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sign 304093 640Imagem de clker-free-vector-images por PixabayA AdUFRJ tem recebido diariamente denúncias de tentativas de golpes via whatsapp. A advogada Mariana Lindenmeyer, assessora jurídica da AdUFRJ, gravou um vídeo — disponível no Facebook e no Instagram do sindicato — com os principais pontos para que os docentes não caiam em golpes.

A advogada esclarece que em nenhum processo existe qualquer taxa para antecipação de pagamento de ganho judicial ou qualquer taxa para isenção de imposto de renda de valor recebido em processo judicial. 

Também informa que os valores pagos em processos são feitos via Poder Judiciário por depósito em conta judicial. 

Por último, alerta que, sempre que houver ganho em processo de professores sindicalizados, a AdUFRJ vai entrar em contato.

Em caso de dúvida, é importante conferir com o sindicato. Os telefones fixos da AdUFRJ não funcionam mais por motivos técnicos. O número de contato é (21) 99644-5471. O celular não possui aplicativos de mensagens e estará disponível de segunda a sexta, de 8h30 às 17h30. 

Mariana observa também que não há qualquer vazamento de dados da AdUFRJ ou de sua assessoria jurídica. "Nós percebemos que os golpistas estão utilizando outros bancos de dados e já solicitamos providências às autoridades competentes", afirma Mariana. 

Nota de repúdio à notícia sobre a redução do valor das bolsas de extensão publicada no Jornal da ADUFRJ

As conselheiras e os conselheiros abaixo-assinados vêm à público repudiar a notícia com informações inverídicas e/ou equivocadas publicada no Informativo da ADUFRJ número 1314, de 28 de março de 2024.
Começamos por esclarecer que a votação pela extinção das bolsas nas modalidades IV e V no valor de 1.100 e 1.400 reais, respectivamente, não foi decidida por “10 votos a 7”, como informado por um dos conselheiros do Conselho de Extensão Universitária (CEU), mas, na sessão ordinária do CEU Nº 90, realizada em 06 de novembro de 2023, por unanimidade. Segue trecho referente a essa votação, conforme registrado na ata:

“A conselheira SELENE MAIA propôs a exclusão das bolsas de extensão IV e V, com valor de R$1.100,00 e R$1.400,00, respectivamente, descritas no item 2.2, tendo em vista a proposta de inserção das ações afirmativas na extensão e a limitação do orçamento. A profa. ANA INÊS SOUSA esclareceu que “no último edital, só foram pedidos pelos programas 4 bolsas em cada modalidade (IV e V). Hoje, na prática, temos somente 8 bolsistas com essas modalidades. Revertendo o valor da bolsa para R$700,00, podemos duplicar o número de bolsistas contemplados hoje”. A profa. IVANA BENTES esclareceu que, antigamente, os coordenadores recebiam uma cota e poderiam compor as bolsas juntando os valores, e destacou que, tendo em vista esse momento de restrição orçamentária, é complicado manter as modalidades IV e V. Os conselheiros presentes concordaram de forma unânime com a exclusão das modalidades de bolsa IV e V”.

Na sessão ordinária do CEU Nº 94, realizada em 26 de fevereiro de 2024, o conselheiro titular da Associação de Pós-Graduandos (APG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Douglas da Silva Fortunato, insatisfeito com a decisão supracitada, mesmo tendo votado a favor anteriormente, e com o aval da presidenta do Conselho (que se posicionou de forma contrária na sessão Nº 90), sugeriu que a votação sobre a continuidade dessas bolsas fosse retomada. A presidenta do CEU dedicou a sessão inteira para reverter uma decisão votada por unanimidade, atrasando por consequência a publicação do Edital PROFAEX 2024, até que , um número significativo de conselheiras(os), indignadas(os) com a atitude da presidenta, decidiram sair da reunião tornando-a sem quórum para decisões deliberativas.

Na sessão ordinária do CEU Nº 95, realizada em 11 de março de 2024, a presidenta do CEU novamente recolocou o debate das modalidades das bolsas IV e V e colocou em votação a possibilidade de revisão da decisão anterior. Nesta sessão, finalmente, a resposta d as(os) conselheiras(os) foi pela rejeição, com 10 (dez) votos contra e 07 (sete) a favor. Ou seja, votamos contra a revisão de uma decisão unânime entre as(os) conselheiras(os) presentes na sessão ordinária do CEU Nº 90. Tal decisão foi motivada pelos seguintes fatos:

• O orçamento do Edital PROFAEX 2024 é igual a de 2023, o que acarreta um grande déficit de bolsas, comprometendo a permanência dos estudantes na UFRJ;

• As bolsas com maior valor, por óbvio, reduzem o número de bolsas de extensão e, em decorrência, haveria um retrocesso na promoção de atividades extensionistas que se inserem nas modalidades programas, projetos, cursos e eventos, voltadas para as diversas áreas do conhecimento, em especial, as de comunicação, cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, dentre outras; Os estudantes de graduação não podem acumular bolsas, enquanto a Portaria CAPES Nº 133, de 10 de julho de 2023, regulamentou o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado concedidas pela Capes com atividade remunerada ou outros rendimentos.

