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A campanha contra o governo Bolsonaro continua firme nas ruas. Aproximadamente mil pessoas participaram de um ato realizado terça-feira, dia 13, no Centro do Rio. Após concentração na Candelária, os manifestantes se deslocaram até a Cinelândia. O professor Felipe Rosa representou a diretoria da AdUFRJ no protesto, que chamou a população para participação no ato nacional do dia 24 de julho. “O ato cumpriu bem seu papel de ‘esquenta’ para o dia 24”, disse Felipe.

Fotos: Fernando Souza

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O prográdiorama AdUFRJ no Rádio desta semana recebe os professores Eleonora Ziller e Josué Medeiros, diretores do sindicato, para debater os desdobramentos das denúncias contra o governo que surgiram na CPI da pandemia e seus possíveis efeitos na base de apoio do governo, no Congresso e na sociedade. Os docentes também fazem um balanço dos atos de 3 de julho no Rio e em São Paulo e avaliam o superpedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O programa vai ao ar toda sexta-feira, às 10h, com reprise às 15h.

Diversos temas mobilizaram o Conselho Universitário do dia 8, em duas sessões seguidas. Na primeira, destaque para a aprovação de uma resolução que beneficia professores e técnicos responsáveis pelo cuidado com outras pessoas, durante a pandemia. Na segunda,  que modificou o estatuto da UFRJ, houve a criação do Centro Multidisciplinar no campus Macaé.

Parentalidade e equidade de gênero
O conselho flexibilizou as atividades de ensino e trabalho remoto emergencial para estudantes e servidores que exercem papel de cuidador ou cuidadora na família. A WhatsApp Image 2021 07 09 at 21.57.391medida beneficia, sobretudo, as mulheres sobrecarregadas pela dupla jornada durante a pandemia.

A resolução contempla responsáveis pelo “bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer” de crianças com 12 anos ou menos, de pessoas da terceira idade, com deficiência ou com transtorno mental. E que estejam sem rede de apoio tais como, escolas, creches e serviços afins.

Segundo o texto aprovado, a condição de cuidador ou cuidadora “deverá ser expressa mediante autodeclaração encaminhada para a chefia imediata” para pactuação de um horário especial. Além disso, “caso necessário, em situações de eventuais divergências entre as partes, caberá recurso à instância administrativa imediatamente superior”.


Centro Multidisciplinar
No Dia da Ciência, a UFRJ deu dois presentes para a sociedade. Primeiro, aprovou a criação Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes – Carlos Chagas. O núcleo resulta do combate à covid-19 e pretende  viabilizar respostas efetivas para futuras ameaças infecciosas originadas por doenças emergentes e reemergentes. Depois, os conselheiros aprovaram o Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé e seus órgãos suplementares. A nova estrutura acadêmica deve fortalecer ainda mais a multidisciplinaridade daquele campus.

Viva UFRJ apresenta resultado preliminar
Criado para exploração econômica dos ativos imobiliários da universidade, o polêmico projeto Viva UFRJ reapareceu no Consuni. O professor João Carlos Ferraz, do Instituto de Economia e integrante do GT que assessora a reitoria na iniciativa, apresentou a situação atual do Viva. O docente ressaltou que uma das motivações para a empreitada, em parceria com o BNDES, é a conjuntura orçamentária. Segundo Ferraz, independentemente de governo, nada indica que haverá o financiamento externo necessário para o investimento em infraestrutura da UFRJ.

No momento, o projeto está em fase final de avaliações do uso das áreas da UFRJ. Estão sendo estudados terrenos na Cidade Universitária, na Praia Vermelha e um prédio tombado da universidade na Praça da República. Em seguida, a universidade precisará decidir quais atividades poderão (ou não) ser autorizadas nesses locais e que contrapartidas serão exigidas. Na fase final, haverá as licitações e rodadas de negócio com as empresas interessadas.

O vice-reitor, Carlos Frederico Rocha, considerou que o Viva UFRJ “é uma ferramenta de planejamento importante que permite à universidade chegar até o final do processo e às licitações, caso assim desejar”. Mas, destacou que o projeto será avaliado pelas instâncias decisórias da universidade. Segundo o vice-reitor, a contribuição do Viva UFRJ também será remetida e adequada ao debate do Plano Diretor da universidade.

Novo ensino médio
A universidade é contra a extinção da obrigatoriedade do ensino de Química, Física e Biologia no ensino médio. O Consuni manifestou preocupação em relação à proposta da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de tornar as disciplinas opcionais, a partir do projeto “Novo Ensino Médio” do MEC.

diadacienciaA SBPC celebrou o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador em um painel virtual com o tema “Os desafios atuais da Ciência no Brasil”. Participaram do painel representantes de diversas entidades da sociedade civil — como Academia Brasileira de Ciências, Andifes, Fórum das Centrais Sindicais, Associação Brasileira de Imprensa, Comissão Arns e CNBB — e mais de 20 deputados e senadores.

Em uma das suas últimas apresentações como presidente da SBPC, o professor Ildeu de Castro Moreira fez um balanço dos principais desafios para os pesquisadores e defensores da Educação e da Ciência no Brasil. “Não faltam desafios. Estamos vivendo um quadro de desmonte orquestrado em várias áreas do Brasil. E por trás desses interesses, ideologias e negacionismos que nos assolam há interesses econômicos fortes e poderosos, que caminham no sentido contrário ao que pretendemos, que é a redução das desigualdades no país”, disse. Ildeu começou o evento apresentando o presidente eleito da SBPC, Renato Janine Ribeiro, que assume o cargo dia 23 de julho.

A professora da UFRJ Ligia Bahia foi uma das participantes do evento, e começou a sua fala celebrando o importante papel das Ciências da Saúde no combate à pandemia. “As Ciências da Saúde tiveram muito o que dizer nesse momento de pandemia. A ampliação do espaço da Saúde no âmbito da Ciência e da Tecnologia foi conquistado em função da valorização da vida”, disse Ligia, que alertou que o movimento no Brasil tem sido no sentido contrário, onde a vida tem sido desvalorizada. Diretora regional da SBPC, a professora defendeu o papel da entidade na liderança em defesa da vida. “Nesse momento é importantíssimo que a gente permita que a SBPC continue atuando na sua inserção e liderança no pacto pela vida”.

A demissão de cinco funcionários da limpeza no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza ganhou ampla repercussão no Conselho Universitário desta quinta-feira, dia 8. Existe a suspeita de perseguição política, já que, entre os dispensados, está Luciana Calixto, uma das diretoras da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da
UFRJ (Attufrj).

A AdUFRJ solidarizou-se com os trabalhadores e cobrou explicação urgente sobre as demissões.

A suspeita de perseguição política é reforçada pelo fato de não ter havido cortes no contrato com a empresa que assumiu a limpeza do CCMN, como explica uma nota da própria Attufrj, disponível no site da AdUFRJ. A Attufrj acrescenta que Luciana trabalhava nas dependências do Instituto de Geociências, vinculada ao CCMN, há mais
de uma década.

Durante o Consuni, a reitora Denise Pires de Carvalho manifestou solidariedade com os funcionários demitidos, mas esclareceu que a administração central não pode interferir nas decisões de uma empresa terceirizada. “Ela decide quem contrata ou não. Nós não podemos direcionar a contratação de pessoas, sob pena de respondermos judicialmente”. A dirigente, no entanto, ressaltou que a denúncia de perseguição política deve ser apurada e convidou a Attufrj e demais entidades representativas interessadas para uma reunião sobre o tema.

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