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 Reitoria distribui quentinhas

 

Estudantes pressionam por bandejão e direção da universidade responde com solução provisória

Isadora Vilardo
Estagiária e Redação

A reitoria está distribuindo quentinhas nos horários do almoço e da janta para estudantes de unidades da UFRJ do Centro da cidade e do campus da Praia Vermelha. A providência responde à pressão dos alunos que cobram a implantação de bandejões.

A criação de restaurantes universitários para atender às duas áreas é promessa antiga. A reitoria garante que em 2017 o bandejão da Praia Vermelha entrará em operação. Para a região do Centro, ainda não há prazos para o serviço ser implantado.

Professor do Instituto de História e diretor da Adufrj, Fernando Santoro manifesta preocupação com o caráter provisório da distribuição de quentinhas.   “A ação política e administrativa tem que ter uma perspectiva definitiva”, disse.

Para Santoro, é preciso achar uma forma de garantir que a alimentação seja em local adequado no próprio prédio do IFCS ou por meio de convênios com restaurantes da região.

 

A distribuição de quentinhas no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Instituto de História (IH) e no campus da Praia Vermelha começou em julho. Inicialmente, a oferta era exclusiva de sanduíche, fruta e suco. Agora já estão sendo servidas duas refeições diárias.

A alimentação é um dos itens mais importantes da assistência estudantil. Andreza Fontana, aluna do Instituto de História, aponta as dificuldades.  “Por ser muito caro comer em restaurantes do Centro, acabamos nos alimentando mal, só com salgados”, diz. “Trazer o almoço de casa também é difícil, pois não temos estrutura para guardar ou esquentar”, argumenta.

Os limites das instalações sem refrigeração no prédio do IFCS influenciam no cardápio. José Victor Zebende, aluno da Escola de Música, que se desloca até o instituto para pegar a sua quentinha, relata que são servidos “por conta das instalações sem refrigeração, tortas, quiches e empadões, porque não estragam com facilidade”. O estudante torce para que chegue o dia em que sejam servidos arroz e feijão.

A professora Lúcia Andrade, que dirige o Sistema de Alimentação da UFRJ, órgão responsável pelos restaurantes universitários, disse que são distribuídas gratuitamente 800 quentinhas diariamente no campus da Praia Vermelha e 550 nas unidades do Centro. A alimentação é acessível também a professores e funcionários.  A partir do próximo semestre, que começa agora no final de agosto, provavelmente, vão ser cobrados dois reais por unidade.

 

Instalação definitiva

A reitoria informou que o prazo de entrega do restaurante universitário da Praia Vermelha está mantido para o início do ano letivo de 2017. A instalação será feita em contêineres ao lado do Instituto de Neurologia.

Já o atendimento das unidades do Centro da cidade ainda é incerta. Sem espaço para os contêineres, a busca por uma sala é trabalhosa. “No IFCS, por se tratar de um prédio tombado pelo Iphan, é preciso fazer pesquisas e solicitar autorização para mexer na estrutura, além da discussão com a direção, pois aulas são ministradas no local,” disse a professora Lúcia Andrade.

O pró-reitor de Gestão e Governança, Ivan Carmo, aponta para a possibilidade da utilização de um prédio não atrelado a nenhuma unidade da UFRJ. “Estamos buscando espaços com a União, mas ainda não há previsão para um restaurante no centro da cidade,” diz.

 

 


Ocupa Minc promove debate no ex-Canecão

Prédio da extinta casa de shows virou endereço de movimento de oposição ao governo interino

  

Tatiana Lima

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Sob críticas da reitoria da UFRJ, o Ocupa Minc – que transformou o prédio da universidade onde funcionou o Canecão em seu novo endereço – programou uma agenda de atividades para consolidar a presença do movimento nas dependências da extinta casa de shows na Zona Sul do Rio de Janeiro. Na noite de quarta-feira, por exemplo, o prédio ocupado foi cenário para um debate com representantes da comunidade acadêmica sobre os destinos da extinta casa de shows e a utilização pública dos espaços culturais.

Felipe Altenfelder, integrante do movimento, disse que a ocupação não estabelece antagonismo com a direção da UFRJ. “Queremos a mesma coisa que a universidade: devolver esse espaço cultural para cidade”, disse. Ele afirmou que a expectativa é de que se possa chegar a uma proposta de cogestão. “Lutar pela abertura das portas” do ex-Canecão, segundo ele, é ampliar a pauta do movimento “pois, aqui, é um lugar de grande interesse da especulação imobiliária”.

