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Em seminário na UFRJ, professores e estudantes defendem a continuidade do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência A UFRJ sedia o II Seminário do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Região Sudeste até amanhã (18). Para Joaquim Silva, professor do Instituto de Química e coordenador do Pibid na universidade, o evento tem dois objetivos. “Buscamos fazer um espaço de avaliação do programa e estabelecer uma plataforma de luta política pela sua permanência”, afirmou. A declaração é uma resposta aos ataques que o governo federal tem feito ao Pibid ao longo de 2017. Em abril, o MEC editou uma portaria que desfigurava o programa. Após pressão da comunidade acadêmica, o ministério voltou atrás. Afirmou que um comitê técnico que acompanha o Pibid deverá examinar o programa até o final do ano e definir o planejamento para o ano que vem. Desde outubro, o MEC anuncia uma proposta de “residência pedagógica”, sem entrar em detalhes: “O governo chama de ‘aperfeiçoamento” do Pibid, mas na verdade descaracteriza o programa”, disse Joaquim, pelo que foi informado até agora. Na avaliação do docente, que reclama da falta de diálogo com o ministério, o programa segue um modelo similar implementado em São Paulo, em 2014: “O licenciado era usado até para fazer faxina. É um retrocesso a tudo que foi conquistado”, lamentou. Alternativa própria Se o governo insistir na destruição do Pibid, Silva estuda meios de manter um programa interno à UFRJ de formação de professores. Chamado pelo professor de Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIID), o projeto ainda está em fase preliminar. “A ideia seria implementar um programa de extensão interunidades vinculado às políticas de formação docente da universidade”, explicou. A proposta, no entanto, não teria condições de fornecer bolsas, uma das principais dificuldades. “Estamos avaliando como envolver o professor da educação básica nesse processo, de forma justa, que não implique sobrecarga”, finalizou. Elogios Durante a Jornada do Pibid, docentes e bolsistas reforçaram as críticas às decisões do governo: “O Pibid é uma política ousada, que marcou a formação docente no país. Vamos viver o ensino docente nas eras antes e depois do Pibid”, afirmou a professora Silvia Contaldo, da PUC-MG, que participou do segundo dia de debates.  

Milhares de trabalhadores e estudantes foram às ruas no Dia Nacional de Luta, em 10 de novembro, contra as reformas trabalhista e previdenciária. Convocadas por movimentos sociais e sindicais, as manifestações realizadas em todo o país também exigiram a revogação da Lei das Terceirizações e da Emenda Constitucional 95/16, que congela os gastos públicos por 20 anos. No Rio de Janeiro, houve uma passeata da Candelária até a Cinelândia. A diretoria da Adufrj (foto) e vários professores da UFRJ participaram da atividade, que transcorreu em clima de tranquilidade. Os servidores da rede estadual também se destacaram no ato, protestando contra o atraso nos pagamentos de salários.

Levantamento realizado pela Adufrj mostra que percentual da UFRJ é menor do que a média das universidades federais, estaduais e particulares Os dados sobre a categoria cor/raça dos docentes das Instituições de Ensino Superior, especialmente para a UFRJ, ainda são parciais. Como se observa no gráfico 1, a proporção de professores das universidades públicas sem registro de cor/raça é muito elevada. A proporção dos que se declararam negros é mínima e se manteve estável nas universidades privadas e na UFRJ e houve um ligeiro aumento nas estaduais e municipais (gráfico 2).
Fonte: Censo do Ensino Superior, segundo categorias administrativas e UFRJ – Brasil, 2013 a 2016
A participação de quem se declara pardo é também menor na UFRJ (gráfico 3). As limitações relacionadas com o preenchimento das informações sobre cor/raça – por si sugestivas das dificuldades de obtenção de evidências sobre discriminação –, não autorizam inferências consistentes sobre a participação dos docentes negros na UFRJ. Mas, os dados disponíveis evidenciam um enorme contraste entre a cor/raça da população brasileira e a de seus professores no ensino superior. Diretoria da Adufrj
ARTIGO: "Ilhas de Branquitude" Em 20 de Novembro comemoramos o Dia da Consciência Negra, constituindo um momento de reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da identidade nacional. Este é um tema a ser discutido o ano inteiro. Uma questão relacionada é o confinamento racial* nas IES brasileiras. Embora não saibamos quantos docentes negros temos nos quadros da UFRJ, por mera observação, notamos que esta ainda é uma ilha branca cercada por negros. Questiona-se como que esta exclusão racial não tenha suscitado nenhuma discussão ou incômodo por parte dos acadêmicos brancos brasileiros*. A prática de exclusão de pesquisadores negros não é recente. Três exemplos bem conhecidos são os intelectuais Abdias Nascimento, Guerreiro Ramos e Edson Carneiro, estes dois últimos impossibilitados de ingressar na Universidade do Brasil*. Esta exclusão se deve a um predomínio da cultura de matriz europeia na academia brasileira. Embevecidos por um discurso de origem eurocêntrica, nossas instituições estabelecem regras, critérios, conceitos e julgamentos do que são ou não classificados como qualidades em diversas especificidades das relações institucionais. Buscando reverter este quadro, ressaltamos a importância de fomentar no meio acadêmico um discurso inclusivo e plural, que leve em consideração questões de raça, gênero, religião, orientação sexual, origem social e que considere as diversas fontes culturais. *J.J. Carvalho , REVISTA USP, n.68, p. 88-103, 2005-2006 Professor Antonio Carlos Fontes dos Santos (IF-UFRJ) & Rodrigo Fernandes Morais (doutorando PEMAT-UFRJ)

A pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ, Leila Rodrigues, criticou o recém-criado Programa Institucional de Internacionalização de Instituições de Ensino Superior e de Institutos de Pesquisa do Brasil (Capes/PrInt). A iniciativa do MEC pretende aportar R$ 300 milhões anuais em até 40 propostas das universidades. A duração do apoio será de no máximo quatro anos. “Era para ser um superedital”, argumentou a pró-reitora. “Mas trezentos milhões de reais, divididos entre até 40 instituições, é muito pouco”, completou. Leila informou que a primeira sinalização do MEC sobre o programa aconteceu durante encontro de pró-reitores da área há um ano: “Eles falaram que a descontinuidade do Ciência sem Fronteiras liberaria verbas para outro tipo de ações na colaboração internacional”. A assessoria da Capes não confirmou se as verbas do novo programa têm origem no fim do Ciência Sem Fronteiras. De acordo com o edital, um dos objetivos do programa é estimular a formação de redes de pesquisas internacionais. As instituições concorrentes devem ter no mínimo quatro programas de pós-graduação recomendados pela Capes nas duas últimas avaliações e, pelo menos, dois cursos de doutorado na mesma situação: “Uma instituição com quatro programas dentro dos critérios compete da mesma forma que uma instituição do porte da UFRJ”, apontou a pró-reitora. “Não há diferenciação entre universidades e institutos. Ou entre instituições públicas e não públicas”, acrescentou Leila. Na UFRJ, uma portaria de 11 de maio instituiu um Comitê Gestor, com representantes dos Conselhos de Ensino de Graduação e de Ensino para Graduados (CEG e CEPG), para tratar da política de internacionalização da universidade. E, segundo a pró-reitora, o assunto foi discutido em sucessivas reuniões do comitê com diretores e decanos, além dos colegiados acadêmicos. Prazo O prazo para inscrição de propostas das instituições vai até 18 de abril de 2018. E a divulgação do resultado está prevista para julho de 2018 Resposta da Capes A assessoria da Capes limitou-se a responder que o formato do Programa Capes-PrInt "permite atender à maioria das instituições vinculadas à pós-graduação brasileira, entre as quais encontra-se a UFRJ".

Mesmo debaixo de chuva, atividade buscou dialogar com a população sobre a importância de aumentar os recursos para Ciência e Tecnologia Cariocas não gostam de dias nublados. Mas, quando o assunto é sério como o orçamento da Educação e das pesquisas, encaram até uma forte chuva como a que caiu durante a terceira edição da Marcha pela Ciência, sábado (11), na Praça Mauá. A programação foi garantida com disposição e bom humor pela comunidade acadêmica. “Houve o contratempo do tempo, mas, também, um número maior de entidades envolvidas desde a organização do evento. O que é muito positivo”, avaliou Lígia Bahia, vice-presidente da Adufrj. “Agora é centrar fogo na pressão sobre parlamentares que discutem as leis orçamentárias para 2018”, argumentou a professora. O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), professor Ildeu Moreira, reforçou a estratégia: “Toda a atenção no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, para que possamos evitar cortes tão dramáticos como os previstos”. O representante da SBPC destacou que a Marcha também foi realizada em outras cidades na mesma data. Material de campanha contra os cortes e em defesa do Conhecimento foi distribuído ao público. E a Cyclophonica, uma orquestra em cima de bicicletas animada pelo professor Leonardo Fuks, da Escola de Música, não deixou ninguém dispersar. “Ciência não é só Astronomia”, destacou: “Trabalho na Música diretamente com acústica”. Na opinião do docente da UFRJ, “fazer arte e ciência hoje virou palavrão”. “O artista já era visto por parte da sociedade como alguém fora da realidade. Agora, o cientista também passa a ser questionado por teorias anticientíficas”, analisou. “A extinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação foi o maior desastre no país nos últimos anos”, afirmou Luiz Antônio Elias, economista e ex-secretário do MCTI, em referência à fusão feita com a pasta das Comunicações, no governo Temer. “A consequência foi a desarticulação de redes e a perda orçamentária. Comunicação e Ciência são atores distintos”, justificou, em seguida. Mais amplo Alguns cartazes chamaram mais atenção que outros. Foi o caso dos dizeres apresentados pela dupla de pós-graduandas da Engenharia Química da Uerj: “Ciência, não silêncio”. “O corte de verbas é uma forma de silenciar a pesquisa”, explicou Isadora Pereira. “E não vamos nos calar frente ao que está acontecendo”, completou Alene Dutra. O casal Jaime Oliveira e Caroline Oka compareceu pela segunda vez à Marcha. Ele é pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e ela, médica do município. “Tivemos um bom investimento em equipamentos nos últimos anos. Mas agora não conseguimos nem mesmo fazer a manutenção”, conta o físico. “A situação é a mesma na saúde. Grande parte das Clínicas da Família está parada por falta de recursos”, relatou Caroline. Sofia Voloch compareceu, mesmo sendo das Letras, à convocatória pela ciência brasileira na internet. “Faço um site com colegas contra as fake news e a questão da Ciência é muito importante nessa área”. Confira a fotogaleria.    

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