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Artigo da Diretoria

 

Estamos numa conjuntura difícil. Através da proliferação assustadora (mas concatenada) de memes nas redes sociais e de cortes (ou “contingenciamentos”) nos orçamentos das universidades e agências de fomento, o governo e alguns agentes aliados vão minando a existência da universidade pública, gratuita e de qualidade. Temos um ministro da educação que despreza a sua própria categoria, e um presidente que não apenas é ignorante, mas que se esforça brutalmente para sê-lo. Ainda assim, temos algumas razões para sorrir.

Na iminência das perdas salariais impostas pela reforma da previdência, a AdUFRJ conseguiu sustentar os famosos “26%”. Esta é uma compensação relativa a perdas do Plano Verão, que docentes mais antigos (aqueles que entraram até 2008) tem direito. Tal benefício estava ameaçado graças a uma decisão recente do STF relativa a competência da justiça do trabalho para julgar o mérito da questão, mas a decisão judicial da da 10ª Vara Federal garante nossos 26%, ao menos por ora.

Outra grande preocupação de nossos docentes surgiu na portaria 2.227 de 31 de dezembro de 2019, que, com seu texto extremamente confuso, dava a entender que as universidades só poderiam enviar dois docentes a congressos acadêmicos por vez. Tal medida é tão evidentemente absurda que gerou reação imediata das universidades, sindicatos e entidades científicas. O MEC recuou e publicou nova portaria sem essa restrição. É apenas uma pequena vitória, mas que não pode ficar no esquecimento.

Em suma: 2019 bateu a porta na nossa cara, mas 2020 se apresentou com mais educação. Temos que nos organizar para fazer uma belíssima volta as aulas (apesar dos pesares do ENEM), organizar um grande dia das mulheres e fazer com que o ato marcado para 18 de março seja tão central quanto foi o 15M no ano passado. Temos força pra isso, é só não perdermos o ânimo nem a esperança.

 

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Silvana Sá
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O maior congresso da história do Andes foi o primeiro para muitos professores. Dos 34 docentes que fizeram parte da delegação da AdUFRJ, doze estrearam no encontro. É o caso da professora Tatiana Ribeiro, da Letras, e do professor Filipe Boechat, da Psicologia.

“Gostei de participar. É sempre bom encontrar um espaço de discussão, de encontro dos professores”, avalia a professora Tatiana. Ela conta que o formato do evento não foi uma novidade. “É muito parecido WEB menorPRIMEIRAcom o movimento estudantil. Os assuntos, embora com uma profundidade diferente, até pelo momento político, também são recorrentes”, diz a professora, que foi do movimento estudantil no final da década de 90.

Sobre a dinâmica do congresso, ela avalia que assuntos que demandam maior discussão “acabam ficando pouco atendidos”. “Há quadros (políticos) históricos. Pessoas que participam há anos dos congressos. E quem vem pela primeira vez fica um pouco distanciado. A gente precisa arrebanhar, ter mais participação dos docentes. Se você não acolhe, não abre a discussão, acaba ficando sempre com os mesmos quadros”, avalia.

Os desafios, para a professora, são muitos. E é preciso “se reinventar”. “Vivemos um quadro de muitos ataques e corremos o risco de ficarmos engessados. É claro que existe uma tradição de atuação que nos dá identidade, mas é preciso pensar em formas de fazer essa luta, ir além da palavra de ordem”.

Filipe Boechat, professor da UFRJ desde 2018, e candidato da oposição nas eleições da AdUFRJ do ano passado, afirma que o congresso atendeu às suas expectativas. “Esperava um espaço democrático WEB menorPRIMEIROe vivo, em que grandes questões que perturbam a nossa categoria fossem amplamente debatidas. E foi isso que vi acontecer”.

Para ele, o sindicato tem forte capacidade de organizar os docentes, o que seria uma motivação para os ataques de quem “despreza o exercício da democracia”. “As discussões nos grupos mistos; as defesas nas plenárias; as conversas, nos intervalos, com colegas de outros estados, tudo isso me mostrou a importância de estarmos organizados e unidos”, conta.

Ele acredita que o congresso o ajudou a ter uma melhor leitura dos desafios do movimento docente. “Contribuiu para uma compreensão maior da realidade. E para que tenhamos uma intervenção mais eficaz nessa conjuntura tão difícil”.

Com a divulgação da primeira classificação do Sisu, quem passou para a UFRJ foi para as redes sociais comemorar e veteranos foram dar boas-vindas aos aprovados. A felicidade tomou conta das redes, e a UFRJ esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Confira abaixo a imagem da contracapa do Jornal da AdUFRJ desta semana, que reuniu alguns destes depoimentos. E, AQUI, a versão em PDF.

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Silvana Sá
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Duas chapas concorrem às eleições do Andes. As inscrições foram realizadas durante o 39º Congresso. O grupo que apoia a diretoria atual compõe a Chapa 1. Os professores Rivânia Moura, Maria Regina Moreira e Amauri Fragoso candidataram-se à presidência, secretaria-geral e tesouraria.

Rivânia Moura é presidente da Aduern e é professora Titular da Faculdade de Serviço Social na estadual. Maria Regina Moreira também é docente do Serviço Social, na UFSC. Já Amauri Fragoso é professor Associado do Departamento de Física da UFCG.

Pela oposição, o grupo Renova Andes indicou para a Chapa 2 os professores Celi Taffarel, como presidente, Luis Antônio Pasquetti, como secretário-geral e Paulo Opuszka, como 1º Tesoureiro. O grupo político vem ganhando força nos últimos anos – na última eleição, conquistou 42% dos votos.

Celi Taffarel é Titular no Departamento de Educação Física da UFBA. Luis Pasquetti é Adjunto da UnB e presidente da AdUnB. Paulo Opuszka é Adjunto da Faculdade de Direito da UFPR.

A inscrição completa das chapas, com 83 nomes de todo o país, deve ser realizada até o dia 9 de março. As eleições são nacionais e ocorrem nos dias 12 e 13 de maio. O resultado geral deve ser divulgado pelo Andes no dia 18.

WEB menorOBSERVATORIOA busca por novas entidades filiadas e o debate sobre estratégias de defesa da educação e da ciência foram os destaques da última plenária do Observatório do Conhecimento. O encontro foi realizad, dia 23, em Salvador, na sede da Associação de Professores Universitários da Bahia (Apub). “Estamos em contato com diferentes associações para apresentarmos o projeto”, disse o professor Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ. O Observatório reúne associações docentes de várias regiões do país, entre elas a AdUFRJ.  Ações nos moldes da campanha “Conhecimento Sem Cortes” e do “Tesourômetro” , de 2017, devem ser retomadas.“Vamos continuar monitorando o Congresso”, afirmou Josué. A próxima reunião do Observatório será em 18 de fevereiro, em Brasília.

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