 

A reitoria da UFRJ, que por meio de nota na semana passada condenou a ocupação, reafirmou sua posição e voltou a insistir no argumento de que as instalações do prédio, sem uso desde 2010, não oferecem segurança.

 

Para o diretor da Adufrj, Fernando Santoro, "a universidade tem que se comprometer para que seus espaços se tornem efetivamente espaços de educação e cultura públicos”. Segundo o professor, a ocupação “é um grande caldeirão de experiências e a comunidade da UFRJ deve aproveitar essa troca de experiências para construir a sua política de relação com a sociedade". 

 

O relançamento na semana passada do movimento (o Ocupa MinC havia sido expulso do Palácio Gustavo Capanema) de oposição ao governo interino ganhou visibilidade depois que Chico Buarque, a convite da encenadora Bia Lessa, se apresentou num palco improvisado da extinta casa de shows. Por lá já passaram, também, a cantora Zélia Duncan e a atriz Júlia Lamertz.

 

Movimento reúne várias tribos


O movimento reúne uma variedade de tribos e expressões artísticas que reivindicam o “Fora Temer” e o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas na cidade. Além do debate desta quarta-feira, já está programado para segunda-feira 15, o evento “Democracia é ditadura disfarçada”.

 

São 40 barracas e uma cozinha coletiva distribuídas pelo prédio da UFRJ, que está sem uso desde 2010. Todas as paredes do salão principal foram cobertas com folhas de jornais e grafites. O palco está limpo e aberto. O espaço do camarote é o principal lugar de ocupação das barracas. Todo o entulho foi deslocado para área direita do espaço. O prédio apresenta problemas de infraestrutura. Os estudantes isolaram as áreas com entulhos ou buracos para manter a segurança dos ocupantes.

 

Cacau Farias, estudante de comunicação da UFRJ, é uma das integrantes da ocupação. Ela diz que “a cultura vem batalhando por um espaço há muito tempo” e observa que “o espaço do Canecão é histórico dentro dos aparelhos públicos do Rio”.

 

O DCE Mário Prata da UFRJ apoia o Ocupa Minc. “É uma ocupação diferente da realizada pelo estudantes da UFRJ em 2012, mas coloca a questão do Canecão em pauta. É importante a universidade abrir o diálogo e enxergar esse lugar como nós: uma potência cultural”, disse Felipe Paiva, integrante da representação estudantil.



Insegurança no Fundão

Dentro do campus, o número de roubos e furtos aumentou em relação ao primeiro semestre de 2015. Mas autoridades afirmam que índices são baixos

Tatiana Lima
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Desde o assassinato do estudante Diego Vieira Machado, nas imediações do alojamento, a comunidade acadêmica acompanha com atenção os indicadores de violência no campus.

Levantamento feito pela Adufrj, com base nas estatísticas de ocorrências da Divisão de Segurança (Diseg), mostra que houve um crescimento dos números de assaltos e roubos no Fundão no primeiro semestre deste ano. Foram registrados 32 furtos e 15 roubos na Cidade Universitária. Em 2015, no mesmo período, ocorreram 26 registros, sendo oito roubos.

O comandante do 17º BPM, coronel Odair Blanco, garante que o Fundão tem os menores índices de violência. “Ainda que as ocorrências levem a um clima de insegurança, são os números mais baixos da área coberta pelo batalhão”. Somando os casos de roubos e furtos, o campus representa 2,93% dos casos na região até maio deste ano. Ele solicita que a comunidade faça os registros junto à PM. É a forma de justificar um possível aumento de efetivo. Só duas viaturas da polícia dão apoio à segurança na Cidade Universitária.

Paulo Mário Ripper, prefeito da UFRJ, e o reitor, Roberto Leher, reuniram-se com o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, em 19 de julho. O objetivo foi traçar estratégias de melhoria da segurança nos campi. “No Fundão, realizamos melhorias na iluminação e colocamos agentes da Diseg nas entradas das unidades. Mas também temos preocupação com a segurança extramuros”, afirma Ripper. Ele reforça que há mais ocorrências de assaltos nos ônibus que vêm para o Fundão.

A estudante Cintia Silva, da Escola Politécnica, confirma o problema. Em março, ela voltava para casa, quando dois homens armados anunciaram um assalto no bairro do Catumbi, dentro da linha 485 (PenhaSiqueira Campos). “Eles entraram comigo no ônibus lá no ponto do Centro de Tecnologia, por volta de 15h”. Em julho, Cintia passou por outro assalto na mesma linha. “Não levaram nada meu, mas várias pessoas foram roubadas. Eles desviaram a rota do ônibus para uma rua próxima à Rodoviária”.

