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Na segunda-feira (11) a diretoria da AdUFRJ reúne o Conselho de Representantes para debater a resolução aprovada no 42° Congresso do Andes, que indica a construção de greve no primeiro semestre de 2024. A ideia é que os conselheiros apresentem os informes sobre a situação das unidades. O CR será realizado às 14h, na sala 201 do Bloco D do CT e via Zoom.

As discussões do 42º Congresso do Andes revelaram que a atual direção do Andes mantém a tendência ao isolamento político. O sindicato não participou da Conferência Nacional de Educação, espaço que reuniu representantes de mais de quatro mil municípios brasileiros. Ao invés de se articular com outros movimentos de educação do país, os apoiadores da atual gestão do Andes decidiram realizar o IV Encontro Nacional de Educação, instância que reúne apenas setores filiados à CSP-Conlutas. “Precisamos de articulação ampla em defesa do Brasil democrático”, advertiu a professora Elisa Guaraná, presidenta da Adur-RJ.

43º Congresso será no Espírito Santo
Por unanimidade, Vitória, capital do Espírito Santo, foi eleita a sede do próximo Congresso do Andes. No evento do ano que vem serão definidas as chapas que disputarão a próxima eleição do sindicato nacional.

WhatsApp Image 2024 02 29 at 15.08.191Os filhos Gabriel e Andrew emocionados, ao centro. Foto: Eline Luz/Andes-SNA professora Marinalva Oliveira, titular da Faculdade de Educação da UFRJ, foi lembrada com saudade. Ela nos deixou em outubro. Os filhos Andrew Costa e Gabriel Oliveiraparticiparam da homenagem, em vídeo. “Falar do legado da minha mãe é para mim, falar de um binômio ligado a amor e luta”, disse, Andrew, emocionado.

Ele participa pela primeira vez como professor do congresso do Andes, pela delegação do Sindufap, a seção sindical da Federal do Amapá. “Iniciar minha carreira docente dentro da universidade onde a memória dela está muito presente, me faz ter uma dimensão ainda maior da sua importância afetiva e sob a perspectiva da luta”, disse.

“Eu diria, para defender a (memória da) mãe, continuem a luta”, continuou Gabriel, que inspirou Marinalva na luta anticapacitista e em linhas de pesquisa sobre educação e Síndrome de Down.

O professor Alex Soares, da Universidade Federal do Ceará, outro importante militante do movimento docente, também foi homenageado postumamente.

Ricas intervenções culturais foram um dos pontos altos do 42º Congresso. A abertura foi ao delicioso som do maracatu. O grupo Maracatu Solar (foto), que atua com a divulgação da arte no estado do Ceará, recepcionou os participantes. Outra bonita apresentação foi a do professor da UFC e violonista Babi Fonteles, acompanhado pelos músicos Eliahne Brasileiro e Werbeson Avelino. O quarto dia de encontro contou com a presença dos músicos Assun, Luiza Nobel e Salles. Cantores e compositores negros da periferia de Fortaleza, eles trouxeram a força das lutas populares nas letras de suas canções.

O Centro de Convivência que abriga o congresso também recebe durante esta semana uma feirinha cultural e gastronômica de pequenos negócios locais. A exposição dá visibilidade a iniciativas comprometidas com a cultura do estado do Ceará e com a agricultura familiar.

WhatsApp Image 2024 02 29 at 17.45.37MÁRCIO MARQUES
Delegado da AdUFRJ

“Estou achando um espaço bastante plural, que expressa bem uma diversidade social. Aqui consegui compreender o quanto o sindicato é importante para as nossas pautas, mas me decepcionou um pouco que determinadas coisas sejam ditas de forma muito radical e sem diálogo. Infelizmente, algumas disputas beiram à infantilidade e não contribuem para a construção das políticas. Política se constrói trabalhando e aqui me chamou atenção o quanto há pessoas sérias realmente comprometidas com o trabalho. Temos trabalhado muito ao longo desses dias e este é um ponto, para mim, bastante positivo.
Algo que quero pontuar aqui é que foi criado um espaço para transmissão das plenárias. Fico me perguntando qual a diferença disso para um congresso virtual e de assembleias que usam desses recursos tecnológicos. Penso que não teria diferença técnica entre acompanhar as discussões dessa sala e do meu computador, na minha casa”.

