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rádioO programa AdUFRJ no Rádio desta semana recebe os professores Eleonora Ziller e Felipe Rosa, diretores do sindicato, que falam sobre a viagem de Bolsonaro para a Assembleia Geral da ONU e seu discurso na abertura do evento. Outro destaque no programa é a resistência à reforma administrativa do governo: é hora de intensificar a luta contra o projeto. Os docentes também fazem um breve balanço da gestão à frente do sindicato, que encerra o mandato em outubro. O AdUFRJ no Rádio vai ao ar todas as sextas-feiras às 10h, com reprise às 15h.

WhatsApp Image 2021 09 25 at 07.31.55 1O Comitê Fora Bolsonaro da UFRJ reuniu-se na quinta-feira (23) para organizar a participação nos atos nacionais contra o presidente convocados para 2 de outubro. O coletivo elencou uma série de ações para ampliar a mobilização: realizar panfletagem no Hospital Universitário e em estações de metrô; procurar os centros acadêmicos da universidade; e fazer uma concentração unificada da UFRJ no dia 2.

WhatsApp Image 2021 09 18 at 10.56.51A inédita eleição remota da AdUFRJ se converteu em recorde de engajamento dos sindicalizados. Participaram 1.643 eleitores, o equivalente a 48,25% dos professores filiados. A chapa 1 venceu a disputa com 967 votos e assegurou a continuidade do trabalho desenvolvido pelas três últimas gestões da seção sindical. Já a chapa 2  obteve 633 votos. Houve, ainda, 29 votos brancos e 14 nulos. A posse da diretoria e do CR está programada para o dia 15 de outubro. “Quase 50% dos filiados votaram, o que é histórico para a AdUFRJ e muito incomum no panorama dos sindicatos”, comemora o presidente eleito, professor João Torres, do Instituto de Física. “Só para efeito de comparação, na eleição do Andes participaram pouco mais de 15% dos filiados no país todo. Isso indica que a AdUFRJ está fazendo um papel excelente de envolvimento da sua base e de escuta”, avalia o docente.
Presidente da Comissão Eleitoral, o professor Hélio de Mattos Alves concorda com a avaliação do colega eleito. “Foi vitoriosa essa experiência de envolver, na pandemia, quase 50% dos associados da AdUFRJ em sua eleição”, afirma. “Além da votação para a diretoria, também tivemos grande vitória no Conselho de Representantes. É um conselho bem representativo, com muitas unidades participantes”.
A professora Raquel Lobosco votou pela primeira vez, e graças ao modelo remoto. Ela está na França para um pós-doutorado. “Se não fosse a eleição virtual, eu não poderia participar”, destaca. “O voto online facilitou muito. Aliás, não só o voto. Os atendimentos online do jurídico também. Já fiz vários e foram todos excelentes”, afirma a professora, do centro multidisciplinar de Macaé.
Um incidente no dia 14 paralisou a votação por dez minutos. O processo foi retomado em seguida, mas gerou questionamentos por parte da chapa 2, que solicitou, primeiro, a suspensão, depois, a auditoria das eleições. A Comissão Eleitoral recomendará que o Conselho de Representantes eleito realize a auditoria.

Unidade
A presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller, destaca o empenho da Comissão Eleitoral, fiscais e funcionários administrativos no sucesso do pleito. “Conduziram com muita responsabilidade e seriedade todo esse processo. Em especial nossos funcionários, que foram absolutamente irrepreensíveis, com uma dedicação extraordinária”.
Eleonora aproveita para sublinhar a necessária unidade dos professores. “Nossa responsabilidade nesse momento é de construir uma unidade de luta, de ação, de resistência e de conquista de uma universidade pública, democrática, que consiga fazer frente às atrocidades que temos enfrentado, principalmente a batalha dessa semana, a PEC 32”.