Preocupação com Direito e Museu Nacional


Na reunião com o secretário Beltrame, foi solicitado apoio do Grupo Tático Móvel para coibir os assaltos a coletivos, e ações do 5º BPM (Centro da Cidade) e 4º BPM (São Cristóvão). A ideia é alocar viaturas na entrada das unidades da Faculdade de Direito e do Parque da Quinta da Boa Vista. A professora Adriana Facina, do Museu Nacional, ressalta que há insegurança dentro da Quinta. “Tivemos um professor da Uerj assassinado. Os alunos reclamam muito de assaltos com faca”. Ela completa: “Depois das 17h, não há como fazer atividades. O problema é dentro. Estavam pensando em colocar ônibus em horários específicos da entrada do Parque em frente à Estação de São Cristóvão até aqui tentando diminuir os casos”.

Os estudantes, professores e funcionários precisam cruzar todo o parque para chegar ao Museu. A gestão de segurança pública dentro da Quinta da Boa vista é da Guarda Municipal.
 

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Lixo na Praia do Catalão

Texto e fotos: Tatiana Lima
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De longe, a vista é até bonita. Mas, de perto, a orla da Praia do Catalão é a imagem do desleixo ambiental. Nos fundos da Escola de Educação Física e Desportos, no Fundão, e de frente para o campo de hugby, o lixo se acumula. A prefeitura universitária, por meio da assessoria de imprensa, alega que, infelizmente, há pouco a se fazer, a não ser um trabalho de recolhimento periódico dos detritos.

O problema é antigo. Nos meses mais quentes, especialmente no verão, o acúmulo de lixo e até peixes mortos causam um forte mau cheiro que chega a invadir salas de aula da Educação Física. Há sacos de sabão em pó, tênis, tampa de ralo, rodo, balde, banheira de brinquedo, garrafas plásticas, caixa de isopor e até os restos do que um dia já foi um sofá. Desafios extras para os atletas que vão disputar as provas de vela olímpica, na baía. A Prefeitura Universitária diz fazer uma limpeza quinzenal no local e, dependendo da quantidade, conta com a ajuda de caminhões da Comlurb.

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À reportagem, funcionários (que pediram para não serem identificados) também contaram que a área foi limpa há poucas semanas, mas o lixo não foi retirado do local. Foram apenas acumulados em três pilhas. Com a subida da maré, todo o lixo retornou à praia e à Baía de Guanabara. 

Questionada, a prefeitura universitária informou que entraria em contato com o setor responsável para saber o que ocorreu. Depois, argumentou que o lixo ficou acumulado para posterior coleta, mas “com a ressaca que o Rio enfrentou nos últimos dias ele se espalhou, bem como gerou outros problemas no litoral da cidade”, disse em nota. 

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Reestruturação da carreira agora é lei

No último dia 29, após longos sete meses de tramitação no Congresso, o projeto que reajusta os salários dos professores pelos próximos anos foi transformado na lei nº 13.325/2016. Haverá um aumento linear de 5,5% que entrará em vigor no contracheque de setembro, referente a agosto. Em fevereiro de 2017, há mais 5% de reposição, referente a janeiro.

Há a previsão, ainda, da reestruturação das carreiras docentes em três etapas: nos meses de agosto de 2017, 2018 e 2019. O objetivo é minimizar as distorções causadas com a aprovação da Lei 12.772/2012. Os percentuais e a reestruturação foram acordados entre as categorias da educação e o governo de Dilma Rousseff no fim do ano passado.

Independentemente da reestruturação, também há possibilidade de negociação de novo reajuste para 2018. Confira, em http://goo.gl/SuJmOy as tabelas salariais dos professores em 2019, sem contar com nenhum novo aumento no intervalo a partir de 2018.

A Divisão de Remuneração e Benefícios da Pró-reitoria de Pessoal da UFRJ foi procurada para informar se a aprovação da lei, tão em cima do prazo previsto para o primeiro reajuste, poderia causar algum atraso na aplicação dos 5,5%. A diretora do setor, Suely Esteves, acredita que não haverá problemas. Mas certeza mesmo só após a geração da folha de pagamentos pelo Ministério do Planejamento, o que deve ocorrer até o dia 12 de agosto.

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