós aprovar seu relatório final, fruto de seis meses de denúncias e revelações que chocaram o país, a CPI da Pandemia iniciou esta semana uma segunda fase: a de cobrar das autoridades a sequência das investigaçõs e a punição dos responsáveis por ações e omissões no combate à covid-19. A cúpula da CPI entregou cópias do documento à Procuradoria-Geral República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal de Contas da União, entre outros órgãos.
O relatório atribui ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade; e crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo). A CPI também imputa crimes a outras 77 pessoas e duas empresas (Precisa Medicamentos e VTCLog), totalizando 80 indiciamentos.
Três filhos do presidente — o senador Flávio, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos — foram indiciados por incitação ao crime, pela reiterada disseminação de fake news sobre a covid-19. Pelo mesmo crime, a CPI indiciou outros parlamentares próceres do bolsonarismo, como Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Carlos Jordy (PSL-RJ). Os deputados Ricardo Barros (PP-PR) e Osmar Terra (MDB-RS) também estão na lista, sendo que a Barros, líder do governo, são imputados os crimes de incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.
Há também pedidos de indiciamento de ministros (como Marcelo Queiroga, da Saúde), ex-ministros (como Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo), médicos, empresários e um governador — Wilson Lima, do Amazonas.

PluraisForam necessárias quase quatro décadas para a UFRJ apreciar o brilho e a importância de uma de suas estrelas. Mas nesta semana, por unanimidade e aclamação, o Conselho Universitário aprovou o título de Doutora Honoris Causa à historiadora, professora, poeta e ativista Maria Beatriz Nascimento, que dedicou boa parte de sua trajetória acadêmica, na graduação e no mestrado, à UFRJ. “A concessão do título póstumo de Doutora Honoris Causa para a Maria Beatriz Nascimento favorecerá a ampliação do conhecimento de quem dedicou a vida para a análise, além da que vigorava naquela época, da temática de negros e negras no Brasil e da defesa dos direitos das mulheres”, reforça o parecer que sustentou a decisão.

COMUNICAÇÕES ACESSÍVEIS SÃO TEMA DE DEBATE PROMOVIDO PELA UFRJ

O Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva, em parceria com o Projeto de Pesquisa e Elaboração de Comunicações Acessíveis — Projeto ComAcess NCE/UFRJ, promoveu na segunda-feira (25) o debate virtual “Por Uma Comunicação Para Todos – Por Onde Começar?”. O evento se propôs a dialogar sobre a importância da produção e disponibilização de comunicações acessíveis. Participaram a assessora de Inclusão e Acessibilidade da PR-7, Rita Gomes, o técnico de Acessibilidade Audiovisual na Coordcom/UFRJ, Rodrigo Fortes, Sandra de Oliveira, doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e Tatiane Nunes, pedagoga da Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da ENSP/Fiocruz.

NÚCLEO DE APOIO À PRODUÇÃO CULTURAL ATENDE NA PANDEMIA

Ganhador do Prêmio Ordem do Mérito Cultural Carioca em 2021, o Núcleo de Apoio à Produção Cultural (Naprocult) da UFRJ é um projeto de extensão, criado por servidores técnico-administrativos da universidade, para auxiliar agentes culturais na elaboração de projetos, inscrição em editais, prestação de contas e outras atividades necessárias à execução e realização de suas ideias. Com três anos de existência, a iniciativa já prestou consultoria a mais de mil profissionais da cultura e está passando por um movimento de interiorização de seus serviços. Durante a pandemia, o Naprocult já recebeu fazedores culturais de 17 estados do país, de 36 municípios do estado do Rio de Janeiro e mais de 100 bairros e territórios da cidade do Rio de Janeiro.

WhatsApp Image 2021 10 29 at 09.40.56O Dia de Mobilização em Defesa da Ciência, que denunciou cortes orçamentários e descaso com as políticas na área científica, realizado por entidades acadêmicas, na terça-feira (26), também enfrentou o tema do negacionismo. Presidente de Honra da SBPC e diretor do Museu da Amazônia (Musa), o físico Ennio Candotti afirmou, durante a aula magna “A importância da divulgação científica em tempos de charlatanismo”, que o ataque ao conhecimento científico atende a um projeto político e econômico antidemocrático. E que liberdade científica sem democracia é ilusão. “O poder escolhe o que é verdade, mesmo quando é mentira”, advertiu.
“Não adianta se escandalizar com a prescrição de remédios sem comprovação científica. O charlatanismo é funcional a um desejo de poder. Se Bolsonaro não fosse presidente, ninguém daria bola para as bobagens que ele diz. O problema está no grupo de poder que ele perpetua, que retira dos trabalhadores e dos mais humildes os recursos para viver e que retrocede em conquistas”, analisou o professor aposentado do Instituto de Física da UFRJ. “Não à toa a cloroquina, grande vilã da história, é fabricada pelo Exército. Qual maior demonstração de canhão contra a verdade?”, acrescentou.
Ennio Candotti defendeu a autonomia científica em relação a governos. Entretanto, ele também destacou que a postura não deve ser confundida com omissão ética. “Os direitos humanos estão no centro do nosso desafio”, considerou. Para exemplificar, destacou a distribuição desigual da vacinação no mundo. “A África tem 3% da população vacinada. A Europa, quase 60%. Os países pobres não têm direito à saúde?”, provocou, reforçando a constatação de que enquanto não estiverem todos vacinados sempre haverá risco coletivo. “Não adianta se trancar no seu prédio, fechar as portas, pois o vírus é pequeno e passa pelas frestas e se espalha”.  
Na visão do diretor do Musa, o esforço para a divulgação científica deve “não só buscar mais adeptos à Ciência” mas ainda “alavancar instrumentos para virar a Ciência a nosso favor e não contra nós”. E, nesse sentido, avaliou ele, a responsabilidade desses espaços cresceu a partir da pandemia. “É nos centros de Ciência e nos museus científicos que as pessoas vão descobrir se a cloroquina funciona ou não funciona”, justificou. “Os museus não são apenas retratos do passado, mas refletem a sociedade de hoje. Eles criam memória com registros orais e dos fatos que ocorreram nos municípios ou nas comunidades”.
Sobre o Brasil, Candotti foi cirúrgico. “Não é possível fazer ciência em uma sociedade tolhida, amarrada, tradicionalista, fechada. As três palavras: tradição, família e propriedade estão na base do charlatanismo. É preciso reconquistar o espaço histórico da Ciência para reconquistar a democracia plena no país”, concluiu.

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