ENTREVISTA / JOÃO TORRES DE MELLO NETO - PRESIDENTE ELEITO DA ADUFRJ

“O sindicato sai fortalecido”

WhatsApp Image 2021 09 18 at 09.49.511Jornal da AdUFRJ – Como avalia o resultado das eleições?
João Torres – Quase 50% dos filiados votaram, o que é histórico para a AdUFRJ e muito incomum no panorama dos sindicatos. Só para efeitos de comparação, na eleição do Andes participaram pouco mais de 15% dos filiados no país todo. Isso indica que a AdUFRJ está fazendo um papel excelente de envolvimento da sua base e de escuta. O resultado mostra que a maioria dos professores da UFRJ apoia o projeto que foi iniciado em 2015.

- O meio remoto, então, deu certo?
A votação eletrônica foi um sucesso. Ampliou muito a participação, com destaque especial para os aposentados. Houve alguns problemas, mas que são questões operacionais e que acontecem até mesmo na eleição presencial. A eleição on line era inédita na AdUFRJ. Acho que a atual direção está de parabéns. Um universo de 3.500 eleitores não é trivial.

 - A votação aumentou para os dois lados. Qual a importância desse duplo crescimento ?
 Nossa oposição cresceu, o que é muito importante para a democracia. E nós também crescemos. A razão de votantes entre as chapas foi de 1.5, que vem se mantendo desde 2015, na eleição da professora Tatiana Roque, mas, em números absolutos, houve crescimento dos dois campos. Isso fortalece o sindicato.

- Em breve, o senhor assume como novo presidente. Como se sente?
Eu me sinto muito honrado, mas também com o peso de uma grande responsabilidade. Sou o primeiro homem de uma linhagem de três mulheres fortes, com estilos muito próprios, que conduziram a AdUFRJ de 2015 até hoje: Tatiana Roque, Maria Lúcia Werneck e Eleonora Ziller. Os caminhos já estão abertos, eu tenho a tarefa de fazer ainda mais do que já foi realizado até aqui.

- E onde será preciso avançar mais?
Precisaremos nos articular com outros sindicatos, com parlamentares, com setores do Executivo para valorização da nossa carreira. A AdUFRJ precisa trabalhar pelos jovens docentes e pelos aposentados, as pontas mais afetadas. Os convênios foram iniciados na atual gestão e serão continuados na nossa. Outra frente é defender a liberdade de pensamento, a pluralidade de ideias, que são pilares da vida acadêmica. Queremos uma universidade pública, gratuita, laica e inclusiva. Outro ponto é a comunicação. Temos muito orgulho do Jornal da AdUFRJ, mas devemos ir além. Precisamos de atuação forte nas redes sociais, com campanhas que dialoguem com a sociedade. É preciso disputar este espaço. A UFRJ é um lugar de formadores de opinião e uma opinião muito qualificada. Um dos papéis da AdUFRJ é levar a universidade para fora, produzir uma narrativa de defesa da democracia, fazer uma contranarrativa a essa visão bolsonarista de universidade, que tenha efeitos para além da nossa bolha.

- Esse desafio se relaciona com as eleições de 2022?
Tem tudo a ver. O ano que vem vai ser muito importante para a história do país. Vamos tentar sair desse pesadelo que é o governo Bolsonaro. Eu vivi as Diretas Já. No movimento, havia pessoas que eram difíceis de engolir, como Orestes Quércia, por exemplo, o próprio Tancredo Neves, representante das oligarquias. Mas foi importante juntar essas pessoas todas e construir um compromisso. Isso foi fundamental para derrubarmos a ditadura. Hoje, vivemos um momento semelhante. Temos clareza de quem é nosso inimigo.

- A volta às aulas presenciais é um tema mais imediato. Como vocês pretendem agir?
Pretendemos continuar a discussão que a atual diretoria já vem realizando, inclusive com participação nos grupos de trabalho da universidade. Queremos atuar com a Administração Central para proteger a saúde física e mental dos professores. O atual governo agiu fortemente contra os critérios científicos e vem dificultando a liberação de verbas destinadas à volta às aulas presenciais. Precisamos lutar por mais verbas para preparar os espaços e inclusive realizar a manutenção de prédios vazios há tanto tempo. É preciso pensar como encaminhar a questão da exigência de vacinas para este retorno, pensar quais critérios são essenciais para proteger a vida das pessoas, debater como lidar com posturas negacionistas na universidade. São questões complexas e vamos agir sempre na direção do que indicar a ciência.

