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Há 13 anos, a professora Maria Alice Ferruccio da Rocha, da Escola Politécnica, realiza uma festa junina para seus estudantes. Num dia combinado, ela leva as decorações e algumas comidas. Os alunos se cotizam para levar bebidas, outras comidas e itens para a festa. A aula acontece com um sabor diferente. Os aromas dos pratos típicos dos festejos se misturam com intensas trocas de saberes.
“Percebo que os alunos ficam mais motivados e desenvolvem um maior interesse nas aulas. Eles gostam de participar das atividades do dia do evento, trabalham em equipe e usam a criatividade na montagem da festa”, avalia a professora.
Psicóloga de formação, ela dá aulas de Empreendedorismo e Novos Negócios, Inteligência Artificial, Gerência de Recursos Humanos, Marketing e Psicologia e Sociologia Industrial principalmente para estudantes das engenharias. Mas também frequentam suas aulas alunos da Química, Matemática, Atuária, Psicologia. “São disciplinas que agregam vários cursos. Para alguns, são obrigatórias; para outros, são eletivas, de escolha condicionada ou até livre”, explica a docente.
Natal e Halloween são outras festividades programadas ao longo dos semestres. Fora das datas comemorativas, o cafezinho com bolo das terças-feiras é sagrado.”
A Prefeitura Universitária lançou a Campanha do Agasalho 2025 para apoiar estudantes da UFRJ em vulnerabilidade social. “Outro dia, vi um aluno passando pela Prefeitura com frio. Nós conversamos e ele informou que não tinha agasalho”, contou o prefeito Marcos Maldonado. “Isso me sensibilizou. Reuni a equipe da Prefeitura e todos resolveram abraçar essa ideia. Estamos buscando parcerias para potencializar o alcance da campanha”, disse Maldonado.
A prioridade de arrecadação é de peças como cobertores, calças e casacos em bom estado, calçados e meias. Os itens podem ser usados, mas precisam estar limpos e, de preferência, separados por tipo. Também é solicitada a colocação de uma etiqueta na embalagem das roupas, com breve identificação das peças e tamanhos.
Não é a primeira vez que a Prefeitura realiza campanhas solidárias. “Durante a pandemia, moradores da Vila Residencial tiveram suas casas alagadas e perderam suas coisas. Fizemos uma campanha e arrecadamos oito Doblós cheias de utensílios e roupas”, recordou-se o prefeito. Nas tragédias de Petrópolis e do Rio Grande do Sul também foram intensos os esforços para envio de doações. “Enviamos para Petrópolis 25 toneladas de alimentos e água mineral, além de roupas. Para o Rio Grande do Sul, foram seis caminhões”.
As doações de agasalhos já estão sendo recebidas e podem ser feitas até o dia 31 de julho, em dias úteis, das 09h às 16h, na sede da Prefeitura Universitária e na sede da Subprefeitura da Praia Vermelha. Participe! Aquecer a quem precisa esquenta o coração de quem ajuda.
Reunidos em assembleia na segunda-feira (30), os professores sindicalizados à AdUFRJ debateram e aprovaram o calendário eleitoral para a escolha da diretoria e do Conselho de Representantes do sindicato para o biênio 2025-2027. Por 11 votos favoráveis e nenhum contrário, os docentes homologaram o edital das eleições, que estão marcadas para os dias 10 e 11 de setembro.
De acordo com os regimentos Geral e Eleitoral da AdUFRJ, as chapas candidatas à diretoria devem ser inscritas junto à secretaria do sindicato até 8 de agosto. Já as listas de candidatos ao Conselho de Representantes podem ser apresentadas até 29 de agosto. Podem se candidatar à diretoria ou ao CR os docentes sindicalizados até 12 de maio passado. Para ter direito a votar, o docente precisa se filiar à AdUFRJ até o dia 11 de julho. A posse da nova gestão está prevista para 15 de outubro.
PRAZOS
11 de julho
Data final para novos eleitores se filiarem à AdUFRJ
8 de agosto
Prazo final para a inscrição das chapas à diretoria
29 de agosto
Último dia para
apresentação das listas
de candidatos ao Conselho de Representantes
10 e 11 de setembro
Eleições
15 de outubro
Posse dos eleitos
Em plenária organizada pela Federação Árabe Palestina do Brasil na última terça-feira, representantes de movimentos sociais e organizações políticas e sindicais do Rio de Janeiro decidiram pela construção de um ato em apoio às vítimas do genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza. A atividade será na próxima segunda-feira (7), às 9h, na Avenida Atlântica, com concentração em frente ao Copacabana Palace. A mobilização ocorrerá durante a reunião da cúpula dos BRICS na cidade.
O professor Antonio Solé esteve presente à plenária representando a AdUFRJ. “É terrível vivermos, agora ao vivo e a cores, um novo genocídio, desta vez perpetrado justamente pelo governo eleito por aqueles mesmos que o sofreram, desta vez com o silêncio cúmplice de várias nações”, destacou o docente. “Pelo bem da humanidade, devemos lutar de todas as formas contra ele”, completou.
