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Ato na Faculdade Nacional de Direito - Rua Moncorvo Filho, nº 08, Centro, neste dia 31 de março, às 16h30. 

A atividade conta com a organização da Adufrj-SSind, do DCE, do CACO-FND e do Coletivo de Mulheres da UFRJ.


Três delas desapareceram na Guerrilha do Araguaia

O que Ana Maria Nacinovic Corrêa, Áurea Eliza Pereira Valadão, Jana Moroni Barroso, Maria Célia Corrêa, Maria Regina Lobo Leite de Figueiredo e Sônia Maria de Moraes Angel Jones têm em comum? Todas elas, com alguma passagem pela UFRJ, foram assassinadas na luta contra a ditadura militar. Para relembrar os feitos valorosos dessas mulheres, haverá um evento (“50 anos do golpe e suas marcas na UFRJ”) nesta segunda-feira, 31 de março, na Faculdade Nacional de Direito, às 16h30.

O evento na FND dará início a uma série de outras atividades da Adufrj-SSind que relembrarão, durante o mês de abril, o impacto da ditadura em Unidades da UFRJ. A homenagem nesse dia será feita às mulheres que lutaram e aos alunos e professores da FND perseguidos pela ditadura. Há 50 anos, no dia 31 de março de 1964 a Faculdade Nacional de Direito foi invadida e seus alunos cercados por tanques e tropas militares golpistas. Com os alunos presos do lado de dentro do prédio, os militares atiraram contra a fachada e tentam incendiá-lo, mas são contidos pelo capitão Ivan Proença. Ele ordena à sua tropa que impeça o massacre, e arrisca a própria vida, entrando, em meio a fogo e tiros, para salvar os estudantes. Acabou preso por seu ato de bravura.

As ex-alunas

Ana Maria Nacinovic Corrêa, aos 21 anos, ingressou como segunda colocada na Escola de Belas Artes da universidade. Sua fotografia estava estampada em cartazes nos aeroportos, rodoviárias e outros lugares públicos; apontavam-na como uma subversiva perigosa. Foi metralhada e morta na Mooca, em São Paulo. Os agentes do DOI/CODI, montaram uma emboscada para ela e alguns colegas num restaurante. De imediato, foram fuzilados. Ana Maria ainda vivia quando um policial, ouvindo seus gritos de protesto e de dor, aproximou-se e desferiu uma rajada de fuzil à queima-roupa, estraçalhando-lhe o corpo, em 1972. Tinha 25 anos. 

Áurea Eliza Pereira Valadão, Prestou vestibular, aos dezessete anos, para o Instituto de Física da UFRJ, em 1967, onde pretendia estudar Física Nuclear. Participou intensamente do movimento estudantil no período de 1967 a 1970, tendo sido membro do Diretório Acadêmico de seu Instituto. Militante do Partido Comunista do Brasil, desapareceu na Guerrilha do Araguaia, aos 24 anos, em 1974.

Jana Moroni Barroso cursou o Instituto de Biologia  da UFRJ, onde ingressou na vida política. Trabalhou como uma das responsáveis pela imprensa clandestina do PCdoB. Desaparecida desde 1974, na Guerrilha do Araguaia, quando tinha 26 anos.

Maria Célia Corrêa, bancária e estudante de Ciências Sociais da Faculdade Nacional de Filosofia, hoje UFRJ, era militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Em 1971, foi viver na região do Araguaia. Desaparecida, aos 29 anos.

Maria Regina Lobo Leito de Figueiredo, militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), foi aluna do Colégio de Aplicação da UFRJ. Era formada em Pedagogia pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Enquanto aluna, teve intensa participação no movimento estudantil. Após o golpe de 1964, ingressou no movimento Ação Popular e, posteriormente, na organização Var-Palmares. Foi morta aos 33 anos, em março de 1972. 

Sônia Maria de Moraes Angel Jones, era militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Também era aluna do Colégio de Aplicação da antiga Faculdade Nacional de Filosofia e, posteriormente, na Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mas não chegou a se formar, sendo desligada pelo Decreto nº477 (conhecido como o “AI-5 das universidades”), de 24 de setembro de 1969. Foi morta em São Paulo, em 1973, aos 27 anos.

Organização

A atividade na Faculdade Nacional de Direito conta com organização da Adufrj-SSind, do Centro Acadêmico Candido Oliveira (CACO-FND), DCE e Coletivo de Mulheres da UFRJ. 

