A diretoria da AdUFRJ manifesta seu pesar pelo falecimento do professor emérito Ricardo Bicca de Alencastro, na madrugada do dia 16. Bicca foi diretor do Instituto de Química (1976 a 1980), onde construiu um grupo de pesquisa em modelagem computacional de fármacos e processos biológicos, se tornando um dos pioneiros da área no país. “Dotado de um conhecimento em Química excepcional, o professor Bicca traduziu, também, alguns dos principais livros didáticos da área de Química Orgânica usados em nossos cursos”, diz uma nota divulgada pela direção do IQ. “Era sobretudo um intelectual; uma pessoa que prezava o conhecimento e o saber em todas as suas formas de expressão. Fará enorme falta a todos, pelo exemplo que foi de amor e dedicação à ciência e ao saber”.
Diretor da AdUFRJ e representante dos professores eméritos no Consuni, Ricardo Medronho lamentou a perda do colega, na sessão realizada dia 16. “Foi um excelente professor e pesquisador. Autor de 147 artigos, seis livros, oito capítulos de livro, orientou muitas teses de doutorado e dissertações de mestrado”. O docente sugeriu uma moção de pesar do colegiado, aprovada por unanimidade ao fim da reunião.
Para comemorar a história daquela que é mais antiga que a própria UFRJ, a Faculdade Nacional de Direito e a Escola de Comunicação produziram o documentário “Os 130 anos da FND: História, Resistência e Liberdade”. O aniversário ocorreu em maio desse ano.
Para o lançamento, a direção da Nacional de Direito organizou uma cerimônia no dia 10, com transmissão no canal da FND, no Youtube. O documentário ficará hospedado também nas redes do TJUFRJ, o telejornal online da Escola de Comunicação.
Celebrar a história. É essa a principal importância do documentário, segundo a atual vice-diretora Carolina Pizzoeiro. A linguagem utilizada, explica Pizzoeiro, permite trazer, além da história, “o coração e o sentimento das pessoas”. Para a vice-diretora, é preciso que essa memória seja honrada, possibilitando caminhar para o futuro ciente da missão da Nacional de Direito de formar o pensamento jurídico brasileiro e da resistência às injustiças. “A FND, com suas mais de 500 vagas de entrada todos os anos, é hoje talvez a maior faculdade pública de Direito do país”, ressalta.
A professora Kone Cesário, vice-diretora da FND entre 2017 e 2021 e uma das organizadoras da obra, conta que a ideia do documentário foi motivada pela mudança no perfil da FND, ocorrida nos últimos anos graças à política de cotas. “É esse novo perfil do alunado que daqui a pouco estará nas bancas de advocacia, nas cortes, o que nos deixa muito orgulhosos”, explica Cesário. “Então, queremos deixar esse marco, deixar registrado para a História”.
“É um projeto belíssimo”, destaca a coordenadora do TJUFRJ e professora da Escola de Comunicação Carine Prevedello. Iniciado em janeiro e finalizado em dezembro, o documentário foi produzido totalmente pelos alunos dos cursos de comunicação social e jornalismo da UFRJ.
Pela primeira vez, o Conhecendo a UFRJ foi realizado em meio remoto, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro. Com 2,2 mil inscritos, o tradicional evento de apresentação da universidade aos estudantes do ensino médio ofereceu mesas temáticas especiais, estandes virtuais e 54 palestras de cursos de graduação.
Diante da impossibilidade de receber milhares de jovens em seus campi, como em edições anteriores, a reitoria inovou. “Os estudantes entravam em uma plataforma que simulava os estandes que nós tínhamos na experiência presencial”, explica a professora Ivana Bentes, pró-reitora de Extensão. “Sempre houve filas de ônibus estacionados, com quantidade enorme de escolas e estudantes participando. Buscamos manter um pouco dessa relação direta da troca nesse ambiente virtual”, completa.
A pró-reitora enfatiza que o Conhecendo a UFRJ tem uma dimensão além da apresentação dos cursos que vão conduzir as pessoas para o mercado de trabalho. O evento também fala da formação cidadã que a instituição proporciona. “Entrar para uma universidade pública muda a trajetória das pessoas”, diz Ivana. “Isso fica muito marcado na experiência dos jovens do ensino médio no Conhecendo a UFRJ, descobrindo este mundo possível”.
Renata Soares, da Superintendência de Integração e Articulação (Siart), que organiza o Conhecendo, destaca que as lives ficam disponíveis no canal da Extensão da UFRJ no Youtube. “Temos verificado visualizações crescentes, mesmo depois dos eventos”.
E tem mais. A Plataforma de Apoio a Eventos, desenvolvida pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da universidade, vai hospedar os 80 estandes virtuais expostos no Conhecendo, com atualizações. Só não haverá a mesma experiência imersiva das videoconferências, em tempo real, dos três dias do evento. O trabalho de migração é gradual. “Devemos ter uns 45 lá na plataforma, entre cursos e outros órgãos institucionais”, acrescenta Pricila Magalhães, também da equipe da Siart da Extensão.
A comunidade do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e os cientistas da área estão de luto. Faleceu, no último dia 7, aos 73 anos, o diretor da instituição, Ronald Cintra Shellard. “A luta pelo respeito e ética sempre foi uma marca de sua gestão, valorizando a vida e a pessoa humana acima da posição ocupada na hierarquia profissional. Era capaz de brigar pela comunidade do CBPF e pela instituição com a mesma garra que defendia sua pesquisa científica”, diz nota divulgada na página do Centro. Shellard era pesquisador titular do CBPF desde 1994 e diretor desde 2015. Fez graduação em Física pela USP em 1970, mestrado em Física pelo Instituto de Física Teórica (1973) e doutorado em Física pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (1978). Era presidente do Conselho Técnico-Científico (CTC) da Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafae) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, desde 2017. A perda foi lamentada pelo professor Nelson Braga, físico e representante dos titulares no Conselho Universitário. “Era uma liderança das mais importantes de Física para o país, um cientista de grande peso”. Ele propôs ao Consuni uma moção de pesar pelo falecimento do pesquisador, aprovada por unanimidade.
Foto: Fernando Souza/Arquivo AdUFRJ
O Observatório do Valongo ganhou uma medalha comemorativa pelos 140 anos, completados no último dia 8. A instituição de pesquisa foi fundada em 1881, durante o Brasil Império. A reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho, homenageou a unidade – primeira a criar um curso de graduação em Astronomia no Brasil – durante o Conselho Universitário do dia 9. “Parabéns a todos os integrantes do Observatório do Valongo. Sigamos fazendo ciência de muita qualidade”, celebrou a reitora. A medalha foi criada pela Casa da Moeda.
Aprovado regimento
de novo núcleo do CCS
O recém-criado Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Emergentes e Reemergentes Carlos Chagas, órgão vinculado ao Centro de Ciências da Saúde, teve seu regimento aprovado por unanimidade na sessão do Consuni do dia 9. O núcleo, fundado durante a pandemia de covid-19, tem por missão desenvolver pesquisas e orientar políticas públicas de combate e manejo de futuras ameaças sanitárias.