A notícia publicada no informativo 1314 afirma ainda que “houve uma tentativa de excluir os estudantes de pós-graduação do edital”. Esclarecemos que não houve essa tentativa, uma vez que as bolsas de valor maior nunca foram destinadas exclusivamente a estudantes de pós-graduação. No Edital PROFAEX nas últimas edições, as bolsas de maior valor foram destinadas apenas a modalidade programa, e poderiam ser atribuídas, indistintamente, a estudantes de graduação ou pós-graduação.

A afirmação do estudante Gabriel Guimarães Batista, secretário geral da APG e representante titular da APG no Conselho Universitário, de que “extensão é trabalho” causou enorme espanto às conselheiras e aos conselheiras que assinam essa nota, pois vai de encontro às resoluções que regulamentam a extensão universitária. A Resolução CNE/CES Nº 7 de 18 de dezembro de 2018, que regulamenta as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2013 estabelece, no Art. 3º, que:

“A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político, educacional, cultural, científico e tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa”.

Por sua vez, o documento intitulado Política Nacional de Extensão Universitária aprovado no âmbito do Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileira (FORPROEX) e publicado em maio de 2012, estabelece como um dos seus objetivos:

Reafirmar a Extensão Universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, além de indispensável na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade*.

Além do exposto é indispensável destacarmos o texto intitulado “Carta Manifesto”, lido na sessão ordinária do CEU Nº 95, no qual denunciamos as improbidades administrativas da presidenta do CEU, que vêm ocorrendo já algum tempo, corporificadas inicialmente pela transgressão à obediência do cumprimento do Regimento do CEU e culminando com a conduta intransigente da mesma de não acatar as deliberações deste conselho. “Neste contexto, destacamos que o COMPORTAMENTO DA PRESIDENTA DO CEU, pode comprometer irremediavelmente a aprovação do Edital PROFAEX 2024 e, dessa forma, contribuir de fato para a CASSAÇÃO DOS DIREITOS DOS ESTUDANTES”.

Ficamos igualmente surpresas(os) pelo fato do referido jornal não ter acessado as atas do CEU, bem como, ter apenas consultado conselheiros que defendem uma posição neste debate, omitindo, assim, argumentos contrários e impossibilitando seus leitores de construir um olhar crítico sobre o limitado recurso dedicado às bolsas de extensão.

Além disso, comunicamos também que o atraso no Edital Profaex 2024, previsto para se encerrar em dezembro de 2023, não se deu por “divergências entre conselheiros”, mas por insistência da presidenta do CEU em aprovar, de forma açodada, um edital com vários problemas. Cientes da nossa responsabilidade enquanto conselheiras(os) optamos por debater temas cruciais como critérios de avaliação e de distribuição de bolsas, visando a igualdade de direitos das propostas que concorrem neste edital e a transparência de todo o processo.

Diante do exposto, manifestamos novamente nossa perplexidade com a conduta inapropriada do direção da ADUFRJ, por não ter consultado outras(os) conselheiras(os) para verificar as afirmações e não respeitar o princípio do contraditório e da ampla defesa. Exigimos, imediata retratação pela publicação de inverdades sobre a conduta do CEU, que prejudicam a imagem de um Conselho Superior da UFRJ, bem como a publicação desta Nota Repúdio no jornal da seção Sindical, para que seja restabelecida a verdade dos fatos.