Técnico-administrativos deflagram paralisação por tempo indeterminado. Objetivo é pressionar governo a cumprir o acordo firmado em 2012: ficaram pendentes diversas reivindicações financeiras da categoria

Próxima assembleia do Sintufrj será neste dia 25

Já que o governo passou dois anos desrespeitando o acordo de 2012 e hoje se recusa a atender às reivindicações financeiras dos técnico-administrativos (um exemplo é a falta de solução para os casos dos aposentados que desceram de nível na progressão salarial com a transposição de uma carreira para outra, em 2005), a categoria resolveu deflagrar a greve. Na UFRJ, a decisão foi tomada em assembleia realizada dia 17, no hall da reitoria, com apenas seis votos contrários e cinco abstenções. A paralisação, por tempo indeterminado, iniciou-se dia 20 por necessidade de cumprimento de prazo judicial, conforme determina a Lei de Greve. A próxima assembleia geral está marcada para esta terça-feira, 25 de março.

Mobilização em Brasília

Em Brasília, onde ocorreu uma reunião entre representantes do Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Públicos Federais e do Ministério do Planejamento (leia mais na página 8), o coordenador da Fasubra, Gibran Jordão, criticou o governo: “A greve é uma reação ao descaso do governo com a Educação e com os técnico-administrativos, que recebem o pior piso do funcionalismo federal, cerca de um salário mínimo e meio. Estamos vivendo um clima político em que cresce a mobilização dos trabalhadores para organizar a luta e assim arrancar do governo resposta à pauta específica das categorias e também à pauta unificada”, disse.

A presidenta do Andes-SN, Marinalva Oliveira, saudou o movimento dos técnico-administrativos: “O governo segue inflexível com os trabalhadores, mas não com o empresariado. Nosso caminho é ir para a luta de forma unificada. Esse governo precisa nos respeitar e o nosso respeito buscaremos na rua, mostrando a força da nossa mobilização, pois é assim que temos feito e foi assim que já conseguimos fazer com que eles nos ouvissem”, avaliou. (Fontes: Sintufrj e Andes-SN. Edição: Adufrj-SSind)

14032421Decisão de peso. Mais de 800 trabalhadores da UFRJ se reuniram nos pilotis da reitoria para dar início à paralisação. Foto: Renan Silva/Sintufrj - 17/03/2014

 

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Uma resposta diferente

14032472Ato dos servidores, dia 19, homenageou Cláudia Ferreira. Fotos: Samuel Tosta - 19/03/2014A morte de Cláudia Ferreira, auxiliar de serviços gerais, negra, moradora do Morro da Congonha, em Madureira, é o mais recente ícone da face perversa do Estado: a criminalização da pobreza. A Polícia Militar é o braço forte que destrói vidas da classe trabalhadora, quando deveria resguardá-las. Em contraposição, garante o direito de ir e vir das elites.

No “asfalto”, a repressão – antes direcionada apenas às favelas (onde morreram muitas Cláudias e Amarildos) – tomou proporções assustadoras. Segue em ritmo acelerado a escalada da criminalização dos movimentos sociais e sindicais, apesar de ser cada vez mais difícil para o Estado calar quem o contraria. 

As ruas pedem o fim da PM, mais democracia e participação popular. Mas, os governos estaduais e federal tentam aprovar leis que aumentam ainda mais a repressão. Não é essa a resposta que queremos. 

SuperEst
Após mais de 40 dias, a reitoria indicou o novo responsável pela Superintendência de Políticas Estudantis: Ericksson de Rocha Almendra, ex-diretor da Escola Politécnica
 
Uerj
“A crise desencadeada pela falta de professor concursado, vivenciada na Uerj, é fruto de uma política de desinvestimento na Educação, provocada pelo Governo Estadual e reforçada por uma postura de subordinação da reitoria”, diz nota da associação local de docentes (Asduerj).
 
Uerj II
Para a Asduerj, o problema não é de ordem econômica: segundo relatório dos Estados e do Tesouro Nacional, de 2012 a 2013, o Rio de Janeiro, com a segunda maior economia do país, teve gastos com despesas de pessoal 17% abaixo do limite prudencial de 46,55%. 
 
 
Crise energética no CT
O Brasil discute os riscos de apagões e a possibilidade de racionamento num futuro próximo. Em escala reduzida, o Centro de Tecnologia da UFRJ já convive com uma crise energética há bastante tempo. São recorrentes as quedas de luz no local, principalmente no verão. Entre os dias 19 e 20 (já no outono), o abastecimento de energia ficou suspenso por aproximadamente 24 horas para cinco dos oito blocos do prédio (os demais estão ligados a uma rede diferente). Isso depois de algumas sobrecargas na véspera e na antevéspera.
Na segunda e na terça-feira, a falta de energia foi causada por problemas nos disjuntores e foi facilmente solucionada. Entretanto, na tarde de quarta, dois fusíveis de média tensão sofreram danos graves, precisando de substituição, informa o site da UFRJ. 
A reitoria também sofreu com quedas de luz no dia 20, o que prejudicou bancas de graduação na FAU.