- O que deixa como mensagem para seus eleitores?
Quero deixar registrado que acabou a eleição. O presidente eleito é presidente de todos. Eu sou uma pessoa muito aberta ao diálogo. É nas diferenças que avançamos numa construção dialógica. Quero muito agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram até aqui, mas quero agradecer principalmente a todos que atuaram de alguma forma nas eleições, porque contribuem para fortalecer nosso sindicato. Desde 2015 temos disputas pela AdUFRJ, o que é muito salutar para a nossa democracia. São grupos com ideias muito distintas de universidade. Ninguém tem o monopólio da verdade, nem da virtude. E é muito importante debater essas ideias e deixar que o corpo de professores decida o caminho que quer seguir. Aproveito para parabenizar todas as comissões eleitorais, de 2015 até aqui, que tiveram uma postura extremamente republicana em momentos de disputa eleitoral. O sindicato sai realmente fortalecido.

ENTREVISTA / CLÁUDIA LINO PICCININI - CANDIDATA A PRESIDENTE DA CHAPA 2

WhatsApp Image 2021 09 18 at 09.49.51- Jornal da AdUFRJ: Qual sua avaliação do processo eleitoral?
Cláudia Lino Piccinini - Todo agradecimento e reconhecimento por cada um dos 633 votos que fortalecem e inspiram as lutas por um sindicato organizado pela base, autônomo e democrático, capaz de reconhecer e organizar as lutas necessárias para manter a UFRJ que o país necessita. Gostaríamos de parabenizar a chapa vencedora. Entretanto, isso seria reconhecer um processo que não se mostrou legítimo, em um contexto em que deveríamos ser exemplares no exercício da democracia. O sistema não assegurou a inviolabilidade da urna e é preocupante que, por dois votos a um, a Comissão Eleitoral não tenha entendido que a eleição para um sindicato que luta contra o neofascismo do governo Bolsonaro não pode cometer deslizes éticos. Desconsiderar as regras que regem o processo eleitoral é banalizar a barbárie que o país vive.

- Como avalia o resultado e o crescimento de votantes?
Ampliamos o nosso apoio em relação às três últimas eleições. Somos muitos a defender a universidade pública, um sindicato autônomo, a democracia e a esperança no agir ético. Entretanto, esperávamos maior participação em um pleito remoto. Se compararmos com a eleição presencial de 2015, que teve 1.477 votantes, os números não se ampliaram significativamente, como anunciado. Nesta eleição remota, 1.635 docentes votaram. Menos da metade dos sindicalizados apertaram o botão de votação e isso não deixa de ser uma mensagem que todos devemos escutar.

WhatsApp Image 2021 09 18 at 10.00.24ENTREVISTA / HÉLIO DE MATTOS ALVES, PRESIDENTE DA COMISSÃO ELEITORAL

Jornal da AdUFRJ – Qual o maior desafio desses três dias de eleições?
Hélio de Mattos Alves – O maior desafio foi realmente o trabalho de mobilização dos eleitores. Toda essa divulgação, todo o trabalho feito pelos profissionais da AdUFRJ e pelas chapas foi essencial. Vivemos um momento de dificuldade no país, uma semana de discussão sobre a PEC da reforma administrativa, que traz prejuízos enormes para o Serviço Público, e a resposta da AdUFRJ foi se reunir para se fortalecer.

- Houve muita procura nos plantões de votação?
Foi um quórum histórico. Somos uma categoria em que aproximadamente 70% das pessoas têm idade acima de 59 anos, sendo boa parte aposentada. Então, a procura à mesa receptora, formada por funcionários da AdUFRJ, foi intensa. Sobretudo no primeiro dia. Eles trabalharam muito. Foi muito emocionante ver as pessoas realmente tocadas em participar do processo eleitoral. Pessoas que não poderiam se deslocar puderam participar. Uma professora chorou. Foi muito bonito.