 Signatárias(os):
1. Aline Caldeira Lopes - Conselheira Suplente do Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH
2. Ana Paula Quadros Gomes - Conselheira Suplente do Centro de Letras e Artes-CLA
3. Camila Rolim Laricchia - Conselheira Suplente do Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé
4. Carlos Eduardo da Silva Vieira - Conselheiro Suplente do Centro de Letras e Artes-CLA
5. Fátima Carneiro Fernandes - Conselheira Suplente do Centro de Ciências da Saúde-CCS
6. Fernanda Maria da Costa Vieira - Conselheira Titular do Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH
7. Fernanda Santos Araújo - Conselheira Titular do Centro de Tecnologia-CT
8. Guilherme Hissa Villas Boas - Conselheiro Suplente do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza-CCMN
9. Leila Brito Bergold - Conselheira Titular do Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé
10. Luciana da Silva Andrade - Conselheira Titular do Centro de Letras e Artes-CLA
11. Maria Jacqueline Girão Soares de Lima – Conselheira Titular do Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH
12. Mariana Trotta Dallalana Quintans - Conselheira Suplente do Centro de Ciências Jurídicas e Econômica-CCJE
13. Patrícia Mallmann Souto Pereira - Conselheira Titular do Centro de Ciências Jurídicas e Econômica-CCJE
14. Rafael Navarro Costa - Conselheiro Titular da Representação dos Técnico-Administrativos–TAE
15. Renata Lucia Baptista Flores - Conselheira Titular da Representação dos Docentes de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT/Cap)
16. Raquel Fernandes Monteiro - Conselheira Suplente da Representação dos Técnico-Administrativos–TAE
17. Selene Alves Maia - Conselheira Titular do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza– CCMN
18. Thadia Turon Costa da Silva - Conselheira Titular do Centro de Ciências da Saúde-CCS
19. Ulisses Dias da Silva - Conselheiro Suplente da Representação dos Docentes de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT/Cap)

WhatsApp Image 2024 04 25 at 21.00.29 2Foto: FonacateGoverno e 33 de 40 sindicatos (82,5%) fecharam, nesta quinta-feira (25/4), um acordo para o reajuste dos benefícios dos servidores. Na educação, assinaram o documento a Fasubra, o Proifes e o Sinasefe – que reúne os docentes e técnicos dos colégios e institutos federais. O Andes não assinou, mas os professores das universidades serão contemplados pela concordância do Proifes. Reajustes salariais e reestruturações de carreiras serão tratados em mesas específicas.
O auxílio-alimentação passará de R$ 658 para R$ 1 mil, a partir de maio de 2024, com pagamento retroativo em junho. Além disso, também ficou estabelecido no acordo o aumento no auxílio-saúde de 51% no valor per capita da saúde suplementar (o montante varia de acordo com a renda e idade do servidor e pode ser aplicado a dependentes). Também houve acréscimo no auxílio-creche, que passa de R$ 321 para R$ 484,90. O valor é teto, independente do número de filhos.

CRÍTICAS
“Continuamos o movimento de negociação com o governo pelo reajuste salarial. Zero por cento de reajuste em 2024 é inaceitável, é desrespeitoso”, disse o vice-presidente do Proifes, professor Flávio Silva, no Instagram da entidade. Já o Andes informou que seu posicionamento só seria apresentado amanhã (26), após a realização da rodada de assembleias das seções sindicais.
Pela direção da Fasubra, Ivanilda Reis considerou importante a assinatura do termo de compromisso com o governo, em vídeo divulgado no Instagram da representação dos técnicos-administrativos. Mas, ao final da reunião, segurando um cartaz que dizia “aposentados também se alimentam”, questionou a exclusão dos inativos e a falta de equiparação dos auxílios dos ativos com os de outros Poderes. Servidores do Judiciário, por exemplo, recebem R$ 1.393,10 de auxílio-alimentação e R$ 1.178,82 de assistência pré-escolar. “A mesa precisa avançar muito para atender o que a gente reivindica”, disse.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, José Lopez Feijóo, disse que há compromisso do governo com o diálogo permanente e com a valorização dos servidores públicos, em nota da assessoria enviada à reportagem. “Este governo, diferente do governo anterior, reabriu democraticamente espaços para diálogo com o serviço público federal. Espaços que durante sete anos passados não existiram. Este espaço democrático de diálogo nos permitiu fechar esse acordo que, juntamente com o reajuste de 9% que já foi concedido no ano passado, faz com que se inicie um processo de recuperação dos salários que ficaram congelados por tanto tempo”, afirmou.

VEJA QUEM ASSINOU

Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB); Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Fundações Públicas de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE); Sindicato Nacional dos Servidores do IPEA (AFIPEA); Sindicato Nacional dos Arquitetos, Economistas, Engenheiros, Estatísticos e Geólogos (SINAEG); Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (ANEINFRA); Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências); Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP); Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT); Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical); Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL); Associação Nacional dos Peritos Criminais (APCF); Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos da Polícia Rodoviária Federal (SINAPRF); Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, produção e Inovação em Saúde Pública (ASFOC); Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe); Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (ASSECOR); Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SINDCT); Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda (SINDFAZENDA); Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SINTBACEN); Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Proteção ao Voo (SNTPV); Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (SINDIRECEITA); Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle; Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty); Sindicato dos Servidores do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (UNASUS); Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SINDPEA); Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil; Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Superintendência de Seguros Provados (SINDSUSEP); Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL); Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional(SINPROFAZ); Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF); Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF); Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS); Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES-Federação); Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS); Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF/FENADSEF); Confederação dos Servidores públicos do Brasil (CSPB).