Greve na Uenf

Fazia tempo que as mobilizações não conseguiam a unificação de professores, servidores técnicos e estudantes num mesmo processo de greve da Universidade Estadual do Norte Fluminense (a última vez foi em 2000). Agora, após anos de asfixia financeira da instituição e da corrosão de salários e bolsas estudantis, a unidade foi restabelecida.
Em manifestação estudantil no último dia 19 (foto), um dos cânticos usados desafiava a dupla Sérgio Cabral/Pezão a viver com uma bolsa de apenas R$ 300, como muitos fazem naquela instituição.

14032473Foto: Divulgação

Professora do Instituto de Economia alerta para perdas salariais dos recém-concursados nas universidades

Progressão também fica mais demorada

Se as carreiras impostas pelo governo ao final de 2012 (via Lei nº 12.772) pioraram a situação dos professores em geral, o horizonte é ainda mais dramático para os novos quadros do magistério superior. Pelas regras atuais, mesmo com titulação de mestres ou doutores, eles precisam entrar nos estágios iniciais da carreira, com denominações como Assistente-A ou Adjunto-A. O resultado é que vão sofrer perdas reais, até 2015, que variam de 6,4% (caso dos mestres) a 11,8% (doutores) (veja tabela). As informações são da professora Maria Malta, do Instituto de Economia.

Mesmo os que aparecem um pouco melhor em toda a história, os Titulares doutores (com prováveis 8,7% de ganhos reais ao final de 2015), não escapam da inflação, destaca a economista. “Parte expressiva de seu aumento salarial também será comida pela inflação, como em toda a categoria. A diferença, como alertávamos desde a greve (de 2012), é que esta carreira deu aumentos diferenciados para cada classe e cada nível da carreira, e os Titulares foram os mais favorecidos. Foi uma jogada esperta do governo, pois são apenas 3% da categoria em termos nacionais; na UFRJ não chegam a 5%. Mas são os que possuem representação nata nas congregações e maior representação nos conselhos superiores. Ou seja, são os que têm voz na instituição. Assim, o governo pagou barato por um possível consenso”.

Confira as tabelas

Maria trabalhou com os dados dos professores mestres ou doutores em regime de dedicação exclusiva, situação mais comum na universidade. Ela ainda prepara estudos para os professores de outros regimes de trabalho e titulação das duas carreiras. 

O ano-base escolhido para a geração das tabelas foi o de 2011, quando o governo prometeu um “pacote de aumento” que, descumprido, desencadeou a greve do ano seguinte. 

Nos cálculos, foi utilizado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial para medir a inflação do país. Mas ela faz uma ressalva, de que as perdas podem ser ainda maiores: “As previsões do Banco Central para o IPCA têm sido revistas para cima há muitos anos. Eles sempre apontam um valor um pouco abaixo do centro da meta de inflação (5%) estabelecida por eles mesmos. No entanto, temos quase sempre estado mais próximos do teto da meta (6,5%). Se usarmos outras referências, como o ICV do Dieese, as previsões inflacionárias são bem maiores”, explica Maria Malta.

De acordo com as tabelas geradas pela professora, sempre usando a previsão de inflação do Banco Central, fora os Titulares doutores do magistério superior, a maioria dos níveis das duas carreiras fica bastante próxima de nenhum ou de poucos ganhos até 2015 (ou seja, ameaçados pela alta da inflação). Por outro lado, os níveis iniciais (tanto no MS como no EBTT) enfrentarão as maiores perdas, com certeza.

Mais tempo para chegar a Adjunto 4

Outra questão importante é o tempo que o novo professor leva para chegar a Adjunto 4. São nove anos. Três anos para a primeira promoção para Adjunto 1 e mais seis anos para chegar a Adjunto 4, tendo cumprido os critérios da avaliação para progressão com obtenção de 70% dos pontos. Nestes nove anos, seu ganho salarial nominal bruto terá sido de pouco mais de R$ 2 mil o que, em termos reais, considerando uma inflação de 6% (média dos últimos três anos pelo IPCA), representaria um ganho de aproximadamente R$ 1,3 mil em nove anos. “Se fosse ganho linear, seriam R$ 145, tendo sido um professor- pesquisador-extensionista exemplar. Dá para comprar um ou dois livros por ano, a depender da área do professor”, ironiza Maria Malta.

 


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