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Coletivos reúnem-se em frente ampla e recebem 75% de votos para nova gestão

Filipe Galvão. Estagiário e Redação

A eleição para a nova gestão do DCE Mário Prata foi taxativa: três quartos dos alunos querem se livrar da situação precária da UFRJ, proposta que deu nome à chapa vencedora. Foram 5.645 votos recebidos contra 1.967 dos concorrentes da “Passou da hora”. 

O processo eleitoral que aconteceu na primeira semana de novembro também decidiu pela proporcionalidade como modelo de gestão do diretório. Isso significa que 75% da organização será composta por membros da “Quero me livrar dessa situação precária” e o restante, pelos segundos colocados no pleito. 

A votação expressiva no primeiro grupo é resultado de articulação da esquerda. A chapa é formada pelos coletivos “Nós não vamos pagar nada”, “Movimento Correnteza”, “Não vou me adaptar”, “União da Juventude Comunista”, “Quem vem com tudo não cansa” e “Conclave”, além de centros acadêmicos independentes. 

Luiza Foltran faz parte do primeiro deles. O “Paga Nada”, como é carinhosamente abreviado, esteve na gestão do DCE de 2013-14 e, dessa vez, atuará dentro de uma rede de apoio ainda maior. Para Luiza, a conjunção entre movimentos militantes é parte de um projeto para fortalecer a disputa pela universidade.

Multiplicidade é força

A convergência dos movimentos é reflexo de um mundo em ebulição. A crescente violência do capitalismo em crise tem forçado a esquerda a abraçar sua multiplicidade e agir. No caso dos estudantes da UFRJ, dois momentos foram cruciais para a conexão: as Jornadas de Junho e o Encontro Nacional de Educação. Ainda há muito da gasolina que as manifestações de 2013 espalharam entre os movimentos sociais. No campo da educação, o ponto mais quente das formulações políticas foi o ENE desse ano. “Foi um momento muito importante para a esquerda. Estarmos no fórum em conjunto, revermos o Plano Nacional de Educação, sermos mais propositivos para nos proteger dos ataques”, diz Luiza.

Os desafios já estão bem desenhados. Quem afirma é Gabryel Henrici, aluno de História que também assumirá a próxima gestão do DCE e faz parte do “Movimento Correnteza”. Ele lista: a precarização da assistência estudantil, a possível volta da discussão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), os rumos da eleição para reitoria e o corte do efetivo de terceirizados. “Tudo indica, pelo andar da carruagem durante esse ano, que o próximo vai ser ainda mais difícil”, diz.

A opção pelo campo mais à esquerda fica nítida com a proporção de três votos por um. O problema é que essa relação condiz com os 7.612 votantes, mas não necessariamente com os cerca de 50 mil alunos matriculados hoje na UFRJ. Segundo Gabryel, o quórum de pouco mais que 15% do número total de estudantes é uma questão a ser resolvida pela próxima gestão. Para isso, o diálogo deve se pautar nas políticas de permanência e nas mudanças do perfil dos graduandos impulsionadas pela política de cotas. “O DCE precisa se preocupar com os estudantes que vão entrar ano que vem. Para eles a assistência estudantil é prioritária porque são estudantes de baixa renda. É preciso estar sintonizado com a nova realidade da universidade”, defende.

A nova diretoria depende agora da reunião do Conselho dos Centros Acadêmicos, sem data ainda, para dar posse ao DCE. A intenção, de acordo com Gabryel e Luiza, é que a gestão comece neste ano. A divisão das 30 cadeiras do diretório e das quatro cadeiras no Conselho Universitário se dará de acordo com o percentual recebido por cada chapa. 

MTST arranca compromisso do governo federal

Ocupação em São Gonçalo é encerrada com vitória política

Dezenas de famílias que faziam parte da ocupação “Zumbi dos Palmares”, na periferia de São Gonçalo, deixaram o local no último dia 12. Uma discutível decisão do Judiciário garantiu a reintegração de posse de um terreno abandonado há décadas. Apesar disso, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) conseguiu arrancar, da prefeitura local e do governo federal, um termo de compromisso para construção de mil casas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, modalidade “entidades”.

Este pedaço do programa federal foi criado em 2009, com o objetivo de tornar a moradia acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais, associações e demais entidades vinculadas ao movimento social, como o MTST: “Trata-se de uma imensa vitória e um fato político muito importante para o Rio de Janeiro. O MTST seguirá organizado e nas ruas, incansável na luta pelo poder popular!”, afirmou o movimento, em sua página na internet.

Diego Novaes
17/11/2014

TiraPET

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