WhatsApp Image 2024 04 12 at 21.59.52 8Com a disposição do governo de abrir negociações específicas com os diferentes segmentos do Serviço Público Federal — e uma das prioridades, já anunciada, será a da mesa setorial da área de Educação — cresce a importância das propostas de reestruturação da carreira docente. Neste momento, o governo tem em mãos dois projetos elaborados por entidades representativas dos trabalhadores, e o mínimo que se pode dizer é que eles são diametralmente diferentes.
Um deles é fruto de uma articulação entre o Andes e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e propõe o fim da divisão entre docentes do magistério superior e do EBTT (Ensino Básico, Técnico e Tecnológico), com a criação da carreira única de professor federal. “Superamos divergências de fundo para apresentar uma proposta unificada ao governo e esperamos que agora a negociação avance”, relata o coordenador-geral do Sinasefe, David Lobão.
Já a proposta apresentada pelo Proifes-Federação mantém a separação entre magistério superior e EBTT e prevê reajustes em 2024, 2025 e 2026, de forma que no último ano do atual governo a malha salarial cumpra com o Piso Salarial Nacional (Lei 11.378/2008). “Vamos buscar a recomposição das perdas salariais, reajuste digno e reestruturação da carreira para que os professores e professoras sejam valorizados e respeitados”, afirma o presidente do Proifes, Wellington Duarte.

PONTOS “INDISSOCIÁVEIS”
Em 21 de março passado, Andes e Sinasefe protocolaram a proposta unificada de reestruturação da carreira (tabelas ao lado) junto ao MEC e ao MGI. “Identificamos que o governo se escorou em nossas divergências para não avançar nas negociações, iniciadas ainda nas mesas temporárias de 2023. E decidimos unir forças para avançar”, recorda David Lobão. A proposta unificada tem sete pontos considerados “indissociáveis”:WhatsApp Image 2024 04 12 at 22.24.52

- Estruturação da malha salarial com 13 níveis, com exclusão das classes. A progressão para o 13º nível se dá pelos mesmos critérios dos níveis anteriores, com todos os docentes podendo progredir até o topo da carreira, independentemente da titulação. A diferença percentual entre cada nível e o imediatamente anterior, denominado STEP, será de 5% em cada regime de trabalho, sem redução salarial, contemplando a recomposição das perdas inflacionárias e a discussão sobre o piso.

- O ingresso na carreira do magistério federal (unindo magistério superior e EBTT) se dará exclusivamente por concurso público de provas e títulos, sendo que todos iniciam no nível 1 (Graduado). Quem tiver ou passar a possuir o título de especialista, mestre ou doutor terá o direito à aceleração da progressão.

- Isonomia das retribuições por titulação entre os regimes de carga horária de 20 horas, 40 horas e 40 horas com dedicação exclusiva, tendo como referência o regime de carga horária de 40 horas com dedicação exclusiva.

- Estender aos docentes da carreira do EBTT a dispensa do controle de frequência que hoje contempla apenas professores do magistério superior.

- Reabertura de janela de adesão para as demais carreiras existentes, inclusive as extintas e atípicas, para a carreira EBTT e MS (Lei nº 12.772/2012), corrigindo o tempo que o docente ficou sem progressão e ou promoção.

- Revogação de instrução normativa baixada durante o governo Bolsonaro, em 2022, que impacta as progressões nas carreiras e impede o pagamento de parcelas retroativas referentes à progressão funcional.

- Oferecer a possibilidade de migração de servidores do Ministério da Defesa que assim desejarem para outras Instituições Federais de Ensino.

- A proposta também reivindica a revogação da portaria 983/20, que estabelece o tempo mínimo de 14 horas dedicadas ao ensino para docentes de EBTT, enquanto para o magistério superior são 8 horas.