- O saldo foi positivo?
Foi vitoriosa essa experiência de envolver, na pandemia, quase 50% dos associados da AdUFRJ em sua eleição. Além da votação para a diretoria, também tivemos grande vitória no Conselho de Representantes. É um conselho bem representativo, com muitas unidades participantes. Em nome da Comissão Eleitoral, quero aproveitar e dar os parabéns aos funcionários da AdUFRJ. O sucesso desse processo foi devido a esse trabalho incansável. Também parabenizo e agradeço aos meus colegas da Comissão Eleitoral, professora Fernanda Elbert e professor Luciano Coutinho. Tivemos um acidente imprevisível, mas o saldo final foi excelente. Conseguimos fazer a eleição.

- Como foi esse acidente?
O sistema caiu por dez minutos e depois foi retomado. Houve um erro ao salvar um endereço de e-mail, que resultou na interrupção da votação e na disponibilização do resultado parcial naquele momento para quem estivesse logado ao sistema. O fato não tornou o resultado público, somente a pessoa que estava acessando o sistema viu o resultado e imediatamente comunicou o ocorrido à Comissão Eleitoral. Por maioria, a comissão decidiu dar seguimento ao pleito, já que o incidente não tornou o resultado público, não significou entrada de voto em urna, nem alteração de resultado, nada que pudesse comprometer a lisura do processo. A Comissão recomendará auditoria do pleito, que deverá ser conduzida pelo Conselho de Representantes eleito.

- O que fica de lição?
É preciso refletir sobre os acertos e erros para corrigir, caso a entidade resolva utilizar esse modelo em outras eleições. Nossos órgãos de classe já utilizam essa forma de eleição. É um processo bastante difundido, o método deve ser repensado. Também é preciso repensar mudanças estatutárias. Não houve normas pensadas exclusivamente para o processo eleitoral remoto.

WhatsApp Image 2021 09 18 at 10.04.27A comunidade científica lamenta o falecimento do professor emérito Antonio Paes de Carvalho (foto), na manhã desta sexta-feira, dia 17, aos 86 anos. O presidente da Faperj, Jerson Lima Silva, se uniu às manifestações de pesar. “É uma grande perda para a Ciência e Medicina brasileiras. O professor Paes de Carvalho formou várias gerações de pesquisadores e influenciou a minha carreira e a de centenas de pesquisadores e empreendedores”, disse, ao site da fundação. Paes de Carvalho era membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1965. Organizou e criou a Fundação Bio-Rio (Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro), onde foi secretário-geral e presidente (1988-2000). Também fundou e presidiu a Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia.

Presidente da Capes dissolve Conselho Técnico-Científico

A presidente da Capes, Claudia de Toledo, destituiu nesta semana todos os 20 integrantes do conselho responsável por avaliar os cerca de 5 mil programas de pós-graduação do país. A justificativa foi corrigir o número estatutário de integrantes do CTC (Conselho Técnico-Científico) da entidade, que seria de 18 vagas. Entidades científicas manifestaram preocupação com a medida, que pode atrasar a avaliação de cursos de pós. Também temem interferências nas decisões técnicas emitidas pelo grupo desde 2018, quando o CTC passou a contar com 20 representantes.
A Associação Nacional de Pós-graduandos teme que a dissolução afete a continuidade do trabalho independente e técnico desenvolvido na Capes há 70 anos.
A SBPC reuniu-se com a presidente da Capes, que assegurou uma imediata eleição do novo CTC. A dirigente informou ainda que os atos praticados pelos conselheiros nos últimos anos seriam submetidos à convalidação pelo conselho já recomposto.

Adiada a votação da reforma administrativa

Continua firme a pressão dos servidores municipais, estaduais e federais contra a reforma administrativa que destrói os serviços públicos. Prevista para o dia 16, a votação do relatório na comissão especial da Câmara dos Deputados que avalia a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32 foi adiada para a próxima semana. O relator da matéria, deputado Arthur Maia (DEM-BA), retirou as mudanças que havia promovido em sua segunda versão do relatório. O parlamentar deve apresentar uma terceira proposta para tentar vencer a resistência dos próprios deputados da base de apoio ao governo Bolsonaro. Enquanto isso, deputados da oposição já apresentaram votos em separado para a aprovação de textos alternativos que preservam os direitos do funcionalismo público e da população.

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