A presença de líderes de diversos países para a reunião do BRICS foi escolhido como o momento ideal para a mobilização. “É preciso pressionarmos o BRICS para o rompimento de relações diplomáticas e bloqueio econômico a Israel até que haja um cessar-fogo, reparação da destruição causada em Gaza e a devolução das terras que estão sendo roubadas”, disse Solé durante a plenária.
“O BRICS é um instrumento de disputa da geopolítica e o Oriente Médio certamente estará na pauta. Por isso é importante os movimentos sociais cobrarem desses países uma posição de enfrentamento a Israel, aos EUA e a seus aliados”, pontuou Bia Lopes, secretária de comunicação do PCdoB e uma das responsáveis pela organização da plenária.
A crise do Colégio de Aplicação repercutiu no Conselho Universitário do dia 26. Com cartazes e palavras de ordem, a comunidade escolar cobrou uma resposta imediata da reitoria para os problemas de infraestrutura do prédio da Lagoa — o muro lateral do CAp desabou na madrugada de domingo (leia mais na página 3).
“Por sorte, a queda do muro não feriu ou matou estudante, funcionário da escola ou transeunte, mas ele ‘caiu’ sobre todos nós. Durante seis meses, nós, servidores e estudantes do CAp, trabalhamos com medo em um local condenado por um laudo do ETU que apontava risco iminente da queda”, disse a professora Maria Coelho, representante do corpo docente da escola no Consuni.
O reitor Roberto Medronho respondeu que articula projeto para conseguir um valor próximo a R$ 1 bilhão da indústria do petróleo para fazer a reforma de todas as edificações da UFRJ. A justificativa seria o fato de a universidade ter contribuído de forma decisiva com as pesquisas que viabilizaram a exploração petrolífera no pré-sal. “Nesta casa surgiu o pré-sal, que rende bilhões de dólares para o Estado brasileiro”, disse. “Essa proposta, obviamente, inclui nosso Colégio de Aplicação”.
O dirigente explicou que o orçamento reduzido e a precariedade encontrada em vários prédios da UFRJ são fatores que dificultam a gestão. “Levantamento do ETU (Escritório Técnico da Universidade) mostra que para nós reconstruirmos (80% dos imóveis), voltando ao que era antes, sem nenhuma modernização, a UFRJ precisaria de R$ 1 bilhão”.
A reunião do Consuni foi encerrada após uma discussão acalorada entre representantes da escola e o reitor. Havia uma solicitação para a representação do grêmio estudantil do CAp falar aos conselheiros. Medronho retrucou que o tempo destinado aos informes e eventuais pronunciamentos de pessoas externas ao conselho havia acabado.
Em meio às palavras de ordem e diante de alguns resíduos do muro depositados na mesa diretora do Consuni , o dirigente se levantou e declarou a sessão encerrada. “Enquanto reitor da UFRJ, me cabe manter a institucionalidade”, disse.
Representantes da comunidade seguiram na sala do Bloco E do CT onde aconteceu o Consuni expressando a insatisfação com a crise do CAp. “O nosso colégio está caindo aos pedaços há anos”, disse a presidente do grêmio estudantil, Sophia Mayumi. Ao final, o grupo ainda realizou uma passeata de protesto até o bloco A do Centro de Tecnologia.
Reforma elétrica aprovada
O projeto de reforma elétrica do prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais/Instituto de História foi aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). A boa nova foi compartilhada pela conselheira Arthura Rocha, que estuda no local.
Procurada pela coluna, a direção do IFCS informou que a aprovação permite a assinatura de convênio com a prefeitura — que vai custear a reforma — para a licitação da obra. “ Estamos aguardando a agenda do prefeito para a assinatura”, disse o diretor Fernando Santoro.
Indicação postergada
Antes de ser encerrada, a sessão marcaria a troca no comando da Ouvidoria-Geral da UFRJ. Seria submetida ao Consuni a indicação da professora Katya Gualter, diretora da Escola de Educação Física e Desportos, para substituir Luzia Araújo. Ficou para uma próxima reunião.
Progressão simplificada
Também ficou para depois a revisão da resolução do Consuni que trata das progressões e promoções docentes. Além de formalizar nas novas regras a conquista judicial da AdUFRJ que voltou a permitir as progressões múltiplas, os conselheiros estudam outras mudanças. Entre elas, a demanda do sindicato pela desburocratização dos processos internos de desenvolvimento na carreira.
“Uma reflexão que considero oportuna, motivada pela AdUFRJ, é o rigor burocrático exigido na apresentação de documentos que são de pleno conhecimento da UFRJ”, escreveu o professor Habib Montoya, representante do corpo docente de Macaé, em seu parecer sobre o assunto.