CRÍTICAS
A proposta do Andes e do Sinasefe vem recebendo críticas na área acadêmica. Para o professor Pedro Lagerblad, titular do IBqM e ex-diretor da AdUFRJ, a proposta é antiquada e ignora os avanços conquistados nas universidades federais durante décadas. “A ideia de dividir a carreira em níveis diferenciados, que com o tempo a pessoa vai galgando, não é nova. Nós já deixamos isso para trás há muito tempo quando estabelecemos referências acadêmicas de progressão, com um sistema que é baseado em avaliações qualitativas a cada período. Pode ter seus defeitos, que devem ser corrigidos, mas tem referenciais mais pontuais, como a titulação”, diz Pedro.
O professor acredita que a proposta é um retrocesso. “Eu tenho dificuldade de entender como alguém pode hoje questionar a questão da titulação na universidade, que tem como uma de suas funções precípuas exatamente a de conferir títulos às pessoas atestando a sua capacidade. Isso não é uma burocracia”, afirma. “Um título tem um conteúdo, representa uma qualificação, uma passagem de estágio”, completa.
A universidade não utilizar as titulações nas suas progressões como uma referência básica é, segundo Lagerblad, um recuo no tempo. “Um recuo a uma época em que não havia um sistema de pós-graduação estabelecido no país. Temos que olhar daqui para frente, fazer desenvolvimentos a partir desse modelo, e não jogar o modelo inteiro fora e recuar para algo que estava nos anos 1960, que não mais funciona, que era uma progressão pura e simplesmente por tempo de serviço”.

PROJETO DO PROIFES PREVÊ NOVA ‘CLASSE DE ENTRADA’

WhatsApp Image 2024 04 12 at 22.26.09As diferenças entre as propostas do Andes e do Proifes são acentuadas pelo diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior do Proifes, professor Geci Silva. “A gente entende que uma carreira única do professor federal não é possível, porque temos especificidades previdenciárias diferentes para os professores do magistério superior e do ensino básico. O Andes propõe uma carreira em 13 níveis, com progressões de dois em dois anos, o que daria 26 anos no total. Essa carreira fica muito longa, prejudicando a aposentadoria dos docentes. Não há necessidade de estender a carreira por tanto tempo”, avalia o professor.
Geci também observa que o docente de magistério superior começa a trabalhar seis anos depois das outras carreiras. “Para prestar concurso público tem que fazer dois anos de mestrado e quatro de doutorado, pois os concursos exigem o doutorado. E sem direito a contagem de tempo para a aposentadoria, e isso é uma luta da ANPG. Por isso defendemos a carreira com 19 anos, como é hoje. Está muito bem”.
Ao longo das duas últimas semanas, o Jornal da AdUFRJ pediu insistentemente esclarecimentos ao Andes sobre o projeto de carreira proposto, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.

REAJUSTES
A proposta apresentada pelo Proifes projeta reajustes em 2024 (9,39%), 2025 (6,82%) e 2026 (6,82%). “Nossa proposta estipula que nossa carreira tem que cumprir o piso nacional do professor da educação básica, que hoje é de R$ 4.580,57. Mas hoje o salário do professor 40 horas graduado é de R$ 3.583,26. Ou seja, precisaríamos de um reajuste de 34,22% para que a nossa carreira atual cumprisse o piso nacional do professor. Com os reajustes propostos, em 2026 esse piso ajustado seria de R$ 4.954,34”.

Entre os principais
pontos da
proposta estão:

- Manter o tempo mínimo da carreira atual (Lei 12.772/2012) para chegar à classe E, com denominação de professor titular, em 19 anos.
- Retirar a restrição da obrigatoriedade do doutorado para promoção à classe D, com denominação de professor associado, na carreira do magistério superior.

- Extinguir as classes A/DI e B/DII e criar uma nova classe de três anos, provisoriamente chamada de “Classe de Entrada”, que passaria a ser a nova entrada nas carreiras.

- Três anos é o tempo necessário para finalizar o estágio probatório, e na carreira atual o docente doutor chega na posição C/DIII, nível 1, em três anos através da aceleração da promoção. Os docentes das carreiras que estão nas classes A/DI e B/DII serão reenquadrados na classe C/DIII, nível 1, caso já tenham finalizado o estágio probatório, e, caso contrário serão reenquadrados na “Classe de Entrada” e terão promoção à classe C/DIII, nível 1, ao finalizar o estágio probatório.

De acordo com o professor Geci Silva, o projeto de reestruturação da carreira do Proifes pode representar um novo tempo para a educação superior no país. “Achamos que é uma proposta viável, temos atuado politicamente para viabilizá-la. Apresentamos não só ao governo, mas também à Andifes. Com essa proposta nós conseguiremos reduzir nossas perdas até 2026. Vamos buscar apoio para ela na mesa específica. Hoje temos uma carreira empobrecida, incapaz de atrair e de reter a inteligência e o talento necessários para o avanço da qualidade da educação no país”, diz Geci.

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