 

 

WhatsApp Image 2024 02 29 at 17.45.15CLAUDIA MOURTHÉ
Delegada da AdUFRJ

“Foi uma grande surpresa ver o tamanho do congresso e a relevância do sindicato no quadro nacional, com a representatividade expressa aqui de todo o país. A impressão positiva é que expressa a relevância política da categoria. O aspecto negativo é que me parece não haver uma hierarquização dos temas e perde-se muito tempo com questões, às vezes, pouco relevantes ou menos importantes para a categoria. Há a entrada também de outros assuntos que muitas vezes não fazem parte da pauta e acabam tornando as discussões muito cansativas. O congresso é longo, é trabalhoso, é cansativo, mas se torna muito mais cansativo por conta de temas que não são diretamente relacionados aos interesses dos professores.
De forma geral, no entanto, estou achando muito positivo, sinto-me esperançosa em ver meus direitos reconhecidos e ter a possibilidade de reaver direitos perdidos. Por mais que existam interesses específicos em algumas discussões, que acabam sendo mais acirradas, também elas fazem parte do exercício pela busca de um bem coletivo maior”.

 

 

WhatsApp Image 2024 02 29 at 17.44.35BRUNO REYS
Observador da AdUFRJ

“Entrei na universidade em 2018 e ainda não tinha participado de atividades sindicais dessa monta. Para mim, então, é uma imersão. Tem sido uma experiência aprender como as discussões são conduzidas, como a dinâmica está colocada. Acho muito diferente o grupo Renova Andes, acho positivo a AdUFRJ se aproximar do grupo, participar dos encontros.
Realmente, as votações estão se dando de forma bem radical, bem sectária. Descoladas de sua base. Parece que estão pairando alguns metros acima do chão da realidade. Então é importante intensificar os espaços de participação no Renova e construir uma alternativa ao que está colocado hoje como direção nacional. Também fiquei muito impressionado como colegas da nossa seção sindical estão se relacionando conosco. Eles perderam a eleição, mas poderiam contribuir, de alguma forma, com a construção da política sindical. Não se constrói política com práticas difamatórias, com fake news, como acabei vendo acontecer no congresso”.

 

 

WhatsApp Image 2024 02 29 at 17.41.25FERNANDA SHCOLNIK
Delegada da Asduerj

“Eu sou deficiente visual e está sendo uma experiência muito rica estar aqui. Eu nunca tinha ido a um congresso sindical. Tenho achado bem organizado, de uma maneira geral. O espaço das plenárias é acessível, assim como as salas onde aconteceram os grupos. Tenho percebido um esforço muito positivo no sentido de garantir a acessibilidade. As auto descrições têm funcionado.
Também é importante a auto descrição de cards e fotos nas mídias oficiais do sindicato. Tenho dependido que algum colega leia para mim os textos que estão em discussão, porque pelo meu leitor de tela fica mais confuso, uma vez que é difícil ficar com fone e ao mesmo tempo participar da plenária. Mas tem funcionado com colegas lendo para mim, para que eu consiga compreender as votações. Tenho percebido que está sendo respeitado meu direito como pessoa com deficiência nas filas, uma priorização de acesso à alimentação, ao ônibus. Enfim, estou gostando muito”.

 

 

 

WhatsApp Image 2024 02 29 at 17.44.02FRANCIROSY BABOSA
Delegada da Adusp

“Aqui a gente faz parte de um coletivo de várias pessoas de luta e resistência. Não é meramente um encontro, mas um evento de luta. E isso me emociona. Só de poder trazer a causa palestina, poder falar da Palestina sem me sentir num lugar desconfortável já é uma grande experiência. Outro ponto de destaque é poder secretariar as mesas de manhã à noite, onde estou tendo ainda mais oportunidade de aprender sobre as dinâmicas. Para mim, tem sido uma excelente experiência.
Eu sou muçulmana e acredito que o Andes precisa incorporar uma discussão sobre a questão da intolerância religiosa. Disso eu senti falta. Eu sei que são muitas pautas, muitos temas, mas a gente precisa olhar para os pertencimentos religiosos. Principalmente porque a grande maioria aqui é de pessoas de esquerdas diversas e a gente precisa aprender a dialogar com as pessoas religiosas para trazê-las para o nosso campo ideológico. Aprender a ouvi-las, a respeitá-las e a integrá-las”.

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